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Índice

Introdução

Televisão: Antes e Depois ................................................................................................ 6

As Audiências e o Público ................................................................................................ 9

Televisão Pública vs Televisão Privada ......................................................................... 10

Consequências da evolução da televisão: O nosso parecer ............................................ 12

TVI vs RTP1: Análise e Comparação ............................................................................ 14

RTP 1 .......................................................................................................................... 16

TVI ............................................................................................................................. 18

Tops de Audiências Nacional ..................................................................................... 20

Conclusão ....................................................................................................................... 24

Bibliografia ..................................................................................................................... 25

Anexos
Televisão: Antes e Depois

Desde os anos 30, altura em que se pôde assistir a uma verdadeira emissão
televisiva, começou a existir uma grande inquietação em saber se a televisão iria
constituir um progresso civilizacional ou se provocaria uma decadência a nível social.
Pensou-se que esta, com toda a imensa capacidade que tem para introduzir em casa das
pessoas (e na própria mente destas) informação, seria um meio poderoso e eficaz para
educar e cultivar os espectadores, sendo certo que os mais beneficiados até seriam as
pessoas com menor poder económico, visto que não têm tantas possibilidades de
frequentar universidades, de comprar livros, e de adquirir cultura sob os vários meios de
difusão que ela possui.
Apesar de as opiniões acerca da televisão serem diversas, a verdade é que esta
provocou profundas alterações a nível social, económico e político.
Karl Popper dizia:

Por mim penso que a televisão, cuja influência pode ser


terrivelmente nociva, poderia ser, pelo contrário, um notável
instrumento de educação.

E em Portugal qual é a situação que hoje se vive?


Na última década do século XX, a televisão foi afectada pelo fenómeno do
espectáculo, substituindo a informação realista e isenta, que os media deveriam fornecer
ao público, pelo objectivo de ultrapassar a concorrência e gerar maior lucro1.
A maior qualidade nos acessórios e materiais para o desenvolvimento de
melhor programação, obriga também à existência de maior investimento, que apenas
será retribuído se as audiências corresponderem, e por isso esta tendência geral para a
procura de maior audiência. Ou seja, o que aconteceu ao longo dos anos foi que a
função que outrora a televisão possuía (educar, informar e distrair), foi sendo
gradualmente substituída por outro lema: distrair, convencer, vender.
Actualmente a televisão é, não só em Portugal, mas em todo o mundo, um
instrumento com enorme capacidade para influenciar e até dirigir a vida de muitas

1
Consultar anexo nº 1 relativo ao não cumprimento da Lei da Televisão

6
pessoas, através da sua programação e da forma como transmite e trata a informação,
sendo que hoje em dia, o futuro da televisão avista-se desolador e muito pouco digno
em termos estéticos, morais e mesmo éticos.
Os meios de comunicação, e mais especificamente no caso que estamos a
analisar, a televisão, passaram a enfatizar a vida privada e afectiva, em vez de destacar a
informação cultural e educacional, que era o objectivo principal quando a televisão
surgiu. E isso verifica-se não só ao nível dos programas de entretenimento, mas também
nos telejornais, que se transformaram não só em sensacionalistas, como também em
autênticos telejornal-shows (e aqui destaca-se mais a TVI do que a RTP 1). O destaque
na programação é dado ao espectáculo, ao dramático, ao conflito, situações estas, que o
público gosta de observar e ter conhecimento, porque algo chocante, é algo que penetra
na mente e no pensamento das pessoas, provocando-lhes isso imensa curiosidade,
captando assim a atenção do telespectador.

E como Marçal Grilo afirma:

Há uns 50 anos, pensou-se que a televisão, com toda a


capacidade que tem para colocar em casa das pessoas imagens e
sons, era um meio poderoso para educar e cultivar os
espectadores (...) mas ao menos evite-se fazer tudo ao contrário
do que se pensou que a televisão podia ser.

Esta afirmação vem sustentar o que anteriormente tinha sido dito pois, as
estações de televisão generalistas transformam o seu objectivo em lucro e daí que a
programação difundida se interesse apenas em captar audiências. Começou a deixar-se
de parte a ideia de que a televisão servia para instruir a sociedade e de que seria um
veículo de transmissão de cultura, para passar a abordar apenas temas polémicos,
chocantes e do interesse de um público que também se foi transformando ao longo dos
tempos, ou seja, um público apenas virado para o mediatismo e espectáculo.
Ao vermos televisão hoje em dia, é facilmente detectável que a informação se
limita a ser espectacular, muitas vezes sem fundamento, descrevendo desgraças e se
possível socorrendo-se de imagens chocantes. Ao vermos uma entrevista, verificamos
que a entrevista muitas vezes é conduzida até pelo entrevistado, principalmente se este
exercer um cargo político ou for conhecido publicamente, apenas com o objectivo de ser
este ser mais reconhecido pela sociedade. Não visam transmitir informação, mas apenas

7
procurar falhas no entrevistado com o objectivo de passarem essas situações em directo,
para tentar “julgá-lo em praça pública”. É constatável que o valor mais enfatizado é o
dinheiro (será por nos encontrarmos numa sociedade tida como consumista?),
mostrando que é fácil ganhar dinheiro e que o dinheiro se encontra ali apenas a um
passo de uma chamada ou de algumas confissões íntimas. Os crimes, a violência e o
sexo assumem também uma parte na programação geral dos canais, visto que são temas
polémicos, e por isso captam a atenção do telespectador.

8
As Audiências e o Público

Eric Mace:

Não é a televisão que impõe programas ao público, mas o público


popular que impõe a programação através dos índices de
audiência (...) não é o público que se parece com a televisão, mas
sim a televisão se parece com o público.

