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GINÁSTICA LABORAL

I – INTRODUÇAO

Hoje em dia, ainda que a vida seja fisicamente mais fácil, pode-se observar um esgotamento
maior das pessoas. Essa inatividade física vem contribuir para o desgaste do indivíduo, sendo
que ela passa mais da metade de sua vida trabalhando.

Considerando que o ser humano passa a maior parte do seu tempo de vida no trabalho, e que
durante esse tempo não lhe é oferecido condições que lhe permitam desenvolver-se física e
nem psicologicamente, é simples notar efeitos prejudiciais que lhe ocorrem e que afetam o seu
desempenho.

Analisando o trabalho moderno, observa-se a preocupação demasiada no aumento da


produtividade, e os chefes das empresas acabam esquecendo as necessidades, possibilidades
e as limitações do ser humano.

Muitos postos de trabalho exigem a permanência do trabalhador numa atitude estática, seja
sentado ou de pé, e também funções que exigem trabalho dinâmico de certos grupamentos
musculares, ocasionando dores e câimbras.

Para reforçar a idéia pode-se citar LAPORTE (1970), onde ele relata que na Suécia, dois
milhões de jornadas de trabalho são perdidas anualmente devido às dores lombares atribuídas
a uma insuficiência de movimentos durante a execução do trabalho.

Tanto dores lombares como traumas articulares e outras lesões, são disfunções que se
ocorridas devido ao trabalho são denominadas de DORT, (Doenças Osteomusculares
Relacionadas ao Trabalho), que é causa de afastamento do trabalho.

A Ginástica Laboral (GL) pode, através de exercícios de aquecimento, de compensação, e de


relaxamento, não só prevenir a DORT, como também proporcionar motivação para o
funcionário executar sua tarefa e prevenir o stress melhorando sua qualidade de vida.

Exercícios e dinâmicas de motivação durante sessões de GL melhoram a auto-estima do


trabalhador despertando o prazer em realizar o seu trabalho, e proporcionando uma maior
integração com os demais funcionários.

Para uma pessoa atingir seus objetivos é necessário que esteja motivada. Cabe então aos
principais interessados no aumento da produtividade de uma empresa, despertar essa
motivação.

Considerando a importância da prevenção da DORT e da aquisição de motivação, nunca se


pode esquecer do combate ao stress, pois ele está presente no dia a dia de cada indivíduo.

Corroborando com o assunto, COSTA & KARAM (1998) definem stress como uma resposta do
organismo às influências externas por ele recebidas.

Considerando as inúmeras influências recebidas pelo organismo, é notória a necessidade de


prepará-lo, tanto fisiológica, como psicologicamente, para assimilar da melhor maneira possível
essas influências, evitando assim a instalação do estresse.

Observa-se então a importância da GL, seja na prevenção da DORT e do stress, como na


aquisição de motivação, que são fatores indispensáveis quando falamos rendimento do
trabalhador em busca do aumento de produção.

1. JUSTIFICATIVA
Observa-se atualmente, com o avanço tecnológico, a busca dos proprietários de grandes
indústrias pelo rendimento máximo de produção, sendo que com este intuito acabam por
desrespeitar física afetiva e emocionalmente os principais responsáveis por esse rendimento, o
trabalhador.

Como define SERRÃO & BALEEIRO (1999) o bem estar do grupo abrange aspectos físicos,
afetivos e emocionais.

Analisando por este prisma pode-se conciliar com o que é sabido a muito: É impossível de se
alcançar o máximo de rendimento se o grupo não for homogêneo e não se encontrar em um
estado de bem estar.

Procura-se então através desse trabalho explicar a necessidade de utilizar a GL como fator
apropriado para aquisição de bem estar.

Buscou-se também uma visão do que seria GL, para poder-se justificar o trabalho.

