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Srs.

Deputados,
Srs. Presidentes das Câmara Municipais do Distrito de Coimbra,
Sr. Presidente da A. M. de Coimbra,
Sr. Presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Coimbra
Srs. Dirigentes do PSD Distrital
Caros Companheiros, entre os quais destaco o Dr. Barbosa de Melo
Caras Amigas e Caros Amigos que aqui quiseram hoje deslocar-se,
neste belo fim de tarde de Verão, o que agradeço a todos

1. O PSD apresenta-se ao sufrágio dos Portugueses, nas próximas

eleições legislativas, de cara descoberta, sem disfarces, sem

propaganda ofuscante ou utilização de dinheiros governativos para

fazer campanha, e sem a aura ou as armas do poder.

O PSD apresenta-se aos Portugueses apenas com a força das suas

convicções, a consistência da sua mensagem e a capacidade de

convencimento que é a dos seus protagonistas e das suas

propostas.

O PSD apresenta-se aos Portugueses, como faz parte do seu ideário,

não em nome do interesse do partido, ou do interesse pessoal dos

protagonistas, mas porque considera que Portugal precisa de

políticas que travem o plano inclinado em que o Pais foi colocado e

que permitam retomar o crescimento e desenvolvimento.


Como disse a Presidente do PSD, Dr.ª Manuela Ferreira Leite, quando

apresentou o Programa Eleitoral,

“Portugal precisa – hoje, mais do que nunca – de ambição, mas

de uma ambição realista.

Portugal precisa – hoje, mais do que nunca – de confiança, mas

de uma confiança fundamentada e consistente.

Portugal precisa – hoje, mais do que nunca – de esperança, mas

de uma esperança assente na verdade”

Apresentamo-nos, justamente, para fazer aos Portugueses uma

proposta de ambição realista, de confiança fundamentada e

consistente e de esperança assente na verdade.

2. Farei aqui, se me permitem, uma confissão pessoal: quando há ano

e meio aceitei passar a ter uma intervenção política activa, moveu-me

sobretudo a consciência da necessidade de reabilitar e devolver

credibilidade à política: uma política com valores, e sobretudo com o

valor da verdade, e não apenas de frases ou slogans de belo efeito,

de propaganda que apenas serve para enganar; antes uma política de


mensagem simples, directa, sobre a situação do País, e de

propostas para o transformar.

Foi, antes de mais, uma mensagem de renovação das formas e dos

modos de fazer política.

Custou primeiro a apreender e aceitar por alguns, esta forma de fazer

política. Mas hoje é já clara a sua força, sobretudo em contraste com

aquilo que nos tem vindo a ser servido desde há quatro anos e meio, e

agora é reeditado:

• um conjunto de promessas, repetidas sem que sequer se faça o

balanço do que se cumpriu e não cumpriu (e pode até haver

razões para isso, mas porque não fez esse balanço?);

• a utilização do Estado como máquina para a preservação do

poder de qualquer modo, e o controlo directo e indirecto sobre a

comunicação social;

• primeiro, a tentativa de ocultar a crise (recordamos todos o “a

crise acabou!”, de um ministro mais dado a encenações

tauromáquicas do que ao papel de estadista); depois a

manipulação dos resultados das políticas do governo em

diversas áreas (economia, segurança, educação, etc.),


maquilhando estatísticas ou alterando os seus pressupostos (o

caso dos exames é claro), e de que é exemplo dramático a

tentativa de esconder a verdadeira situação do desemprego.

3. Face a este estado de coisas, o PSD propõe aos Portugueses uma

alternativa, com orientações políticas diferentes.

Trata-se de uma verdadeira alternativa, de programas, de

protagonistas e de prática política.

É por isso que é de rejeitar qualquer solução que passasse por um

governo constituído pelos dois maiores Partidos políticos portugueses.

O PSD quer concretizar as suas políticas e para isso tem de afastar os

socialistas do governo, sozinhos ou em coligação.

O PSD constitui, aliás, a única alternativa decisiva, devido ao dado

incontornável de que só o PSD pode derrotar os socialistas e,

portanto, removê-los do poder e alterar a actual situação.


4. Os candidatos do PSD pelo Distrito de Coimbra, que hoje se

apresentam, defenderão as orientações políticas e propostas

contidas no Programa Eleitoral do PSD.

Este não foi um programa construído à pressa, ou com meros

objectivos eleitoralistas. Foi elaborado com a participação de milhares

de contributos, de diversas entidades, internas e externas ao PSD, e

com muitas contribuições individuais.

É um programa de verdade porque foi feito como proposta para ser

realmente lida, eventualmente aceite, e depois efectivamente

cumprida. É por isso que é breve e tem um estilo directo.

