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Enquadramento Teórico.................................................................................................4
Nascimento do Telejornalismo....................................................................5
Evolução do Telejornalismo.........................................................................7
Linguagem Telejornalística.......................................................................11
Enquadramento Prático................................................................................................17
Conclusão.......................................................................................................................20
Bibliografia.....................................................................................................................21
Enquadramento Teórico
Jornalismo exige além de técnica, a ciência, pois pode ser considerado, por uma
arte. Esta arte requer a capacidade para apurar, reunir, seleccionar e disponibilizar a toda
a sociedade não somente notícias, mas também ideias e acontecimentos, de modo exacto
e claro, o mais rápido possível.
Muitos são os que afirmam que “o telejornalismo é uma janela para o mundo”.
Esta expressão consegue demonstrar a importância dos telejornais ao transmitirem tudo
que de mais importante acontece no mundo.
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Nascimento do Telejornalismo
Foi nos Estados Unidos, no longínquo ano de 1928, que pela primeira vez uma
transmissão televisiva teve como conteúdo principal um acontecimento jornalístico. A
transmissão foi da responsabilidade da emissora WGY e baseou-se na transmissão da
proclamação de um pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata que dava pelo
nome de Al Smith. Nos anos que se seguiram a esta data marcante para o jornalismo,
entraram no ar as três primeiras emissoras de televisão: a WGY, a W2BS e ainda a
W2XAB.
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iniciou de forma regular as suas transmissões e no ano seguinte com a coroação do seu
rei George VI atingiu audiências deveras significativas. Sofreu um revés com a Segunda
Guerra Mundial, que obrigou à paragem das transmissões, que apenas voltaram no ano
de 1946, após o término da guerra.
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Evolução do Telejornalismo
Quando surgiu este tipo de jornalismo, ele seguiu alguns padrões não só do
jornalismo impresso, como também da rádio. Nessa altura as notícias eram lidas em
frente à câmara. Mas rapidamente se notou a relevância do pivot do telejornal, pois foi
constatado que os aspectos como a aparência, as expressões e a maneira como este
apresentava as notícias, produziam diferentes efeitos e reacções por parte dos
telespectadores. Sem capacidade para transmitir imagens, os telejornais tinham todas as
suas esperanças no sucesso do jornal concentradas no “locutor”, pois nesta altura ainda
não se apelidava de “pivot” o apresentador do telejornal.
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Passado algum tempo surgiram então as imagens, pois sem a utilização destas,
os telejornais não eram mais que jornais radiofónicos. A transmissão das imagens
através de satélites veio também permitir que o ritmo a que se transmitiam fossem
acelerados.
Alem dos aspectos já referidos, muitos outros foram sendo melhorados, para que
o telejornal tenha a apresentação que hoje todos nos conhecemos. Um deles foi a
preocupação com a melhoria dos cenários, conjugando formas e cor para que a
harmonia no ambiente de apresentação do telejornal fosse maior.
O pivot deixou de ser apenas aquela pessoa que lia as noticias, para se tornar na
figura central do telejornal e por isso foi necessário melhorar também os aspectos
relacionados com o mesmo. Tornou-se necessário que o pivot fosse uma pessoa de boa
apresentação, que possuísse uma boa e linda voz, e começou a ser vestido de forma
elegante. Os pivots dos telejornais passaram também e desempenhar uma função activa
na organização do telejornal. Juntamente com os editores e chefes de redacção,
começaram a dar também a sua opinião sobre o que deveria ou não ser noticiado no
telejornal. Os pivots começaram ainda a acompanhar o processo de produção das
reportagens para se encontrarem dentro dos temas quando as apresentassem no
telejornal. A função destes tornou-se crucial para o êxito dos telejornais nas diversas
estações televisivas em todo o mundo.
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procuraram sempre transmitir as imagens com a melhor qualidade possível, situaçao
que exigiu aos técnicos de imagem uma concentração enorme na realização das suas
tarefas.
A selecção e das notícias também sofreu alterações, pois o objectivo é que estas
sejam vistas integralmente pelo telespectador. Para isso foi necessário atingir uma maior
coerência, organização e coesão nas notícias, sob pena de as notícias se tornarem pouco
credíveis e desinteressantes para o telespectador, o que poderia provocar a diminuição
de audiências à medida que o telejornal ia decorrendo.