Corroborando então com a idéia encontrou-se em conteúdos sobre GINÁSTICA LABORAL


(2001) que esta nada mais é do que a combinação de atividades físicas que venham a
melhorar o aspecto fisiológico a condição física do indivíduo em seu trabalho.

Sabe-se a muito que um indivíduo fisiologicamente preparado para o trabalho, mantém níveis
motivacionais mais elevados, o que provavelmente venha a interferir na produtividade.

Encontraram-se relatos em conteúdos da BODYEALTH (2001) que define alguns tipos de


trabalho a serem realizados. A Ginástica Laboral pode ser preparatória ou de aquecimento,
compensatória ou de pausa e de relaxamento.

O que se pretende com esse trabalho é explicar a influência que a Ginástica Laboral exerce em
determinados fatores que proporcionam aumento final de produção, tendo benefício tanto para
a empresa quanto para os funcionários.

Buscou-se também com este estudo, demonstrar que a Ginástica Laboral é importante não só
na prevenção a LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e na melhoria da capacidade física do
trabalhador, mas principalmente como aspecto motivador, através da integração dos
funcionários.

Para dar sustentação à idéia, pode-se ter como base o relato de SERRÃO & BALEEIRO
(1999), que conceitua o ser humano como um ser de relações que necessita amar, ser amado,
interagir com pessoas, construindo uma auto imagem positiva que lhe permita potencializar sua
capacidade de rendimento.

Pretende-se através de um programa de Ginástica Laboral em uma empresa, buscar a solução


para o problema: Será que a Ginástica Laboral influencia no desempenho dos trabalhadores,
podendo proporcionar aumento de produção?

2. OBJETIVOS

Para a seqüência deste estudo, procura-se evidenciar o objetivo geral e os objetivos


específicos do referido trabalho.

2.1. Objetivo Geral

Determinar se a Ginástica Laboral tem influência positiva no desempenho do trabalhador,


ocasionando provável aumento de produção.

2.2. Objetivos Específicos


• Evidenciar a existência de fatores que podem causar LER;
• Enfatizar a importância da Ginástica Laboral na prevenção da LER, como causa de
desanimo no trabalho;
• Evidenciar a presença de fatores no trabalho que podem causar estresse;
• Explicitar que a Ginástica Laboral diminui o estresse e reanima o trabalhador
melhorando seu desempenho final;
• Demonstrar que a Ginástica Laboral proporciona auto-estima, melhorando o vínculo
afetivo com conseqüente aumento de produção.

2.3. Metodologia

Utilizar como estratégia da Ginástica Laboral, o rádio com o Cd – "Enia", antes do expediente,
para que os funcionários façam exercícios de alongamento e relaxamento.

II – DESENVOLVIMENTO

1. GINÁSTICA LABORAL

A Ginástica Laboral tem suas raízes na Polônia, por volta do ano de 1925, onde foi chamada
também Ginástica de Pausa.

Na década de sessenta no Japão ocorreu à consolidação e a obrigatoriedade da GL


compensatória.

No Brasil, a Escola da Educação de FEEVALE em 1973 elaborou o projeto de Educação Física


compensatória e recreação, implantando-se aí os primeiros indícios de GL. Após saber-se
como foi implantado a GL, buscaram-se conceitos para a definição do que venha a ser a GL.

Foi encontrada uma definição proposta por KIKO (2001) que afirma que a GL trata-se de um
conjunto de matérias elaboradas a partir da atividade profissional exercida procurando
compensar as estruturas do corpo mais utilizadas durante o trabalho e ativar as que não são
requeridas, relaxando-as e tonificando-as.

Continuando a buscar conceitos para Ginástica Laboral foi encontrado em investigações de


KOLLING (1980) que descrevem-na como um repouso ativo, que aproveita as pausas
regulares durante a jornada de trabalho, para exercitar os músculos correspondentes e relaxar
os grupos musculares que estão em contração durante o trabalho.