Esta visão de Eric Mace acrescenta um indispensável tema, na medida em que,


o papel do público tem cada vez mais uma função preponderante na evolução da própria
televisão. Cada vez mais se verifica que a televisão confere mais atenção e mais tempo
de antena à esfera privada e afectiva da sociedade. A televisão da actualidade, se assim
a podemos intitular, ambiciona atingir o maior número de audiência, através da
exploração dos seus gostos. Houve, assim, uma passagem de uma televisão que se
centrava na esfera pública e racional para uma televisão que se baseia na esfera privada
e afectiva. Ou pode ainda dizer-se, de uma televisão que se assume como um espaço de
formação para uma televisão que agora serve apenas como espaço de convívio.
Actualmente, o que acontece no panorama mediático, sobretudo na televisão, é
que os media ao reflectirem a realidade, fazem-no de acordo com os interesses do poder
socialmente dominante. A informação tem cada vez mais uma visão mercantil da
realidade, na medida em que os acontecimentos seleccionados, para serem apresentados
como notícias, correspondem àquilo que é o interessante e inesperado, àquilo que capta
a curiosidade da audiência, e não àquilo que é mais importante, realmente, para o
público.

9
Televisão Pública vs Televisão Privada

O aparecimento da televisão privada foi um factor que provocou um aumento


da concorrência2, devido ao elevado número de canais que oferece, e por isso também
esta desenfreada procura por maior audiência, nem que seja necessário distorcer a
realidade, confundindo-a inúmeras vezes com ficção, algo que não ocorria até ao final
do século passado.
Antigamente a televisão era destinada à informação e à transmissão de cultura,
e por isso destinada a um público-alvo de dimensões mais reduzidas, muitas vezes
denominado por elite, algo que actualmente não ocorre, visto que a televisão é hoje
direccionada para um público de massas, querendo com isto dizer, que não é restrita a
ninguém, porque isso limitaria as audiências da mesma.
Para muitos analíticos, o futuro está dependente da televisão pública porque,
supostamente, este serviço não deveria visar atingir lucro com a audiência, e deveria
demonstrar-se incompatível com o sensacionalismo, distanciando-se do mercado, e
cumprindo o seu objectivo de apresentar informação com qualidade realista. O serviço
público deve funcionar como o garante do raciocínio e da argumentação, mas sabemos
que hoje em dia, ele já se encontra algo afectado e transformado, porque tal como as
televisões privadas, já dá prioridade à programação, às notícias e à informação
dramática e violenta, pois a opinião encontra-se generalizada e o interesse do público
resume-se a acontecimentos negativos e deveras emocionantes.
Actualmente é possível afirmar que as televisões generalistas trabalham toda a
sua informação através do sensacionalismo e do espectáculo, procurando a proximidade,
a dramatização e o fornecimento de informação sobre as pessoas do designado Jet7, ou
seja, as pessoas que se destacam por serem conhecidas publicamente.
Não se registam enormes diferenças, nos dias de hoje, entre a televisão pública
e a televisão privada, visto que os seus critérios, devido ao público-alvo, são
semelhantes. A diferença nota-se talvez no tom que a RTP ainda tenta imprimir, que se
baseia na sobriedade, enquanto a TVI procura apenas o sensacionalismo e informação
dramática e chocante.

2
Anexo 2 – Notícia referente à luta pelas audiências. RTP e TVI em nova guerra de audiências

10
A televisão de um serviço destinado à informação, à educação e à distracção,
passou a destinar-se aos interesses económicos, transformando por isso, a programação,
que é fornecida actualmente, apenas tendo em vista a captação do maior número de
audiências. Não confere importância ao que diz, mas sim à forma como o diz, visando
entreter o telespectador, e assim captar a sua atenção durante o maior tempo possível.
Actualmente a televisão deixou de ser uma janela aberta para o mundo,
tornando-se um espelho da sociedade, ou seja, ela fornece ao telespectador aquilo que
ele deseja, sempre com o objectivo principal de atingir maior audiência, e
consequentemente mais lucro.
Espera-se que a televisão pública consiga ao longo do tempo manter-se
afastada deste fenómeno que é o espectáculo, para fornecer ao telespectador uma
programação isenta, diversificada, abrangente e que mantenha os objectivos para os
quais a televisão surgiu (informar, educar e distrair) intactos ao longo do tempo,
preocupando-se assim não só com o público de massas, como também com o público
das elites, ajudando na formação dos cidadãos. Ao vermos a programação do canal
público RTP1 constata-se que cada vez mais se aproxima à TVI, procurando também
ele temas e notícias chocantes, com base no sensacionalismo e no espectáculo,
despreocupando-se em informar correctamente, visto que o seu orçamento é pago pelos
contributos, sob a forma de impostos, por parte da nossa sociedade.

11
Consequências da evolução da televisão: O nosso
parecer

A televisão que supostamente teria um papel essencial ao nível da educação,


completando aquela que era transmitida pelos pais, está a desenvolver um mau trabalho
visto que em vez de educar, deseduca, através da sua programação, principalmente
através dos programas de entretenimento, que dão os piores exemplos e apenas
transmitem, quase na totalidade, valores nada dignos para a sociedade, ao invés de
transmitir valores adequados á formação das crianças e adolescentes.
Visto que a nossa sociedade ainda possui um nível de escolaridade baixo,
verifica-se uma acentuada influência dos media, principalmente da televisão,
produzindo um elevado impacto no nível educacional da nossa população. E não
podemos considerar que apenas as crianças e jovens são afectados pela televisão, visto
que os idosos, e pessoas que se encontram apenas dependentes da televisão, como meio
de difusão de informação, caso dos doentes, são também deveras influenciados pela
mesma, chegando mesmo a pensar que no mundo apenas existem crimes, calamidades e
desgraças, desconhecendo por isso a realidade em toda a sua dimensão.
Os canais privados apenas visam o mercado e a concorrência deste, somente
com o objectivo de vender anúncios, demonstrando aos anunciantes que o canal é
visualizado por uma determinada quantidade de pessoas, mantendo-se fiel aos desejos
do telespectador, visto que apenas transmite aquilo que a população deseja ver e ser
informada.
A RTP que se afirma como canal público, visto ser propriedade total do
Estado, deveria disponibilizar e transmitir um serviço mais sério e rigoroso, sendo que
não só os telespectadores deste país, como também os demais países lusófonos,
merecem ser informados da realidade portuguesa, e mesmo daquilo que acontece no
resto do mundo, sob pena de tornar a nossa população cada vez mais inculta. E para isso
é necessário que deixe de uma vez por todas as questões relativas ao mercado, como é o
caso da concorrência pelas audiências, sejam postas de lado para que a televisão
“pública” não se torne “privada” mesmo pertencendo ao Estado.
Afirmando que o canal público e os demais canais deveriam exercer um papel
educativo e de ajuda na formação dos cidadãos, queremos apenas transmitir que toda a
programação deveria ser regida por um conjunto de princípios e valores que
dignifiquem o ser humano, ao invés de denegrir e prejudicar a imagem do mesmo. E