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responsável pela produção da reportagem que vai ser transmitida, até mesmo pela
recolha de imagens através de uma câmara digital, enquanto no formato antigo, o
jornalista dispunha de um técnico responsável pela recolha das imagens. A edição da
reportagem poderá ser feita por um editor, mas em algumas situações poderá mesmo ter
que ser o jornalista a efectuar a edição da mesma. Neste novo formato é necessário um
jornalista muito mais capacitado para conseguir desenvolver todo um conjunto de
funções. Esta situação têm também efeitos negativos, pois funções específicas que antes
existiam, deixam de existir, porque se os jornalistas são responsáveis por essas tarefas,
as emissoras aproveitam para poupar algum dinheiro em ordenados e extinguem
algumas funções dos seus quadros técnicos.
Existe também uma grande questão relativa aos telejornais: são os telejornais o
espelho da realidade social ou serão eles por outro lado, os construtores da realidade?
Esta questão tem provocado a opinião de vários analistas e ainda não foi reunido
consenso. Correcto é afirmar que o jornalismo como “4º Grande Poder” tem realmente
capacidades para modificar e até mesmo construir uma sociedade.
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Linguagem Telejornalística
O texto também era e é necessário nas imagens que são transmitidas pelos
telejornais, pois estas necessitavam e continuarão a necessitar do acompanhamento de
texto, para que todos os aspectos em relação a essas imagens sejam esclarecidos. A
linguagem utilizada nestes textos não precisa ser muito detalhada, pois o objectivo é
acompanhar as imagens e/ou conduzir o telespectador e não, descrever tudo que é
possível ver nelas. O texto precisa por isso estar adequado às imagens, senão perde o
sentido, pois existe a função de complementaridade entre imagem e texto.
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enquanto fala. É também aconselhável pelos padrões da linguagem telejornalística que o
tamanho das frases seja variado, pois é indispensável que os textos tenham ritmo, caso
contrário, podem tornar-se monótonos e o telespectador poderá perder o interesse.
O jornalismo televisivo difunde notícias, por isso deve ser “escrito para
ser falado”, pois o telejornalismo não se limita à leitura de textos.
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Preparação e Alinhamento do Telejornal
O telejornal é algo muito mais complexo do que aquilo que o telespectador pode
pensar ao visioná-lo no conforto do seu lar. Engloba todo um conjunto de funções,
técnicas e acima de tudo, trabalho intenso dos responsáveis, para que nenhum aspecto
seja descurado. Isto acontece sempre com o objectivo de que nada falhe durante o
tempo em que ele é transmitido. É necessário que nenhum erro desde as reportagens,
passando pela edição das mesmas, pelos técnicos informáticos e pela apresentação a
cargo do pivot, seja cometido, porque isso distingue o êxito de um fracasso no
telejornal.
Humberto Eco
Para que o telejornal possa ir para o ar nas condições desejadas, é necessário que
uma enorme equipa trabalhe em conjunto, de forma organizada e solidária. Caso isto
não sucedesse tornar-se-ia impossível recebermos o telejornal em directo, com a
informação que nele esta contida, diariamente em nossas casas da forma que o
recebemos.
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existem várias funções indispensáveis para a transmissão do telejornal. Os jornalistas
desempenham também um papel indispensável, pois sem notícias e reportagens não
existiria telejornal. São eles quem realiza as reportagens que posteriormente são
transmitidas. Muitas vezes são destacados para cobrirem acontecimentos fora do país,
por isso esta função requer muita dedicação e gosto, para que por um lado eles atinjam o
sucesso, e por outro para que as reportagens tenham a qualidade que os produtores
desejam. Pode afirmar-se que os produtores realizam uma tarefa mais administrativa.
Há ainda funções como os editores, que são responsáveis pela organização do telejornal
e têm que garantir que não faltam notícias para compor o telejornal. Recai sobre eles
também a função de controlar a entrada de imagens, por isso definem o ritmo do
telejornal. Os editores desempenham cargos específicos, como chefe de redacção por
exemplo. Por fim pode destacar-se os técnicos de imagem e som, que são responsáveis
por estes aspectos indispensáveis para a transmissão do telejornal. Estas são talvez as
funções mais importantes na redacção de um telejornal, mas existem outras, que sem
elas, não seria possível às estações transmitir os telejornais em directo diariamente.