A Ginástica Laboral no local de trabalho tem como finalidade valorizar a prática da atividade
física como meio para a promoção da saúde, aliviando stress, reeducando o indivíduo
posturalmente, prevendo lesões e principalmente aumentando o nível motivacional do
trabalhador.

Pois se considera que um indivíduo motivado torna-se mais resistente aos problemas que
possam vir a ocorrer com ele durante seu trabalho e assim alcançar um rendimento maior.

Seguindo por este prisma observam-se pesquisas que revelam que as empresas que
promovem a realização de exercícios orientados declaram terem verificado aumento de
produtividade, e os trabalhadores garantem que terminam a jornada de trabalho menos
cansado do que antes.

2. BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL

A GL proporciona uma série de benefícios, tanto para a empresa quanto para o trabalhador. Foi
baseando-se nas pesquisas da BODYEALTH (2001) e SUPPORTE (2001) que relacionamos
alguns desses benefícios.
Encontrou-se então em conteúdos expostos na BODYEALTH (2001) alguns fatores que trazem
benefícios para a empresa através da aplicação da Ginástica Laboral, como: redução dos
custos de assistência médica; diminuição do absenteísmo; aumento da produtividade; melhoria
do ambiente de trabalho; diminuição dos números de acidentes; melhoria da imagem para a
empresa; melhor e maior integração entre os funcionários; reduz os afastamentos por
LER/DORT.

Evidenciaram-se também benefícios em favor dos funcionários, extraindo-se então de


conteúdos da SUPPORTE (2001) alguns destes: redução dos fatores de riscos coronários;
melhoria do sistema cardiorespiratório; redução do nível de stress; melhoria da capacidade de
concentração; aumento de produtividade no trabalho; maior disposição; diminuição dos
números de acidentes de trabalho; correção de vícios em relação à postura; prevenção de
doenças por traumas cumulativos; promoção de socialização; diminuição do absenteísmo;
diminuição de procura ambulatorial; melhoria da qualidade do sono; redução de tensão;
compensação física das estruturas mais utilizadas durante o trabalho e ativação dos menos
requeridos; melhoria da auto imagem; diminuição do nervosismo; melhoria do relacionamento
entre os colegas de trabalho e a família.

3. APLICAÇÕES DA GINÁSTICA LABORAL

Considera-se ideal que a Ginástica Laboral seja aplicada diariamente, sendo que possui três
maneiras de aplicação, pois se encontrou em conteúdos sobre PROGRAMA (2001) relatos que
confirmam esta proposta, e definem estas maneiras da seguinte forma: Ginástica Laboral
preparatória, compensatória e de relaxamento.

A GL preparatória tem duração em torno de quinze minutos, sendo realizada antes do inicio da
jornada de trabalho.

Seu objetivo é durante estes quinze minutos de atividade, aquecer os grupos musculares e
articulações que serão mais utilizadas durante o trabalho, aumentando também a circulação
sangüínea o nível muscular melhorando a oxigenação dos músculos.

Para melhor entendimento sobre a Ginástica Laboral preparatória pode-se citar FARIA JUNIOR
(1990) onde ele relata que esta atividade tem como objetivo promover a melhoria da saúde e
do bem estar do trabalhador, sendo também uma medida de prevenção contra acidentes de
trabalho.

A GL compensatória tem duração geralmente de dez minutos, sendo realizada durante a


jornada de trabalho, proporcionando uma reanimação para os funcionários dar continuidade ao
seu trabalho, assim como proporcionar a compensação das estruturas corporais mais
utilizadas, corrigindo também as posturas inadequadas.

Para culminar com esta afirmação FARIA JUNIOR (1990) evidenciou que a Ginástica de Pausa
aprimora a saúde do trabalhador, compensando os efeitos negativos sofridos no trabalho.

A GL de relaxamento também tem duração de dez minutos, realizadas no final do expediente,


que em concordância com KIKO (2001) tem como objetivo oxigenar as fibras musculares
através do alongamento evitando acumulo de ácido lático prevenindo as possíveis lesões.