12
para isso não é necessário somente transmitir ópera, ballet, cinema e teatro, mas sim
fornecer uma programação com um nível cultural razoavelmente rigoroso, moderno,
tranquilo, sério, mas suficientemente divertido para distrair o espectador. O ideal seria
fornecerem uma programação atraente, mas não sensacionalista (como se verifica
actualmente!) e cultural, mas não enfadonha, porque actualmente com o reduzido tempo
diário que a maior parte da população dispõe para ver televisão, ninguém deseja sentar-
se em frente ao ecrã, e ver um programa que não seja interessante e cativante.
Esperemos que a televisão consiga contribuir para o crescimento e
desenvolvimento das pessoas, despertando em cada uma o interesse e gosto pelo saber e
conhecimento, tornando cada indivíduo mais autónomo, estimulando nele diversos
interesses e motivações que elevem a sua personalidade.

13
TVI vs RTP1: Análise e Comparação
O nosso estudo incidiu sobre o fim-de-semana de 22 e 23 de Novembro de
2008, onde procurámos descobrir qual dos canais (TVI e RTP1) teve mais audiências,
bem como, os programas preferidos dos portugueses.
Iremos, de seguida apresentar alguns gráficos3, gentilmente cedidos pela
MEDIAMONITOR, fazendo a nossa análise dos dados apresentados.

Tempo Médio de Audiência


1:55

1:40

1:26

1:12

0:57

0:43

0:28

0:14

0:00

17-Nov 18-Nov 19-Nov 20-Nov 21-Nov 22-Nov 23-Nov

RTP1 1:29:54 1:30:12 1:32:33 1:25:47 1:34:59 1:13:28 1:18:04


TVI 1:41:53 1:30:35 1:48:44 1:45:26 1:39:13 1:27:03 1:38:19

Gráfico 1 - Tempo Médio de Audiência da RTP1 e da TVI (Fonte: MEDIAMONITOR)

Share
100%
90%
80%
32,7 28,7 30,5
34,1 33,3 27,6 28,0
70%
60%
50%
40%
30%
27,2 28,2 28,9
27,6 25,9 22,7 22,0
20%
10%
0%

17-Nov 18-Nov 19-Nov 20-Nov 21-Nov 22-Nov 23-Nov

TVI 32,7 28,7 34,1 33,3 30,5 27,6 28,0


RTP1 27,2 28,2 27,6 25,9 28,9 22,7 22,0

Gráfico 2 - Gráfico 1 - Share da RTP1 e da TVI (Fonte: MEDIAMONITOR)

3
Em anexo nº 3, encontram-se os gráficos completos (Com todos os canais incluídos)

14
Após analisarmos os gráficos acima dispostos, verificámos que a estação de
Queluz possui um ascendente de audiência em relação ao canal público, não apenas
durante o fim-de-semana (dias aos quais conferimos maior ênfase na nossa análise), mas
também durante a semana, o que nos permite afirmar que a TVI se assume como a
estação televisiva preferida dos portugueses. Apesar disso, é facilmente constatável que
cada vez mais a RTP1 se aproxima do nível de audiência da TVI, sendo que a diferença
existente entre estes dois canais ao nível das audiências é cada vez menos significativa.
Daqui podemos tirar algumas conclusões, ou pelo menos avançar com possibilidades:
ou os programas que estes dois canais televisivos emitem são muito díspares, fazendo
com que os telespectadores se dividam em relação ao canal que querem visualizar; ou, e
no extremo oposto, a RTP1 está, cada vez mais, a tentar equiparar-se à estação privada
em relação aos programas escolhidos e, sendo assim, estes dois canais estão a
aproximar-se a passos largos no que diz respeito à programação e à luta pelas
audiências. Pelo que analisámos até ao momento, ainda não nos é permitido afirmar
com clareza qual das possibilidades está mais próxima da realidade mas, podemos
avançar com a nossa tese de que será a segunda opção a mais provável.
Para possibilitar uma análise mais profunda e se poder elaborar uma
comparação ainda mais exacta, iremos expor as tabelas relativas aos tops de audiências,
primeiramente de ambos os canais em separado, e numa fase posterior, as tabelas
relativas aos tops nacionais nos dias de 22 e 23 de Novembro.

15
RTP 1
Data Hora Início Duração_T Descrição Desc2 Universo Adultos

rat% shr% rat% shr%

RTP1

1 22-11-2008 19:14:22 00:44:45 VILA FAIA 10,7 31,5 11,6 33,1

2 22-11-2008 20:00:00 00:53:53 TELEJORNAL 10,6 28,6 11,7 30,5

3 22-11-2008 13:00:00 00:54:53 JORNAL DA 7,4 32,3 8,0 34,2


TARDE
4 22-11-2008 21:01:33 00:14:56 A VOZ DO CIDADAO 6,5 18,4 7,3 19,7

5 22-11-2008 21:23:06 00:57:06 LIBERDADE 21 5,4 15,3 6,0 16,7

6 22-11-2008 17:04:42 01:40:16 A MINHA GERAÇAO (R) 5,3 25,4 5,8 27,0

7 22-11-2008 12:33:05 00:26:15 CONTRA 4,5 27,6 4,8 29,5

8 22-11-2008 14:04:51 01:07:36 TOP + 4,3 27,1 4,7 29,0

9 22-11-2008 22:20:25 00:54:14 AINDA BEM QUE 3,9 12,3 4,2 12,7
APARECESTE...
10 22-11-2008 15:34:13 00:40:53 SMALLVILLE 3,2 27,1 3,6 29,7

[TOTAL] 17:37:37 08:34:47 6,1 24,0 6,7 25,5

Tabela 1- Top de Audiências da RTP1 (Fonte: MEDIAMONITOR)

