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Autárquicas/Paredes: PS estranha que PSD também não tenha sido alvo de

proposta de contra-ordenação pela CNE

Porto, Portugal 04/10/2009 12:09 (LUSA)

Temas: Política, Eleições, Partidos e movimentos

Porto, 04 Out (Lusa) - A candidatura do PS em Paredes disse hoje compreender a proposta


pela CNE de uma contra-ordenação contra si e um jornal do concelho mas "estranha que,
havendo irregularidades praticadas pelo PSD (...), não tenha havido nenhum procedimento
formal" contra ele.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) propôs um processo de contra-ordenação à empresa


proprietária do jornal "Novas do Vale do Sousa" e ao PS por publicarem publicidade ilegal.

Em causa está a publicação de um anúncio de página inteira no quinzenário "Novas do Vale


do Sousa" que, segundo queixa do PSD local, agora validada pela CNE, "configura
propaganda política realizada através de meios de publicidade comercial, em violação do
disposto no artigo 46/o da Lei Eleitoral para os Órgãos das Autarquias Locais (LEOAL)".

A publicidade não poderia ultrapassar um quarto de página, nem poderia incluir o símbolo de
uma marca comercial, na circunstância de um ginásio que ofereceria aulas aos eleitores.

Em comunicado, a candidatura do socialista Artur Penedos sublinha que "só haverá processo
[de contra-ordenação contra si] se a sugestão for aceite e só haverá condenação se a
entidade competente não aceitar a boa fé que presidiu ao acto".

O PS recorda que "no exercício das suas competências, a CNE apenas propõe a instauração
de um processo de contra-ordenação e propõe, também, que ele seja enviado à Entidade das
Contas e Financiamentos Políticos, no pressuposto de que a acção é passível de
procedimento, porque parece induzir a ideia de que há o patrocínio de uma empresa".

"A candidatura do PS à Câmara de Paredes aceita e compreende a atitude da CNE, mas


estranha que, havendo irregularidades praticadas pelo PSD/Paredes, bem demonstradas
junto da Comissão Nacional de Eleições, designadamente no tocante à utilização de materiais
não biodegradáveis, proibido expressamente na Lei e, também, na desobediência a
orientações formais da referida Comissão que determinou às Câmaras que se abstivessem de
actos/inaugurações no dia 26 de Setembro, dia destinado à "reflexão" política, não tenha
havido anúncio de nenhum procedimento formal contra o PSD", refere o comunicado.

Num outro comunicado, o PSD contrapõe que Artur Penedos "começou nesta campanha
eleitoral por insultar Celso Ferreira, depois passou a insultar e ameaçar colaboradores do
PSD, a seguir insultou vários jornalistas de jornais nacionais; mais tarde quis ler de forma
enviesada as recomendações da CNE a propósito do dia de reflexão nacional; agora nega o
que está escrito "preto no branco" em dois despachos da CNE".

MSP

Lusa/fim

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