Através dessas observações pode-se avaliar a importância da GL em qualquer que seja a


empresa, pois ela proporciona diversos benefícios para todos os envolvidos no processo,
alcançando assim uma maior produtividade.

4. LER

Considerando que a LER é uma triste realidade que atinge grande número dos funcionários
nas empresas de nosso país, é um fator importante para o presente trabalho, pois sua ligação
com a Ginástica Laboral é evidente.
Pretende-se então adentrar mais profundamente na realidade das Lesões por Esforços
Repetitivos, tornando-se mais explicita algumas abrangências, conceitos e definições e outros
fatores considerados indispensáveis para o prosseguimento do trabalho.

4.1. Histórico e Definições

Na Antiguidade o homem andava de um local para o outro, apenas caçando e pescando para
se alimentar.

Mas com a evolução da espécie humana, ele passou a exercer morada fixa, onde viu a
necessidade de criar ferramentas que o auxiliasse no trabalho.

No principio era tudo artesanal, mas com a evolução da industria e tecnologia, surgiram às
máquinas, e através das investigações de CANTARINO FILHO & PINHEIRO (1974), podemos
observar que a tecnologia apresentada tem contribuído de maneira eficaz para o
desenvolvimento da produtividade.

Seguindo por este prisma é necessário ater-se ao fato de que essa transformação em busca da
produtividade tem proporcionado a ocorrência de inúmeras doenças ocupacionais decorrente
de sobrecarga osteomusculares, estáticas ou dinâmicas, atingindo principalmente os membros
superiores, ombros, pescoço e região cervical.

Para confirmar esta idéia, pode-se seguir os estudos de FARIA JUNIOR (1990) que descreve
duas conseqüências principais ocasionadas pela busca do rendimento, que são: a fadiga e o
subdesenvolvimento das funções orgânicas do trabalhador. Estes são problemas com a saúde
que podem vir a ocasionar a implantação de LER (Lesão por Esforços Repetitivos).

No Brasil o termo LER foi introduzido em 1986, por Mendes Ribeiro no primeiro Congresso
Estadual de Saúde dos Profissionais de Processamento de Dados, no Rio Grande do Sul, com
o objetivo de caracterizar as lesões apresentadas pelos digitadores.

Sabendo-se de onde foi o surgimento da LER, procurou-se buscar uma definição.

Encontrou-se então em conteúdos sobre LER (2001) uma definição proposta por BARREIRA
T.H.C. (2001) onde LER é um conjunto de disfunções músculo-esqueléticas que acometem os
membros superiores e região cervical e estão relacionadas ao trabalho.

No Brasil o conjunto destas disfunções é denominado LER, mas em outros países recebe
denominações diferenciadas.

Encontraram-se também relatos em conteúdos sobre DIAGNÓSTICO (2001) que LER é o


nome dado por especialistas a sintomas que acometem tendões, músculos, nervos, ligamentos
e outras estruturas responsáveis pelo movimento dos membros superiores, das costas, região
do pescoço, ombros e membros inferiores, atualmente denominadas de DORT (Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

Ambas as siglas representam as mesmas patologias que são causas de despesas com
tratamento médico nas empresas.

Hoje em dia existe uma certa ineficácia médica para o tratamento do trabalhador com LER, o
que pode ser confirmado com relatos encontrados em conteúdos expostos sobre SERVIÇOS
(2001) que relatam que o tratamento médico apenas provoca uma regressão nos sintomas, não
solucionando a causa do problema.

Considerando essa ineficácia, observa-se então a fundamental importância de se realizar um


trabalho preventivo para evitar a instalação da LER, sendo que a principal maneira para
preveni-la, provavelmente é a implantação de um programa de Ginástica Laboral.
4.2. Sintomas

A LER vai se instalando no trabalhador paulatinamente, e os principais sintomas são: cansaço


e as dores localizadas.