Data Hora Duração_T Descrição Desc2 Universo Adultos


Início
rat% shr% rat% shr%

RTP1

1 23-11-2008 19:59:59 00:53:38 TELEJORNAL 12,4 30,2 13,5 31,7

2 23-11-2008 21:00:03 00:21:52 AS ESCOLHAS DE MARCELO REBELO DE 10,7 25,2 11,6 26,3
SOUSA
3 23-11-2008 18:53:58 00:22:00 TELERURAL (R) 10,6 30,3 11,3 31,5

4 23-11-2008 19:24:44 00:34:22 VILA FAIA 9,2 23,5 9,9 24,7

5 23-11-2008 13:00:00 00:50:12 JORNAL DA TARDE 7,1 27,8 7,6 28,4

6 23-11-2008 21:30:47 01:39:50 A MINHA GERAÇAO 6,8 17,1 7,7 18,3

7 23-11-2008 16:54:41 01:39:21 OLHA QUEM DANÇA! (R) 5,8 21,9 6,3 23,3

8 23-11-2008 14:00:09 00:59:40 SO VISTO! 4,9 25,4 5,3 26,5

9 23-11-2008 12:35:04 00:24:16 MR. BEAN (R) 4,2 20,1 4,3 20,4

10 23-11-2008 16:02:54 00:41:44 OSSOS 3,2 18,7 3,5 20,0

[TOTAL] 17:20:13 08:26:55 7,1 23,1 7,7 24,3

Tabela 2 - Top de Audiências da RTP1 (Fonte: MEDIAMONITOR)

16
Analisando as tabelas relativas aos tops de audiências do canal público, entre os
dias 22 e 23 de Novembro, pode-se constatar que os programas4 que provocam maior
interesse nos telespectadores são os informativos (“As escolhas de Marcelo Rebelo de
Sousa”) e os programas de entretimento, englobando aqui os concursos (“Olha Quem
Dança”) e a telenovela “Vila Faia”, principalmente. Apesar de outros programas
possuírem também, destaque nos tops expostos, como é o caso de algumas séries
exclusivas do fim-de-semana (“Mr. Bean”).
Além destas evidências, uma situação que pudemos comprovar na tabela é que a
população adulta demonstra maior preferência pelo canal público do que as crianças,
visto que se analisarmos o share em todos os programas do top, este é mais elevado
quando são apenas consideradas as pessoas adultas como universo, do que quando se
toma em consideração toda a população, incluindo não só os adultos, como também as
crianças. Dado este, que também poderá ser importante para considerar na nossa análise
geral.

4
Em anexo (nº4) estão discriminados os programas mais relevantes da RTP1

17
TVI

Data Hora Início Duração_T Descrição Desc2 Universo Adultos

rat% shr% rat% shr%


TVI

1 22-11-2008 21:15:16 01:10:45 CAIA QUEM CAIA 11,9 33,8 12,3 34,0

2 22-11-2008 22:26:16 00:38:43 FEITIÇO DE 11,7 37,4 12,1 37,6


AMOR
3 22-11-2008 19:59:57 00:49:20 JORNAL 11,6 31,3 11,9 31,1
NACIONAL
4 22-11-2008 23:23:48 00:40:07 OLHOS NOS OLHOS 8,3 36,1 8,7 35,8

5 22-11-2008 18:15:31 01:28:48 MATINE SABADO O ALVO 7,1 23,8 7,1 23,1
III
6 22-11-2008 12:59:57 00:44:17 JORNAL DA UMA 6,1 26,6 6,1 26,4

7 22-11-2008 13:56:55 01:19:41 MATINE SABADO BEAN 4,3 26,9 4,3 26,0
I
8 22-11-2008 15:50:12 01:37:26 MATINE SABADO TERAPIA DO 3,9 27,0 3,8 26,0
II AMOR
9 22-11-2008 12:14:31 00:44:49 ANTEVISAO 3,4 22,4 3,3 23,0

10 22-11-2008 24:21:43 01:37:51 FILME DE 12 MACACOS 2,8 29,1 3,1 29,3


SABADO
[TOTAL] 18:28:24 10:51:47 6,5 29,5 6,7 29,3

Tabela 3 - Top de Audiências da TVI (Fonte: MEDIAMONITOR)

Data Hora Início Duração_T Descrição Desc2 Universo Adultos

rat% shr% rat% shr%


TVI

1 23-11-2008 21:54:06 01:10:32 FEITIÇO DE 16,2 40,6 16,5 39,5


AMOR
2 23-11-2008 20:51:47 00:47:20 REPORTER TVI CASA PIA - A 14,5 34,2 14,9 33,8
INVESTIGAÇAO
3 23-11-2008 19:59:57 00:41:02 JORNAL 12,1 29,4 12,5 29,2
NACIONAL
4 23-11-2008 17:28:08 01:59:14 MATINE A LENDA DO ZORRO 8,4 26,0 8,6 26,0
DOMINGO II
5 23-11-2008 23:19:26 01:46:00 CASOS DA VIDA FALSAS ESPERANÇAS 6,2 35,6 6,7 34,7

6 23-11-2008 12:30:02 00:26:29 JORNAL DA UMA 5,0 25,0 5,2 25,6

7 23-11-2008 14:00:45 02:12:20 MATINE A VERDADE DA MENTIRA 4,2 23,2 4,3 22,9
DOMINGO I
8 23-11-2008 12:56:51 00:58:13 SUPERLEAGUE FORMULA 4,1 16,0 4,3 16,1

9 23-11-2008 10:59:42 01:14:11 EUCARISTIA DOMINICAL 4,0 30,4 4,2 32,4

10 23-11-2008 10:37:04 00:22:38 HANNAH MONTANA 2,7 23,6 2,3 21,3

[TOTAL] 16:27:46 11:37:59 7,6 29,5 7,8 29,3

Tabela 4 - Top de Audiências da TVI (Fonte: MEDIAMONITOR)