A grande parte da população talvez pense que o telejornal demora pouco tempo
a preparar e que não exige muito esforço. Mas a preparação e a organização de um
telejornal começa no momento em que termina o anterior. No final do telejornal, os
editores, juntamente com os produtores reúnem-se para decidir quais as notícias que
deverão ser transmitidas no dia seguinte. Em algumas estações, alguns dos responsáveis
têm que organizar o telejornal da manhã e o telejornal da noite. Nestes casos tudo tem
que ser feito com mais rapidez e pressão, pois o tempo não é muito e tudo tem que
correr conforme o estabelecido. Na manhã do dia seguinte, realiza-se outra reunião para
confirmar as definições determinadas na reunião do dia anterior. Neste momento
algumas reportagens já estão a ser realizadas pelos jornalistas. A partir deste momento
começam também a edição das VTs e as gravações dos offs, pois o objectivo é que
todas as peças estejam prontas quando o telejornal entrar para o ar. Por vezes algumas
não estão e aí os nervos aumentam, pois tem que se procurar editá-las a tempo de serem
transmitidas ou então cortá-las do guião. Neste momento apesar de já existir agitação,
não se compara com os últimos momentos que antecedem a transmissão do telejornal.
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últimos pormenores. É facilmente visível no ambiente da redacção quando o telejornal
está prestes a ser transmitido.
Segundo o alinhamento que foi atrás referido, o telejornal deve iniciar com um
sumário, que supostamente deve conter as notícias mais importantes que irão ser
transmitidas. Este sumário deve ser apresentado pelo pivot, que em seguida apresenta o
telejornal.
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são mesmo apresentadas separadamente do telejornal. Se for o caso transmite-se a
cobertura ou faz-se o anúncio de eventos/espectáculos. Por norma, esta parte contém
ainda as notícias desportivas, também estas partindo das nacionais para as de carácter
internacional.
É apenas quando o(s) pivot(s) diz(em) até amanhã e o directo termina, que se
começa a notar um certo alívio em todas as pessoas responsáveis por fazer com que a
transmissão do telejornal ocorra sem nenhuma falha. Apenas na momento em que os
créditos passam no ecrã e a imagem do(s) pivot(s) já não está mais em directo, é que a
emissão termina. Até lá, a pressão, o receio, a preocupação e o stress mantém-se.
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Enquadramento Prático
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Neste momento já são visíveis diversas evoluções técnicas que têm ocorrido
desde o surgimento do telejornalismo, como por exemplo a qualidade da imagem.
Começa então a difusão das várias notícias. O Telejornal abre com a notícia
forte, com o destaque, tal como havia sido referido no esquema apresentado na
componente teórica deste trabalho, para captar desde logo a atenção dos telespectadores.
A notícia é nacional e afecta a população portuguesa, por isso desde logo, há uma
grande probabilidade de o telespectador dedicar muita atenção à notícia.
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para o telejornal. As notícias desportivas podem conter por vezes resumos de jogos de
futebol ou acontecimentos desportivos, caso sejam muito importantes para os
telespectadores. Este bloco noticioso, que ocupa 4 minutos desta transmissão, começa
também por difundir a informação de cariz nacional, para terminar com as notícias
internacionais. Este facto pode ser alterado quando existe um acontecimento de nível
mundial, como os Jogos Olímpicos ou o Mundial de futebol por exemplo.
Como já havia sido referido, seguem-se as notícias culturais que servem para
fechar o telejornal. Este tipo de notícias, que nesta emissão apenas foi uma, possui
menor importância no telejornal e por isso o tempo reservado para estas (menos de 3
minutos de um total de 52 minutos que este Telejornal ocupou) é inferior ao tempo
ocupado pelas demais notícias.
No fim da análise a este telejornal, é fácil concluir que este segue o alinhamento-
padrão, que havia sido exposto anteriormente na parte teórica deste trabalho, apesar de
uma ou outra alteração, pois como não é uma televisão local, por exemplo não pode
dedicar um “espaço” apenas a uma determinada zona ou região.
Aqui ficam as hiperligações para que o telejornal possa ser visualizado on-line:
1º Parte - http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/telejornal/index.php?k=1-parte-do-
Telejornal-de-2009-04-17.rtp&post=1462
2º Parte - http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/telejornal/index.php?k=2-parte-do-
Telejornal-de-2009-04-17.rtp&post=1463
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Conclusão
Após uma reflexão sobre a realização deste trabalho, constatei que esta profissão
não é um mar de rosas como muitas pessoas pensam. Ser jornalista exige gosto pela
actividade, mas exige também muito suor, esforço e dedicação para que os resultados
correspondam às expectativas.
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Bibliografia
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