Os sintomas podem variar de acordo com o estágio em que ela se encontra.

Buscando então se fundamentar sobre o assunto, encontrou-se em conteúdos sobre


SINTOMAS (2001), quatro estágios de implantação de LER, que será explícito a seguir:

O primeiro estágio é o momento em que as dores aparecem durante as atividades realizadas e


desaparecem nos momentos de descanso, podendo ocorrer sensação de peso, dormência e
desconforto em áreas específicas.

Durante o segundo estágio as dores são mais persistentes e intensas, acompanhadas de


formigamento, calor localizado e leve perda de sensibilidade, e a localização da dor é mais
precisa.

Durante os picos de atividade a intensidade da dor aumenta, e mesmo durante o repouso a dor
não desaparece totalmente e os sinais clínicos ainda não aparece.

O terceiro estágio é um período onde a dor é contínua e até certo ponto insuportável, tornando
os movimentos limitados.

As dores afetam o membro fazendo com que percam a força. O repouso acaba por atenuar a
intensidade da dor, não desaparecendo por completo.

Durante o terceiro estágio ocorrem alterações psicológicas no indivíduo e os sinais clínicos


estão presentes.

O quarto estágio é o mais avançado, sendo considerado gravíssimo, podendo levar o


trabalhador à invalidez.

Durante

esta etapa a pessoa perde a força e controle dos movimentos, o inchaço transforma-se em
deformidade e a dor migra para outras partes do corpo. Este estado físico pode levar a pessoa
a uma profunda depressão.

4.3. Regiões Acometidas

A LER como qualquer doença tem seus pontos principais de implantação. Na busca de saber
um pouco mais sobre esses pontos de implantação da LER, encontrou-se em conteúdos sobre
SAÚDE (2001) que as estruturas mais acometidas pela LER estão localizadas no interior das
articulações (ligamentos, cartilagens e cápsulas) ou ao seu redor (tendões, músculos, fáscias e
nervos).

Estas regiões durante a realização dos movimentos sofrem grandes cargas originadas pelos
próprios músculos, na necessidade de executar as atividades.

Durante a realização dessas atividades, algumas regiões sofrem mais carga, gerando uma
maior freqüência de quantidade de lesões.

Chegaram-se então as cinco principais regiões acometidas pela LER, sendo elas: região
cervical; ombros; mão e punho; cotovelo e região lombar.
4.4. Prevenção

Levando em consideração as investigações encontradas no conteúdo PREVENÇÃO (2001)


para se prevenir a LER , o necessário é adquirir hábitos importantes durante o trabalho, como:
praticar alongamento e aquecimento antes de começar qualquer atividade; fazer micro pausas
durante qualquer atividade que se exerça repetitividade excessiva ou postura inadequada por
um período de tempo prolongado, e durante estas pausas realizar alongamentos para as partes
do corpo mais requeridas; ater-se ao fato de manter-se sempre com uma boa postura,
adequando o seu posto de trabalho às suas características físicas; não se deve também fazer
força ou pressão exagerada e repetitivamente em sua atividade.

Observa-se também a necessidade de levar-se em consideração algumas orientações


fundamentais para a prevenção da LER, como: orientação ergonômica quanto ao mobiliário e
equipamento; orientação quanto à conscientização da postura correta no posto de trabalho;
realização de ginásticas e exercícios adequados para os grupos musculares mais solicitados;
instituir pequenas pausas durante o trabalho; organizar e distribuir as tarefas, evitando-se o
acúmulo; praticar uma atividade física regular.

4.5. Ciclo Vicioso

Baseando-se em relatos encontrados no conteúdo sobre SERVIÇOS (2001) pode-se afirmar


que o indivíduo acometido por LER acaba por entrar em um ciclo vicioso, onde após a
detectação da doença ele procura o serviço médico com queixa de dor, é avaliado e
encaminhado para o tratamento (medicação, imobilização, fisioterapia, etc) e após este
tratamento, ocorrendo a regressão dos sintomas ele é encaminhado novamente ao posto de
trabalho.