18
Em relação ao top de audiências da TVI pode constatar-se que esta estação
televisiva ocupa, ao fim-de-semana, uma grande parte do tempo da sua programação
com filmes (“A Lenda do Zorro”, “A verdade da Mentira”, “12 Macacos”, “Terapia do
Amor, “Bean”, “O Alvo”), o que provoca grande interesse nos espectadores, porque é
uma forma de os distrair, e porque durante a semana não são transmitidos, ou se o são, é
a horas pouco recomendáveis para quem enfrenta no dia seguinte as responsabilidades
de um trabalho ou da vida escolar. Mas existem outros programas que possuem uma
elevada afluência por parte da população portuguesa, como é o caso dos programas
informativos (“Reportagem TVI”), e das telenovelas (“Feitiço de Amor”).
Por último, mas talvez aquele que mais sobressai na análise aos tops de
audiências deste canal, destaca-se o programa “Caia Quem Caia”5, que apenas é
transmitido semanalmente e talvez por isso gera maior interesse nos telespectadores,
além de se tratar de um programa, também ele, com a sua quota-parte de polémica.
Para além destes aspectos que referimos, gostaríamos de mencionar que, ao
contrário do que se passa na RTP1, onde na maioria dos programas presentes no top, o
share diminui quando é tomado em consideração como universo toda a população, neste
canal privado tal não acontece, pois o share é mais elevado quando se está a analisar
todo o universo e diminui um pouco quando se toma em conta apenas população adulta.
Tal leva-nos a crer que as crianças e jovens têm maior preferência por esta estação
televisiva.

5
Consulte o anexo nº5, referente à discrição deste programa

19
Tops de Audiências Nacional

Âmbito Nacional
Dia 22 de Novembro, Top 15 de Programas
TOTAL TV
Top Programas

Classificação Universo Adultos 15+


Hora Início Duração Programa Canal
Dia 22 Dia 21 Rat% Shr% Rat% Shr%
1 * 21:19:46 1:08:18 NAO HA CRISE! SIC 12,6 36,4 12,4 34,7
2 * 21:15:16 1:10:45 CAIA QUEM CAIA TVI 11,9 33,8 12,3 34,0
3 1 22:26:16 0:38:43 FEITIÇO DE AMOR TVI 11,7 37,4 12,1 37,6
4 * 19:59:57 0:49:20 JORNAL NACIONAL TVI 11,6 31,3 11,9 31,1
5 * 19:14:22 0:44:45 VILA FAIA RTP1 10,7 31,5 11,6 33,1
6 3 20:00:00 0:53:53 TELEJORNAL RTP1 10,6 28,6 11,7 30,5
7 10 20:00:00 1:07:01 JORNAL DA NOITE SIC 10,6 28,7 10,7 28,2
8 * 22:59:55 0:39:00 OS SEGREDOS DA MAGIA SIC 8,9 30,9 9,0 30,2
9 12 23:23:48 0:40:07 OLHOS NOS OLHOS TVI 8,3 36,1 8,7 35,8
10 14 13:00:00 0:54:53 JORNAL DA TARDE RTP1 7,4 32,3 8,0 34,2
11 * 17:57:45 1:29:43 FILME DE SABADO TARDE I DIVORCIO DE MILHOES SIC 7,3 25,0 7,3 24,4
12 * 18:15:31 1:28:48 MATINE SABADO III O ALVO TVI 7,1 23,8 7,1 23,1
13 * 12:59:59 0:48:30 PRIMEIRO JORNAL SIC 6,9 30,1 7,1 30,5
14 * 21:01:33 0:14:56 A VOZ DO CIDADAO RTP1 6,5 18,4 7,3 19,7
15 * 12:59:57 0:44:17 JORNAL DA UMA TVI 6,1 26,6 6,1 26,4

Tabela 5 - Top de Audiências Nacional (Fonte: MEDIAMONITOR)

Dia 23 de Novembro, Top 15 de Programas


TOTAL TV
Top Programas

Classificação Universo Adultos 15+


Dia Dia Hora Início Duração Programa Canal
Rat% Shr% Rat% Shr%
23 22
1 3 21:54:06 1:10:32 FEITIÇO DE AMOR TVI 16,2 40,6 16,5 39,5
2 * 20:51:47 0:47:20 REPORTER TVI CASA PIA - A INVESTIGAÇAO TVI 14,5 34,2 14,9 33,8
3 * 21:58:25 0:42:41 GATO FEDORENTO: ZE CARLOS SIC 13,2 31,4 13,6 31,0
4 6 19:59:59 0:53:38 TELEJORNAL RTP1 12,4 30,2 13,5 31,7
5 4 19:59:57 0:41:02 JORNAL NACIONAL TVI 12,1 29,4 12,5 29,2
6 13 12:59:58 0:46:07 PRIMEIRO JORNAL SIC 12,0 46,0 12,7 46,7
7 7 19:59:58 0:50:53 JORNAL DA NOITE SIC 11,9 28,7 12,2 28,4
8 * 21:04:01 0:41:51 GRANDE REPORTAGEM CHOQUE SIC 11,8 27,5 12,2 27,5
9 * 18:15:42 1:29:39 FILME DE DOMINGO TARDE II DE REPENTE JA NOS 30 SIC 11,7 32,8 11,5 31,4
10 * 21:00:03 0:21:52 AS ESCOLHAS DE MARCELO REBELO DE SOUSA RTP1 10,7 25,2 11,6 26,3
11 * 18:53:58 0:22:00 TELERURAL (R) RTP1 10,6 30,3 11,3 31,5
12 5 19:24:44 0:34:22 VILA FAIA RTP1 9,2 23,5 9,9 24,7
13 * 16:30:17 1:17:24 FILME DE DOMINGO TARDE I MADAGASCAR SIC 8,6 39,5 8,2 36,8
14 * 17:28:08 1:59:14 MATINE DOMINGO II A LENDA DO ZORRO TVI 8,4 26,0 8,6 26,0
15 * 13:58:34 0:27:03 FAMA SHOW SIC 8,2 38,6 8,7 39,5

* não ocorreu ou não estava no top


Tabela 6 - Top de Audiências Nacional (Fonte: MEDIAMONITOR)

