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Aos meus orientadores, Professor José Barbosa Vieira, pelo desafio que me
colocou, e pelo apoio prestado ao longo do desenvolvimento do trabalho. À
Professora Anabela Gonçalves Correia de Paiva, pela sua disponibilidade e
apoio na orientação deste trabalho.
Aos meus amigos, Sérgio Maurício pela ajuda prestada, nomeadamente nos
desenhos do SketchUp, ao Luís Dias por me fornecer alguma bibliografia. Ao
Sérgio Belmiro pela ajuda informática. À Hélène Ribeiro pela ajuda no
melhoramento das fotografias.
I
Resumo
A fendilhação e fissuração são das principais anomalias que se verificam nos rebocos
tradicionais de ligantes hidráulicos. Dada a aplicação dos rebocos ser ainda expressiva
nos edifícios, é importante compreender onde se pode actuar para mitigar este problema.
Numa primeira fase foi realizada uma revisão bibliográfica que fundamentará a
compreensão do trabalho desenvolvido.
Numa segunda fase, procedeu-se ao estudo das deformações das paredes construídas e
rebocadas, com diferentes espessuras e diferentes traços de argamassa.
Na fase final procurou-se dar resposta ao objectivo deste trabalho, dando indicações da
espessura “ideal”do reboco, assim como da sua constituição.
II
Abstract
Cracking is one of the major problems in traditional plaster of hydraulic binders. The
application of plaster is still significant in the buildings, so it is important to understand
where it possible to mitigate this problem.
The aim of this study is to understand how the thickness of the plaster influences the
deformation of the walls of brick masonry.
Initially a literature review to substantiate the understanding of the elaborated work, was
done.
In a second step, the deformation of our plastered walls, with different thicknesses and
different mortar compositions was studied.
In the final phase, indications were given in order to define the "ideal" plaster thickness,
as well as its constitution.
III
ÍNDICE GERAL
Agradecimentos…………………………………………………………………………. I
Resumo………………………………………………………………………………….II
Abstract……………………………………………………….………………………...III
Índice geral…………………………………………………………………………......IV
Índice de figuras……………………………………….…………………………...…. XI
Capítulo I – Introdução……………………………………………………………….. 1
2.1 Introdução………………………………………………………………..… 7
IV
2.4.1.1 Ligantes Aéreos…………………………………………….…... 17
2.4.1.2 Ligantes de natureza plástica……………………………..……... 18
2.4.1.3 Ligantes Hidráulicos…………………………………..………… 18
2.4.1.3.1 Origem e evolução dos ligantes hidráulicos…………..…18
2.4.1.3.2 Resumo histórico da descoberta dos componentes
hidráulicos……………………………………….……… 20
2.4.2 Cimento Portland………………………………………..…………… 21
2.4.2.1 Definição e componentes principais do Cimento Portland…….... 21
2.4.3 Cais aéreas………………………………………………………...…. 25
2.4.4 Cais hidráulicas…………………………………………………...….. 26
2.4.5 Água de amassadura……………………………………………...….. 27
2.4.6 Agregados/Inertes…………………………………………………..... 28
2.4.6.1 Classificação dos agregados/inertes………….……………..…… 29
2.4.7 Areias……………………………………………………………….... 29
2.4.7.1 Forma das partículas da areia……………………..……………... 30
2.4.7.2 Textura das partículas dos agregados…………….……………... 31
2.4.7.3 Teor de humidade dos agregados………………….………..…… 31
2.5 Composição granulométrica……………………………………………….... 31
2.6 Adjuvantes…………………………………………………………………... 33
2.6.1 Definição de adjuvantes……………………………….…………...… 34
2.6.2 Classificação dos adjuvantes…………………………..…………..… 35
2.6.2.1 Plastificantes……………………………………….……………. 36
2.6.2.2 Introdutores de ar………………………………..………………. 37
2.6.2.3 Aceleradores e retardadores da presa……………...…………...... 38
2.6.2.3.1 Retardadores da presa…………………………..………. 39
2.6.2.3.2 Aceleradores da presa………………………….……….. 39
2.6.2.4 Aceleradores do endurecimento………………….………..…….. 40
2.6.2.5 Hidrófugos……………………………………………………..... 40
2.6.2.5.1 Hidrófugos de superfície……………………….…….…. 41
2.6.2.5.2 Hidrófugos de massa……………………………..….….. 41
2.6.2.6 Resinas para melhorar a aderência…………………...………..… 42
2.6.2.7 Fungicidas, Germicidas Insecticidas………………..………….... 43
2.6.2.8 Pigmentos…………………………………….………………….. 44
2.6.2.9 Fibras…………………………………………………………..… 45
2.6.2.10 Cargas leves……………………………………………………. 46
2.6.3 Importância de ensaios e verificações da qualidade dos adjuvantes.... 46
2.6.4 Ensaios em pasta e argamassa……………………..……………….... 46
2.7 Alguns factores que influenciam o desempenho das argamassas…………… 47
2.7.1.1.1 Bibliografia do capítulo II………………………………. 49
V
3.2 Classificação dos diferentes tipos de revestimento de paredes……………..... 53
3.2.1 Revestimentos de Estanquidade………………………………...……. 53
3.2.2 Revestimentos de Impermeabilização……………………………..… 54
3.2.3 Revestimentos de Isolamento Térmico……….…………………...…. 54
3.2.4 Revestimentos de Acabamento………………….…………………… 54
3.3 Exigências funcionais dos Revestimentos………………………………....…. 55
3.3.1 Exigências de Segurança………………………………………..…… 56
3.3.1.1 Estabilidade………………………………………………..…….. 56
3.3.1.2 Risco de Incêndio…………………………………..……………. 56
3.3.1.3 Segurança no Uso……………………………………..………… 56
3.3.2 Exigências de compatibilidade com o suporte……………….………. 57
3.3.2.1 Compatibilidade Geométrica………………………………..…... 57
3.3.2.2 Compatibilidade Química……………………………...……...… 57
3.3.3 Exigências de Estanquidade……………………….…………...…….. 57
3.3.4 Isolamento Térmico………………………………………………...... 58
3.3.5 Exigências de Pureza do Ar………………………………………….. 58
3.3.6 Exigências de Conforto Acústico…………………….…………….... 58
3.3.7 Exigências de Conforto Visual………………………………...…….. 58
3.3.7.1 Planeza………………………………………………………..…. 58
3.3.7.2 Rectidão das Arestas………………………………….………..... 58
3.3.7.3 Verticalidade…………………………………………………..… 58
3.3.7.4 Homogeneidade de Enodoamento pela Poeira………………..… 59
3.3.7.5 Homogeneidade de Cor e de Brilho…………………………..…. 59
3.3.8 Exigências de Conforto Táctil……………………………………...... 59
3.3.9 Exigências de Higiene………………………………………..……… 59
3.3.10 Exigências de Durabilidade……………………………..........……… 59
3.4 Factores de degradação do revestimento e suporte……...……………………. 59
3.4.1 Generalidades acerca da degradação dos materiais de construção.….. 59
3.4.2 Humidade……………………………...………………………...…… 60
3.4.2.1 Humidade de construção………………….………………..……. 60
3.4.2.2 Humidade do terreno……………………….………………..…... 61
3.4.2.3 Humidade de precipitação…………………………….………… 61
3.4.2.4 Humidade de condensação………………………………………. 62
3.4.2.5 Humidade de origem higroscópica…………………..………….. 63
3.4.2.6 Humidade devida a outras causas……………………………..… 63
3.4.3 Eflorescências e criptoflorescências…………………………………. 64
3.4.4 Fissuração e fendilhação…………………………………………...… 64
3.4.4.1 Principais causas da fendilhação e fissuração dos revestimentos.. 66
3.4.4.1.1 Causas atribuíveis á constituição dos rebocos………..… 67
3.4.4.1.2 Retracção do reboco…………………………………….. 67
3.4.4.1.3 Gelo……………………………………………………. 67
3.4.4.1.4 Dilatações e contracções higrotérmicas…………….…... 68
3.4.4.1.5 Concepção da argamassa……………………….…….… 68
3.4.4.1.6 Espessura do revestimento…………………..……….…. 69
VI
3.4.4.1.7 Causas atribuíveis á deficiente concepção e aplicação..... 69
3.4.4.1.8 Causas atribuíveis ao suporte…………………….…..…. 70
3.5 Revestimentos tradicionais de ligantes hidráulicos…….…………………….. 70
3.5.1 Caracterização das diversas camadas do revestimento…….………… 72
3.5.1.1 Crespido ou chapisco………………………………………......... 72
3.5.1.2 Camada de base………………………………………………..… 73
3.5.1.3 Camada de acabamento………………………………………… 73
3.5.2 Alguns cuidados na execução de revestimentos…………………...… 73
3.5.2.1.1 Bibliografia do capítulo III……………………………... 75
VII
5 Capítulo V – Retracção…………………………….……………………………. 98
5.1 Introdução……...………………………………….…..…………………….... 99
5.2 Generalidades sobre a retracção dos revestimentos tradicionais de ligantes
hidráulicos…………………………………………………………………..… 99
5.3 Causas da retracção……..………………………………………………….... 101
5.3.1 Retracção hidráulica…….…………………………………..…….... 101
5.3.1.1 Retracção plástica…………………………………………....… 101
5.3.1.2 Retracção no estado endurecido……….……………………….. 102
5.3.2 Quanto á natureza do fenómeno………………………………….… 102
5.3.2.1 Retracção por perda de água………….………………………... 102
5.3.2.2 Retracção por hidratação do cimento ou química……..……….. 102
5.3.2.3 Retracção autógena ou endógena………………………………. 103
5.3.2.4 Retracção por carbonatação……………….…………………… 103
5.3.3 Quanto ao grau de restrição……………………………………… ... 103
5.3.3.1 Retracção restringida ou impedida……………..………………. 103
5.3.3.2 Retracção livre…………………………………………………. 104
5.3.4 Quanto á permanência da retracção………………..……………….. 104
5.3.4.1 Retracção reversível……………………………………………. 104
5.3.4.2 Retracção irreversível………………………………………….. 104
5.4 Principais causas da retracção…………………..…………………………... 107
5.4.1 Dessecação………………………………………………………….. 107
5.4.2 Hidratação (retracção endógena ou autógena)……..………………. 108
5.4.3 Carbonatação………………………………………….……………. 108
5.4.4 Factores que influenciam a retracção……….………………………. 108
5.4.4.1 Condições ambientes………………………………………....... 109
5.4.4.2 Tipo de ligante……………………………………………......... 109
5.4.4.3 Natureza do inerte……………………………………………… 110
5.4.4.4 Influência da composição da argamassa……………………….. 110
5.4.4.5 Espessura do elemento…………………….…………………… 111
5.4.4.6 Contacto com o suporte…………….………………………….. 111
5.5 Retracção restringida…………………………………………....................... 112
5.6 Relaxação de tensões…………………………………………....................... 112
5.6.1.1.1 Bibliografia do capítulo V……………..………………. 113
VIII
6.2.2.3 Assentamento do tijolo……………..………………………..… 120
6.3 Execução do crespido ou chapisco…………...……………………………... 125
6.3.1 Desmoldagem dos provetes……………………..………………….. 127
6.4 Preparação das paredes para marcação………………………........................ 128
6.4.1 Protecção da marcação…………………………….………………... 130
6.5 Execução das fases de revestimento……………….…………....................... 131
6.5.1 Descrição das espessuras e traços da argamassa………..………….. 131
6.5.2 Execução da fase 1 do revestimento…………………….…………. 134
6.5.2.1 Colocação das réguas…………………………………………... 134
6.5.3 Execução da fase 2 do revestimento……………………..…………. 139
6.5.4 Execução da fase 3 do revestimento…………………….…….......... 144
6.5.5 Confecção das argamassa………………………………………...… 146
6.5.5.1.1 Bibliografia do capítulo VI………………………...….. 147
IX
9.4.2 Ensaio dos provetes à compressão…………..……………………… 191
9.4.2.1.1 Bibliografia do capítulo IX……………………………. 198
12 Anexos…………………………………………...….…………………………… 229
X
Índice de figuras
Figuras do capítulo II
Figuras do capítulo IV
Figuras do capítulo V
XII
Fig. 5.2- Fissuração da argamassa por retracção na secagem……………………..… 100
Fig. 5.4- Gráfico de evolução da retracção da argamassa com o traço 1:1:6, em volume,
com o aumento do teor de cal, aplicada sobre uma base não absorvente……..……... 106
Fig. 5.5- Retracção da argamassa de traço 1:1:6 (cimento; cal e areia, em volume),
aplicada sobre bloco cerâmico com três teores de humidade (0%, 50% e 100%)…… 107
Figuras do capítulo VI
Fig. 6.6- Protecção á acção do vento da lateral esquerda e direita das paredes…...…. 118
Fig. 6.8- Prumos/ réguas de madeira para alinhamento longitudinal e vertical…..…. 120
Fig. 6.11- Camada de argamassa entre a base do tijolo e o filme de plástico……….. 121
Fig. 6.25- Marcação dos pontos com tinta de esmalte branco……………………….. 129
Fig. 6.33- Afinação da régua para a primeira camada (parede A)…………...………. 135
Fig. 6.34- Aspecto das paredes depois da primeira camada (parede A e á direita, parede
B)………………………………………………………………..…………………… 135
Fig. 6.35- Aspecto da parede depois da primeira camada (parede C)………………. 136
Fig. 6.36- Aspecto da parede depois da primeira camada (parede D)………………. 136
Fig. 6.37- Aspecto da parede depois da primeira camada (parede E)………………. 137
Fig. 6.38- Aspecto da parede depois da primeira camada (parede F, á direita)….….. 137
Fig. 6.39- Aspecto da parede depois da primeira camada (parede G)………………. 138
Fig. 6.42- Aspecto da parede, depois da primeira camada (parede G)……………… 139
Fig. 6.43- Aspecto da parede depois da segunda camada (parede A)……………….. 140
Fig. 6.44- Aspecto da parede depois da segunda camada (parede B)……………….. 141
XIV
Fig. 6.45- Aspecto da parede depois da segunda camada (parede C)………..……… 142
Fig. 6.46- Aspecto da parede depois da segunda camada (parede G)………….……. 143
Fig. 7.4- Representação dos pontos (P1, P2, P3, P4, P5 e P6), respectivamente……. 161
Fig. 7.5- Implantação dos Pontos (P1, P2, P3, P4, P5 e P6)…………………………. 161
Figuras do capítulo IX
XV
Fig. 9.5- Representação gráfica da curva granulométrica da areia fina……...………. 183
Figuras do capítulo X
XVI
Fig. 10.13- Modelação da Parede C, estádio dois (05-05-2009)…………………….. 206
XVII
Fig. 10.40- Modelação da Parede H, estádio quatro (06-07-2009)……..…………… 216
Fig. 10.46- Variação média da coordenada Y nas paredes H, ao longo do tempo...… 224
XVIII
Índice de tabelas
Tabelas do capítulo IV
Tabelas do capítulo VI
Tabela 8.1- Informação de apoio ao preenchimento dos Quadros 8.2, 8.3, 8.4 e
8.5………………………………………………………………….………………… 169
Tabelas do capítulo IX
XIX
Tabela 9.3- Pesagem (Mo e Mi) dos provetes no tempo ti….………..……………… 187
Tabela 9.4- Absorção por capilaridade dos provetes no tempo ti….………...……… 188
Tabela 9.6- Resultado dos ensaios de compressão e flexão (provetes 16 a 30)….….. 194
Tabela 9.7- Resultado dos ensaios de compressão e flexão (provetes 31 a 45)…...… 195
Tabela 9.8- Resultado dos ensaios de compressão e flexão (provetes 46 a 60)….….. 196
Tabelas do capítulo X
XX
Capítulo I- Introdução
Capítulo I-Introdução
Como todas as estruturas, os revestimentos estão sujeitos a acções que aceleram o seu
envelhecimento e consequente degradação. Contudo tem-se observado uma degradação
muito precoce neste tipo de revestimentos. Muito por falta da interligação entre
projectistas e aplicadores, pela incompatibilidade entre o tempo do processo de
construção e respectivos tempos de cura, mão-de-obra pouco qualificada e ausência dos
projectistas.
2
Capítulo I- Introdução
1.2-Objectivos
1.3-Metodologia
1.4-Organização do trabalho
3
Capítulo I- Introdução
No capítulo III faz-se uma descrição do tipo de revestimentos, dando particular destaque
aos revestimentos tradicionais de ligantes hidráulicos. Efectua-se uma classificação
possível dos revestimentos, assim como as principais exigências, funcionalidades.
Mencionam-se também alguns dos factores de degradação dos revestimentos.
Os capítulos VI, VII, VIII e IX, dizem respeito à parte experimental da dissertação.
4
Capítulo I- Introdução
Bibliografia do Capítulo I
5
Capítulo I
Introdução
1
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
2.1 – Introdução
Ishikawa [2.2], citando a norma brasileira NBR 7200, define argamassa como a mistura
íntima de aglomerantes com um agregado miúdo e água, com capacidade de
endurecimento e de aderência.
As argamassas são constituídas por ligante, areia e água, por vezes são também
constituídos por mais do que um ligante mineral, por exemplo, cimento + cal hidráulica,
cimento + cal aérea, etc., assim como podem ser usados adjuvantes na sua composição,
com vista a melhorar certas características.
7
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
8
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
2.3.1– Trabalhabilidade
A argamassa deve poder ser facilmente aplicada, de modo a obter-se boa aderência,
compacidade e bom rendimento, e deve poder ser trabalhada à superfície para que o
aspecto final do reboco seja satisfatório. O aumento do teor de finos das areias usadas,
do teor de ligante e da quantidade de água de amassadura são factores que permitem
melhorar a trabalhabilidade, mas que, por outro lado, podem trazer consequências
gravosas para os revestimentos, como se verá em mais pormenor no capítulo III. Assim,
é preferível melhorar a trabalhabilidade através da mistura de cal ou da incorporação de
adjuvantes apropriados (plastificantes e introdutores de ar [2.5].
9
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Retenção é a capacidade da argamassa reter água contra a sucção de água pelo tijolo, ou
outro elemento a assentar ou a revestir. Se o tijolo for muito poroso e retirar muito
rapidamente a água da argamassa, não haverá água suficiente para a hidratação
completa do ligante, o que resulta numa fraca ligação entre o bloco ou tijolo e a
argamassa. Além disso, o endurecimento muito rápido da argamassa pela perda de água
impede o assentamento correcto da fiada seguinte. A má retenção de água pode ser
resultado de uma má granulometria do agregado, agregados muito grandes, mistura
insuficiente, etc [2.4].
Os revestimentos não devem ser aplicados quando estiver a chover, quando se observar
o risco de congelação, quando a temperatura ambiente for muito elevada, quando
houver vento forte e seco, quando a temperatura for excessiva ou quando, em tempo
quente, os paramentos estiverem expostos à acção directa dos raios solares. A
temperatura ambiente não deve ser inferior a 5º C, nem superior a 30º C [2.6].
No capítulo III são enumerados alguns cuidados a ter na execução dos rebocos.
2.3.4– Aderência
Um suporte mais rugoso permite um maior grau de ligação mecânica do que um suporte
mais liso. O suporte não deve ser demasiado absorvente, pois tende a dessecar
rapidamente o revestimento, impedindo assim a hidratação dos seus constituintes e
favorecer a formação de uma interface pulverulenta. O simples humedecimento prévio
do suporte pode melhorar a aderência, evitando a absorção muito rápida da água da
argamassa. Pelo contrário uma absorção demasiado baixa pode impedir o mecanismo de
10
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Uma forma usada nos revestimentos tradicionais de melhorar a aderência, é com recurso
a um chapisco (ver Fig.2.4) rico em ligante e em água, que assegura uma certa
homogeneidade de absorção do suporte e cria rugosidade para que as camadas seguintes
do reboco adiram.
11
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
12
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
13
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
2 – Trépano
3 – Volante
4 – Dinamómetro de fole
5 – Pastilha
6 – Cola
14
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
a) suporte muito liso e compacto, com coeficiente de absorção muito baixo: a aderência mecânica
é quase nula;
b) suporte rugoso e com coeficiente de absorção médio: uma parte da leitança penetra nos poros e
cristaliza aí;
c) suporte com coeficiente de absorção muito alto, demasiado absorvente: bomba grande parte da
leitança e desseca a película de argamassa junto ao suporte, sem água suficiente para a sua
hidratação.
Segundo Veiga [2.5], a aderência aumenta com o teor de cimento e com a sua finura e é
também maior para areias mais argilosas.
Segundo Tramontin [2.4], uma argamassa mais forte não implica necessariamente uma
parede mais forte. Para cada resistência de bloco ou tijolo existe uma resistência óptima
da argamassa. Um aumento desta resistência não aumentará a resistência da parede.
15
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
A argamassa de revestimento deve ser aplicada com uma espessura suficiente para
dissimular os defeitos da alvenaria de suporte, de maneira a apresentar regularidade,
planeza geral e localizada (compatibilidade geométrica), não apresentando defeitos tais
como: reentrâncias, fissuras, empolamentos, descolamentos, variações do relevo ou
ondulações. Deverá ter características mecânicas adaptadas ao suporte, em particular
quando o revestimento é aplicado sobre um suporte de baixa resistência mecânica, não
deve ser muito rígido, para não transmitir tensões elevadas que possam deteriorar o
suporte (compatibilidade mecânica). É importante que o revestimento apresente boa
compatibilidade química, para que este resista ao ataque dos sais eventualmente
existentes no suporte (por exemplo, os sulfatos) e que, por outro lado, o revestimento
não contenha sais que, ao serem dissolvidos pela água (das chuvas, de condensações
interiores, etc.) e transportados para o interior das alvenarias por capilaridade degradem
os materiais constituintes das alvenarias [2.5][2.6].