Mas dentro deste ciclo vicioso o indivíduo vai sofrendo afastamentos cada vez mais freqüentes
e prolongados, até ser substituído.

Observa-se aí a importância de se implantar um programa de Ginástica Laboral que


proporcione a prevenção do aparecimento da LER, evitando assim que o indivíduo entre neste
ciclo vicioso.

Conhecendo então um pouco mais sobre a LER, pode-se observar que realmente ela é um
fator preocupante para qualquer pessoa podendo instalar-se no indivíduo, levando-o a sérios
problemas para seu futuro profissional.

A maneira adequada para lidar com este problema é proporcionar a prevenção, para que a LER
não acometa o trabalhador, causando prejuízo para ele e para a empresa.

A maneira adequada para propiciar esta prevenção é através da implantação de programas de


Ginástica Laboral.

4.6. Responsáveis

No Diário Oficial da União do dia 19 de agosto do ano de 1998 foi publicada uma nota em que
se considera que a empresa é responsável por fazer cumprir todas as condições, técnicas e
regimentares, para garantir a execução das tarefas pelos funcionários de forma a prevenirem
riscos de ocorrência de acidentes ou doenças.

Cabe aos funcionários acatar e cumprir as regras de segurança e saúde conforme qualquer
treinamento oferecido pela empresa.

5. STRESS

Observou-se que stress é um fator real que está presente no dia-a-dia de muitos trabalhadores.
Procurou-se então buscar uma fundamentação teórica para tornar mais claro o que vem a ser o
estresse, assim como fatores que ele abrange, e que influencia na vida das pessoas.

5.1. Conceitos e Definições

Para dar continuidade ao trabalho, buscou-se uma conceitualização para a palavra stress, que
é definida por COSTA & KARAN (1998), como uma reação espontânea, com características
emocionais e/ou físicas, que ocorre quando o indivíduo depara-se com qualquer situação que o
confunda, aborreça, amedronte ou faça-o extremamente infeliz.

Observa-se então através desta citação que o estresse pode estar presente no dia-a-dia de
qualquer pessoa, principalmente de quem passa o dia exercendo uma atividade repetitiva em
seu trabalho.

Seguindo o presente estudo, para reforçar a idéia encontrou-se em conteúdos sobre


CORAÇÃO (2001) uma conceitualização para stress, que o define como sendo a maneira em
que as células ou o organismo reagem frente aos estímulos externos desfavoráveis.

Estes estímulos externos desfavoráveis significam perigo que exigem fuga ou luta, onde o
organismo necessita preparar-se.

Continuou-se a buscar definições para stress e foi encontrada em conteúdos relativos a


STRESS (2001) que este é a resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um
indivíduo que procura adaptar-se e se ajustar às pressões externas e internas.

Pode-se então inferir que o stress nada mais é do que a reação do organismo em busca da
adaptação a estímulos internos e situações externas encontradas pelo indivíduo.

5.2. Fatores Determinantes

Há muitas teorias que tentam definir os fatores determinantes do stress.

No intuito de compreender melhor esse assunto, e baseando-se em investigações de COSTA &


KARAN (1998) pode-se considerar duas categorias para estes fatores, sendo: os ligados às
exigências do meio e os ligados à estrutura psíquica do indivíduo.

Dentro dos fatores determinantes ligados as exigências do meio, podem se destacar: a


situações comuns ao grupo social a que pertence: problemas sócio-culturais, econômico-
financeiros, mudança de vida, etc; os fatores estressantes no ambiente de trabalho:
relacionamento difícil, excesso de serviço e viagens, responsabilidade de decisão, excesso de
alteração no ambiente de trabalho, competitividade, e outros; acontecimentos pessoais: morte
nas famílias, separação conjugal, aposentadoria, saúde dos familiares, gravidez, dificuldades
sexuais, etc.