20
Ao observarmos os tops de audiências relativos ao fim-de-semana de dia 22 e 23
de Novembro, podemos apurar que o público procura na RTP1 o espaço informativo,
que apesar de já se aproximar ao espírito sensacionalista dos outros canais, ainda
consegue emitir com um tom de sobriedade as suas notícias (ou pelo menos a população
ainda assim pensa), e ainda a telenovela (“Vila Faia”), que se demonstra como um
enorme atractivo para a população portuguesa.
Já analisando os tops, focando com atenção a estação dirigida por José Eduardo
Moniz, pode-se verificar que o já referido programa de entretenimento “Caia Quem
Caia”, reúne um enorme ponto de afluência por parte dos telespectadores, pelas razões
também já referidas (programa semanal e polémico). A TVI é também valorizada pela
população pelo espírito emocionante com que transmite os seus programas
informativos, caso dos telejornais e das suas reportagens. E como já era de
conhecimento geral, as suas novelas possuem também uma enorme importância na
conquista de maior audiência por parte desta estação, que ao apostar em novelas
exclusivamente portuguesas (“Feitiço de Amor” e “Olhos nos Olhos”), procura obter
cada vez mais um maior número de telespectadores.
Examinando o tipo de população que prefere cada estação televisiva, é
constatável através dos valores do share do canal público, que a população adulta
procura mais esta estação televisiva do que a população que se insere na faixa etária das
crianças e mais jovens. Facto que não sucede na TVI, que possui uma maior afluência
de público jovem e de crianças, talvez pela sua aposta mais efectiva para a conquista da
audiência juvenil. É possível verificar este facto devido ao aumento de share que a
RTP1 sofre quando é retirada do universo da análise a população com idade inferior a
15 anos, situação inversa à que ocorre na TVI, onde o share diminui quando é
considerado o share apenas da população adulta.
Partindo agora da análise dos tops de audiências dos dois canais, podemos
comparar o seu tipo de programação, as suas estratégias, e modos de transmissão dos
seus conteúdos. Ambos conferem elevada importância a programas de nível nacional,
dando-lhes prioridade sobre os programas estrangeiros, mas o modo como os
apresentam e as suas estratégias para atingir os objectivos – audiências – são ainda um
pouco distintos, apesar de já se verificarem muito próximos. Queremos com isto
afirmar, que a programação do canal público, RTP1, se encontra cada vez mais parecida

21
com a da TVI, não apenas no conteúdo, como também na forma como ela e elaborada e
transmitida.
A RTP1, há algum tempo atrás, talvez por ser um canal público com todas as
suas implicações e responsabilidades, começou a perder audiência para os canais
privados, algo que não deveria preocupar muito os seus responsáveis, no âmbito de que
ao assumir-se como o canal da população portuguesa, não deveria ter como principal
objectivo a conquista de receitas. Como sabemos, essa preocupação começou mesmo a
assolar a mente dos directores deste canal televisivo, sucedendo por isso a alteração na
mentalidade destes para a modificação das estratégias na sua programação. Aquele tom
de sobriedade tão característico da RTP1 começou a dissolver-se, sendo que neste
momento o fenómeno do chocante, emocionante e sensacional já influenciou, e muito, o
nosso canal público.
Voltando ao assunto que previamente introduzimos, o sensacionalismo na nossa
televisão, podemos verificar que a tese por nós avançada anteriormente se encontra
correcta, visto que a programação da RTP1 tem-se vindo a alterar, procurando
assemelhar-se à TVI, que actualmente é a líder das audiências. Mas a partir deste ponto
é também constatável, os interesses da população portuguesa. Ou seja, se os
telespectadores, procuram, na sua maioria, a estação de Queluz, é sinal que sentem
interesse pelo sensacional e não por aspectos de tom sóbrio. Este facto deve-se ao nível
do estado em que a nossa sociedade vive actualmente. Queremos com isto dizer, que o
facto de a população passar o dia sem tempo disponível, num elevado grau de stress, e
cheia de preocupações, tem consequências no tipo de programação que prefere na sua
televisão. As pessoas hoje em dia não dispõem de muito tempo para se sentarem no sofá
a ver televisão, como forma de lazer, por isso, nos poucos momentos que têm para ver,
procuram nela um meio de distracção e entretenimento, sendo que algo sensacional é
interessante e prende a atenção, para relaxar um pouco das responsabilidades do
cansativo dia de trabalho ou de aulas. Por isso, os canais de televisão deixaram de ser
um veículo de transmissão de cultura, para se especializarem no entretenimento, com
programações animadas que prendam a atenção do telespectador.
Podemos portanto afirmar que é o telespectador que escolhe a programação da
televisão, porque se as audiências fossem baixas, por exemplo na TVI, decerto que os
seus responsáveis alteravam a sua programação, em busca dos interesses do
telespectador, por isso, se este, e os demais canais televisivos conseguem uma audiência

22
satisfatória, é sinal que a população se encontra agradada com a programação de que
dispõe.
Afirmamos, por isso, convictamente, e depois de toda a análise que efectuamos,
que a televisão e a sua programação são, nos dias de hoje, o “espelho da sociedade”.

23
Conclusão

Fazer a conclusão seja do que for, assume sempre duas formas distintas. Por
um lado a satisfação de se ter conseguido atingir os objectivos propostos e, por outro
lado, uma enorme vontade de se estar neste momento no ponto de partida, pois existe
sempre um desafio de se recomeçar para fazer melhor, impulsionando novas energias
para continuar.
Após elaborarmos este trabalho, reflectimos, concluindo que os conhecimentos
adquiridos serão, não só fundamentais para o nosso futuro enquanto profissionais da
Comunicação, como também importantíssimo a nível pessoal pois, como cidadãos
activos que somos na nossa sociedade, é sempre de extrema importância percebermos o
que está a acontecer e a evoluir nela. No que diz respeito aos objectivos propostos
inicialmente, isto é, analisar a programação das estações televisivas RTP1 e TVI,
percebendo o que mudou e porquê que mudou, pensamos que foram atingidos.
Para terminar, torna-se pertinente salientar que este trabalho, enquanto
promotor da formação de cada elemento do grupo, revestiu-se de extrema importância
para cada um de nós, pois através das nossas pesquisas e reflexões, enriquecemos os
nossos conhecimentos acerca do assunto tratado ao longo do trabalho.