E é também por isso que não é um programa que queira prometer

tudo a todos. É antes, com a consciência aguda de que não é

possível atacar todos os problemas ao mesmo tempo, um programa

de prioridades políticas, de escolhas e de compromissos com os

Portugueses.


5. As nossas prioridades são as políticas nas áreas da Economia,

da Solidariedade (incluindo a saúde), da Justiça, da Educação e da

Segurança.

• Na Economia, é necessária uma alteração da política

económica, abandonando o dirigismo económico do Estado,

por via directa ou indirecta, passando antes a ter um papel

facilitador, de criação de um ambiente ou contexto favorável

às empresas – empresas, essa palavra que quase não aparece

noutros programas eleitorais, mas sem cuja actividade, bem se

sabe, dificilmente se obterá recursos materiais para recuperar o

País. Queremos que o Estado se concentre no apoio às PME,

que combata o desemprego (por exemplo com um novo

programa de estágios de transição entre a universidade e o

primeiro emprego), que defenda com firmeza a concorrência,

que regule eficazmente o sistema financeiro, que incentive a

aposta na inovação e nas actividades da economia do futuro.

• Na Solidariedade, é necessário reforçar a eficácia e o papel das

instituições intermédias e da família nas políticas sociais, mas

também fiscalizar melhor o RSI, aumentar o voluntariado,

apoiar as IPSS. Na saúde, comprometemo-nos claramente,


apesar de todas as mentiras e tentativas de desinformação, com

a universalidade dos cuidados de saúde (isto é, o Sistema

Nacional de Saúde), com a rejeição do seu co-pagamento

pelos utentes, com a responsabilidade pela gestão das

unidades públicas, com o aumento da liberdade de escolha

em caso de tempos de espera excessivos ou de falhas do

sistema público, com o retomar de parcerias público-privadas,

etc.

• Na Justiça, para servir os cidadãos e as empresas, centramo-

nos na melhoria da eficácia do sistema, com maior implicação

e co-responsabilização de todos os seus agentes. É esse o

sentido de propostas para impedir dilações e

instrumentalizações de processos, para desbloquear os

processos de execução, para aumentar os mecanismos de

prevenção da litigância e o recurso a centros de arbitragem e de

mediação. Comprometemo-nos também com medidas para

controlar a criminalidade, em especial a perigosa e violenta, e

para prevenir e reprimir efectivamente a corrupção. E na

racionalização dos meios do Estado pretendemos, por

exemplo, facilitar a coordenação entre os Conselhos Superiores,


introduzir gradualmente mais magistrados provenientes de

outras profissões jurídicas, caminhar para limitar o número de

processos por magistrado e premiar os resultados da sua

actividade, e introduzir auditorias externas ao sistema.

• Na Educação, temos orientações bem claras: combater o

facilitismo e promover o mérito, a disciplina e a assiduidade

dos alunos; restaurar a autoridade e o prestígio dos

professores, devolvendo-lhes um papel fundamental na

execução do projecto educativo de cada escola; conceder maior

autonomia às escolas e combater o “monstro burocrático” da

administração educativa central.

• Na Segurança, pretendemos aumentar a coordenação inter-

policial e o policiamento de proximidade na rua, em particular

junto dos mais frágeis; queremos reforçar os meios humanos e

logísticos das forças de seguranç,a e propomo-nos executar um

plano de inovação tecnológica das polícias e dos seus meios

de apoio; e queremos ainda rever o regime dos criminosos

perigosos.


Estas são, em traços gerais, algumas das orientações mais

importantes nas áreas que o PSD escolheu como prioritárias para a

política que vai desenvolver.

6. Atravessando todas as propostas políticas há um traço comum: o da

esperança e confiança na sociedade civil, com todo o seu potencial

de desenvolvimento económico, de co-executante das políticas de

solidariedade, de cliente e avaliador do sistema de justiça e do sistema

educativo, de co-participante e destinatária da execução das políticas

de segurança.

É também esta confiança que impõe a libertação da sociedade civil

de um dirigismo asfixiante do Estado que tudo e todos quer

controlar, numa estratégia ao serviço da preservação do poder

mesmo quando as políticas postas em prática se revelaram e revelam

patentemente ineficazes. E quando, portanto, a insistência nelas, em

lugar do pretenso “avanço” do País, apenas poderia acelerar o

caminho para o abismo.