16
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
2.3.8– Durabilidade
A argamassa constituinte do reboco deve ser durável, de maneira a prolongar a vida útil
dos revestimentos. Esta durabilidade está directamente relacionada com algumas
anomalias, tais como a fendilhação; a penetração de água por capilaridade; as perdas de
aderência; a má formulação das argamassas; o ambiente a que estão sujeitos; o ataque
de sais, nomeadamente os sulfatos existentes nos materiais que constituem as
alvenarias, no ar ou na água, etc. [2.5].
2.4.1– Ligantes
São designados de ligantes aéreos por não poderem passar ao estado sólido dentro de
água, desenvolvem presa e permanecem mecanicamente resistentes quando em contacto
com o ar [2.11].
17
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Segundo Sousa Coutinho [2.12], a categoria dos ligantes aéreos é a mais antiga dos
ligantes.
Os Ligantes hidráulicos são constituídos por pós muitos finos que possuem reactividade
com a água.
Segundo Sousa Coutinho [2.12] os ligantes hidráulicos são constituídos por pós muitos
finos que amassados com água formam uma pasta cujo endurecimento se dá apenas pela
reacção com esta. Consideram-se hidráulicos porque, além de endurecerem ao ar, são
capazes de adquirir elevadas resistências debaixo de água, suportando perfeitamente a
sua acção.
A descoberta dos ligantes hidráulicos, segundo Sousa Coutinho [2.12], está ligada com
a descoberta e a utilização do fogo. O homem das primitivas civilizações empregava
como principal material de construção o adobo (argila amassada com água e seca ao
sol.). Os tijolos eram colocados uns sobre os outros, a seco, ou com interposição duma
camada delgada da mesma argila amassada com água. Este material não tinha grande
resistência face à acção dos agentes atmosféricos, pois facilmente se desagregava por
acção da chuva.
O fogo utilizado pelo homem, em contacto com os tijolos de adobo, cozia a argila
observando-se que se obtinha então um material muito mais resistente aos agentes
climáticos. Também se pode admitir que, ao apagar o fogo feito sobre rochas calcárias
ou margosas se reparasse num pó que a água da chuva depois tornava duro e resistente.
Daqui talvez proviesse a ideia de empregar esse pó como material de ligação entre os
tijolos ou pedras.
Começaram, entretanto, a ser fabricados ligantes desse tipo, que se misturavam com
areia, calhaus, fragmentos de tijolos, etc.
18
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Embora se soubesse fabricar argamassas hidráulicas com base em pozolanas (de cujo
conhecimento Vitruvio no século 1 A.C. e Plínio, o Antigo, no século 1 D.C nos
deixaram testemunho), as causas da hidraulicidade permanecerem durante muito tempo
obscuras desconhecendo-se as razões pelas quais nem todas as cais endureciam debaixo
de água. A discussão das causas deste fenómeno era sobretudo baseada no modo de
fazer a extinção da cal. Pensava-se que havia certas receitas de extinção que conduziam
à obtenção de verdadeiras argamassas hidráulicas.
Segundo Sousa Coutinho [2.12], citando Ferrari , quem primeiro chamou á atenção
para a importância da matéria-prima foram os artificies toscanos V. Biringuccio e G.
Maggi que, em 1540 e 1564, respectivamente, afirmam que a cal proveniente de
determinada rocha (hoje conhecida em Itália com o nome de “alberese”, um calcário
margoso), faz presa dentro de água.
A mesma conclusão foi atingida por John Smeaton [2.13] na Grã-Bretanha em 1756, o
qual, após uma longa série de experiências em que variou a natureza da matéria-prima
afirmava que a existência de argila no calcário era o mais certo índice da qualidade do
produto obtido pela sua calcinação para obras hidráulicas.
Cabe a Louis Vicat, segundo Sousa Coutinho [2.12], a glória de ter compreendido
perfeitamente as causas do endurecimento dos cimentos e das misturas de cal e
pozolana na água, seguindo a linha de raciocínio que vinha de Smeaton e Collet-
Descotils. Com efeito, por meio de numerosas análises químicas mostrou que todas as
cais hidráulicas provinham de calcários argilosos e que, mutuamente, todos os calcários
que continham uma proporção conveniente de argila podiam servir para a fabricação de
cais hidráulicas. Compreendeu assim que, para se obterem ligantes hidráulicos ou
cimentos não era necessário que a argila estivesse já genuinamente incorporada no
calcário. Efectuando a mistura de argila com calcários finamente moídos e cozendo essa
mistura, era possível obter, por outra via, artificial, o que naturalmente se conseguia
pela cozedura dos calcários argilosos. Este facto fundamental levou Vicat à preparação
dos cimentos artificiais, sendo por isso considerado o inventor do cimento Portland
artificial. Demonstrou assim, de uma maneira absoluta, que as propriedades hidráulicas
da cal eram devidas exclusivamente à combinação da argila. Depois de Jonh Smeaton
registaram-se muitas patentes para a fabricação de cais hidráulicas, ou de cimentos
naturais, a partir de calcários margosos, como as de Parker, em 1971, de Parker e
19
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Wyatts em 1796 na Grã-Bretanha, de Canvas White, em 1818 nos E.U.A., etc., mas em
1818 Maurice de Saint-Léger seguindo o conselho de Louis Vicat, patenteava um
processo de obter cal hidráulica artificial cozendo, a temperaturas da ordem de 1000ºc,
misturas intimas e devidamente proporcionadas de calcário e argila. Em 1826 fundava
uma fábrica para a produção da cal hidráulica artificial em Moulineaux, perto de Paris
[2.14].
A produção de cais artificiais não teve muito sucesso comercial, devido ao elevado
custo, que não podia competir com o das cais obtidas a partir de calcários margosos.
Uma das primeiras razões apontadas, que explicavam o endurecimento, era a de que as
modificações sofridas pelos calcários e pela argila durante o aquecimento consistiam
principalmente na eliminação da água e do ar, e, quando a cal era colocada na água se
recombinava com ela e com o ar voltando outra vez ao estado sólido inicial.
20
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Bethier, em 1822, logo a seguir à publicação dos trabalhos de Vicat, foi o primeiro a
seguir um método científico para o estudo da hidraulicidade, começando a separar as
variáveis que intervinham no processo. Assim, calcinava, no laboratório, as misturas de
sílica e de óxido de cálcio com o fim de obter silicatos de cálcio mas, devido á
imperfeição das técnicas então em uso para a obtenção de altas temperaturas, nunca
conseguiu uma combinação completa, o que levou a admitir que o composto formado
era o silicato monocálcico.
Rivot, referido por Sousa Coutinho [2.12], em 1856, depois de amplas investigações
conclui que se formava durante a cozedura um silicato tricálcico e um aluminato
tricálcico, os quais, em contacto com a água se hidratavam, fixando-a simplesmente, tal
como acontece com o gesso.
Segundo Sousa Coutinho [2.12], em 1887 Henry Le Châtelier, a partir dos factos
conhecidos naquela época e que eram a ocorrência, durante a cozedura do cimento e das
cais hidráulicas, de combinações da cal com a sílica e a alumina, combinações que
davam origem a compostos com a propriedade de endurecer em contacto com a água,
determinou rigorosamente quais eram esses compostos e como reagiam com ela.
21
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
A patente do cimento Portland foi criada pelo pedreiro e químico amador, Joseph
Aspdin. No pedido da patente (ver Fig. 2.10) constava que o calcário era moído com
argila, num meio húmido, até se transformar em pó muito fino. A água pela exposição
ao sol evaporava ou por irradiação de calor através de cano com vapor. Os blocos da
mistura seca eram depois calcinados em fornos e em seguida eram moídos até ficar em
pó [2.16].
O cimento portland, segundo Sousa Coutinho [2.12], é obtido a partir de uma mistura
devidamente proporcionada de calcário (ver Fig. 2.11), argila e, eventualmente, outra
substância apropriada rica em sílica, alumina, ou ferro, reduzida a pó muito fino, que se
22
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
A mistura das matérias-primas, calcário e argila, é doseada de tal modo que, depois de
perder a água e o anidrido carbónico, devido à elevada temperatura atingida no forno,
tenha uma composição química dentro dos limites seguintes:
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Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
CaO- 60 a 67 %
SiO2 – 17 a 25%
Al2O3- 3 a 8%
Fe2O3- 0,5 a 6%
24
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
A cal aérea é o ligante que resulta da decomposição pela acção da temperatura, duma
rocha com percentagem não inferior a 95% de carbonato de cálcio, ou de cálcio e
magnésio. A matéria prima da cal aérea é o calcário puro [2.5][2.12].
Como o magnésio aparece muitas vezes associado ao cálcio, são frequentes na natureza
calcários com maior ou menor percentagem de dolomite. Assim, quanto ao teor de
óxido de magnésio, as cais aéreas dividem-se em cais propriamente ditas e cais
magnesianas, quando a percentagem de óxido de magnésio excede 20%.
O produto obtido pela cozedura destes calcários designa-se por cal viva (óxido de
cálcio) que, por reacção com a água (extinção) fornece a cal apagada.
Verifica-se a cerca de 894ºc, temperatura à qual a pressão do anidrido carbónico que sai
do calcário (pressão de dissociação do carbonato de cálcio) é um pouco superior á
pressão atmosférica.
Antes de aplicada, a cal viva tem de ser extinta por imersão ou aspersão com água,
produzindo-se a seguinte reacção:
25
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
A extinção da cal dá-se com ligeira diminuição do volume total ocupado pela cal viva e
pela água de hidratação, mas, na verdade, observa-se um aumento importante no
volume aparente, que passa para cerca do dobro, e um forte desprendimento de calor,
que pode conduzir a temperaturas superiores a 100ºc.
Quando a extinção se faz por imersão obtém-se uma pasta, que se pode conservar muito
tempo, antes que se dê a carbonatação, o que permite o seu emprego em argamassa.
A extinção da cal é tanto mais difícil quanto maior é a temperatura a que foi preparada.
Segundo Sousa Coutinho [2.12], Vicat reconheceu que a hidraulicidade da cal dependia
da maior ou menor proporção de argila no calcário. Notou que, além de 20% de argila, o
produto obtido por cozedura já não se extinguia por adição de água, a este produto
chamou cal limite, pois marca a transição para os cimentos naturais.
26
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
A preparação da cal hidráulica é feita como a cal aérea, em fornos verticais de alvenaria,
com revestimento refractário. Primeiro dá-se a evaporação da água de embebição, da
pedreira, até 105- 110ºc (5 a 10% de peso); depois, até 500 ou 700ºc dá-se a
desidratação das margas; a 850- 900ºc decompõe-se o calcário, e desta temperatura em
diante, na zona de combustão, atingem-se temperaturas de 1200-1500ºc, onde se dá a
combinação da sílica e da alumina com parte da cal. As reacções desta fase são
semelhantes às que se passam durante a fabricação do cimento portland: formação de
silicatos e de aluminatos embora menos ricos em cal do que naquele. Á saída do forno
obtém-se um pó, e pedaços de todas as dimensões. O pó, amassado com água, não
aquece nem faz presa.
A cal retirada do forno deve ser extinta, não só com o fim de eliminar a cal viva, mas
muito especialmente para provocar a pulverização de toda a cal hidráulica. É este
fenómeno que a distingue do cimento portland: a finura da cal hidráulica é obtida por
extinção da cal viva e não por moedura.
A extinção deve ser feita com certa precaução pois deve adicionar apenas a água
estritamente necessária para hidratar a cal viva; é a reacção expansiva desta que se
aproveita para pulverizar os grãos que contêm os aluminatos e silicatos; a água em
excesso iria hidratá-los.
A cal viva precisa ser completamente extinta, antes de se utilizar a cal hidráulica na
construção. A extinção, que se processa muito lentamente, é conduzida a temperaturas
entre 130 e 400ºc.
O endurecimento das cais exige elevada finura, para se obter hidraulicidade, a qual pode
também ser conseguida adicionando, além dos sobrecozidos moídos, pozolanas, ou
escórias de alto-forno.
A água é essencial nas argamassas de ligante hidrófobo, por ser determinante para
desencadear as condições necessárias para que estes materiais adquiram propriedades
aglutinantes [2.11].
27
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Todas as águas potáveis e mesmo as que não sejam, desde que não tenham cheiro nem
sabor, podem ser utilizadas na amassadura das argamassas e do betão. Esta lei,
perfeitamente geral, permite que não haja preocupações quando se usa água da
distribuição para consumo público [2.12].
As dúvidas surgem quando as águas não são potáveis, têm sabor ou cheiro anormais e
começam a apresentar turvação, outro factor importante é a temperatura da água devido
à sua influência no tempo de endurecimento, pois para temperaturas mais elevadas o
processo de cura é acelerado, enquanto para temperaturas mais baixas, este processo é
retardado.
Dada a elevada importância da água nas características das argamassas, é necessário que
a formulação desta na mistura seja bem estudada, pois irá influenciar quer a aplicação,
quer a qualidade do revestimento. A quantidade de água a usar na mistura não é
constante, pois depende de vários factores, tais como o tipo de inertes (de rio ou de
areeiro), tipo de ligante (cimento, cal), traço da argamassa, das condições climatéricas,
da percentagem de água existente nos agregados, etc. Deve utilizar-se a quantidade
suficiente e necessária para hidratar o ligante e molhar os agregados, assim como para
conferir uma certa fluidez [2.11] [2.12].
Segundo Sousa Coutinho [2.12], os inertes são constituídos por partículas de rochas
com dimensões que variam geralmente entre 20cm e 0,1 mm, dispersos pela pasta de
cimento. O seu emprego deve-se a razões técnicas e económicas, mas é necessário
tomar em conta que as características do inerte afectam o comportamento das
argamassas e dos betões.
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Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Sob o ponto de vista da origem dos inertes, por serem provenientes de rochas,
classificam-se em ígneos, sedimentares e metamórficos [2.11] [2.12].
2.4.7- Areias
As areias são agregados de origem natural, compostos por partículas finas e granuladas.
Em termos químicos, as areias podem ser siliciosas, geralmente provenientes de rio ou
de areeiro, ou calcárias, habitualmente resultantes da britagem do material extraído de
pedreiras. [2.11]
As areias devem estar isentas de sais e matéria orgânica, devem ser inalteráveis ao ar, à
água ou em presença de outros agentes externos. Além destas características, devem
29
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
ainda estabelecer uma boa ligação e compatibilidade com o ligante e com os outros
constituintes da argamassa [2.5] [2.11].
Neste trabalho foram utilizadas dois tipos de areias artificiais, areia fina e areia média.
Segundo Ishikawa [2.2] a forma e área específica das areias influem de maneira
significativa nas propriedades das argamassas. Geralmente no estudo de argamassas
analisa-se principalmente a sua granulometria. As características geométricas dos grãos
de areia, como a forma a textura, não são avaliadas. A forma geométrica do agregado é
de difícil definição pela forma tridimensional. Observa-se que as areias de rio e godos
apresentam formas arredondadas, enquanto que as areias artificiais apresentam grãos
angulosos, superfícies rugosas e baixa esfericidade. Estas características irão influir na
trabalhabilidade das argamassas.
Areias com grãos angulosos aumentam a resistência de aderência ao corte, pois aumenta
o coeficiente de atrito da interface.
Segundo Cincotto, Silva e Cascudo [2.22] agregado miúdo com menor teor de grãos
angulosos tende a produzir argamassas com melhor trabalhabilidade, mantendo-se a
granulometria contínua.
Tanto a granulometria como a forma das partículas devem ser adequadas à utilização
prevista para a argamassa. Estas propriedades influenciam a porosidade das argamassas
dado que, quanto mais equilibrada for a granulometria e mais angulosos forem as
partículas, menor será a percentagem de vazios, menor será também o teor em água e a
dosagem de ligante necessários, que se traduz numa menor retracção [2.5] [2.7] [2.11].
30
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Quanto à superfície dos grãos, à vista desarmada a textura superficial pode ser
classificada em polida, fosca ou rugosa.
A textura da superfície do agregado pode ser rugosa como nas partículas de pedra
britada ou lisa como os seixos rolados. Observa-se, na prática, que agregados com
partículas arredondadas e textura lisa exigem menos pasta de cimento e água para se
conseguir misturas de argamassas trabalháveis em relação a agregados com forma
angulosa e de textura áspera [2.2].
Na mistura de argamassa fresca, para que não aconteça a migração da água da mistura
para o agregado, é necessário que os poros dos agregados estejam preenchidos com
água. [2.2].
31
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
32
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
superfície destes conter materiais pulverulentos (este aspecto pode ser eliminado
procedendo-se a uma lavagem da areia) [2.2] 2.12].
2.6- Adjuvantes
Segundo Sousa Coutinho [2.12] a utilização dos adjuvantes é tão antiga como a do
próprio cimento. Os romanos utilizavam já o sangue, a clara do ovo, a banha e o leite
como adjuvantes no betão de pozolana, talvez com o fim de melhorar a trabalhabilidade.
Hoje sabe-se que estas substâncias provocam a introdução de ar, sob a forma de bolhas,
o que pode ter contribuído para a duração do betão romano.
Logo a seguir aos começos da fabricação industrial do cimento portland, por volta de
1850, com o objectivo de obter presas mais regulares empregou-se o gesso ou o cloreto
de cálcio, que se adicionava ao cimento quer na ocasião da moedura, quer na ocasião da
preparação do betão.
A cal aérea deve ter sido o terceiro adjuvante que se utilizou e estudou, com o fim de
aumentar a impermeabilidade do betão e das argamassas. A comercialização dos
produtos destinados a melhorar certas características do betão deve ter começado por
volta de 1910. Naquela época os adjuvantes eram hidrófugos, aceleradores da presa, ou
hidrófugos e aceleradores da presa simultaneamente.
Em 1934 Ros, referido por Sousa Coutinho [3.1], realizava um estudo de natureza
fundamental sobre os plastificantes, e todos estes factos impulsionaram decisivamente o
emprego dos adjuvantes no betão. Em 1960 fabricavam-se na Alemanha 340 adjuvantes
comerciais, em 1962 na Grã-Bretanha, 275 produtos diferentes.
33
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Se bem que, por vezes, o emprego de adjuvantes seja uma necessidade é conveniente
insistir sobre o facto de que a primeira condição para o seu emprego adequado é fabricar
correctamente o betão ou a argamassa.
(a) Réunion Internationale des Laboratoires d´Essais des Matériaux et des Constructions, criada
em 1947 com o fim de agrupar os laboratórios de ensaios de materiais, especificamente de betão.
A sede é em Genebra, e o secretariado geral em Patis, no nº 2 da Rue de Saint Charles.
A norma do American Concrete Institute ACI 116 [2.25], define adjuvante como uma
substância diferente da água, inertes e cimento, que se emprega como um componente
do betão ou argamassa, e é adicionada à mistura no momento que antecede ou durante a
amassadura. Chama aditivo ao material que é moído conjuntamente, em quantidades
limitadas, com um cimento tanto para ajudar a sua fabricação como para modificar
propriedades.
34
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
A definição que será adoptada neste trabalho é a proposta pela RILEM, e que foi
referida anteriormente, com limitação de 5% para o teor das substâncias adicionadas á
argamassa ou betão [2.12].
Segundo Sousa Coutinho [2.12] os resultados que se procuram alcançar com o uso de
adjuvantes são:
Melhorar a trabalhabilidade;
Acelerar a presa;
Retardar a presa;
Acelerar o endurecimento nas primeiras idades;
Aumentar as tensões de rotura após a primeira semana;
Aumentar a resistência aos ciclos de congelação e descongelação;
Diminuir a permeabilidade aos líquidos;
Impedir a segregação e a sedimentação do cimento nas caldas de
injecção;
Criar uma ligeira expansão no betão ou argamassa utilizados por
exemplo nas -injecções, nos enchimentos dos cabos do betão pré-
esforçado por ancoragem, dos vazios do inerte pré-colocado (betão
injectado) ou ainda no preenchimento de cavidades;
Aumentar a aderência ao inerte e às argamassas e betões endurecidos;
Produzir betão ou argamassa coloridos;
Produzir argamassa leve, celular;
Produzir propriedades fungicidas, germicidas e insecticidas;
Inibir a corrosão das armaduras.
35
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
2.6.2.1- Plastificantes
a) partículas de cimento sem plastificante; b) dispersão das partículas de cimento por efeito da
adição de um plastificante.
36
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
2.6.2.2- Introdutores de ar
Estes vazios têm formas mais ou menos irregulares que vão desde canais capilares até
cavidades com alguns milímetros. Quando se usam adjuvantes introdutores de ar os
vazios transformam-se em bolhas esféricas, que ligam os capilares entre si.
37
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Sempre que há alteração do tempo de presa, verifica-se que as tensões de rotura a longo
prazo são tanto mais elevadas quanto mais lenta for a presa. Pelo contrário, quando esta
é acelerada as tensões de rotura finais são diminuídas. No primeiro caso a cristalização é
perfeita. Os cristais têm mais tempo para se desenvolver e ocupar o lugar disponível,
atingindo maior perfeição. Quando a presa é acelerada obtém-se grande número de
centros de cristalização na solução sobresaturada dos componentes dos componentes do
cimento, os cristais não se desenvolvem regularmente e o crescimento cristalino é
bastante mais desordenado.
38
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
São produtos que se empregam até, geralmente, 5% do peso do cimento. Alguns são
utilizáveis nos cimentos de escórias com elevado teor de clínquer de portland e outros
nos cimentos com elevado teor de escórias. O sulfato de sódio é um bom acelerador da
presa dos cimentos de escórias, em doses de 0,5% a 1% do seu peso.