5.3. Como Prevenir

Sabe-se que a prevenção é considerada a melhor maneira para lidar com stress.

Procurou-se então elaborar algumas recomendações para proporcionar esta prevenção, e


baseando-se em estudos de NESSI (2001) pode-se relacionar algumas atitudes, como: manter
hábitos alimentares saudáveis; praticar regularmente exercícios físicos adequados; praticar
atividades recreativas com freqüência; praticar relaxamento e meditação; reservar espaços
semanais para o lazer e a descontração; ter um bom período de descanso; dar atenção à
saúde; não beber nem fumar em demasia; manter-se motivado para o trabalho.

Chega-se então a observação de que para a prevenção do stress o trabalhador deve manter-se
orientado sobre estes hábitos e estimulado para a realização dos mesmos.
Observa-se então que a Ginástica Laboral só tem a contribuir no fator de prevenção do stress,
pois através dela o trabalhador pode adquirir alguns destes hábitos, fundamentais para esta
prevenção.

Após esta fundamentação teórica sobre stress, pode-se observar que este, está presente no
trabalho diário de qualquer indivíduo, e que a maneira adequada para evitar a sua instalação é
a aquisição dos hábitos diários já citados.

Entende-se por fim que um programa de Ginástica Laboral pode proporcionar a aquisição de
diversos destes hábitos, contribuindo imensamente para a prevenção e diminuição do stress,
assim como ajudando na motivação tornando o indivíduo mais motivado para enfrentar sua
jornada de trabalho.

6. FATORES INIBIDORES DE MOTIVAÇÃO

Observa-se que existem vários fatores que levam o indivíduo a sentir falta de motivação, ou
seja, que causam nele inibição para realizar seu trabalho diário, para corroborar com o
pensamento GOBLE (1967) deixa explícito alguns desses fatores, como: falta de preparação
física; falta de preparação psicológica; falta de prazer em realizar seu trabalho; problemas
familiares.

Cabe então a Ginástica Laboral preparar o trabalhador fisicamente para o trabalho, assim como
prepará-lo psicológica e emocionalmente através de atividades motivacionais em que ele possa
sentir prazer em realizar seu trabalho.

Desta maneira o trabalhador terá um melhor rendimento, proporcionando um aumento de


produção para a empresa.

III – CONCLUSÃO

Evidenciou-se através deste projeto que a presença de fatores que podem causar a LER é uma
realidade, e muitas empresas vêm observando que vários funcionários sofrem com dores
constantes e regulares no corpo, sintomas estes de implantação da LER, pode-se conscientizar
e comprovar que através da Ginástica Laboral ocorrerá à diminuição das dores e do cansaço,
prevenindo a LER, evitando o desânimo durante o trabalho.

Tornou-se evidente também, com base nesse projeto, os fatores que podem vir a causar a
instalação do stress, mesmo que em pequena quantidade, mas que podem ser evitados
facilmente com a aplicação de um programa de Ginástica Laboral bem elaborado, com sessões
de alongamento, que diminui os sintomas de stress apresentados, o que pode refletir em uma
melhoria no ânimo do trabalhador podendo levar a uma melhora no seu desempenho, o que
provavelmente reflete em um aumento de produção.

Demonstrou-se, através do projeto, que a Ginástica Laboral proporciona auto-estima, através


da melhora do vínculo afetivo entre os funcionários, podendo torná-los mais amigos e
sociáveis, propiciando melhora no diálogo, o que pode refletir positivamente no rendimento de
cada indivíduo.

Chega-se então ao final deste projeto concluindo que a Ginástica Laboral trás somente
benefícios para os envolvidos, pois esta influencia direta e positivamente em fatores que
provavelmente proporcionam aumento de produção.

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