24
Bibliografia

Livros:

 Brandão, N. G. (2002), O Espectáculo das Notícias. A televisão generalista e a


abertura dos telejornais, Lisboa, Editorial Notícias.
 Santos, J. Rodrigues dos (2001), Comunicação, Lisboa, Prefácio.
 Wolf, M. (2002), Teorias da comunicação, Lisboa, Editorial Presença.
 Esquenazi, Jean- Pierre (2006): Sociologia dos Públicos. Porto: Porto Editora
 Kovach, Bill e Rosenstiel (2004): Os Elementos do Jornalismo. O que os
profissionais de jornalismo devem saber e o público deve exigir. Porto: Porto
Editora
 Neveu, Erik (2005): Sociologia do Jornalismo. Porto: Porto Editora
 Rieffel, Rémy (2003): Sociologia dos Media. Porto: Porto Editora.

Sítios na Internet:
 www.tvi.iol.pt
 www.rtp.pt

25
26
RTP, SIC e TVI não cumprem lei da televisão
26 | 05 | 2008 15.05H
As três televisões generalistas não cumpriram, em 2007, as suas obrigações, tendo a
RTP falhado na difusão de obras em português, e a SIC e TVI nos programas de debate
e entrevistas, aponta um relatório da Entidade Reguladora hoje divulgado.

LUIS MIGUEL MOTA COM LUSA | LMOTA@DESTAK.PT


De acordo com o relatório de regulação referente ao ano passado, a monitorização da
emissão dos canais portugueses mostrou «insuficiências claras» no cumprimento das
obrigações da RTP, nomeadamente no que diz respeito a programas formativos e
dirigidos aos jovens e crianças, mas também na quota de difusão de obras de produção
em língua portuguesa.
«A RTP1 não cumpriu a obrigatoriedade de difusão de pelo menos 20% de obras
criativas de produção originária em língua portuguesa, tendo até registado uma descida
relevante relativamente a 2006». Incumprimento que foi também registado na RTP2,
onde se verificou igual descida.
A estação pública registou também um «baixo índice» de programas formativos, uma
«quase ausência» de programas dirigidos aos públicos juvenil e infantil nos dias úteis e
para os grupos minoritários, obrigações impostas pelo contrato de concessão de serviço
público.Também os canais privados SIC e TVI também foram acusados de
incumprimento, tendo ambos falhado a obrigação de emitir programas informativos de
debate e entrevista autónomos e com periodicidade semanal.
No caso da TVI, a entidade reguladora adianta ainda que o canal não cumpre a
obrigação de emitir diariamente programas dirigidos ao público juvenil e infantil, no
período da manhã ou da tarde.
O relatório refere também que a SIC «só parcialmente cumpriu» as obrigações de
transmitir programas de natureza cultural e formativa em horários que tenham boas
audiências e de apresentar uma oferta diversificada no horário nobre.

Fonte: http://www.destak.pt/artigos.php?art=11419

27
28
29
Share
100%
16,0 13,0 14,2 12,3 12,6 13,2 17,6
80%
32,7 28,7 34,1 33,3 30,5 27,6
31,5
60%
22,2 23,9 21,3 23,5 21,7
40% 26,3 26,6
4,9 5,0 4,7 4,8 5,7
4,1 5,5
20%
27,2 28,2 27,6 25,9 28,9 22,7
22,1
0%

16-Nov 17-Nov 18-Nov 19-Nov 20-Nov 21-Nov 22-Nov

Cabo/outros 16,0 13,0 14,2 12,3 12,6 13,2 17,6


TVI 31,5 32,7 28,7 34,1 33,3 30,5 27,6
SIC 26,3 22,2 23,9 21,3 23,5 21,7 26,6
2: 4,1 4,9 5,0 4,7 4,8 5,7 5,5
RTP1 22,1 27,2 28,2 27,6 25,9 28,9 22,7

Tempo Médio de Audiência


2:24

1:55

1:26

0:57

0:28

0:00

16-Nov 17-Nov 18-Nov 19-Nov 20-Nov 21-Nov 22-Nov

RTP1 1:17:44 1:29:54 1:30:12 1:32:33 1:25:47 1:34:59 1:13:28


2: 0:17:13 0:21:28 0:21:25 0:21:50 0:21:18 0:24:46 0:21:22
SIC 1:28:51 1:14:54 1:18:32 1:13:12 1:20:02 1:13:26 1:22:32
TVI 1:47:43 1:41:53 1:30:35 1:48:44 1:45:26 1:39:13 1:27:03
Cabo/outros 1:49:11 1:23:04 1:35:54 1:19:07 1:20:23 1:28:00 1:52:23

30
31
A MINHA GERAÇÃO
Sobre este programa:

Catarina Furtado está de regresso com um talk show que vai abordar várias décadas de
música

A Catarina Furtado cabe conduzir um programa que mistura história da música


portuguesa com interpretação.
"A Minha Geração" tem como base os grandes acontecimentos históricos desde 1960
até ao presente, recorrendo a imagens de arquivo para melhor contextualização do
público. O fio condutor é a música-entendida como forma privilegiada de identificação
de diferentes gerações-apresentada década a década, e organizada em torno dos temas
culturais, politicos, sociais ou científicos mais marcantes de cada uma das décadas em
causa. É também objectivo deste projecto apresentar testemunhos pessoais de quem
tenha tido a oportunidade de viver alguns momentos mais importantes dos últimos 50
anos.
A Minha Geração é um programa de entretenimento e de testemunhos da história da
sociedade portuguesa das décadas de 60, 70, 80, 90 e dos primeiros anos do século XXI.
Os protagonistas são todos aqueles que assistiram, participaram ou viveram as
consequências dos grandes e dos pequenos momentos que fizeram História.
Protagonistas anónimos, mas, sem dúvida, testemunhas presentes e vibrantes de
acontecimentos que nos marcaram a todos.
Conte-nos também a sua história, o seu olhar sobre o que de mais importante
testemunhou. Partilhe connosco as suas memórias.
E, quem sabe, se brevemente não poderá partilhar a evocação desses momentos com
uma audiência mais vasta, em estúdio e no pequeno ecrã dos portugueses.
Participe, colabore com A Minha Geração, com a Sua Geração!
Contacte-nos pelo 210 105 105 e conte a sua história!