39
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Com certas misturas destes compostos podem obter-se presas até alguns minutos ou
mesmo segundos. Mas nestes casos as tensões de rotura alcançadas são baixas e a
resistência á meteorização é pequena.
Estes sais permitem betonar até -10ºC, desde que o betão comece o endurecimento antes
de a sua temperatura descer abaixo de 0ºC. Efectivamente, se a congelação se dá no
momento da presa e antes do endurecimento, quando o betão apresenta já certa coesão
mas fraca resistência mecânica, a estrutura do cimento hidratado é em parte destruída
definitivamente: as resistências finais são muito baixas.
2.6.2.5- Hidrófugos
Hidrófugos de massa.
40
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Segundo Sousa Coutinho [2.12], quando se pretende dificultar ou evitar o contacto com
a água ou outros líquidos agressivos é necessário tomar disposições mais radicais,
isolando o betão. Há então dois tipos de tratamento: um tendente a combater a
capilaridade e outro destinado a combater a acção da água sob pressão. Os primeiros são
especialmente pinturas com silicones, que se limitam a dificultar a molhagem da
superfície mas não obturam os seus poros, enquanto outros consistem em pinturas
superficiais em que se obtêm películas mas sem resistência suficiente à água sob
pressão. Para isso é necessário o emprego de sistemas de revestimento mais resistentes,
como camadas de asfalto ou de betumes, resinas sintéticas em placas ou argamassas,
etc.
Segundo Veiga [2.5], a sua dosagem nas argamassas de rebocos não deve exceder os
2% da massa de cimento. Podem limitar a aderência entre camadas e ao próprio suporte.
Segundo Sousa Coutinho [2.12], a água pode penetrar no betão por pressão (caso das
obras imersas - barragens, reservatórios, etc.) ou por capilaridade (água de contacto,
actuando sem pressão). A capilaridade pode ser reduzida introduzindo ar no betão. Os
vazios de forma arredondada e de dimensões suficientemente grandes cortam a
continuidade do capilar, impedindo a sucção. As substâncias químicas de base
empregadas nos hidrófugos de massa são de natureza orgânica e mineral. As primeiras
actuam por hidrofugação das paredes dos capilares do cimento, e as segundas por
precipitação de sais insolúveis nos capilares, obturando-os. As substâncias coloidais que
se expandem por acção da água, com base em algas marinhas (alginato de sódio, por
exemplo) ou plantas da família das leguminosas (mas a presença de açúcar pode torná-
las retardadoras da presa) os produtos negros, como o asfalto, o alcatrão, etc., são
também utilizados como hidrófugos.
Os produtos orgânicos são constituídos por sais de ácidos gordos, como oleatos,
palmitatos, lauratos e estereatos de cálcio, sódio, potássio, alumínio, zinco, magnésio,
41
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Os sais precipitam nos vazios deixados pela estrutura do cimento hidratado e pelo
arranjo dos inertes do betão. Mas esta obturação é pouco eficiente pois as ligações
sólidas à pasta do cimento são fracas. Por isso são facilmente arrastados pela água sob
pressão, e podem até, por vezes aumentar a capilaridade pois, se as dimensões do
precipitado são inferiores às dos capilares, tudo se passa como se o seu diâmetro tivesse
sido reduzido.
Uma estanquidade razoável somente é possível com a adição de pós muito finos,
capazes de se combinarem com os produtos da hidratação do cimento (pozolanas)
criando verdadeiras ligações sólidas entre eles e as paredes dos capilares, ou com a
adição de resinas que se polimerizam antes ou depois da presa. Mas estas acções já não
se podem considerar adjuvante, pois as percentagens em que estes aditivos se utilizam
excedem largamente os 5%. Compreende-se portanto que se um betão é poroso, de má
qualidade, pobre, mal composto e mal doseado, com vazios importantes e heterogéneos,
não há hidrófugos capazes de reduzir apreciavelmente a entrada de água por
capilaridade ou por pressão, mesmo fraca [2.12].
O emprego de hidrófugos de massa é dos mais antigos e já R. Feret, referido por Sousa
Coutinho [2.12], em 1926, se referia aos resultados dos seus trabalhos sobre a utilização
de grande quantidade de adições de substâncias aos ligantes hidráulicos dizendo que
nenhum dos produtos químicos ensaiados era satisfatório.
Segundo Sousa Coutinho [2.12], as resinas sintéticas, chamadas também polímeros, são
substâncias formadas pela repetição de um grupo específico de moléculas, denominadas
de monómeros. Desde que se conhecem as resinas sintéticas tem-se pensado em
associar a sua capacidade de deformação à resistência do cimento, tentando melhorar a
fragilidade deste último. Daí os estudos da adição de resinas ao cimento.
42
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
A resistência por adesão pode ser superior, em três vezes ou mais, à do betão ordinário,
o mesmo acontecendo à resistência à abrasão e ao choque. Mas, segundo o que foi dito
sobre as condições de aplicação, a resistência à meteorização é, normalmente, fraca.
Alguns tipos de polímeros amolecem em contacto com a água, e por isso não devem ser
aplicados neste meio.
43
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Para além destes produtos, que se adicionam à argamassa no aquando da sua confecção,
normalmente diluídos na água de amassadura, existem também promotores de aderência
que se aplicam na superfície do suporte [2.5].
Veiga [2.5] refere, em relação aos rebocos não pigmentados e destinados a serem
pintados, é mais comum introduzir este tipo de adjuvantes na tinta.
Segundo Sousa Coutinho [2.12], para impedir o crescimento de fungos, algas, líquenes,
etc., no betão endurecido usa-se cloreto de zinco, óxido de crómio, compostos de cobre
e de mercúrio (por exemplo sulfato de cobre em 0,1% do peso do cimento) ácido bórico,
bórax, etc., ou substâncias orgânicas, como fenóis polihalogenados (pentaclorofenol em
0,2% do peso do cimento) creosota, ácido salicílio, emulsões de dieldrina, acetato de
tributilo e estanho (em 0,005% já é eficaz) e outros sais orgânicos de estanho, etc.
Em geral quase todos estes materiais tendem a ser lavados, perdendo a sua eficácia.
Actualmente alguns destes produtos deixaram de ser usados por serem perigosos para a
saúde pública e para o ambiente, nomeadamente os compostos orgânicos de metais
pesados, como o mercúrio e o estanho. Sendo substituídos por compostos orgânicos
com base em heterociclos azotados [2.5].
2.6.2.8-Pigmentos
A cor preta é difícil de obter, para isso tem de se adicionar bióxido de manganésio ou
negro de fumo. O primeiro não dá verdadeira cor negra, pois conduz a um cinzento-
44
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
escuro. Com o negro de fumo obtém-se uma cor mais escura, mas como a proporção
tem de ser elevada a resistência do betão diminui.
Os óxidos de crómio produzem amarelo, verde e azul: esta última cor pode ser obtida
com o azul ultramarino (silicato complexo de sódio e de alumínio, com enxofre
combinado) e com o azul de cobalto. O azul ultramarino tende a desaparecer com o
tempo pois tem a tendência a combinar-se com o hidróxido de cálcio.
Estas adições não devem exceder 10% do peso do cimento, a não ser que um ensaio
prévio demonstre que a presa e o endurecimento não são comprometidos com
quantidades superiores.
2.6.2.9-Fibras
O uso de fibras nos rebocos tradicionais não está ainda muito difundido no nosso País,
apesar de serem comercializadas, nomeadamente fibras de sisal (ver Fig. 2.19) [2.28].
45
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
2.6.2.10-Cargas leves
46
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
estaleiro são iguais àquelas com que se fez o estudo geral das propriedades do adjuvante
[2.12].
Neste caso todos os ensaios que vão ser indicados a seguir devem ser realizados com
uma mesma amostra de cimento e areia, e em paralelo com adjuvante e sem adjuvante.
acção de plastificação;
acção na introdução de ar;
acção na tensão de rotura à flexão e compressão;
influência na contracção de secagem, se esta for importante.
A capacidade de protecção das argamassas face á água está relacionada com dois
aspectos fundamentais: a resistência à fendilhação e a capacidade de impermeabilização
em superfície não fendilhada. Assim a argamassa não deve ser demasiado absorvente
para evitar a penetração de grandes quantidades de água e, ao mesmo tempo, deve ser
permeável ao vapor de água contida no interior dos paramentos e dos espaços se
evapore, salvo no caso do paramento exterior contenha no seu interior mecanismos que
assegurem o transporte da água para o exterior, por exemplo, com recurso a goteiras. O
ideal é recorrer ao uso de argamassas com baixo coeficiente de capilaridade e elevada
permeabilidade ao vapor de água no paramento interior, a não ser que se assegure uma
47
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Não é fácil garantir um equilíbrio, as argamassas devem ser formuladas para que a sua
secagem quando molhadas seja relativamente rápida, logo que as condições climatéricas
sejam favoráveis, para evitar que se formem microorganismos que poderão desencadear
a degradação do material.
48
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
Bibliografia do Capítulo II
[2.10]-http://mestrado-reabilitacao.fa.utl.pt/disciplinas/jbastos/Rveiga6AC-DC-
RV_encore.pdf, consultado em 08/01/09.
49
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
[2.14] - FERRARI, F.M., “Cenno storico sui leganti idraulici” II Cemento, Julho-
Agosto, Setembro- Outubro, e Novembro – Dezembro 1968, vol. 65.
[2.16]http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.cienciaquimica.hpg.ig.com.br/
interessante/cimento/forno.jpg&imgrefurl=http://www.cienciaquimica.hpg.ig.com.br/int
eressante/cimento/cimento.htm&usg=__RH8xXubcXc_W8_667t0ws0OV6jc=&h=270
&w=556&sz=26&hl=pt-
PT&start=15&um=1&tbnid=pysrHoR98Gz5JM:&tbnh=65&tbnw=133&prev=/images,
consultado em 08/01/09.
50
Capítulo II- Argamassas e suas propriedades
[2.27]-http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/wp-
content/uploads/2008/09/fibra_de_vidro.jpg, consultado em 08/01/09
51
Capítulo II
Argamassas e suas propriedades
6
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
3.1 – Introdução
Existem variados tipos de revestimentos, podendo ser classificados das mais variadas
formas, tais como: revestimentos tradicionais; não-tradicionais; quanto à função que
desempenham; quanto ao tipo de ligante (nomeadamente ligantes hidráulicos; ligantes
aéreos; com aditivos, de ligantes mistos, etc.); quanto à função estrutural ou de
enchimento, entre outros.
53
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
3.2.2-Revestimentos de Impermeabilização
São revestimentos que têm como principal função o isolamento térmico dos espaços que
limitam [3.2].
3.2.4-Revestimentos de Acabamento
54
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
Numa primeira análise pode parecer que a estabilidade, por exemplo, é um problema
que não se põe aos revestimentos, mas na verdade não é bem assim. Apresenta-se como
exemplo um caso relativamente vulgar: um revestimento exterior de fachada de um
edifício de 10 andares, constituído por placas de granito, com dimensões de 800mm x
500mm x 25mm. Imediatamente se percebe a importância de garantir que nenhuma
pedra se destaque da fachada (por exemplo por inadequação ou degradação do sistema
de fixação ao suporte) e caia em zonas frequentadas por pessoas. Um erro destes
poderia ser fatal. Naturalmente, este é um caso em que o problema da estabilidade tem
de ser considerado, ou seja, o sistema de fixação tem que ser calculado ou ensaiado de
forma a garantir a estabilidade, de forma durável, na situação concreta de aplicação.
Algumas das exigências essenciais estão cobertas por regulamentos. É o caso da EE1
(quando aplicável) e da EE2. Noutros casos, em que não existem documentos desse
tipo, é mais difícil definir exigências. Estão neste caso a EE3, que contempla, como por
exemplo, o contacto não agressivo e ausência de emissões tóxicas ou poluentes; a EE4
que implica, em geral, reduzida permeabilidade à água; elevada permeabilidade ao
vapor de água; reduzida susceptibilidade à fendilhação; reduzida tendência para
aderência de sujidades; facilidade de limpeza; ou ainda a durabilidade que pode implicar
resistência à água; compatibilidade química com o suporte; resistência á fendilhação;
resistência aos choques” [3.2].
Por fim, há que ter em conta que, para além das situações mais correntes, que estão por
detrás das classificações da Tabela 3.1 e que são consideradas nas definições mais
gerais de requisitos, existem situações específicas, que obrigam a considerar como
fundamentais outras exigências que até agora não foram referidas [3.5].
Como exemplo, nos revestimentos para edifícios antigos, nomeadamente com valor
patrimonial e histórico, são particularmente importantes aspectos como a não
degradação das paredes pré-existentes; compatibilidade química, física e mecânica com
55
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
3.3.1.1- Estabilidade
- Deverão apresentar toxicidade fortemente limitada e/ou anulada, quer ao nível dos
gases tóxicos emitidos ou radiações nocivas, nem serem intrinsecamente tóxicos para os
utentes, ao toque ou mastigados (risco provável em crianças), quer indirectamente por
acção de escoamento de água;
- A temperatura dos revestimentos expostos ao sol, não deve atingir níveis que
provoquem queimaduras nos utentes. [3.8]
56
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
57
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
Traduz-se pelo isolamento aos ruídos aéreos, caracterizado pelo abaixamento do nível
de pressão sonora dos ruídos aéreos exteriores que atravessam a parede e pelos ruídos
transmitidos pela parede por vibrações ou percussão.
3.3.7.1- Planeza
3.3.7.3- Verticalidade
58
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
Os revestimentos devem manter a sua tonalidade, brilho e cor original, ou seja, não
devem existir diferenças notórias na fachada, assim como a reflectância deve ser
sensivelmente a mesma ao longo da fachada.
Os revestimentos não devem provocar lesões nos utentes por contacto com as
superfícies.
Grande parte das anomalias na construção têm origem directa ou indirecta na água, ou
na presença dela. Na humidificação dos materiais, que por vezes altera as propriedades
dos mesmos. Estas anomalias afectam as condições de durabilidade e habitabilidade dos
edifícios, devido a alterações prejudiciais do aspecto e algumas vezes causam
degradações irreversíveis que podem por em causa a recuperação e reutilização dos
materiais atingidos, sendo inevitável a sua substituição a curto prazo [3.9].
59
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
3.4.2- Humidade
Segundo Rosa e Martins [3.9], “ a água é a causa primária de muitas anomalias e causa
secundária de muitas outras”.
60
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
A água de precipitação, quer no estado líquido (chuva), quer no estado sólido (neve ou
gelo), pode penetrar nos edifícios através dos paramentos, cobertura e vãos,
humidificando os materiais e em alguns deles provocando alterações.
61
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
62
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
Antes de mais importa definir o que é a higroscopicidade, Rosa e Martins [3.9], definem
a higroscopicidade como a propriedade que os materiais porosos possuem quando
colocados no estado seco num meio ambiente com uma dada humidade relativa de
reterem nos seus poros uma certa quantidade de humidade existente no ambiente, até se
atingir uma situação de equilíbrio, designada de equilíbrio higroscópico, com esse
ambiente.
Os revestimentos que contêm sais solúveis em água, quando entram em contacto com
ela no estado líquido ou em vapor de água, estes sais, como o cloreto de sódio, que
normalmente são sais higroscópicos, fixam água em quantidade superior aos materiais
de revestimento. A fixação de água torna-se um fenómeno patológico, por exemplo no
caso de existência de caixilharias de madeira, que provoca o seu aumento de volume,
dificultando o funcionamento normal, assim como no contributo para o aumento da
condutibilidade térmica dos elementos de construção.
Este tipo de humidade pode advir de causas diversas, por exemplo da rotura de
canalizações, entupimento de caleiras, tubos de queda, remates de chaminés mal
executados, inexistência de pingadeiras, etc.
63
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
3.4.4-Fissuracão e fendilhação
64
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
65
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
inicial após a construção e reacções químicas que podem provocar expansões dos
materiais.
No caso dos rebocos a fissuração e fendilhação podem ter várias causas. Em seguida
serão analisadas as principais.
66
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
Neste item incluem-se os tipos de fendilhação que se considera poderem ser evitados
com a melhoria da constituição do reboco e das camadas constituintes.
3.4.4.1.1.2-Retracção do reboco
Quando o suporte ou camada anterior constituinte do reboco, por ser normalmente mais
rígida (respeitando a regra da degressividade do teor em ligante), restringe por aderência
a retracção das diferentes camadas. No plano de aderência entre o reboco e o suporte, ou
entre camadas, instalam-se tensões de tracção elevadas e em parte tensões de corte,
podendo originar fendas.
Uma forte dosagem em ligante, o uso de areias com muita percentagem em finos, o
excesso de água de amassadura, a aplicação de camadas com espessuras exageradas, a
aplicação em condições climatéricas pouco favoráveis são algumas das condições que
tornam provável o aparecimento de fendilhação por retracção restringida. Por vezes o
alisamento demasiado apertado e prolongado do reboco, faz vir à superfície a leitada de
cimento, estando muitas vezes na origem da microfendilhação. Como forma de evitar
esta microfendilhação, deve evitar-se o alisamento à colher. Devem também ser
respeitados os tempos de secagem entre camadas e o cumprimento da regra da
degressividade do teor de ligante [3.11].
3.4.4.1.1.3- Gelo
Como se sabe, a água ao passar do estado líquido para o estado sólido (gelo) aumenta o
seu volume. Como os materiais possuem uma certa porosidade, alguns desses poros
serão ocupados pela água. A água existente nos poros ao congelar, vai gerar tensões no
reboco, podendo dar origem à fendilhação.
Para evitar esta anomalia, é importante seleccionar rebocos com reduzida absorção de
água, compactos e coesos, ou com adjuvantes que reduzam a absorção ou que
introduzam bolhas de ar nas argamassas.
67
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
No caso da Fig. 3.6 é visível a diferença dos coeficientes de dilatação térmica da laje e
do tijolo, que provoca o esmagamento do tijolo, e consequente destacamento do reboco
da platibanda.
As argamassas para resistirem às fontes de tensões a que estão sujeitas, elas devem ter
retracção moderada, baixo módulo de elasticidade e elevada relaxação.
68
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
Definindo a tensão de tracção de uma peça, que é igual á força aplicada numa
determinada área. Aplicando esta definição aos revestimentos, poderá afirmar-se que
quanto mais espessa for a camada, maior será a resistência à fissuração do revestimento.
Interpretando esta definição à letra, seria legítimo pensar que, aumentando a espessura
dos revestimentos se resolvia a questão da fissuração, quando na verdade se poderia
estar a criar outro problema, devido ao aumento do peso, (pelo aumento da espessura do
revestimento), poderia superar a tensão de aderência do revestimento ao suporte e
destacar-se ou escorregar.
Neste item consideram-se os tipos de fendilhação que poderiam ser evitados através de
cuidados na concepção e aplicação revestimento.
As causas atribuíveis ao suporte são aquelas que se consideram que podem ser evitadas
actuando no suporte.
Os suportes, por vezes contêm sais que podem ser transportados para o reboco através
da percolação da água existente no interior, que podem reagir com os seus componentes
alterando as suas propriedades. Quando se dá esta reacção, os sais cristalizam
aumentando o seu volume e provocando a fendilhação do reboco. No caso mais
gravoso, os sais podem reagir com o ligante da argamassa e levar à sua desagregação
[3.9].
Os tijolos são produtos cerâmicos, que são obtidos por cozedura a altas temperaturas, e
quando em contacto com a água tendem a atingir um estado de equilíbrio com ela,
absorvendo água, o que se traduz num aumento de volume. Este fenómeno é mais
gravoso quando o paramento já se encontra rebocado, pois ao longo do tempo vai gerar
tensões de tracção no reboco, que pode levar ao aparecimento de fendilhação [3.11].
A existência do crespido é justificada, quando o suporte não garante por si só uma boa
aderência ao revestimento, ou quando for necessário reduzir ou uniformizar a sucção do
suporte.
Para se obter uma boa aderência, boa compacidade e boa trabalhabilidade, é necessário
realizar o revestimento em várias camadas, pois não é possível cumprir todos estes
requisitos numa só camada de reboco. Assim, para se obter boa aderência, boa
compacidade e boa trabalhabilidade, poder-se-ia pensar que uma argamassa rica em
ligante, poderia cumprir estas exigências. Mas como se verá no capítulo V, uma
70
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
A existência de várias camadas (ver Fig. 3.8, caso 2), conduz a uma redução da largura
das fissuras à superfície e desencontra o desenvolvimento das fissuras em espessura,
sendo pouco provável que uma mesma fissura atravesse todo o revestimento, desde que
sejam respeitados algumas regras, como a degressividade do teor em ligante à medida
que se aproxima da superfície do revestimento, e os tempos de cura/secagem das várias
camadas (para que em cada uma delas tenha ocorrido parte significativa da retracção
antes da aplicação da camada seguinte) [3.3].
Como se falou no ponto 3.4.4.1.1.2, logo que os revestimentos são aplicados sobre o
suporte começa a sua retracção por secagem inicial, que é restringida pela aderência ao
suporte. Esta restrição origina o desenvolvimento de tensões de tracção no revestimento
e de corte no plano de contacto do revestimento ao suporte. As tensões de tracção
tendem a fissurar o revestimento, por outro lado as tensões de corte podem provocar o
descolamento entre o revestimento e o suporte ou entre camadas. O póprio suporte
deverá ser suficientemente resistente, para que não seja ele próprio a fissurar quando se
desenvolve a retracção do revestimento [3.3] [3.11].
71
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
O crespido deve ser realizado com uma argamassa fortemente doseada em cimento (por
exemplo de traço volumétrico 1:1 ou 1:2), para se seja proporcionada uma boa
aderência ao suporte, e bastante fluida, que satisfaça a sucção do suporte e garanta que a
reacção de hidratação do cimento não seja prejudicada por falta de água. O crespido não
deve ser executado de maneira a ficar com uma espessura demasiado uniforme, devendo
antes apresentar uma textura rugosa para proporcionar boa aderência à camada seguinte
(ver Fig. 3.9) [3.3].
