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ÍNDICE:
1. Artigos Correlatos
1.1 Perda e suspensão dos Direitos Políticos
2. Jurisprudência
3. Assista!
3.1 O português na condição de quase nacional pode exercer direitos políticos? –
Pedro Taques.
4. Simulados.
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1. ARTIGOS CORRELATOS.
Examina os casos de suspensão e perda dos direitos políticos por condenação criminal.
Escrito em 08/abr/2004, atualizado e adaptado.
Portanto, são esses os motivos que ensejam a perda ou suspensão dos direitos políticos,
porém, limitar-me-ei a examinar, neste artigo os casos de condenação criminal e de
improbidade administrativa.
Ressalto que, apesar de não constar do texto acima, entende-se que perde seus direitos
políticos, o brasileiro que adquirir outra nacionalidade por naturalização voluntária, posto
que, em perdendo sua nacionalidade original, perderá, por conseguinte, seus direitos de
cidadania.
As causas de perda de suspensão dos direitos políticos decorrem apenas da perda ou
cancelamento da nacionalidade brasileira, sendo os demais casos contidos na CF,
relativo à suspensão dos direitos políticos.
A perda ou suspensão dos direitos políticos implica na perda ou suspensão do gozo
desses direitos e encontra-se no gozo dos direitos políticos quem está habilitado a alistar-
se eleitoralmente, podendo habilitar-se a candidaturas para cargos eletivos ou a
nomeações para certos cargos públicos não eletivos (CF, art. 87; 89, VII; 101; 131, § 1°),
participar de sufrágios, votar em eleições, plebiscitos e referendos, apresentar projetos de
lei pela via da iniciativa popular (CF, arts. 61, § 2° e 29, XI) e propor ação popular (CF, art.
5°, inc. LXXIII).
Este tema esta sendo examinado exatamente quando o GOLPE MILITAR DE 64 está
completando 40 anos e este período de exceção se notabilizou por total desrespeito aos
princípios democráticos, tendo os militares promovido toda sorte de diabruras (arte ou
maquinação do diabo) e arbitrariedade contra os direitos políticos de seus opositores,
agredindo abertamente o Congresso Nacional e seus membros, bem assim como as
representações políticas dos Estados e dos Municípios, daí a obrigação de registramos e
repudiar a memória da ditadura, especialmente para que se alerte as gerações de hoje e
do futuro, como forma de prevenir golpes e quarteladas.
Em virtude disso é que se deve exercer rigoroso controle nos pedidos de registro de
candidaturas, quanto aos antecedentes criminais dos requerentes.
Tribunais A suspensão dos direitos políticos perdura enquanto perdurarem os efeitos da
condenação.
Embora alguns Regionais adotem a tese de que a inelegibilidade deve acompanhar os
efeitos secundários da condenação, o TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL adota
entendimento mais limitado, limitando inelegibilidade ao cumprimento da pena, ainda que
perdurem seus efeitos secundários.
A reaquisição dos direitos políticos opera-se automaticamente, com o cumprimento da
pena, independendo de processo formal ou de reabilitação criminal.
Como se vê, nesse caso, não basta a sentença judicial, havendo necessidade de
processo administrativo próprio instaurado na Câmara dos Deputados ou no Senado
Federal.
Por extensão permitida pela interpretação dos arts. 27, § 1.º e 32, § 3.º, da CF, essa
mesma regra aplicam-se aos DEPUTADOS ESTADUAIS e DISTRITAIS.
Como se disse, além da condenação criminal transitada em julgada, o parlamentar será
submetido a julgamento por seus pares, num processo de natureza de política, onde se
julgará a conveniência, ou não, da perda do mandato.
Esse processo legislativo será decidido pelo voto secreto dos membros das respectivas
casas políticas e o parlamentar somente perderá o mandato acaso a maioria absoluta
acolha o pedido, mas, antes da votação, é assegurada – como em todos os processos – a
ampla defesa do parlamentar condenado criminalmente.
A Lei 8.429/92 define os atos de improbidade administrativa e esta ocorre, com a prática
de atos que ensejam enriquecimento ilícito, causam prejuízo ao erário ou atentam contra
os princípios da administração, definidos no artigo 37, entre os quais está incluída a
moralidade, ao lado da legalidade, da impessoalidade e da publicidade, além de outros
que, distribuídos por toda a Constituição, também se aplicam à condução dos negócios
públicos.
Dividiram-se os atos de improbidade administrativa em três grupos:
que importam em enriquecimento ilícito (art. 9°); que causam prejuízos ao erário (art. 10);
e que atentam contra os princípios da administração pública (art. 11 ).