Caros Companheiros e Amigos,

Nas próximas eleições os Portugueses têm uma escolha decisiva:

• ou aceitam a continuação do actual desgoverno, com o

agravamento da crise e graves consequências económicas e

sociais;

• ou optam por políticas que permitam travar o declínio resultante

dos erros dos últimos anos, pela seriedade e responsabilidade

das propostas e dos protagonistas sob a liderança da Dr.ª

Manuela Ferreira Leite, pela credibilidade e pela restauração da

relação de confiança entre eleitores e eleitos.

7. Também no plano distrital a alternativa dos eleitores do distrito de

Coimbra é clara.

Sabemos bem que os Deputados à Assembleia da República

representam todo o País, e não apenas o círculo que os elege.

Mas a representatividade formal tem de ser conciliada com o sentido

substancial das escolhas e das propostas feitas ao eleitorado – e,

porque não dizê-lo, com a própria ética política.

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Também aqui os candidatos do PSD que hoje se apresentam se

distinguem com clareza e assumem compromissos firmes com os

eleitores do distrito de Coimbra.

Este é, desde logo, um conjunto de candidatos de Coimbra, por

Portugal !

Todos são candidatos do Distrito, dele oriundos, que nele têm

domicílio e que aqui nasceram para a vida cívica e política.

Tenho, aliás, de fazer outra confissão pessoal: congratulo-me

particularmente – e até me orgulho – por liderar uma lista de

candidatos a Deputados pelo círculo eleitoral de Coimbra que é,

toda ela, constituída por Deputados de Coimbra. Nem, em nome da

ética política, aceitaria candidatar-me de outro modo.

E é uma candidatura de Coimbra não só pelos candidatos, mas pelo

compromisso que assume.

Os candidatos do PSD assumem perante os cidadãos de Coimbra um

compromisso firme de proximidade com os seus eleitores

durante o mandato, estando periodicamente em cada concelho do

Distrito, para atendimento aos eleitores, pelo menos um dia por mês,

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disponibilizando formas de contacto directas (por ex., email) e

editando outros meios de informação sobre a sua actividade.

Mas mais importante: os candidatos do PSD assumem o compromisso

de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para pôr termo ao maior

ataque sistemático ao Distrito de Coimbra de que há memória,

lançado por este governo.

Os cidadãos de Coimbra não esquecem – porque estão ainda bem

vivas as feridas – as sucessivas e intencionais provocações e

desconsiderações do governo para com o seu Distrito !

Não podem esquecer, e não esquecem, a deslocalização de grande

parte dos serviços públicos, que sempre estiveram em Coimbra,

para distritos vizinhos, assim abandonando o maior centro urbano,

universitário e administrativo da Região Centro.

Não podem olvidar, e não olvidam, a desconsideração com o atraso

nas infra-estruturas, que fez com que o Distrito de Coimbra tenha

sido deixado para último lugar pelo governo socialista na construção

de acessibilidades, algumas delas imprescindíveis (por exemplo, para

o interior).

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Nem podem ignorar, e não ignoram, a quase ausência de

investimentos públicos ou de atenção do governo pelo Distrito –

salvo para deslocar para Coimbra a famigerada co-incineração.

É também para pôr cobro a estes ataques que os candidatos do

PSD por Coimbra se apresentam aos eleitores.

Há que devolver a Coimbra o lugar a que tem direito, como maior

pólo urbano nacional depois de Lisboa, Porto e arredores, natural

centro (ou capital) do Centro de Portugal – uma região sem cujo

desenvolvimento também o Pais não se desenvolverá certamente.

E como cidade que presta em muitas áreas (por exemplo na saúde e

no ensino superior) serviços relevantíssimos ao País, e que tem até

uma projecção internacional como poucas cidades em Portugal.

Sobretudo, há que restituir a Coimbra a importância política que,

enquanto centro da inteligência, da qualificação e do pensamento,

muito justamente já teve. A importância que – em parte por erros

próprios, há que reconhecer – foi deixando de ter, e que quase

desapareceu ultimamente.

8. No plano distrital, a escolha é, pois, também clara, e é a seguinte:

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• aceitar deputados de fora, que só aqui aterram em tempo de

eleições para tentar colher o voto dos eleitores de Coimbra, que

representam o governo que fez o maior ataque sistemático ao

Distrito de Coimbra, e, portanto, continuando a aceitar a

subalternização de Coimbra; ou

• eleger candidatos que são do distrito de Coimbra, que se

comprometem com este e com a recuperação da sua posição,

que o representarão condignamente e o defenderão perante

os ataques de que tem sido vítima.

Estas são as escolhas.

Estamos certos que os eleitores de Coimbra tomarão a melhor

decisão, que só poderá ser uma: votar PSD para devolver a Coimbra

o papel que lhe compete, para repor Portugal no caminho do

progresso !

Disse.

Coimbra, 1 de Setembro de 2009

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