72
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
A espessura desta camada será entre 10 a 15mm, e em nenhum ponto inferior a 8mm.
Poderá haver casos em que serão necessárias mais do que uma camada de base, nestes
casos a espessura total poderá ir até aos 20mm. [3.3].
Quando houver que aplicar mais do que uma camada de base, será aconselhável
respeitar a regra da degressividade em ligante, isto é, a dosagem em ligante da segunda
dessas duas camadas deverá ser inferior à dosagem da primeira.
Esta última camada não “pode” fissurar, razão pela qual terá de possuir um baixo teor
em ligante.
73
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
O suporte deve estar limpo e isento de gorduras, as saliências (rebarbas nas juntas de
assentamento dos elementos) devem ser previamente desbastadas.
Deve ser evitado que as camadas de revestimento sequem demasiado rápido, podendo
ser necessário humidificá-las regularmente durante a sua cura. A humidificação deve ser
feita com recurso a aspersores, de preferência de manhã e ao fim da tarde, para evitar o
choque térmico. É aconselhável manter o revestimento humedecido e abrigado da
incidência dos raios solares ou dos ventos secos durante os primeiros dias
(aproximadamente 3 dias). As estações do ano “ideais”, dependendo das condições
climatéricas, serão aquelas em que se verifica temperaturas amenas com humidades
relativas altas, normalmente na Primavera e Outono [3.3].
Segundo o Procº 83/11/7334-LNEC [3.3], “ Não deve nunca perder-se de vista que a
qualidade final dum revestimento depende em grande parte do cuidado com que for
rodeada a sua aplicação. “
74
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
[3.5] - Grandão Lopes, Jorge; Nascimento, José M; Veiga, M. Rosário- Exigências dos
acabamentos nas construções. Aplicação a sistemas de abastecimento de água.
Comunicação apresentada ao “ Seminário sobre Qualidade de Sistemas de
Abastecimento de Água”. LNEC, Lisboa, Novembro de 1997.
http://www.aveirodomus.pt/resources/xFiles/scContentDeployer/docs/Doc392.pdf
consultado em 20/11/2008.
75
Capítulo III- Revestimentos de Paredes Exteriores
http://www2.ufp.pt/~jguerra/PDF/Reabilitacao/Reabilitacao%20da%20envolvente%20v
ertical%20opaca.pdf , consultado em 20/11/2008.
76
Capítulo III
Revestimentos de Paredes Exteriores
52
Capítulo IV- Tijolo
4.1-Introdução
O tijolo cerâmico é usado na construção de edifícios, nas mais variadas formas, tanto na
definição dos espaços interiores como exteriores. Dada a sua expressão na construção,
importa conhecer bem as suas propriedades e especificidades para proceder a uma
correcta aplicação.
Os vestígios mais antigos de tijolos datam de 7500 a.C, foram encontrados na Turquia.
A partir de dados recolhidos nestas e noutras descobertas arqueológicas, concluiu-se que
os tijolos cozidos (em detrimento dos tijolos secos ao sol (ver Fig. 4.1) – Adobe) foram
inventados no terceiro milénio antes do nascimento de Cristo, no Médio Oriente. Os
tijolos foram uma inovação tecnológica importante, pois permitiram erigir edifícios
resistentes à temperatura e à humidade. Na altura em que o homem deixou de ser
nómada, passa a ter necessidade de possuir construções resistentes e duráveis. Por volta
do ano 1200 a.C., o fabrico de tijolos generalizou-se na Europa e na Ásia [4.1].
78
Capítulo IV- Tijolo
No séc. XII, os tijolos produzidos no norte de Itália foram levados para a Alemanha,
onde adquiriram um papel importante na arquitectura. O chamado Gótico Báltico (ver
79
Capítulo IV- Tijolo
Fig. 4.3) foi uma variação do estilo gótico onde o tijolo era o principal elemento
construtivo. Teve um grande impacto nos países nórdicos devido à escassez de pedra.
Podem-se encontrar exemplos destes edifícios na Dinamarca, Alemanha, Polónia, etc.
O tijolo é originalmente fabricado com argila, de cor avermelhada, podendo ser maciço
ou furado [4.1].
Os tijolos podem ser fabricados a partir de argila, argila xistosa, silicato de cálcio ou
cimento, mas irá ser dado destaque ao tijolo cerâmico furado.
80
Capítulo IV- Tijolo
Depois de se extrair a argila, esta passará por uma fase de purificação, ou seja, retirar as
impurezas e substâncias estranhas. Em seguida esta argila é moldada adquirindo a forma
de paralelepípedo.
Depois da argila ser moldada, ela é colocada ao sol para secar, em seguida são cozidos
em fornos. Após o cozimento, os tijolos são colocados a secar, com recurso a
ventiladores industriais [4.1].
Como materiais de construção, os tijolos cerâmicos sãos dos materiais mais antigos,
logo a seguir à pedra e à madeira. Nos tijolos cerâmicos mais antigos a argila era
amassada com palha, para conceder maior consistência e depois era colocada ao sol para
secar. Com a utilização do fogo, estes começaram a ser cozidos, adquirindo outras
resistências.
Com a cozedura acima dos 700ºC, a cerâmica passa a adquirir uma estrutura cristalina,
uma elevada resistência mecânica à compressão, ao desgaste e adquire baixa porosidade
[4.3].
É necessário assegurar que as matérias-primas são de boa qualidade, para que o produto
final também tenha qualidade.
A argila é um produto de origem natural, como tal as suas propriedades podem diferir
ao longo do tempo, e do local de obtenção. Para resolver esta problemática, na produção
de tijolo, normalmente usam-se dois tipos de argila, com propriedades e características
diferentes, uma mais plástica ou “gorda” e uma menos plástica ou “magra”, que são
devidamente doseadas, para que a mistura tenhas as propriedades desejadas e constantes
ao longo da produção.
A extracção da argila (ver Fig. 4.4), normalmente é realizada durante os meses mais
secos. Em seguida são colocadas ao ar livre em montes, com o objectivo de uma
secagem e como são colocados em camadas, resulta uma certa desagregação o que irá
facilitar a homogeneização do material [4.3].
81
Capítulo IV- Tijolo
82
Capítulo IV- Tijolo
4.4.3- Conformação
Nesta fase, depois da preparação da pasta, esta entra na fase de preparação de fieiras que
são máquinas que forçam a passagem da pasta através de moldes com a forma negativa
do tijolo. Ainda durante esta fase, a pasta poderá ser sujeita a vácuo, para retirar o ar
existente no seu interior o que lhe vai conferir melhores propriedades.
4.4.4- Secagem
4.4.5- Cozedura
Depois do tijolo seco, será colocado nos fornos contínuos sendo cozido a temperaturas
que oscilam entre os 800ºC e os 1000ºC. O tempo de cozedura é variável, devido à
adequação dos parâmetros de cozedura à adequação das características das matérias-
primas e também às características que são desejadas para o tijolo, normalmente ronda
as 24h [4.3].
4.4.6- Paletização
Nesta fase o tijolo já está pronto a ser colocado em paletes, devidamente embalado, para
depois ser comercializado.
83
Capítulo IV- Tijolo
O tijolo cerâmico furado mais usado na definição da geometria dos espaços, e das
envolventes exteriores, são os que estão representados na figura 4.7. Existem ainda
outros tipos de tijolo, tal como o tijolo burro, o tijolo refractário, etc.
84
Capítulo IV- Tijolo
Os tijolos cerâmicos devem obedecer a requisitos definidos nas normas aplicáveis, tais
como as resistências tolerâncias dimensionais, (ver Fig. 4.8, 4.9 e 4.10), etc..
85
Capítulo IV- Tijolo
86
Capítulo IV- Tijolo
A norma europeia EN 771-1:2003 que lhe deu origem veio substituir as normas
nacionais NP 80 [4.8] e NP 834 [4.9].
As outras partes da norma 771 ainda existem apenas como norma europeia, com a
excepção da NP EN 771-6:2007 [4.11]. A seguir apresenta-se as várias partes que
compõem a norma:
87
Capítulo IV- Tijolo
88
Capítulo IV- Tijolo
4.7.1- Eurocódigo 6
No desenvolvimento deste trabalho foi usado tijolo cerâmico furado de 11. Na fig. 4.1,
estão representadas algumas características térmicas do tijolo de 11.
89
Capítulo IV- Tijolo
É usada no interior ou exterior, resistente a cargas, para além do peso próprio. Esta pode
ser de face aparente, ou rebocada. Poderá ter uma utilização interessante em zonas
sísmicas [4.3].
O material quando chega ao estaleiro deve ser alvo de uma inspecção visual, para
verificar a qualidade do material, por exemplo, verificar se existem diferenças
acentuadas de tonalidade nos vários lotes, se os elementos se encontram em bom estado,
ou seja, se apresentam fissuras, verificar as dimensões dos elementos e compara-los ao
acaso, verificando se existe compatibilidade geométrica entre eles, recorrendo ao
assentamento em seco (sem argamassa nas juntas).
90
Capítulo IV- Tijolo
Deve ser armazenado num local seco e limpo e protegido das intempéries, para que as
suas propriedades não se alterem.
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Capítulo IV- Tijolo
exigências de segurança;
exigências de saúde e conforto;
exigências de economia.
Mesquita [4.6] citando Brito e Correia, “Uma parede de alvenaria deve estar preparada
para suportar todas as cargas a que poderá vir a estar sujeita: cargas permanentes,
sobrecargas de utilização, vento, acções térmicas e acções acidentais”.
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Capítulo IV- Tijolo
A segurança que os edifícios possuem relativamente ao fogo é com base nos materiais
usados e nas medidas adoptadas nos edifícios, para dificultar a propagação dos
incêndios, facilitando a evacuação dos utilizadores e facilitando a intervenção dos
bombeiros. Os materiais estão classificados pela sua reacção ao fogo em função da não
combustibilidade, da inflamabilidade e da velocidade de propagação das chamas e pela
resistência ao fogo, caracterizada pelo impedimento de propagação de um incêndio de
um local para o outro, que é exprimida pelo tempo em que a estabilidade está
assegurada e não apresentando degradação nem deformação incompatível com a função
do elemento [4.3][4.6].
93
Capítulo IV- Tijolo
O regulamento geral sobre o Ruído (R.G.R) [4.23], define zonas com diferentes níveis
de ruído que conduzem a diferentes necessidades de isolamento, dependendo dos
diferentes usos dos edifícios.
Segundo Mesquita [4.6], é importante perceber que para o bom desempenho acústico
das fachadas, importa ter especial atenção às partes envidraças, pois do ponto de vista
de isolamento acústico são elas que possuem pior desempenho, não descurando a
alvenaria.
94
Capítulo IV- Tijolo
A alvenaria usada no exterior e interior deve ter uma aparência esteticamente agradável,
se bem que no caso em que as alvenarias são rebocadas esta exigência deixa de fazer
sentido.
95
Capítulo IV- Tijolo
Bibliografia do capítulo IV
[4.2]-http://www.prof2000.pt/users/secjeste/Arkidigi/Angola/Mangando/Mangan18.jpg,
consultado em 23/04/09
[4.9] –IPQ NP 834:1971 (Ed. 1) - Tijolos de barro vermelho para alvenaria, Lisboa
1971.
96
Capítulo IV- Tijolo
97
Capítulo IV
Tijolo
77
Capitulo V- Retracção
Capítulo V- Retracção
5.1- Introdução
Uma das principais causas de degradação dos revestimentos está relacionada com a
retracção. Dai que o conhecimento da retracção (retracção livre; retracção impedida ou
restringida), seja importante para o conhecimento e melhor compreensão do
desempenho das argamassas.
Se o revestimento for constituído por argamassas mais “fracas”, com baixo teor de
ligante, as tensões instaladas não chegam a atingir níveis elevados, porque a fissuração
ocorre cedo, devido à baixa resistência mecânica do revestimento, o que se traduz numa
dissipação das tensões. As fissuras são finas, embora pouco espaçadas entre si, e em
geral não atravessam toda a espessura do revestimento, porque as tensões instaladas são
baixas, não sendo suficientes para romperem por aderência o revestimento (ver Fig. 5.1
(b)).
99
Capitulo V- Retracção
100
Capitulo V- Retracção
Sabbatini [5.2], refere ainda que no caso de intervalos de aplicação entre duas camadas
de revestimento de argamassa, é recomendado que sejam aguardados pelo menos 7 dias,
pois nesse período a retracção da argamassa já é grande, da ordem de 60 a 80% do valor
total.
Uma argamassa no estado fresco, logo após a sua aplicação, fica exposta ao ambiente de
humidade relativa abaixo de 100%. No caso de uma argamassa de revestimento, esta
apresenta uma grande área exposta, em relação ao seu volume. Logo após a sua
aplicação, a argamassa fica exposta à acção do vento e sol, estando sujeita a uma perda
de água por evaporação nas primeiras horas. A retracção das argamassas também se
verifica durante o seu processo de endurecimento. Assim, segundo Ishikawa [5.4], a
retracção pode ser classificada de diversas formas, como a retracção térmica; por
carbonatação; por hidratação do cimento e autógena.
A retracção pode ser relacionada com o grau de restrição (retracção livre ou restringida),
quanto à permanência da retracção (podendo ser reversível ou irreversível), ao estado
físico da argamassa no estado fresco ou endurecido, e quanto à natureza da retracção
(retracção por perda de água ou por secagem, hidratação do cimento ou química,
autógena ou endógena, por carbonatação ou térmica) [5.4].
101
Capitulo V- Retracção
argamassa ainda está “líquida”, então o volume do sistema é igual ao volume de água
perdido na secagem [5.4].
Este tipo de retracção verifica-se quando se inicia a presa do cimento. Nesta fase, a
retracção depende do tamanho dos poros e de como a água está ligada às partes sólidas
da argamassa endurecida. A formação de uma estrutura sólida, e com o aumento da
resistência mecânica da argamassa ao longo do tempo, fazem com que o volume de
água perdido para o meio não seja igual à diminuição do volume total do sistema [5.4].
Veiga [5.3] refere que “ … o volume absoluto dos componentes hidratados do cimento é
inferior à soma do volume dos componentes anidros com a água que com eles reage”,
102
Capitulo V- Retracção
Este tipo de retracção é caracterizado por ocorrer no interior da argamassa e gerada por
si mesmo. Este fenómeno é também conhecido por auto-secagem, ou seja, a água nos
capilares é consumida, hidratando a fracção anidra remanescente do cimento e, assim,
transformada também em água combinada. A retracção autógena é então a soma da
retracção química e retracção física por depressão capilar [5.4].
A retracção restringida ou impedida, pode ser caracterizada através das várias formas de
ocorrência da retracção. A retracção restringida no caso das argamassas pode
manifestar-se pela presença do agregado na mistura, por aderência a uma base porosa
(por exemplo, no revestimento de um paramento de tijolo cerâmico furado), entre juntas
de elementos (por exemplo, no assentamento de tijolos, blocos, etc.), e outros elementos
103
Capitulo V- Retracção
Este tipo de retracção verifica-se numa “peça” que está livre de se retrair sem ligações
ao exterior, ou seja, não aderente a nenhuma superfície. No caso de uma argamassa, a
presença de um agregado provoca restrição de retracção da pasta de cimento, mas um
elemento isolado desta argamassa está sujeito à retracção livre [5.4].
104
Capitulo V- Retracção
uma humidade relativa abaixo de 100%. Logo após a aplicação da argamassa inicia-se o
processo de secagem. A perda de água dá-se através dos poros capilares que se formam.
Dependendo da dimensão do capilar, a água perdida pode ou não originar contracção
volumétrica [5.4].
MEHTA e MONTEIRO, referido por Ishikawa, [5.4], “capilares com diâmetros maiores
que 50nm não causam contracção volumétrica, mas sim os poros capilares de diâmetro
menores que 50nm, são os responsáveis pela retração por secagem”.
Basto, citado por Ishikawa, [5.4], a adição de cal tem influência no aumento da retenção
de água, da água de amassadura.
Aplicando uma argamassa sobre uma base não absorvente, a retracção resultante
apresenta três estágios de deformações, que podem ser enumeradas por, primeira
deformação, período de estabilização e segunda deformação. O inicio da segunda
deformação ocorre com a argamassa no estado endurecido [5.4].
Na Fig. 5.3 mostra-se a evolução da retracção de uma argamassa com o traço 1:1:6, (1
volume de cimento, 1 volume de cal e 6 volumes de areia), aplicada numa base não
absorvente.
105
Capitulo V- Retracção
106
Capitulo V- Retracção
5.4.1- Dessecação
A perda de água para o exterior, dos capilares e, depois, dos poros de menores
dimensões, (como se viu em 5.3.3.2), fenómeno este designado por dessecação, dá
origem a retracção (contracção) e a uma redução da massa do conjunto por perda de
água. Esta perda de água, segundo Baron, citado por Veiga [5.3] pode atingir 22% da
pasta de cimento.
Parte da retracção por dessecação é reversível, o que quer dizer, que se o elemento que
foi sujeito a dessecação, for colocado num ambiente de humidade relativa alta, ou a um
ciclo de molhagem, os capilares voltam a “encher” e o volume perdido é parcialmente
recuperado [5.3].
107
Capitulo V- Retracção
Citando Veiga [5.3], baseada nos estudos de Tamin, “…designa a contribuição para a
retracção dos fenómenos de hidratação do cimento, por retracção autogénea, ou
endógena, independentemente da sua sobreposição e interacção com as outras causas da
retracção”.
A retracção de hidratação, pode ser definida como toda a parte da retracção originada
pelas reacções de hidratação, incluindo os componentes de autodessecação e os
componentes de origem química [5.3].
5.4.3- Carbonatação
Existem outras razões relacionadas com as características das próprias argamassas que
influenciam a maior ou menor retracção, como o módulo de elasticidade (da capacidade
de relaxação das tensões), o tipo de ligante e o tipo de inertes.
108
Capitulo V- Retracção
Veiga [5.3], reportando-se aos ensaios realizados por Decelier e Lejeune, em que
estudaram argamassas, com diferentes ligantes, argamassas bastardas de cimento e cal
hidráulica, só de cal hidráulica e só de cimento, em ambientes de 15%, 65% e 90% de
humidade relativa. E acompanharam a evolução da retracção ao longo de 500 dias,
concluindo que, para todos os materiais, há uma fase inicial em que a retracção é maior
a 15% de HR( humidade relativa), intermédia a 65% de HR e menor a 90% de HR.
Contudo, a partir de alguns meses de idade, observa-se que a retracção a 65% de HR
supera a retracção a 15% de HR. Assim, a retracção final máxima verifica-se para a
humidade relativa de 65%, com valores da ordem de 0,75 a 1 mm/m.
Veiga [5.3], refere uma possível razão para esta aparente inversão, que se prende com o
facto de a carbonatação a 15% de humidade relativa ser quase insensível.
Veiga [5.3], no desenvolvimento dos seus estudos, conclui que a retracção das
argamassas de revestimento é maior e desenvolve-se mais rapidamente a humidade
relativas mais baixas, mas esta tendência, a partir de certo valor da humidade relativa do
ar (dependendo do tipo de argamassa), a retracção diminui assim como a sua
velocidade.
Détriche referido por Veiga [5.2], admite que em relação ao tipo de ligante, a sua finura,
condiciona a dimensão dos primeiros capilares formados e a velocidade de hidratação e
de evolução da rede de capilares. Afirma ainda, que um cimento mais fino implica uma
maior retenção de água na pasta, o que se traduz numa dessecação inicial mais lenta,
com o inconveniente de provocar maiores retracções e prolongando-se mais no tempo,
devido às menores dimensões e ao maior número dos capilares.
109
Capitulo V- Retracção
Ossa e David, referidos por Veiga [5.2], também confirmam, que cimentos com
superfícies específicas maiores, apresentam maior amplitude e velocidade da retracção
plástica.
Ensaios realizados por Decelier e Lejeune, referidos por Veiga [5.2], mostraram que
para argamassas só de cal hidráulica, e também para as argamassas bastardas de cal
hidráulica e cimento a retracção que sofriam eram menores do que em argamassas só de
cimento.
Por outro lado, Veiga [5.2] reportando-se a ensaios realizados no LNEC ( laboratório
nacional de engenharia civil), verificou que se obtiveram retracções superiores para as
argamassas bastardas de cimento e cal hidráulica em relação às só de cimento e um
pouco menores para as argamassas só de cal hidráulica e um pouco menores para as
argamassas só de cal hidráulica.
Veiga [5.2] citando L´Hermite, observa que uma maior superfície específica do inerte, o
que quer dizer, uma maior finura, também aumenta a retracção.
A retracção é tanto maior quanto maior for a percentagem em cimento. Veiga [5.2]
referindo o autor Détriché, em relação à quantidade de cimento na mistura, se a
quantidade de cimento aumentar, aumenta também a proporção de capilares mais finos
na pasta, em relação ao volume total de vazios e aumenta, como consequência, a
retenção de água e a retracção por perda desta água. Acrescenta ainda, que a dosagem
de cimento influência, principalmente, a retracção de secagem.
110
Capitulo V- Retracção
Aplicando esta conclusão, ao caso dos revestimentos, seríamos levados a pensar que
aumentando indefinidamente a espessura da camada, o problema da retracção seria
resolvido. Mas também, como se viu no capítulo III o aumento da espessura acarreta
outros problemas, nomeadamente em termos de aderência.