São sujeitos ativos quaisquer agentes públicos (art. .2.º.), inclusive os que exercem
atividade transitória na administração, mesmo sem remuneração, que estejam ocupando
cargo ou função pública, independentemente da forma de provimento ou investidura.
Administração Pública, para esses efeitos, também, deve ser entendida da maneira mais
ampla possível, pelo que, evidentemente contempla a Administração Pública
propriamente dita – pessoas jurídicas de direito público interno: União, Estados, DF e
Municípios -, além da administração indireta e, inclusive se estendendo às empresas
privadas para quais as entidades públicas tenham concorrido ou concorram com mais de
5% do patrimônio ou da receita anual. A este rol, agregam-se, também, as entidades,
inclusive de natureza filantrópicas, que recebam subvenção, benefício, incentivo fiscal ou
creditício de órgãos públicos.
Não compete à JUSTIÇA ELEITORAL, entretanto, julgar os casos de improbidade
administrativa, conforme se verifica do acórdão a seguir transcrito:
1. Representação. Conduta vedada. Lei n o 9.504/97, art. 73, I, § 7.º. Improbidade
administrativa. Lei n o 8.429/92. Incompetência da Justiça Eleitoral. Supressão de
instância. Não-ocorrência. 1. A Lei n o 9.504/97,art. 73, I, § 7 o , sujeita as condutas ali
vedadas ao agente público às cominações da Lei n o 8.429/92, por ato de improbidade
administrativa. 2. Todavia, não é possível a aplicação dessas sanções pela Justiça
Eleitoral, quanto menos através do rito sumário da representação. 3. A designação de
juízes auxiliares, que exercem a mesma competência do Tribunal Eleitoral, trata-se de
uma faculdade conferida pela Lei n o 9.504/97, art. 96, II, § 3 o. 4. Recurso especial
parcialmente provido.ln NE: A representação foi intentada por não-cumprimento da Lei
das Eleições, em razão da prática de conduta vedada aos agentes públicos em campanha
eleitoral Œ utilização de ônibus da Polícia Militar do estado na locomoção de cabos
eleitorais Œ tendo a Corte Regional determinado o processamento da causa, nos termos
da Lei n o 9.504/97, art. 96. A sanção prevista nessa lei é a suspensão da conduta
vedada e pagamento de multa. A competência para apreciar os fatos sob a ótica da
improbidade, com a aplicação das sanções previstas na Lei n o 8.429/92, é da
Justiça Comum.(Ac. n o 15.840, de 17.6.99, rel. Min. Edson Vidigal; no mesmo sentido o
Acórdão n o 56, de 12.8.98, rel. Min. Fernando Neves.) Sem grifos no original.
Por disposição legal e como regra de bom senso, a sentença de condenação por
improbidade administrativa somente produzirá efeitos quando transitada em julgado, o
que implica em dizer que todos os recursos têm e devem ser recebidos no chamado efeito
suspensivo, o que acarreta, muitas vezes, frustração dos eleitores, pois a cada notícia de
condenação de um político, parcela da população exulta com a condenação e, ao mesmo
tempo, se mostra decepcionada quando verifica que, mesmo condenado, tal pessoa
concorre às eleições.
É de 5 anos após o término do exercício de mandato, cargo em comissão ou função de
confiança o prazo para ajuizamento de ação por ato de improbidade administrativa.
“Art. 14 ........................................................................................................................
§ 2.º. Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço
militar obrigatório, os conscritos.”
A atual Constituição manteve essa linha, determinando a suspensão dos direitos políticos
dos conscritos, ou seja, dos recrutados para o serviço militar. Em virtude dessa
determinação, as organizações militares, devem enviar, anualmente, às zonas eleitorais
dos jovens recrutados, comunicado a respeito dessa situação, para que possa ser
efetivada essa suspensão.
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1530/Perda-e-suspensao-dos-Direitos-Politicos-I
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2. JURISPRUDÊNCIA.
4.1 São obrigatórios o alistamento eleitoral e o voto de brasileiros natos emancipados com 16
anos de idade.
4.2 O maior de 16 anos e menor de 18 anos de idade que efetuar seu alistamento eleitoral, ainda
assim, não está obrigado a votar.
4.3 Os partidos políticos, pessoas jurídicas de direito privado, criados na forma da legislação civil,
devem ter seus estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral.
GABARITO:
4.1 ERRADO
4.2 CERTO
4.3 CERTO