Fonte: www.rtp.pt

32
TOP +

Sobre este programa:

Francisco Mendes e Isabel Figueira mostram-lhe as


actualidades do mundo da música

Top Mais é um programa semanal, produzido e realizado


com o objectivo de divulgar o Top Nacional de Vendas,
elaborado pela Associação Fonográfica Portuguesa.
No seu conteúdo, assinalamos as alterações à tabela, com o devido destaque para os
discos mais vendidos da semana, exibindo os vídeos clips representativos das novas
entradas e maiores subidas de vendas.
De realçar o nosso espaço destinado à estrela de Novidades nacionais e estrangeiras de
alguns que estão ainda fora do Top assim como, um espaço para curtas entrevistas,
denominado por Backstage.

OLHA QUEM DANÇA!


Sobre este programa:

Um programa que vai mexer com toda a família. Descubra


porquê!

Um programa que junta pais e filhos num concurso de dança


bastante divertido, com Sílvia Alberto na apresentação e
ainda, como júri fixo, Marco De Camillis, Vítor Fonseca,
Catarina Avelar e, claro, João Baião.
Catorze pares dançarinos entram em competição e apenas um será o grande campeão de
dança.
A novidade está no facto de se tratar de uma competição de dança, na qual bailarinos
profissionais se vão juntar a um dos seus pais, bailarinos amadores.
Um tradicional programa de dança a nível verdadeiramente familiar.

Fonte: www.rtp.pt

33
VILA FAIA

Sobre este programa:

Titulo Original:«2008»
Actual, controversa, e inquietante, você vai voltar a apaixonar-se por Vila Faia…

25 Anos depois, a maior novela portuguesa de sempre vai ser recontada.


Numa adaptação aos nossos dias esta é a superprodução mais aguardada…
A melhor da ficção nacional com actores consagrados e surpreendentes novos talentos.
Actual, controversa, e inquietante, você vai voltar a apaixonar-se por Vila Faia…
Vila Faia é um conto português. Um conjunto harmónico de predestinações e tentativas
de operar a revolução e escapar ao que de cada um de nós se espera.
No centro do drama, a vinha, o vinho, a sua indústria, marca-registada de Portugal e
metáfora perfeita da importância da reputação, do prestígio conquistado ao longo de
anos e que, no entanto, se pode desvanecer num estalar de dedos: mas também a
amostra simbólica da casa, do nome que se carrega ou deseja ostentar.
Mais que qualquer outro tema, Vila Faia fala da família; isto é, o Deus desafiado e que
faz mover os acontecimentos não e o amor ou o dinheiro, como é habitual no género
telenovela, é a família, O desejo de se ser parte de uma; as duas famílias que qualquer
homem ou mulher tem: aquela onde nasce e a que construirá por si próprio e que podem
ou não substituir-se uma à outra.
A trama está povoada de órfãos, de filhos desencontrados dos pais, de mães que não
conseguem comunicar, de irmãos que se afastam e procuram, de homens e mulheres que
buscam seguir à risca o caminho trilhado pelos pais e outros que desejam fazê-lo em
sentido precisamente inverso. No final, todos correm de encontro ao cumprimento do
seu destino; uns porque nunca lhe souberam fugir, outros porque o reinventaram.

Fonte: www.rtp.pt

34
A VOZ DO CIDADÃO
Sobre este programa:

Da responsabilidade do Prof. Dr. José Manuel Paquete de Oliveira,o programa que é


exibido regularmente através de todas as Estações do Serviço Público de Televisão,
reflecte o tratamento dos casos mais significativos em cada semana trazidos à
apreciação do Provedor pelos Telespectadores.

LIBERDADE 21

Sobre este programa:

Neste mundo de competição, em que ninguém quer revelar as fragilidades, a vitória é a


única saída!

Vasconcelos, Brito e Associados é uma das grandes sociedades de advogados da capital,


fundada há mais de vinte anos e que com o tempo foi ganhando prestígio, tendo na
actualidade quase uma centena de advogados ao serviço.
A relação dos dois fundadores, Raul e Cristina, é intempestiva, mas, apesar de todos os
conflitos, sabem que a força da sociedade reside na união muito pouco provável das
suas personalidades.
Neste mundo de competição, em que ninguém quer revelar as fragilidades, a vitória é a
única saída. Mas será que tudo é permitido em nome da justiça?

Fonte: www.rtp.pt

35
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"Caia Quem Caia" (CQC) é um resumo semanal de notícias, em formato
magazine. Aborda assuntos diversos que compõem a actualidade, desde política,
desporto, a acontecimentos culturais e sociais. Tem como características fundamentais a
ironia, o humor inteligente e, muitas vezes, sarcástico na descoberta da verdade dos
factos.
O programa é animado por três apresentadores que, em estúdio, comentam as
notícias mais importantes da semana, com um olhar crítico sobre as peças jornalísticas
apresentadas pelos repórteres de exteriores.
O "Caia Quem Caia" não pára perante nada para dar a notícia. O objectivo é
alcançar, custe o que custar, a entrevista, a notícia, e conseguir estar presente em todos
os tipos de eventos, inaugurações, conferências de imprensa, concertos, estreias
mundiais de filmes, lançamentos de obras… Em todo o lado!
Os repórteres de exteriores irão entrevistar políticos, celebridades, e colocar
questões que outros jornalistas não querem, não podem, ou não conseguem fazer. A sua
imagem é inconfundível. Óculos escuros, fato preto, camisa branca e gravata preta.
A oferta de um par de óculos escuros é um gesto inconfundível que marca o
"Caia Quem Caia". Dalai Lama, Fidel Castro, Hugo Chavez, Woddy Allen, Tom Cruise
e muitos outros já foram contemplados por esse presente, quase a assinatura do
programa.
"Caia Quem Caia" já se tornou um programa de culto. A sua graça é fruto de
uma combinação de humor inteligente, irónico e cáustico. O programa apresenta pontos
de vista singulares na análise e na forma de abordar os assuntos da actualidade. A tudo
isto, junta-se o rigor jornalístico, e o exigente trabalho estético de pós-produção, que
imprime dinamismo, ritmo e originalidade ao programa.

Fonte: http://www.tvi.iol.pt/cqc/home.php

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