Détriché, referido por Veiga [5.2], considera que existe uma espessura crítica do
elemento, que conduz à máxima retracção. Para valores inferiores à espessura crítica, a
dessecação ocorre demasiado cedo, não proporcionando a total hidratação do cimento e
diminuindo, assim, a retracção de hidratação. Por outro lado, para valores superiores,
ficará sempre água aprisionada que será “aproveitada” numa estruturação progressiva
do material, dando origem a uma menor retracção por dessecação.
A aplicação de argamassas, em suportes porosos, faz com que a retracção aumente nos
primeiros dias, diminuindo a sua amplitude a longo prazo [5.2].
O contacto da argamassa com um suporte poroso, é analisado no item 5.5, pois neste
caso, como existe adesão entre a argamassa e o suporte, oferece resistência à livre
retracção.
111
Capitulo V- Retracção
Veiga [5.2], refere que, “as tensões resultantes são tanto mais elevadas quanto menor for
a relação s/v da peça”.
Veiga [5.2], defende que a determinação das tensões introduzidas pela retracção
restringida implica, um conhecimento da capacidade de relaxação das argamassas ou
betões.
112
Capitulo V- Retracção
Bibliografia do capítulo V
113
Capítulo V
Retracção
98
Capítulo VI- Execução das paredes
6.1 – Introdução
115
Capítulo VI- Execução das paredes
nivelamento
bitola
116
Capítulo VI- Execução das paredes
Filme de
plástico
Tábua de
cofragem
Posteriormente procedeu-se à colocação de uma protecção (ver Fig. 6.5) para resguardar
as paredes de tijolo da acção do vento, dado que em alguns pontos, a medida desde a
superfície da plataforma até ao topo da parede de bloco era inferior a 1 metro.
< 1m
117
Capítulo VI- Execução das paredes
Fig. 6.6- Protecção á acção do vento da lateral esquerda e direita das paredes
118
Capítulo VI- Execução das paredes
119
Capítulo VI- Execução das paredes
Prumo
Prumo
120
Capítulo VI- Execução das paredes
Como se pode constatar na Fig. 6.10, optou-se por efectuar a 1ª fiada em todas as
paredes, por ser mais rápido construir todas as paredes desta forma, pois a 1ª fiada é a
mais difícil de assentar e de alinhar. No assentamento desta primeira fiada, espalhou-se
uma camada de argamassa, em cima do filme plástico (não aderente à base), e em
seguida colocou-se o tijolo em cima desta camada de argamassa (ver Fig. 6.11). A razão
desta camada de argamassa, é para dar suporte á parede, e dado que as faces do tijolo
não são perfeitamente planas não seria possível erigir a parede perfeitamente vertical.
Camada de
argamassa
O transporte da argamassa, foi com recurso a um carro de mão (carreta), como ilustra na
Fig. 6.12.
121
Capítulo VI- Execução das paredes
122
Capítulo VI- Execução das paredes
Depois da primeira fiada assente, foram realizadas as restantes 4 fiadas até perfazer as 5,
ou seja, aproximadamente 1 m (ver Fig. 6.15).
123
Capítulo VI- Execução das paredes
A espessura das juntas entre tijolos, foi de aproximadamente 1cm, como se pode
observar na Fig. 6.16.
As rebarbas das juntas foram limpas (ver Fig. 6.17), por raspagem com uma colher de
pedreiro.
Rebarbas
de junta
124
Capítulo VI- Execução das paredes
O crespido foi executado dia 11 de Abril de 2009, logo a seguir à construção das
paredes, com uma argamassa rica em ligante, traço 1:1 (1 volume de cimento + 1
volume de areia média). A argamassa é projectada energicamente contra a parede, com
uma colher de pedreiro. Numa espessura aproximadamente constante (ver Fig. 6.18 e
6.19).
125
Capítulo VI- Execução das paredes
No total, foram construídas 8 paredes, mas uma delas não vai ser revestida, serve como
referencial de comparação, mais à frente designada de parede H (ver Fig. 6.20), ou
seja, foi realizado o crespido em 7 paredes.
Parede H
126
Capítulo VI- Execução das paredes
A cura destes provetes foi realizada no local onde foram construídas as paredes,
expostos às mesmas condições ambientais, aliás, todos os provetes retirados neste
trabalho foram curados no mesmo local.
Ao fim de 1 dia de cura da argamassa no molde, estes são desmoldados (ver Fig. 6.22),
pois apresentam já resistência suficiente para esta operação. E são colocados numa
palete, ao lado das paredes (ver Fig. 6.23).
127
Capítulo VI- Execução das paredes
Depois das 7 paredes estarem chapiscadas (revestidas com crespido), realizou-se uma
pré-marcação dos pontos que iriam ser alvo de estudo, como se pode observar no
capítulo VII. Realizando uma raspagem no local onde depois serão marcados os pontos
(num total de 12 pontos, por parede), como se pode observar na Fig. 6.24.
128
Capítulo VI- Execução das paredes
Raspagem do
crespido
A marcação dos pontos em cada uma das paredes, seguiu uma ordem de marcação em
coluna (4 colunas e 3 linhas), ou seja, no caso da parede A, os pontos foram designados
por A1; A2; A3 e A4, da esquerda para a direita. Ao segundo nível, ou seja, segunda
linha, os pontos A5; A6; A7 e A8, ao terceiro nível, os pontos A9; A10; A11 e A12. Na
Fig. 6.27, mostra-se a disposição dos pontos nas paredes (neste caso da parede A).
129
Capítulo VI- Execução das paredes
H
A D E F G
B C
Plataforma 1 Plataforma 3
Plataforma 2
130
Capítulo VI- Execução das paredes
Fita
adesiva
de
protecção
Neste item, é definido a constituição dos revestimentos de cada uma das 7 paredes. A
espessura de cada uma das camadas assim como o traço de argamassa. Esta informação
encontra-se reunida na Tabela 6.1.
B 11-04-2009 1:1 20-04-2009 1,0 1:2 27-04-2009 1,5 1:4 04-05-2009 0,5 7:1:1 ( areia fina)
G 11-04-2009 1:1 20-04-2009 1,5 1:1:7 27-04-2009 0,5 1:1:7 ( areia fina)
131
Capítulo VI- Execução das paredes
Nas Fig. 6.29, 6.30 e 6.31, está esquematizada a constituição do revestimento, em cada
uma das paredes.
132
Capítulo VI- Execução das paredes
133
Capítulo VI- Execução das paredes
Dado que as paredes não possuem o mesmo número de camadas de reboco, que
constituem o revestimento, optou-se por definir as camadas em: primeira camada,
segunda camada e terceira camada, em vez de camada de base (que pode compreender
a camada de impermeabilização e camada de regularização), e camada de acabamento.
Para que as paredes sejam revestidas em cada camada, com a espessura desejada,
recorreu-se à colocação de réguas, devidamente paralelas. Para assegurar, que em todos
os pontos da parede, tem a espessura desejada (ver Fig. 6.32). A fixação das réguas é
feita com grampos, que permitem afinação das réguas, para a espessura que se pretende.
As réguas são colocadas em cada uma das extremidades da parede. São aprumadas com
um nível de bolha. As réguas que são colocadas na vertical, permitem na fase seguinte
“sarrafar” o reboco com uma régua de 3,10 m, ficando este com uma certa rugosidade,
resultante da passagem da régua.
Régua de
madeira
Grampo
metálico
A afinação das réguas foi realizada com recurso a uma fita métrica (ver Fig. 6.33).
134
Capítulo VI- Execução das paredes
Depois da colocação das réguas nas 7 paredes, e dos pontos protegidos com fita adesiva
de pintura, as paredes estão prontas a receber o reboco.
Nas Fig. 6.34 à 6.42 apresenta-se o aspecto das paredes depois de executada a primeira
fase do reboco nas paredes A; B; C; D; E; F e H.
Fig. 6.34 – Aspecto das paredes depois da primeira camada (parede A e à direita,
parede B)
135
Capítulo VI- Execução das paredes
136
Capítulo VI- Execução das paredes
137
Capítulo VI- Execução das paredes
138
Capítulo VI- Execução das paredes
Nas Fig. 6.43 à 6.47 apresenta-se o aspecto das paredes depois de executada a segunda
fase do reboco nas paredes A; B; C e H.
139
Capítulo VI- Execução das paredes
140
Capítulo VI- Execução das paredes
141
Capítulo VI- Execução das paredes
142
Capítulo VI- Execução das paredes
143
Capítulo VI- Execução das paredes
144
Capítulo VI- Execução das paredes
145
Capítulo VI- Execução das paredes
As medições das quantidades dos constituintes da argamassa (areia fina e média, água,
cimento, cal hidráulica), foram realizadas em volume, recorrendo a um recipiente
próprio para o efeito. Foi realizado em volume, para assegurar que as proporções dos
constituintes eram respeitas.
A areia, no final da execução de cada uma das camadas do reboco era coberta com um
plástico, para não alterar o seu teor de humidade.
A cura dos rebocos e dos provetes foi similar em todas as fases, ou seja, pulverizou-se
água, com recurso a um pincel de pedreiro, duas vezes ao dia ao inicio da manhã e ao
final da tarde (para evitar o choque térmico), durante 3 dias após a execução de cada
fase do reboco.
Nota: O cimento usado nesta dissertação foi o Cimento Portland de Calcário CEM II /
A-L 42,5R.
146
Capítulo VI- Execução das paredes
Bibliografia do capítulo VI
147
Capítulo VI
Execução das paredes
114
Capítulo VII- Método de controle das deformações
7.1- Introdução
No presente capítulo refere-se a forma de obter coordenadas dos pontos marcados nas
paredes. Explica-se também as etapas para a obtenção das mesmas, com recurso a uma
Estação Total.
Dadas as circunstâncias (do local onde se encontravam as paredes), este método revelou-se o
mais apropriado e o possível.
Fizeram-se leituras dos pontos, nos dias: 21 de Abril, 28 de Abril, 05 de Maio, 13 de Junho e
06 de Julho de 2009.
O método usado é o Método de Intersecção Directa. Este método, no caso da geometria dos
objectos a medir, e se realizado de forma cuidada, oferece condições para obter precisões
sub-milimétricas na medição de coordenadas.
149
Capítulo VII- Método de controle das deformações
Observações
Distância Horizontal entre P1 e P2 (Base). Esta observação far-se-á duas vezes, uma
com a Estação em P1, outra com a Estação em P2, sendo o valor final o que resultar da
média.
Ângulos e . Estes ângulos, a medir em grados e com uma precisão de 3 casas
decimais, resultarão das leituras efectuadas no limbo horizontal (LH) da Estação Total para o
ponto a coordenar e para a outra estação. Várias abordagens são possíveis. Por exemplo:
o Para medir , colocar a leitura em 100.000g para P2, e aparecerá como 100-LH1.
o Para medir , colocar a leitura a 0.000g para P1, e será a própria LH2.
Chamemos aos pontos na parede A1, A2, A3, A4, etc. Considere-se que o ponto observado
na figura é A1.
XA1=0.000 + dhP1A1 * sen (R) (1) R é o rumo da direcção P1A1 (ver a Fig. 7.1).
sen
dhP1A1 dhP1P 2 (2) sendo = 200 g – ( + ) (3)
sen
Para obter R basta fazer: R = 100 g – (4) ou R = LH1 (de P1 para A1) (5)
150
Capítulo VII- Método de controle das deformações
sen .senLH 1
XA1 dhP1P 2
sen (200 g )
(6)
sen . cos LH1
YA1 dhP1P 2
sen (200 g )
A precisão das coordenadas calculadas depende da precisão das observações. Estas são a
distância horizontal entre P1 e P2 e os ângulos e
Sendo que a primeira componente, 2, é uma componente constante do erro e a segunda uma
componente do erro que depende da distância (3 partes por milhão da distância medida).
Teremos pois para uma distância de 10 metros uma precisão de 2 mm.
A abordagem será considerar a média de todas as medidas efectuadas desta distância, que
assumirá então um valor constante em todos os cálculos, e épocas, subsequentes. Qualquer
pequeno erro que possa afectar esta distância, que terá uma ordem de grandeza inferior ao da
precisão indicada pelo fabricante dado resultar da média de várias medições, terá um
pequeno efeito de escala na geometria do problema, constante, que não afectará
minimamente a natureza da experiência que se pretende realizar.
151
Capítulo VII- Método de controle das deformações
Opta-se pela fórmula da propagação do erro máximo, dada a sua maior facilidade de
aplicação, e ainda pelo carácter informativo não ambíguo, dado que permite encontrar
valores de erro que nunca se ultrapassarão.
Dado que o valor angular apresentado no display do aparelho tem 3 casas decimais,
consideram-se erros máximos de 0.001 grados. As observações angulares efectuadas, para
cada ponto, são LH1 (estação P1) e LH2 (estação P2). As funções nas observações LH1 e
LH2 que nos dão as coordenadas X e Y dos pontos observados são:
senLH 2.senLH1
X ( LH1, LH 2) dhP1P 2
sen (100 g LH1 LH 2)
(7)
senLH 2. cos LH1
Y ( LH1, LH 2) dhP1P 2
sen (100 g LH1 LH 2)
X X Y Y
X LH1 LH 2 e Y LH1 LH 2
LH1 LH 2 LH1 LH 2
152
Capítulo VII- Método de controle das deformações
δX Sen LH 2∗ Cos LH 1 ∗ Sen 100+LH 1−LH 2 − Cos 100+LH 1−LH 2 ∗(Sen LH 2∗Sen LH 1)
= dhP1P2 ∗ Sen ²( 100+LH 1−LH 2)
δLH 1
δX Cos LH 2∗ Sen LH 1 ∗ Sen 100+LH 1−LH 2 + Cos 100+LH 1−LH 2 ∗(Sen LH 2∗Sen LH 1)
= dhP1P2 ∗ Sen ²( 100+LH 1−LH 2)
δLH 2
δY −Sen LH 2∗ Sen LH 1 ∗Sen 100+LH 1−LH 2 − Cos 100+LH 1−LH 2 ∗(Sen LH 2∗Cos LH 1)
= dhP1P2 ∗
δLH 1 Sen ²( 100+LH 1−LH 2)
δY Cos LH 2∗ Cos LH 1 ∗Sen 100+LH 1−LH 2 +Cos 100+LH 1−LH 2 ∗(SenLH 2∗CosLH 1)
δLH 2
= dhP1P2 ∗ Sen ²( 100+LH 1−LH 2)
LH1=100-65= 35g
LH2=65g
100 g 𝜋
2
65 g X radianos
65∗𝜋 2
Então, x= 100
= 1,02 radianos
153
Capítulo VII- Método de controle das deformações
-Em X
X X
X LH1 LH 2
LH1 LH 2
δX Sen LH 2∗ Cos LH 1 ∗ Sen 100+LH 1−LH 2 − Cos 100+LH 1−LH 2 ∗(Sen LH 2∗Sen LH 1)
δLH 1
= dhP1P2 ∗ Sen ²( 100+LH 1−LH 2)
δX Sen 65 ∗ Cos (35) ∗ Sen 100+35−65 − Cos 100+35−65 ∗(Sen (65)∗Sen (35))
δLH 1
= 9433,2 . Sen ²( 100+35−65)
= 5611,6312
0,001∗𝜋
∆LH1= 0,001 grados (erro máximo) = =1,57x10^-5
200
δX Cos LH 2∗ Sen LH 1 ∗ Sen 100+LH 1−LH 2 + Cos 100+LH 1−LH 2 ∗(Sen LH 2∗Sen LH 1)
δLH 2
= dhP1P2 ∗ Sen ²( 100+LH 1−LH 2)
δX Cos 65 ∗ Sen (35) ∗ Sen 100+35−65 + Cos 100+35−65 ∗(Sen (65)∗Sen (35))
=9433,2 ∗ =516,3767
δLH 2 Sen ²( 100+35−65)
0,001∗𝜋
∆LH2= 0,001 grados (erro máximo) = =1,57x10^-5
200
154
Capítulo VII- Método de controle das deformações
X X
X LH1 LH 2
LH1 LH 2
155
Capítulo VII- Método de controle das deformações
A1 0.233 35.596 0.004 0.559 5876.001 47.825 1.5708E-05 0.093 3389.202 12044.529 0.242
A2 15.625 40.53 0.245 0.637 5276.588 2601.658 1.5708E-05 0.124 5249.759 13976.777 0.302
A3 15.998 40.683 0.251 0.639 5269.334 2650.983 1.5708E-05 0.124 5311.770 14008.768 0.303
A4 29.841 47.12 0.469 0.740 5061.092 4096.354 1.5708E-05 0.144 8299.030 14522.750 0.358
A5 0.177 35.542 0.003 0.558 5871.375 36.332 1.5708E-05 0.093 3379.906 12044.199 0.242
A6 15.587 40.5 0.245 0.636 5275.608 2596.115 1.5708E-05 0.124 5242.069 13978.289 0.302
A7 15.991 40.649 0.251 0.639 5265.811 2649.005 1.5708E-05 0.124 5307.574 14018.639 0.304
A8 29.834 47.065 0.469 0.739 5058.171 4093.976 1.5708E-05 0.144 8295.424 14545.569 0.359
A9 0.168 35.519 0.003 0.558 5867.701 34.475 1.5708E-05 0.093 3376.778 12046.996 0.242
A10 15.59 40.468 0.245 0.636 5271.583 2595.397 1.5708E-05 0.124 5239.302 13989.619 0.302
A11 16.036 40.65 0.252 0.639 5262.896 2654.324 1.5708E-05 0.124 5313.412 14028.368 0.304
A12 29.866 47.046 0.469 0.739 5055.646 4095.179 1.5708E-05 0.144 8302.872 14560.748 0.359
B1 31.445 48.02 0.494 0.754 5041.591 4217.166 1.5708E-05 0.145 8743.195 14454.573 0.364
B2 42.462 56.381 0.667 0.886 4850.347 4811.328 1.5708E-05 0.152 12183.030 12543.514 0.388
B3 42.74 56.707 0.671 0.891 4841.624 4822.904 1.5708E-05 0.152 12265.022 12437.019 0.388
B4 51.362 67.404 0.807 1.059 4296.050 5024.651 1.5708E-05 0.146 14408.275 9074.104 0.369
B5 31.454 48.003 0.494 0.754 5040.327 4217.035 1.5708E-05 0.145 8745.284 14464.048 0.365
B6 42.454 56.397 0.667 0.886 4850.664 4811.843 1.5708E-05 0.152 12178.170 12535.842 0.388
B7 42.719 56.686 0.671 0.890 4842.306 4822.164 1.5708E-05 0.152 12258.478 12443.537 0.388
B8 51.302 67.452 0.806 1.060 4295.866 5029.454 1.5708E-05 0.146 14371.480 9061.063 0.368
B9 31.46 48.03 0.494 0.754 5041.479 4218.299 1.5708E-05 0.145 8747.476 14453.149 0.364
B10 42.468 56.425 0.667 0.886 4850.268 4812.825 1.5708E-05 0.152 12181.168 12525.588 0.388
B11 42.732 56.694 0.671 0.891 4841.877 4822.454 1.5708E-05 0.152 12263.037 12441.598 0.388
B12 51.316 67.502 0.806 1.060 4293.000 5030.840 1.5708E-05 0.146 14367.864 9046.664 0.368
C1 52.662 69.601 0.827 1.093 4136.258 5049.242 1.5708E-05 0.144 14543.186 8448.518 0.361
C2 59.097 83.324 0.928 1.309 2737.134 5249.561 1.5708E-05 0.125 14085.725 5420.894 0.306
C3 59.284 83.821 0.931 1.317 2673.300 5261.011 1.5708E-05 0.125 14038.078 5338.144 0.304
C4 64.3 99.212 1.010 1.558 160.323 5834.179 1.5708E-05 0.094 12133.738 3432.626 0.245
C5 52.627 69.609 0.827 1.093 4137.048 5051.566 1.5708E-05 0.144 14525.907 8447.471 0.361
C6 59.073 83.323 0.928 1.309 2738.075 5252.241 1.5708E-05 0.126 14077.724 5423.319 0.306
C7 59.272 83.81 0.931 1.316 2674.992 5261.673 1.5708E-05 0.125 14036.479 5340.721 0.304
C8 64.271 99.198 1.010 1.558 163.218 5838.420 1.5708E-05 0.094 12130.612 3436.740 0.245
C9 52.636 69.653 0.827 1.094 4134.239 5052.968 1.5708E-05 0.144 14520.711 8435.827 0.361
C10 59.077 83.355 0.928 1.309 2734.273 5253.899 1.5708E-05 0.125 14071.931 5418.719 0.306
C11 59.296 83.832 0.931 1.317 2671.607 5260.348 1.5708E-05 0.125 14039.676 5335.568 0.304
C12 64.304 99.211 1.010 1.558 160.511 5833.266 1.5708E-05 0.094 12134.753 3432.228 0.245
156
Capítulo VII- Método de controle das deformações
D1 399.733 35.892 6.279 0.564 5909.427 54.870 1.5708E-05 0.094 3346.403 11717.852 0.237
D2 15.313 41.019 0.241 0.644 5279.822 2543.710 1.5708E-05 0.123 5183.255 13551.067 0.294
D3 15.642 41.171 0.246 0.647 5274.572 2587.810 1.5708E-05 0.124 5237.748 13572.147 0.295
D4 29.398 47.627 0.462 0.748 5037.508 4029.898 1.5708E-05 0.142 8088.820 14009.668 0.347
D5 399.735 35.88 6.279 0.564 5906.711 54.443 1.5708E-05 0.094 3345.159 11720.486 0.237
D6 15.3 40.982 0.240 0.644 5276.341 2540.901 1.5708E-05 0.123 5178.120 13559.974 0.294
D7 15.649 41.126 0.246 0.646 5268.798 2587.083 1.5708E-05 0.123 5234.295 13587.889 0.296
D8 29.418 47.6 0.462 0.748 5035.001 4030.061 1.5708E-05 0.142 8092.638 14024.714 0.347
D9 399.773 35.883 6.280 0.564 5902.837 46.604 1.5708E-05 0.093 3347.538 11727.127 0.237
D10 15.326 40.973 0.241 0.644 5273.433 2543.687 1.5708E-05 0.123 5180.379 13568.284 0.295
D11 15.685 41.107 0.246 0.646 5264.052 2590.653 1.5708E-05 0.123 5236.885 13601.519 0.296
D12 29.45 47.594 0.463 0.748 5033.166 4031.706 1.5708E-05 0.142 8100.079 14033.430 0.348
E1 31.148 48.687 0.489 0.765 5015.770 4165.052 1.5708E-05 0.144 8553.410 13901.455 0.353
E2 42.221 57.301 0.663 0.900 4790.625 4773.289 1.5708E-05 0.150 11826.099 11966.750 0.374
E3 42.493 57.588 0.667 0.905 4780.889 4783.830 1.5708E-05 0.150 11904.799 11880.978 0.374
E4 51.05 68.455 0.802 1.075 4194.704 5011.366 1.5708E-05 0.145 13864.716 8662.033 0.354
E5 31.166 48.66 0.490 0.764 5013.591 4164.974 1.5708E-05 0.144 8557.448 13916.131 0.353
E6 42.243 57.257 0.664 0.899 4789.774 4771.727 1.5708E-05 0.150 11838.550 11986.028 0.374
E7 42.498 57.508 0.668 0.903 4780.717 4780.934 1.5708E-05 0.150 11914.207 11912.437 0.374
E8 51.08 68.418 0.802 1.075 4195.422 5008.257 1.5708E-05 0.145 13884.140 8671.169 0.354
E9 31.2 48.665 0.490 0.764 5012.338 4166.892 1.5708E-05 0.144 8566.343 13920.384 0.353
E10 42.294 57.252 0.664 0.899 4787.927 4771.608 1.5708E-05 0.150 11858.725 11992.909 0.375
E11 42.509 57.514 0.668 0.903 4780.320 4781.150 1.5708E-05 0.150 11917.921 11911.134 0.374
E12 51.124 68.434 0.803 1.075 4193.015 5006.788 1.5708E-05 0.145 13899.713 8666.124 0.354
F1 52.171 70.37 0.820 1.105 4050.868 5038.397 1.5708E-05 0.143 13971.065 8151.349 0.347
F2 58.703 84.087 0.922 1.321 2623.825 5270.319 1.5708E-05 0.124 13588.947 5283.110 0.296
F3 58.893 84.527 0.925 1.328 2565.696 5278.937 1.5708E-05 0.123 13556.930 5211.043 0.295
F4 63.954 99.918 1.005 1.570 16.786 5899.899 1.5708E-05 0.093 11754.867 3382.638 0.238
F5 52.208 70.329 0.820 1.105 4051.837 5034.375 1.5708E-05 0.143 13994.226 8159.983 0.348
F6 58.736 84.103 0.923 1.321 2620.821 5267.599 1.5708E-05 0.124 13596.110 5277.990 0.296
F7 58.897 84.525 0.925 1.328 2565.795 5278.323 1.5708E-05 0.123 13558.610 5210.901 0.295
F8 63.968 99.913 1.005 1.569 17.803 5896.451 1.5708E-05 0.093 11758.474 3381.335 0.238
F9 52.257 70.321 0.821 1.105 4050.473 5031.198 1.5708E-05 0.143 14016.084 8160.275 0.348
F10 58.774 84.127 0.923 1.321 2616.713 5264.850 1.5708E-05 0.124 13603.190 5271.403 0.296
F11 58.917 84.532 0.925 1.328 2564.281 5276.453 1.5708E-05 0.123 13563.451 5208.130 0.295
F12 63.999 99.938 1.005 1.570 12.686 5893.050 1.5708E-05 0.093 11759.626 3376.481 0.238
157
Capítulo VII- Método de controle das deformações
Na Tabela 7.3, está representado, para a plataforma 2, que contem as paredes G e H o erro
máximo na determinação das coordenadas X e Y. aplicando as fórmulas do erro
anteriormente expostas.
G1 0.323 48.919 0.005 0.768 5881.030 59.710 1.5708E-05 0.093 3206.584 6638.405 0.155
G2 15.623 57.414 0.245 0.902 4763.168 2307.384 1.5708E-05 0.111 4396.099 6721.747 0.175
G3 16.051 57.737 0.252 0.907 4739.418 2359.233 1.5708E-05 0.112 4437.235 6707.767 0.175
G4 29.822 68.732 0.468 1.080 3809.750 3690.361 1.5708E-05 0.118 5774.757 5912.897 0.184
G5 0.318 48.855 0.005 0.767 5870.206 58.682 1.5708E-05 0.093 3201.601 6641.908 0.155
G6 15.615 57.382 0.245 0.901 4761.536 2304.960 1.5708E-05 0.111 4393.942 6724.216 0.175
G7 16.053 57.675 0.252 0.906 4734.391 2355.866 1.5708E-05 0.111 4434.088 6713.134 0.175
G8 29.842 68.702 0.469 1.079 3807.954 3688.007 1.5708E-05 0.118 5775.993 5915.265 0.184
G9 0.38 48.859 0.006 0.767 5860.035 70.001 1.5708E-05 0.093 3203.683 6645.291 0.155
G10 15.655 57.386 0.246 0.901 4757.253 2308.372 1.5708E-05 0.111 4396.388 6725.171 0.175
G11 16.099 57.669 0.253 0.906 4728.693 2359.080 1.5708E-05 0.111 4436.381 6715.093 0.175
G12 29.902 68.676 0.470 1.079 3802.841 3686.140 1.5708E-05 0.118 5780.626 5916.944 0.184
H1 31.295 70.144 0.492 1.102 3688.306 3806.795 1.5708E-05 0.118 5914.884 5777.199 0.184
H2 42.039 83.463 0.660 1.311 2409.022 4701.351 1.5708E-05 0.112 6703.475 4476.637 0.176
H3 42.498 84.214 0.668 1.323 2325.243 4751.403 1.5708E-05 0.111 6719.479 4409.900 0.175
H4 51.077 99.5 0.802 1.563 91.950 5850.634 1.5708E-05 0.093 6648.464 3211.977 0.155
H5 31.297 70.104 0.492 1.101 3688.300 3803.446 1.5708E-05 0.118 5914.693 5780.501 0.184
H6 42.051 83.439 0.661 1.311 2410.123 4697.760 1.5708E-05 0.112 6705.242 4477.404 0.176
H7 42.549 84.188 0.668 1.322 2324.432 4744.408 1.5708E-05 0.111 6724.680 4408.651 0.175
H8 51.083 99.497 0.802 1.563 92.477 5849.022 1.5708E-05 0.093 6648.998 3211.611 0.155
H9 31.328 70.151 0.492 1.102 3685.606 3807.248 1.5708E-05 0.118 5917.758 5776.154 0.184
H10 42.09 83.47 0.661 1.311 2405.565 4698.326 1.5708E-05 0.112 6707.671 4473.603 0.176
H11 42.583 84.245 0.669 1.323 2318.034 4748.244 1.5708E-05 0.111 6725.756 4403.640 0.175
H12 51.148 99.556 0.803 1.564 81.616 5847.555 1.5708E-05 0.093 6649.450 3204.999 0.155
Geometricamente, os erros máximos nas coordenadas planas, pode ser representado pelo
seguinte esquema (ver Fig. 7.2):
158
Capítulo VII- Método de controle das deformações
Referencial
imagem
esquerda Base
P1 P2
X
159
Capítulo VII- Método de controle das deformações
aparelho (a) e a altura visada (neste caso zero). Para o transporte a partir da estação é ainda
necessária a cota do ponto Estação. Opta-se por seguir a seguinte estratégia:
sen
HA1' HP1 a1
tgLV1.sen (200 g )
sen
HA1' ' HP 2 a2
tgLV 2.sen(200 g )
E atribui-se também a HP2 o valor 0.000 m. Obviamente que se HP1 ≠ HP2 os valores
obtidos para as cota do ponto serão diferentes. Espera-se obter uma diferença constante nas
cotas obtidas deste forma para os pontos da parede, valor esse que representa a diferença de
nível entre as duas estações. Sendo assim as cotas dos pontos são efectivamente medidas
apenas pela estação P1, sendo que as observações da estação P2 servem para confirmar o
valor obtido.
Assim como a colocação dos pontos, onde posteriormente é colocada em estação a Estação
Total. Para o efeito realizaram-se 6 pontos (P1, P2, P3, P4, P5 e P6), como ilustra a Fig. 7.4.
160
Capítulo VII- Método de controle das deformações
Fig. 7.4- Representação dos pontos (P1, P2, P3, P4, P5 e P6), respectivamente
Fig. 7.5- Implantação dos Pontos (P1, P2, P3, P4, P5 e P6)
161
Capítulo VII- Método de controle das deformações
Na Fig. 7.8, observa-se a Estação Total e efectuar leituras dos pontos da parede G, em
13 de Junho de 2009.
Nota: As leituras observadas pela Estação Total, nas diferentes épocas, encontram-se
em anexo (ver Anexo A 2, A 3,A 4 A 5 e A 6).
163
Capítulo VII- Método de controle das deformações
164
Capítulo VII
Método de controle das deformações
148
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
8.1 – Introdução
Desde o mês de Abril de 2009 até ao dia 9 de Julho de 2009, foram realizadas
observações, com recurso a um termohigrometro (HYGROPALM) portátil (ver Fig. 8.1
e 8.2)
166
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
167
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
No preenchimento das colunas de observações das Tabelas 8.2, 8.3, 8.4 e 8.5, o
procedimento seguido foi baseado na Tabela 8.1, ou seja, observa-se o céu e
dependendo da situação em que se encontra, assim se preenche os quadros.
168
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
Tabela 8.1- Informação de apoio ao preenchimento dos Quadros 8.2, 8.3, 8.4 e 8.5
Observações: Colocar:
Se não tiver nuvens Céu limpo
Se tiver poucas nuvens Céu pouco nublado ou limpo
Se tiver algumas nuvens mas menos de metade de céu coberto Céu pouco nublado
Se tiver metade de céu ou mais com nuvens Céu nublado
Se tiver mais de metade de céu com nuvens mas ainda com alguma aberta, ou seja, vejo o céu Céu muito nublado
Se tiver o céu todo coberto com nuvens, não vejo o céu Céu encoberto
Se estiver a chuviscar, ou seja, pouca precipitação Chuvisco
Se estiver a chover Chuva
169
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
12-04-2009 14:40 22.1 30.1 Céu pouco nublado 18:40 11.7 66 Chuva
17-04-2009 14:40 15 52.1 Chuvisco 18:40 12.2 75.1 Céu muito nublado
19-04-2009 14:40 23.3 37.5 Céu Limpo 18:40 20.1 30.1 Céu Limpo
20-04-2009 14:40 24.7 46.4 Céu Limpo 18:40 22.1 42.1 Céu Limpo
21-04-2009 14:40 25 43.1 Céu Limpo 18:40 22.8 41.1 Céu Limpo
22-04-2009 14:40 28.3 20.5 Céu Limpo 18:40 24.3 22.4 Céu Limpo
23-04-2009 14:40 24.9 28.1 Céu Limpo 18:40 21 21.8 Céu Limpo
24-04-2009 14:40 17.9 49.1 Céu nublado 18:40 15.7 50 Céu encoberto
25-04-2009 14:40 15.8 50.1 Céu nublado 18:40 13.2 56.4 Chuvisco
26-04-2009 14:40 18.4 44.1 Céu nublado 18:40 16.9 46.9 Céu encoberto
27-04-2009 14:40 15.3 76.2 Céu encoberto 18:40 10.2 88.5 Chuva
28-04-2009 14:40 16.2 63.1 Céu muito nublado 18:40 12.1 71.8 Céu muito nublado
29-04-2009 14:40 16.1 59.3 Céu nublado 18:40 12.1 65.2 Céu nublado
30-04-2009 14:40 16.9 56.3 Céu nublado 18:40 12.4 63.1 Céu nublado
170
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
03-05-2009 14:40 26.7 18.5 Céu limpo 18:40 22.3 19.9 Céu limpo
04-05-2009 14:40 34.4 20.4 Céu limpo 18:40 31.3 20.5 Céu limpo
05-05-2009 14:40 33 14.6 Céu limpo 18:40 30.1 20.7 Céu limpo
06-05-2009 14:40 31.3 17.6 Céu limpo 18:40 29.1 23.5 Céu limpo
07-05-2009 14:40 27.8 22 Céu pouco nublado ou limpo 18:40 24.8 38.1 Céu nublado
08-05-2009 14:40 24 31.1 Céu pouco nublado 18:40 21 49.1 Céu muito nublado
09-05-2009 14:40 23.4 27 Céu pouco nublado 18:40 22 33.4 Céu nublado
13-05-2009 14:40 23.4 39.2 Céu nublado 18:40 22.1 33.2 Céu pouco nublado
15-05-2009 14:40 24.1 36.5 Céu muito nublado 18:40 19.5 48.5 Céu encoberto
16-05-2009 14:40 21.4 48.6 Céu muito nublado 18:40 16.8 75.6 Chuva
17-05-2009 14:40 15.6 56.7 Ceu encoberto 18:40 17.7 63.8 Chuvisco
18-05-2009 14:40 23.2 31.8 Céu nublado 18:40 18.9 49.3 Céu encoberto
19-05-2009 14:40 24.3 25.8 Céu limpo 18:40 19.4 30.1 Céu limpo
20-05-2009 14:40 23.8 20.6 Céu limpo 18:40 24.9 32.7 Céu limpo
21-05-2009 14:40 31.7 24.4 Céu limpo 18:40 27 41.3 Céu limpo
22-05-2009 14:40 26.1 40.2 Céu nublado 18:40 22.1 51.3 Céu encoberto
23-05-2009 14:40 25.3 41.2 Céu nublado 18:40 19.3 48.3 Céu encoberto
29-05-2009 14:40 33 15.9 Céu limpo 18:40 23.1 30.6 Céu limpo
30-05-2009 14:40 33.3 15.8 Céu limpo 18:40 23.7 30.3 Céu limpo
31-05-2009 14:40 32.3 16.4 Céu limpo 18:40 22.6 33.2 Céu limpo
171
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
Tabela
⁰
8.4- Observações do mês de Junho⁰ de 2009
02-06-2009 14:40 32.1 16.8 Céu limpo 18:40 21.7 33.2 Céu limpo
03-06-2009 14:40 26.2 39.6 Céu nublado 18:40 23.2 40.2 Céu nublado
04-06-2009 14:40 24.3 42.1 Céu nublado 18:40 20.1 43 Céu nublado
12-06-2009 14:40 32.5 22.5 Céu limpo 18:40 24.4 34 Céu limpo
13-06-2009 14:40 33.6 22.6 Céu limpo 18:40 26.1 31.7 Céu limpo
14-06-2009 14:40 27.7 44.1 Ceu muito nublado 18:40 24.3 47 Cu nublado
15-06-2009 14:40 27.2 44.3 Céu muito nublado 18:40 24.1 47.3 Céu nublado
16-06-2009 14:40 26.6 50.5 Céu muito nublado 18:40 24.9 55.2 Céu encoberto
17-06-2009 14:40 32.8 24.9 Céu limpo 18:40 26.6 35 Céu limpo
18-06-2009 14:40 34.1 27.7 Céu limpo 18:40 27.8 49.5 Céu muito nublado
19-06-2009 14:40 33.8 15.5 Céu limpo 18:40 29.1 21.2 Céu limpo
20-06-2009 14:40 33.9 25.8 Céu limpo 18:40 28.3 23.7 Céu limpo
21-06-2009 14:40 31.8 28.2 Céu limpo 18:40 27.1 26 Céu limpo
22-06-2009 14:40 32.8 26.1 Céu limpo 18:40 28.1 24.2 Céu limpo
23-06-2009 14:40 26.9 40.6 Céu nublado 18:40 23.7 50.1 Céu encoberto
24-06-2009 14:40 25 39.9 Céu nublado 18:40 21.6 56.2 Céu encoberto
25-06-2009 14:40 23.6 48.3 Céu muito nublado 18:40 19.5 57 Céu encoberto
26-06-2009 14:40 23.7 47 Céu muito nublado 18:40 19.8 56.8 Céu encoberto
27-06-2009 14:40 25.5 46.3 Céu muito nublado 18:40 20.2 53.4 Céu encoberto
28-06-2009 14:40 25.8 47.8 Céu muito nublado 18:40 20.3 68.9 Chuva
30-06-2009 14:40 26.4 38 Céu limpo 18:40 21.2 39.8 Céu limpo
172
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
Tabela
⁰ 8.5- Observações do mês de Julho⁰ de 2009
02-07-2009 14:40 24.2 54.2 Céu encoberto 18:40 19.4 56.2 Céu encoberto
04-07-2009 14:40 24.1 48 Céu limpo 18:40 20.1 53.2 Céu limpo
05-07-2009 14:40 23.1 50.1 Céu limpo 18:40 19.6 54 Céu limpo
06-07-2009 14:40 24.4 46 Céu limpo 18:40 19.9 52.1 Céu limpo
07-07-2009 14:40 26.5 30.1 Céu limpo 18:40 21.6 33.6 Céu limpo
173
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
174
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
175
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
176
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
8.3 – Conclusão
Com os dados fornecidos pelo Instituto de Meteorologia, não se pode afirmar que, a
temperatura, humidade relativa do ar e velocidade do vento no local onde estavam
177
Capítulo VIII- Dados meteorológicos
Com o termohigrometro efectuaram-se leituras pontuais, razão pela qual não se pode
cruzar a informação com a do Instituto de Meteorologia, dado que os dados fornecidos
são em termos médios. De qualquer das formas, dá para ter uma ideia das condições
climatéricas ao longo do período de ensaios. Pode concluir-se que a temperatura e
humidade relativa do ar, ao longo do período de observações, variaram bastante. Pelo
contrário a velocidade média do vento manteve-se praticamente estável, e com baixos
valores.
178
Capítulo VIII
Dados meteorológicos
165
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
9.1 – Introdução
Este capítulo diz respeito aos ensaios realizados em laboratório. Nomeadamente análise
granulométricas às areias, ensaios de compressão e flexão e ensaios de capilaridade nas
argamassas.
A análise granulométrica das areias foi realizada com base na norma NP EN 933-1, pelo
método da peneiração. Na Fig 9.1, encontra-se a série de peneiros usada na análise
granulométrica.
Foram analisadas duas areias, uma areia média e uma areia fina. Depois de colocar uma
amostra de cada uma delas na estufa a 110Cº, retirou-se uma porção dessa amostra,
1000.5g de areia média e 500.7g de areia fina (ver Fig. 9.2 e 9.3, respectivamente).
180
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Na Tabela 9.1 e Fig. 9.4 está representado o resultado da análise granulométrica da areia
média e a sua representação gráfica. Assim como no Tabela 9.2 e Fig. 9.5 está a da areia
fina, respectivamente.
181
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Areia média
massa da amostra (g) : 1000.5
Material retido Passado
Peneiro (mm) Acumulado Acumulado acumulado (%)
Ri (g)
(g) (%)
63 0 0 0.0 100.0
31.5 0 0 0.0 100.0
16 0 0 0.0 100.0
8 0 0 0.0 100.0
4 71.8 71.8 7.2 92.8
2 257.9 329.7 33.0 67.0
1 199.8 529.5 52.9 47.1
0.5 160.9 690.4 69.0 31.0
0.25 130.7 821.1 82.1 17.9
0.125 94.2 915.3 91.5 8.5
0.63 67.7 983 98.3 1.7
Fundo 17.5 1000.5 100 0.0
Total 1000.5
Verificação:
(M2-(S Ri+P)/M2x100 < 1 % Verifica
100.0
90.0
70.0
60.0
50.0
40.0
30.0
20.0
10.0
0.0
0,063
0.1 1 10 100
0,125 0,25 0,5 1 2 4 6,3 8 10 12,5 16 20 25 31,5
Malha (mm)
182
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Areia Fina
massa da amostra (g) : 500.7
Material retido Passado
Peneiro (mm) Acumulado Acumulado acumulado (%)
Ri (g)
(g) (%)
63 0 0 0.0 100.0
31.5 0 0 0.0 100.0
16 0 0 0.0 100.0
8 0 0 0.0 100.0
4 0 0 0.0 100.0
2 0 0 0.0 100.0
1 5.8 5.8 1.2 98.8
0.5 80.1 85.9 17.2 82.8
0.25 370.5 456.4 91.2 8.8
0.125 37.7 494.1 98.7 1.3
0.63 4.3 498.4 99.5 0.5
Fundo 2.3 500.7 100.0 0.0
Total 500.7
Verificação:
(M2-(S Ri+P)/M2x100 < 1 % Verifica
100.0
90.0
70.0
60.0
50.0
40.0
30.0
20.0
10.0
0.0
0,063
0.1 1 10 100
0,125 0,25 0,5 1 2 4 6,3 8 10 12,5 16 20 25 31,5
Malha (mm)
Foram realizados ensaios de capilaridade aos seguintes provetes: 3, 6, 12, 15, 18, 21, 24,
27, 30, 33, 36, 39, 42, 45, 48, 51, 54, 57 e 60. Estes, ao fim de 28 dias de cura foram
colocados em estufa, a uma temperatura de 40Cº ± 5Cº durante 14 dias. Em seguida
foram deixados a arrefecer durante 24 horas, até à temperatura ambiente da sala. Em
seguida foram colocados num tabuleiro, assentes com a face menor. Em cada um dos
provetes foi feita uma marca na base menor, a 5mm de altura (ver Fig.9.6).
183
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Marca efectuada a
5mm da base
menor do provete
184
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Depois dos provetes colocados no tabuleiro, encheu-se o tabuleiro com água até atingir
a marca dos 5mm, previamente feita nos provetes. Com o cuidado de não molhar as
faces dos provetes, como ilustra a Fig. 9.8.
Depois de colocada a água até à altura correspondente, deu-se inicio ao ensaio. Tendo o
cuidado de manter o nível de água constante ao longo do ensaio, ou seja, sempre que foi
necessário acrescentava-se água. O tabuleiro foi coberto com um filme plástico, para a
água não evaporar (ver Fig. 9.9).
Filme
plástico
185
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
As medições foram efectuadas ao fim dos tempos ti, iguais a 3, 6, 24 e 72 horas, como
definido na especificação LNEC E 393-1993.
Antes de iniciar o ensaio, foi efectuada uma pesagem aos provetes, correspondendo esta
pesagem a Mo, respectivamente. E ao fim de 3, 6, 24 e 72 horas, efectuou-se nova
pesagem (Mi). Estas pesagens foram efectuadas com uma balança de precisão
0.01gramas (ver Fig. 9.10).
186
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
A absorção por capilaridade é expressa em gramas por milímetro quadrado para cada
tempo ti, é determinada da seguinte forma:
𝑀𝑖−𝑀𝑜
Absorção por capilaridade (ti) = (g/mm²)
𝐴
187
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Provetes
Nas Tabelas 9.5, 9.6, 9.7 e 9.8, apresentam-se os resultados dos ensaios realizados, aos
60 provetes. De notar que os provetes 3, 6, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, 33, 36, 39, 42, 45,
48, 51, 54, 57 e 60, foram sujeitos ao ensaio de capilaridade, e só depois é que foram
ensaiados á tracção por flexão e à compressão, aos 46 dias (28+18). Outra observação
188
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
tem a ver com o ensaio efectuado aos 11 dias, normalmente os provetes são ensaiados
aos 7 dias, mas neste caso não foi possível. Pois no caso dos provetes 2, 5, 8, 11 e 14,
como foram moldados no dia 11 de Abril de 2009 (sábado), não foi possível ensaia-los
no dia 18 de Abril de 2009 (sábado, ou seja, aos 7 dias). Então optou-se por realizar os
ensaios ao fim de 11 dias de cura, em todos os provetes, para se poder comparar
resultados na mesma base temporal.
Os provetes foram levados do local de cura (Alijó), para o laboratório (Vila Real), nos
dias respeitantes aos ensaios, sendo, depois de pesados ensaiados à flexão e em seguida,
as duas metades resultantes, ensaiadas à compressão.
Resultando desta rotura duas metades, ou seja, dois meios-prismas, que são
posteriormente ensaiados á compressão. Aplicando uma carga numa área específica do
prisma, 40 x 40 [mm²], até à cedência.
Os ensaios seguiram parte (pois a realização e cura das argamassas, foram feitas no
campo) da norma EN 1015- 11 : 1999.
189
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
No caso desta máquina dá a força e também fornece a tensão de rotura (ver Fig. 9.14)
190
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Nas Tabelas 9.5, 9.6, 9.7 e 9.8, apresentam-se os resultados da resistência dos provetes à
flexão.
191
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Para determinar a tensão de rotura por compressão, basta anotar a força máxima que
leva à rotura, e aplicar a fórmula que se encontra na Fig. 9.17.
Nas Tabelas 9.5, 9.6, 9.7 e 9.8, apresentam-se os resultados da resistência dos provetes
à compressão.
192
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Relação àgua/ligante
Ensaio Flexão Compressão Compressão-Média
Moldagem
Tensão (Mpa)
Provetes
Provete
Tensão(Mpa)
Peso(g)
(KN)
Tensão(Mpa)
Traço
Data-Ensaio
Carga(KN)
Carga(KN)
nº
Dias
Carga
1.1 15.30 24.48
Argamassa de assentamento do tijolo
193
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Relação àgua/ligante
Ensaio Flexão Compressão Compressão-Média
Moldagem
Tensão (Mpa)
Provetes
Tensão(Mpa)
(KN)
Tensão(Mpa)
Provete
Peso(g)
Data-Ensaio
Traço
Carga(KN)
Carga(KN)
nº
Dias
Carga
16.1 35.8 57.21
16 28 18-05-2009 574.76 5.937 2.534 36.685 58.215
16.2 37.6 59.22
Reboco (A;B;C)-Argamassa de
20-04-2009
194
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Relação àgua/ligante
Ensaio Flexão Compressão Compressão-Média
Moldagem
Provetes
Tensão (Mpa)
Provete
Peso(g)
Tensão(Mpa)
(KN)
Tensão(Mpa)
Traço
Data-Ensaio
Carga(KN)
Carga(KN)
nº
Dias
Carga
31.1 12.49 19.98
31 28 25-05-2009 534.72 2,797 1.194 12.15 19.440
31.2 11.81 18.9
3,121 1.332 32.1 10.72 17.14
32 11 08-05-2009 504.91 10.99 17.580
32.2 11.26 18.02
Reboco (A e B)
1:4
3,0 / (1+1)
195
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Relação àgua/ligante
Ensaio Flexão Compressão Compressão-Média
Moldagem
Provetes
Tensão (Mpa)
Provete
Peso(g)
Tensão(Mpa)
(KN)
Tensão(Mpa)
Traço
Data-Ensaio
Carga(KN)
Carga(KN)
nº
Dias
Carga
46.1 5.19 8.31
46 28 01-06-2009 495.01 1,970 0.841 5.01 8.015
46.2 4.83 7.72
47.1 3.64 5.83
47 11 15-05-2009 489.62 3.49 5.590
47.2 3.34 5.35
48.1 3.67 5.87
48 28+18 16-06-2009 531.47 1,007 0.43 4.375 7.000
48.2 5.08 8.13
49.1 6.14 9.83
49 28 01-06-2009 493.2 0.761 0.325 6.02 9.635
49.2 5.9 9.44
50.1 4.49 7.18
50 11 15-05-2009 481.91 4.05 6.475
50.2 3.61 5.77
51.1 3.14 5.03
51 28+18 16-06-2009 530.68 0.606 0.259 3.56 5.700
51.2 3.98 6.37
Reboco(B) areia fina
Analisando os valores obtidos nas Tabelas 9.5, 9.6, 9.7 e 9.8, verifica-se, como seria
normal, que os provetes com maior teor de ligante apresentam maiores resistências,
tanto à flexão como à compressão.
196
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
197
Capítulo IX- Ensaios Laboratoriais
Bibliografia do capítulo IX
198
Capítulo IX
Ensaios laboratoriais
179
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
10.1- Introdução
Neste capítulo apresentam-se os valores das deformações das diferentes paredes, nas
várias observações realizadas ao longo do periodo de ensaios. Esta informação
apresenta-se nas Tabelas 10.1, 10.2, 10.3, 10.4, 10.5, 10.6, 10.7 e 10.8.
A modelação das paredes e suas deformações encontram-se apresentadas nas Fig. 10.1
à 10.40. Nestas figuras, consegue-se visualizar a tendência de deformação de todas as
paredes ao longo do tempo, através de uma análise visual dos dados apresentados nas
Tabelas. Permitindo analisar quando e como se deformam as paredes.
A análise dos resultados é realizada no final, indivualmente para cada uma das paredes e
comparando sempre com a parede padrão, ou seja, a parede H. No caso das paredes D,E
e F, é possivel compará-las directamente, visto que têm o mesmo traço de argamassa,
variando só a espessura do reboco.
Em seguida apresenta-se toda a informação necessária (nas Tabelas 10.1 à 10.8 e nas
Fig. 10.1 á 10.40) para a análise referida.
200
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
21-04-2009 Parede A
28-04-2009
05-05-2009
13-06-2009
06-07-2009
Variação da coordenada Y
Pontos
Def(Y1-Y0)
Def(Y2-Y1)
Def(Y3-Y2)
Def(Y4-Y3)
Def(Y2-Y0)
Def(Y3-Y0)
Def(Y4-Y0)
Coodenada Y-média
A1 5.889 5.887 5.883 5.892 5.908 -0.003 -0.003 0.009 0.016 -0.006 0.003 0.019
A2 5.885 5.879 5.880 5.889 5.907 -0.005 0.001 0.009 0.018 -0.004 0.005 0.022
A3 5.887 5.884 5.882 5.891 5.909 -0.003 -0.002 0.009 0.018 -0.004 0.004 0.023
A4 5.891 5.889 5.886 5.896 5.912 -0.003 -0.002 0.010 0.016 -0.005 0.005 0.021
A5 5.882 5.879 5.877 5.882 5.896 -0.002 -0.003 0.006 0.014 -0.005 0.001 0.015
A6 5.882 5.881 5.880 5.886 5.902 -0.001 -0.001 0.006 0.016 -0.002 0.004 0.020
A7 5.881 5.880 5.879 5.885 5.901 -0.002 -0.001 0.006 0.016 -0.002 0.003 0.020
A8 5.885 5.883 5.882 5.889 5.903 -0.002 -0.002 0.007 0.015 -0.003 0.004 0.018
A9 5.877 5.876 5.875 5.876 5.889 -0.001 -0.001 0.001 0.013 -0.002 -0.001 0.012
A10 5.877 5.876 5.876 5.879 5.893 0.000 0.000 0.003 0.014 -0.001 0.002 0.016
A11 5.879 5.878 5.878 5.881 5.895 -0.001 0.000 0.003 0.013 -0.001 0.002 0.016
A12 5.880 5.880 5.879 5.882 5.895 0.000 -0.001 0.003 0.013 -0.001 0.002 0.015
201
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
-5.875
-5.877
Fig. 10.2- Modelação da Parede A, estádio um (28-04-2009) -5.879
-5.881
-5.883
Legenda da coordenada Y
-5.885
-5.887
-5.889
-5.891
-5.893
Fig. 10.3- Modelação da Parede A, estádio dois (05-05-2009)
-5.895
-5.897
-5.899
-5.901
-5.903
-5.905
-5.907
Fig. 10.4- Modelação da Parede A, estádio três (13-06-2009) -5.909
-5.911
-5.913
202
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede B
21-04-2009
28-04-2009
05-05-2009
13-06-2009
06-07-2009
Variação da coordenada Y
Pontos
Def(Y1-Y0)
Def(Y2-Y1)
Def(Y3-Y2)
Def(Y4-Y3)
Def(Y2-Y0)
Def(Y3-Y0)
Def(Y4-Y0)
Coodenada Y-média
B1 5.886 5.881 5.877 5.873 5.885 -0.005 -0.004 -0.004 0.012 -0.009 -0.013 -0.001
B2 5.879 5.874 5.870 5.868 5.882 -0.005 -0.004 -0.002 0.014 -0.009 -0.011 0.003
B3 5.884 5.880 5.875 5.873 5.887 -0.004 -0.005 -0.002 0.014 -0.009 -0.011 0.003
B4 5.875 5.870 5.865 5.862 5.874 -0.005 -0.005 -0.003 0.011 -0.010 -0.012 -0.001
B5 5.883 5.880 5.878 5.877 5.888 -0.003 -0.002 -0.001 0.011 -0.005 -0.006 0.005
B6 5.881 5.878 5.876 5.876 5.890 -0.003 -0.003 0.000 0.013 -0.005 -0.005 0.008
B7 5.884 5.882 5.879 5.879 5.893 -0.002 -0.003 0.000 0.014 -0.005 -0.005 0.009
B8 5.886 5.883 5.879 5.880 5.890 -0.003 -0.003 0.000 0.011 -0.006 -0.006 0.005
B9 5.886 5.885 5.884 5.886 5.896 -0.001 -0.001 0.002 0.010 -0.002 0.000 0.010
B10 5.882 5.882 5.881 5.884 5.896 -0.001 -0.001 0.003 0.012 -0.002 0.001 0.013
B11 5.883 5.883 5.882 5.885 5.897 0.000 -0.001 0.003 0.012 -0.001 0.001 0.014
B12 5.888 5.886 5.885 5.887 5.897 -0.001 -0.002 0.002 0.010 -0.003 -0.001 0.009
203
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
-5.862
-5.864
Fig. 10.7- Modelação da Parede B, estádio um (28-04-2009) -5.866
-5.868
-5.87
Legenda da coordenada Y
-5.872
-5.874
-5.876
-5.878
-5.88
-5.882
Fig. 10.8- Modelação da Parede B, estádio dois (05-05-2009) -5.884
-5.886
-5.888
-5.89
-5.892
-5.894
-5.896
-5.898
204
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede C
21-04-2009
28-04-2009
05-05-2009
13-06-2009
06-07-2009
Variação da coordenada Y
Pontos
Def(Y1-Y0)
Def(Y2-Y1)
Def(Y3-Y2)
Def(Y4-Y3)
Def(Y2-Y0)
Def(Y3-Y0)
Def(Y4-Y0)
Coodenada Y-média
C1 5.878 5.873 5.865 5.863 5.870 -0.005 -0.008 -0.003 0.008 -0.013 -0.016 -0.008
C2 5.880 5.876 5.869 5.866 5.875 -0.004 -0.007 -0.003 0.009 -0.011 -0.014 -0.005
C3 5.881 5.876 5.869 5.866 5.875 -0.005 -0.007 -0.003 0.009 -0.012 -0.015 -0.005
C4 5.879 5.874 5.866 5.862 5.868 -0.005 -0.008 -0.004 0.006 -0.013 -0.017 -0.011
C5 5.883 5.880 5.875 5.876 5.885 -0.003 -0.005 0.000 0.009 -0.008 -0.007 0.002
C6 5.884 5.882 5.878 5.877 5.888 -0.002 -0.004 0.000 0.011 -0.007 -0.007 0.004
C7 5.882 5.880 5.876 5.875 5.886 -0.003 -0.004 0.000 0.011 -0.006 -0.007 0.004
C8 5.884 5.881 5.876 5.876 5.883 -0.003 -0.005 -0.001 0.007 -0.007 -0.008 -0.001
C9 5.885 5.884 5.882 5.885 5.896 -0.001 -0.002 0.003 0.011 -0.003 0.000 0.011
C10 5.885 5.885 5.883 5.886 5.898 0.000 -0.002 0.003 0.012 -0.002 0.001 0.013
C11 5.880 5.879 5.878 5.881 5.893 0.000 -0.002 0.003 0.012 -0.002 0.001 0.013
C12 5.878 5.877 5.875 5.877 5.885 -0.001 -0.002 0.002 0.009 -0.003 -0.001 0.008
205
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
-5.861
-5.863
Fig. 10.12- Modelação da Parede C, estádio um (28-04-2009) -5.865
-5.867
-5.869
-5.871
Legenda da coordenada Y
-5.873
-5.875
-5.877
-5.879
-5.881
Fig. 10.13- Modelação da Parede C, estádio dois (05-05-2009) -5.883
-5.885
-5.887
-5.889
-5.891
-5.893
-5.895
-5.897
-5.899
Fig. 10.14- Modelação da Parede C, estádio três (13-06-2009)
206
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede D
21-04-2009
28-04-2009
05-05-2009
13-06-2009
06-07-2009
Variação da coordenada Y
Pontos
Def(Y1-Y0)
Def(Y2-Y1)
Def(Y3-Y2)
Def(Y4-Y3)
Def(Y2-Y0)
Def(Y3-Y0)
Def(Y4-Y0)
Coodenada Y-média
D1 5.894 5.889 5.887 5.899 5.897 -0.005 -0.001 0.011 -0.001 -0.006 0.005 0.004
D2 5.898 5.895 5.895 5.906 5.907 -0.003 0.000 0.012 0.000 -0.003 0.008 0.009
D3 5.902 5.899 5.899 5.910 5.910 -0.003 0.000 0.011 0.000 -0.003 0.008 0.008
D4 5.902 5.898 5.895 5.911 5.910 -0.005 -0.002 0.015 -0.001 -0.007 0.008 0.008
D5 5.891 5.887 5.886 5.892 5.890 -0.004 -0.001 0.006 -0.002 -0.005 0.001 -0.001
D6 5.893 5.890 5.891 5.897 5.897 -0.003 0.000 0.007 0.000 -0.002 0.004 0.004
D7 5.894 5.892 5.892 5.899 5.899 -0.003 0.001 0.007 0.000 -0.002 0.005 0.004
D8 5.897 5.893 5.891 5.902 5.900 -0.004 -0.002 0.011 -0.001 -0.006 0.004 0.003
D9 5.889 5.885 5.885 5.887 5.884 -0.005 0.000 0.002 -0.002 -0.005 -0.003 -0.005
D10 5.890 5.886 5.888 5.890 5.888 -0.003 0.001 0.002 -0.001 -0.002 0.000 -0.001
D11 5.889 5.886 5.887 5.889 5.888 -0.003 0.001 0.003 -0.001 -0.002 0.000 -0.001
D12 5.894 5.890 5.889 5.895 5.893 -0.004 -0.001 0.006 -0.002 -0.005 0.001 -0.002
207
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
-5.884
-5.886
Fig. 10.17- Modelação da Parede D, estádio um (28-04-2009)
-5.888
-5.89
Legenda da coordenada Y
-5.892
-5.894
-5.896
-5.898
-5.9
Fig. 10.18- Modelação da Parede D, estádio dois (05-05-2009)
-5.902
-5.904
-5.906
-5.908
-5.91
-5.912
208
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede E
21-04-2009
28-04-2009
05-05-2009
13-06-2009
06-07-2009
Variação da coordenada Y
Pontos
Def(Y1-Y0)
Def(Y2-Y1)
Def(Y3-Y2)
Def(Y4-Y3)
Def(Y2-Y0)
Def(Y3-Y0)
Def(Y4-Y0)
Coodenada Y-média
E1 5.905 5.898 5.896 5.917 5.919 -0.006 -0.002 0.021 0.002 -0.009 0.013 0.014
E2 5.904 5.898 5.898 5.917 5.918 -0.006 0.000 0.019 0.001 -0.006 0.013 0.014
E3 5.906 5.900 5.900 5.918 5.920 -0.006 0.000 0.019 0.002 -0.006 0.013 0.014
E4 5.907 5.899 5.897 5.916 5.916 -0.008 -0.002 0.019 -0.001 -0.009 0.010 0.009
E5 5.900 5.895 5.894 5.908 5.909 -0.005 -0.001 0.014 0.000 -0.006 0.009 0.009
E6 5.898 5.894 5.895 5.906 5.907 -0.004 0.001 0.012 0.000 -0.003 0.009 0.009
E7 5.898 5.894 5.894 5.906 5.906 -0.004 0.001 0.012 0.000 -0.003 0.009 0.009
E8 5.900 5.894 5.893 5.905 5.903 -0.007 -0.001 0.012 -0.002 -0.007 0.005 0.003
E9 5.898 5.894 5.894 5.901 5.900 -0.004 0.000 0.008 -0.001 -0.004 0.003 0.003
E10 5.893 5.889 5.891 5.896 5.895 -0.003 0.001 0.005 -0.001 -0.002 0.003 0.002
E11 5.897 5.894 5.896 5.901 5.900 -0.003 0.002 0.005 -0.001 -0.001 0.004 0.003
E12 5.896 5.890 5.891 5.896 5.893 -0.006 0.001 0.005 -0.003 -0.005 0.000 -0.003
209
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
-5.889
-5.891
Fig. 10.22- Modelação da Parede E, estádio um (28-04-2009) -5.893
-5.895
-5.897
Legenda da coordenada Y
-5.899
-5.901
-5.903
-5.905
-5.907
Fig. 10.23- Modelação da Parede E, estádio dois (05-05-2009) -5.909
-5.911
-5.913
-5.915
-5.917
-5.919
-5.921
Parede F
21-04-2009
28-04-2009
05-05-2009
13-06-2009
06-07-2009
Variação da coordenada Y
Pontos
Def(Y1-Y0)
Def(Y2-Y1)
Def(Y3-Y2)
Def(Y4-Y3)
Def(Y2-Y0)
Def(Y3-Y0)
Def(Y4-Y0)
Coodenada Y-média
F1 5.911 5.903 5.902 5.917 5.915 -0.008 -0.001 0.016 -0.003 -0.009 0.006 0.004
F2 5.905 5.898 5.900 5.913 5.910 -0.007 0.002 0.013 -0.002 -0.006 0.007 0.005
F3 5.902 5.895 5.897 5.909 5.908 -0.007 0.002 0.013 -0.002 -0.005 0.007 0.006
F4 5.905 5.896 5.898 5.911 5.907 -0.009 0.002 0.013 -0.004 -0.007 0.006 0.002
F5 5.903 5.897 5.896 5.908 5.904 -0.006 -0.001 0.012 -0.003 -0.007 0.004 0.001
F6 5.901 5.896 5.898 5.907 5.904 -0.005 0.002 0.009 -0.003 -0.003 0.006 0.003
F7 5.901 5.896 5.898 5.907 5.904 -0.006 0.002 0.009 -0.003 -0.003 0.006 0.003
F8 5.902 5.894 5.896 5.905 5.901 -0.008 0.002 0.009 -0.004 -0.005 0.004 -0.001
F9 5.896 5.891 5.891 5.898 5.895 -0.005 0.000 0.007 -0.004 -0.005 0.002 -0.002
F10 5.897 5.892 5.895 5.900 5.896 -0.004 0.003 0.005 -0.004 -0.001 0.003 -0.001
F11 5.899 5.894 5.897 5.902 5.898 -0.004 0.003 0.004 -0.004 -0.001 0.003 -0.001
F12 5.897 5.890 5.893 5.898 5.892 -0.007 0.003 0.005 -0.006 -0.004 0.001 -0.004
211
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
-5.89
-5.892
-5.896
Legenda da coordenada Y
-5.898
-5.9
-5.902
-5.904
-5.906
Fig. 10.28- Modelação da Parede F, estádio dois (05-05-2009)
-5.908
-5.91
-5.912
-5.914
-5.916
-5.918
212
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede G
21-04-2009
28-04-2009
05-05-2009
13-06-2009
06-07-2009
Variação da coordenada Y
Pontos
Def(Y1-Y0)
Def(Y2-Y1)
Def(Y3-Y2)
Def(Y4-Y3)
Def(Y2-Y0)
Def(Y3-Y0)
Def(Y4-Y0)
Coodenada Y-média
G1 5.910 5.909 5.906 5.918 5.917 -0.001 -0.003 0.012 -0.001 -0.004 0.008 0.008
G2 5.902 5.903 5.901 5.910 5.911 0.001 -0.002 0.009 0.000 -0.001 0.008 0.008
G3 5.908 5.908 5.906 5.916 5.916 0.000 -0.002 0.009 0.000 -0.002 0.008 0.008
G4 5.903 5.902 5.900 5.908 5.906 0.000 -0.002 0.008 -0.002 -0.003 0.006 0.004
G5 5.898 5.900 5.897 5.905 5.905 0.001 -0.003 0.008 0.000 -0.002 0.006 0.007
G6 5.898 5.900 5.897 5.903 5.904 0.001 -0.002 0.006 0.000 -0.001 0.005 0.006
G7 5.899 5.900 5.898 5.904 5.904 0.001 -0.002 0.006 0.000 -0.001 0.005 0.005
G8 5.897 5.898 5.895 5.900 5.898 0.001 -0.003 0.005 -0.001 -0.002 0.003 0.001
G9 5.894 5.895 5.892 5.896 5.896 0.002 -0.003 0.004 0.000 -0.002 0.002 0.002
G10 5.895 5.900 5.894 5.897 5.897 0.005 -0.006 0.003 0.000 -0.001 0.002 0.002
G11 5.894 5.895 5.892 5.895 5.895 0.001 -0.003 0.002 0.000 -0.001 0.001 0.001
G12 5.887 5.888 5.886 5.887 5.885 0.001 -0.002 0.001 -0.002 -0.002 0.000 -0.002
213
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
-5.885
-5.887
Fig. 10.32- Modelação da Parede G, estádio um (28-04-2009) -5.889
-5.891
-5.893
Legenda da coordenada Y
-5.895
-5.897
-5.899
-5.901
-5.903
214
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede H
21-04-2009
28-04-2009
05-05-2009
13-06-2009
06-07-2009
Variação da coordenada Y
Pontos
Def(Y1-Y0)
Def(Y2-Y1)
Def(Y3-Y2)
Def(Y4-Y3)
Def(Y2-Y0)
Def(Y3-Y0)
Def(Y4-Y0)
Coodenada Y-média
H1 5.896 5.897 5.895 5.902 5.903 0.001 -0.002 0.008 0.001 -0.001 0.007 0.008
H2 5.894 5.895 5.894 5.901 5.901 0.002 -0.002 0.007 0.000 0.000 0.007 0.007
H3 5.899 5.901 5.899 5.906 5.907 0.001 -0.001 0.007 0.001 0.000 0.007 0.007
H4 5.895 5.896 5.895 5.902 5.902 0.002 -0.001 0.007 0.000 0.001 0.007 0.007
H5 5.891 5.893 5.890 5.895 5.895 0.002 -0.003 0.004 0.001 -0.001 0.004 0.004
H6 5.890 5.892 5.890 5.894 5.893 0.002 -0.002 0.004 0.000 0.000 0.004 0.004
H7 5.889 5.892 5.889 5.893 5.893 0.002 -0.002 0.004 -0.001 0.000 0.004 0.003
H8 5.893 5.895 5.893 5.897 5.897 0.002 -0.002 0.004 -0.001 0.000 0.004 0.003
H9 5.893 5.895 5.892 5.893 5.893 0.002 -0.003 0.001 -0.001 -0.001 0.001 0.000
H10 5.887 5.890 5.887 5.888 5.887 0.003 -0.002 0.001 -0.001 0.000 0.001 0.000
H11 5.890 5.893 5.890 5.891 5.890 0.003 -0.002 0.001 -0.001 0.000 0.001 0.000
H12 5.887 5.890 5.887 5.888 5.887 0.003 -0.002 0.001 -0.002 0.001 0.002 0.000
215
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
-5.886
-5.888
Fig. 10.37- Modelação da Parede H, estádio um (28-04-2009)
-5.89
-5.892
Legenda da coordenada Y
-5.894
-5.896
-5.898
Fig. 10.38- Modelação da Parede H, estádio dois (05-05-2009)
-5.9
-5.902
-5.904
-5.906
-5.908
216
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Não se pode determinar quando se deu a inversão do sentido das deformações, pois só
era possível se o controle das deformações fosse realizado todos os dias, de uma forma
continua.
De forma a ser mais legível a leitura dos valores, entendeu-se fazer a análise em termos
médios, dividindo as paredes em 6 níveis (3 em coluna e 3 em linha, respectivamente),
usando os dados fornecidos pelas Tabelas 10.1 à 10.8.
A média que foi efectuada é uma média absoluta, ou seja, em módulo, para analisar as
paredes que tiveram mais variações da coordenada Y.
217
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede A Variação média ao fim de : 8 dias de Cura Etapa final do reboco Parede H Variação média ao fim de : 8 dias de Cura
3.37 1.36
1 2 3 4 1 2 3 4
1.75 1.92
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
0.66 2.60
Parede A Variação média ao fim de : 15 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 15 dias de Cura
5.01 0.41
1 2 3 4 1 2 3 4
3.21 0.34
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
1.17 0.48
Parede A Variação média ao fim de : 54 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 54 dias de Cura
4.19 6.84
1 2 3 4 1 2 3 4
2.89 3.92
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
1.91 1.11
Parede A Variação média ao fim de : 77 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 77 dias de Cura
21.30 7.35
1 2 3 4 1 2 3 4
18.11 3.62
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
14.69 0.23
Analisando a informação da Fig. 10.41, constata-se que nos primeiros 15 dias de cura a
parede A sofre maiores variações do que a parede H. Sendo que ao fim de 54 dias de
cura as deformações da parede H ultrapassam as da parede A.
218
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede B Variação média ao fim de : 8 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 8 dias de Cura
4.76 1.36
1 2 3 4 1 2 3 4
2.77 1.92
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
0.70 2.60
Parede B Variação média ao fim de : 15 dias de Cura Etapa final do reboco Parede H Variação média ao fim de : 15 dias de Cura
9.11 0.41
1 2 3 4 1 2 3 4
5.49 0.34
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
1.95 0.48
Parede B Variação média ao fim de : 54 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 54 dias de Cura
11.70 6.84
1 2 3 4 1 2 3 4
5.49 3.92
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
0.89 1.11
Parede B Variação média ao fim de : 77 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 77 dias de Cura
1.78 7.35
1 2 3 4 1 2 3 4
6.69 3.62
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
11.55 0.23
219
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede C Variação média ao fim de : 8 dias de Cura Etapa final do reboco Parede H Variação média ao fim de : 8 dias de Cura
4.72 1.36
1 2 3 4 1 2 3 4
2.59 1.92
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
0.55 2.60
Parede C Variação média ao fim de : 15 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 15 dias de Cura
12.06 0.41
1 2 3 4 1 2 3 4
7.06 0.34
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
2.51 0.48
Parede C Variação média ao fim de : 54 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 54 dias de Cura
15.36 6.84
1 2 3 4 1 2 3 4
7.21 3.92
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
0.79 1.11
Parede C Variação média ao fim de : 77 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 77 dias de Cura
7.25 7.35
1 2 3 4 1 2 3 4
2.62 3.62
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
10.97 0.23
220
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede D Variação média ao fim de : 8 dias de Cura Parede E Variação média ao fim de : 8 dias de Cura
3.88 6.36
1 2 3 4 1 2 3 4
3.46 4.83
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
3.87 3.94
7.71 1.36
1 2 3 4
1 2 3 4
6.17 1.92
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
5.12 2.60
Parede D Variação média ao fim de : 15 dias de Cura Parede E Variação média ao fim de : 15 dias de Cura
4.96 7.58
1 2 3 4 1 2 3 4
3.83 4.90
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
3.55 3.04
6.79 0.41
1 2 3 4
1 2 3 4
4.65 0.34
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
2.85 0.48
Parede D Variação média ao fim de : 54 dias de Cura Parede E Variação média ao fim de : 54 dias de Cura
7.50 12.03
1 2 3 4 1 2 3 4
3.60 7.67
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
1.04 2.64
221
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
6.63 6.84
1 2 3 4
1 2 3 4
4.89 3.92
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
2.47 1.11
Parede D Variação média ao fim de : 77 dias de Cura Parede E Variação média ao fim de : 77 dias de Cura
7.26 12.93
1 2 3 4 1 2 3 4
3.01 7.28
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
2.16 2.61
3.95 7.35
1 2 3 4
1 2 3 4
1.95 3.62
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
1.74 0.23
Analisando as paredes A, B e C (ver Fig. 10.44), pode concluir-se que ao fim de 8 dias
de cura, a maior deformação (em termos médios) verifica-se na parede F. Ao final de 15
de cura as maiores deformações passam a ser na parede E, o que verifica até aos 77
dias.
222
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
Parede G Variação média ao fim de : 8 dias de Cura Etapa final do reboco Parede H Variação média ao fim de : 8 dias de Cura
0.46 1.36
1 2 3 4 1 2 3 4
1.14 1.92
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
2.31 2.60
Parede G Variação média ao fim de : 15 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 15 dias de Cura
2.23 0.41
1 2 3 4 1 2 3 4
1.40 0.34
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
1.30 0.48
Parede G Variação média ao fim de : 54 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 54 dias de Cura
7.49 6.84
1 2 3 4 1 2 3 4
4.78 3.92
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
1.36 1.11
Parede G Variação média ao fim de : 77 dias de Cura Parede H Variação média ao fim de : 77 dias de Cura
6.91 7.35
1 2 3 4 1 2 3 4
4.74 3.62
5 6 7 8 5 6 7 8
9 10 11 12 9 10 11 12
1.97 0.23
Na parede G, nos primeiros 8 dias de cura, praticamente não houve deformação, mesmo
ao fim de 15 dias a deformação tem pouca expressão. Só ao final de 54 dias é que as
deformações se desenvolvem, mantendo-se praticamente invariáveis até aos 77 dias.
223
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
O facto de nos primeiros dias de cura não se ter verificado deformações, poderá ser
justificado pela composição do reboco, ou seja, é um reboco “fraco” (traço 1:1:7).
1.36
1 2 3 4
1.92
5 6 7 8
9 10 11 12
2.60
0.41
1 2 3 4
0.34
5 6 7 8
9 10 11 12
0.48
6.84
1 2 3 4
3.92
5 6 7 8
9 10 11 12
1.11
7.35
1 2 3 4
3.62
5 6 7 8
9 10 11 12
0.23
224
Capítulo X- Análise e discussão de resultados
225
Capítulo X
Análise e discussão de resultados
199
Capitulo XI- Conclusões e desenvolvimentos futuros
O reboco realizado numa só camada, com o traço 1:4 não tem influência de
forma significativa no comportamento da parede, aplicado com uma espessura
de 1.50cm (caso da parede D), comparativamente à parede sem reboco (parede
H).
O reboco mais fraco em ligante, aplicado mesmo em mais de uma camada,
praticamente não tem influência na deformação, basta comparar as deformações
da parede G com a parede H.
Confirma-se que o uso de reboco com argamassas fortes traduz-se em maiores
deformações, caso da parede A.
As deformações na parede só de tijolo (parede H) tiveram sempre o mesmo
sentido, ou seja, afastaram-se em relação ao ponto de estação, o que prova que a
temperatura era mais elevada na face exposta da parede.
Nas restantes paredes ao fim de 54 dias de cura, assiste-se a uma inversão de
sentido das deformações, mantendo-se o sentido até aos 77 dias.
Em nenhuma das paredes se verificou fissuração.
Outras leituras poderiam ser observadas, mas seria abusivo afirmar qual a espessura
ideal de reboco, dado o período de observação. Contudo, o desenvolvimento deste
trabalho, poderá ser um forte contributo para essa resposta.
O estudo desta temática revelou ser bastante complexo, pois muita informação tem de
ser considerada.
227
Capitulo XI- Conclusões e desenvolvimentos futuros
228
Capítulo XI
Conclusões e desenvolvimentos futuros
226
Anexos
i
ANEXO A 1- Fichas técnicas dos materiais utilizados
ii
iii
iv
v
vi
vii
viii
ix
x
xi
ANEXO A 2- Levantamento topográfico - Estação Total em P1
xii
Estação P1 Altura Aparelho 0.984 Data 21-04-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P2 9.437 0.08 100,000 108.258 -1.231
A1 0.233 108.258
A2 15.625 104.376
A3 15.998 104.174
A4 29.841 104.147
A5 0.177 103.789
A6 15.587 109.621
A7 15.991 109.275
A8 29.834 109.258
A9 0.168 108.469
A10 15.59 114.737
A11 16.036 114.233
A12 29.866 113.099
B1 31.445 103.733
B2 42.462 103.276
B3 42.74 103.267
B4 51.362 102.907
B5 31.454 108.366
B6 42.454 107.424
B7 42.719 107.393
B8 51.302 106.563
B9 31.46 112.921
B10 42.468 111.501
B11 42.732 111.476
B12 51.316 110.178
C1 52.662 102.865
C2 59.097 102.511
C3 59.284 102.5
C4 64.3 102.216
C5 52.627 106.432
C6 59.073 105.667
C7 59.272 105.648
C8 64.271 105.024
C9 52.636 109.966
C10 59.077 108.835
C11 59.296 108.787
C12 64.304 107.831
xiii
Estação P1 Altura Aparelho 1.115 Data 28-04-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P2 9.439 0.08 100,000 109.119 -1.361
A1 0.224 105.792
A2 15.662 105.548
A3 15.991 105.519
A4 29.838 105.059
A5 0.168 111.011
A6 15.578 110.629
A7 15.984 110.61
A8 29.829 109.719
A9 0.159 116.082
A10 15.578 115.598
A11 16.025 115.542
A12 29.855 114.316
B1 31.453 104.988
B2 42.473 104.397
B3 42.748 104.385
B4 51.375 103.897
B5 31.452 109.604
B6 42.455 108.534
B7 42.722 108.498
B8 51.307 107.543
B9 31.451 114.123
B10 42.459 112.586
B11 42.725 112.556
B12 51.313 111.145
C1 52.676 103.828 …
C2 59.109 103.366
C3 59.3 103.353
C4 64.317 102.975
C5 52.632 107.387
C6 59.077 106.515
C7 59.277 106.495
C8 64.278 105.78
C9 52.632 110.909
C10 59.073 109.673
C11 59.29 109.621
C12 64.303 108.578
xiv
Estação P1 Altura Aparelho 1.116 Data 05-05-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P2 9.44 0.08 100,000 109.125 -1.362
A1 0.231 105.808 …
A2 15.628 105.568
A3 15.999 105.538
A4 29.85 105.077
A5 0.174 111.028
A6 15.58 110.644
A7 15.987 110.624
A8 29.836 109.738
A9 0.162 116.095
A10 15.579 115.613
A11 16.025 115.557
A12 29.855 114.333
B1 31.47 105.009
B2 42.495 104.415
B3 42.773 104.402
B4 51.402 103.91
B5 31.464 109.624
B6 42.468 108.551
B7 42.735 108.514
B8 51.323 107.556
B9 31.456 114.144
B10 42.463 112.602
B11 42.727 112.574
B12 51.321 111.156
C1 52.72 103.841
C2 59.147 103.378
C3 59.335 103.365
C4 64.353 102.986
C5 52.659 107.401
C6 59.098 106.527
C7 59.297 106.505
C8 64.299 105.791
C9 52.642 110.918
C10 59.08 109.681
C11 59.298 109.632
C12 64.31 198.587
xv
Estação P1 Altura Aparelho 1.128 Data 13-06-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P2 9.437 0.08 100,000 109.204 -1.374
A1 … 0.216 105.972
A2 … 15.592 105.736
A3 … 15.963 105.963
A4 … 29.796 105.242
A5 … 0.156 111.187
A6 … 15.549 110.805
A7 … 15.956 110.787
A8 … 29.793 109.899
A9 … 0.144 116.254
A10 … 15.555 115.773
A11 … 16 115.717
A12 … 29.828 114.492
B1 … 31.47 105.182 …
B2 … 42.492 104.566 …
B3 … 42.771 104.553 …
B4 … 51.409 104.043 …
B5 … 31.451 109.794 …
B6 … 42.454 108.701 …
B7 … 42.721 108.663 …
B8 … 51.313 107.686 …
B9 … 31.435 114.304 …
B10 … 42.438 112.745 …
B11 … 42.702 112.717 …
B12 … 51.302 111.281 …
C1 … 52.727 103.973 …
C2 … 59.159 103.493 …
C3 … 59.347 103.479 …
C4 … 64.374 103.087 …
C5 … 52.649 107.53 …
C6 … 59.095 106.64 …
C7 … 59.295 106.617 …
C8 … 64.304 105.889 …
C9 … 52.619 111.045 …
C10 … 59.061 109.793 …
C11 … 59.278 109.742 …
C12 … 64.303 108.688 …
xvi
Estação P1 Altura Aparelho 1.211 Data 06-07-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P2 9.422 0.08 100,000 109.766 -1.457
A1 … 0.221 106.875 …
A2 … 15.584 106.618 …
A3 … 15.953 106.585 …
A4 … 29.783 106.058 …
A5 … 0.16 112.071 …
A6 … 15.543 111.665 …
A7 … 15.951 111.647 …
A8 … 29.785 110.702 …
A9 … 0.144 117.109 …
A10 … 15.552 116.607 …
A11 … 15.997 116.55 …
A12 … 29.823 115.273 …
B1 … 31.468 105.99 …
B2 … 42.48 105.29 …
B3 … 42.76 105.271 …
B4 … 51.407 104.681 …
B5 … 31.454 110.588 …
B6 … 42.445 109.408 …
B7 … 42.711 109.369 …
B8 … 51.317 108.316 …
B9 … 31.438 115.077 …
B10 … 42.433 113.44 …
B11 … 42.698 113.407 …
B12 … 51.307 111.902 …
C1 … 52.744 104.596 …
C2 … 59.167 104.043 …
C3 … 59.355 104.029 …
C4 … 64.393 103.577 …
C5 … 52.659 108.147 …
C6 … 59.095 107.186 …
C7 … 59.295 107.162 …
C8 … 64.316 106.378 …
C9 … 52.622 111.65 …
C10 … 59.055 110.33 …
C11 … 59.272 110.278 …
C12 … 64.308 109.165 …
x
xvii
ANEXO A 3- Levantamento topográfico - Estação Total em P2
xviii
Estação P2 Altura Aparelho 0.991 Data 21-04-2009
Pto Visado
dh(distância Horizontal)
av LH (HZ) LV (V) h
P1 9.434 0.08 0.000 103.851 -0.571
A1 … 35.596 100.446 …
A2 … 40.53 100.45 …
A3 … 40.683 100.441 …
A4 … 47.12 100.477 …
A5 … 35.542 103.253 …
A6 … 40.5 103.608 …
A7 … 40.649 103.617 …
A8 … 47.065 104.035 …
A9 … 35.519 106.045 …
A10 … 40.468 106.759 …
A11 … 40.65 106.766 …
A12 … 47.046 107.6 …
B1 … 48.02 100.475 …
B2 … 56.381 100.478 …
B3 … 56.707 100.487 …
B4 … 67.404 100.567 …
B5 … 48.003 104.108 …
B6 … 56.397 104.59 …
B7 … 56.686 104.602 …
B8 … 67.452 105.187 …
B9 … 48.03 107.72 …
B10 … 56.425 108.663 …
B11 … 56.694 108.701 …
B12 … 67.502 109.766 …
C1 … 69.601 100.602 …
C2 … 83.324 100.62 …
C3 … 83.821 100.618 …
C4 … 99.212 100.615 …
C5 … 69.609 105.294 …
C6 … 83.323 105.708 …
C7 … 83.81 105.726 …
C8 … 99.198 105.895 …
C9 … 69.653 109.949 …
C10 … 83.355 110.794 …
C11 … 83.832 110.799 …
C12 … 99.211 …
xix
Estação P2 Altura Aparelho 1.084 Data 28-04-2009
Pto Visado
dh(distância Horizontal)
av LH (HZ) LV (V) h
P1 9.437 0.08 0.000 104.502 -0.668
A1 … 35.58 101.006 …
A2 … 40.512 101.085 …
A3 … 40.663 101.075 …
A4 … 47.097 101.196 …
A5 … 35.528 103.814 …
A6 … 40.488 104.238 …
A7 … 40.636 104.251 …
A8 … 47.05 104.752 …
A9 … 35.511 106.601 …
A10 … 40.461 107.383 …
A11 … 40.642 107.391 …
A12 … 47.036 108.312 …
B1 … 47.982 101.21 …
B2 … 56.344 101.309 …
B3 … 56.668 101.318 …
B4 … 67.362 101.501 …
B5 … 47.977 104.835 …
B6 … 56.37 105.415 …
B7 … 56.664 105.429 …
B8 … 67.421 106.114 …
B9 … 48.019 108.444 …
B10 … 56.41 109.474 …
B11 … 56.684 109.518 …
B12 … 67.481 110.675 …
C1 … 69.556 101.551 …
C2 … 83.289 101.654 …
C3 … 83.785 101.656 …
C4 … 99.186 101.688 …
C5 … 69.578 106.238 …
C6 … 83.297 106.734 …
C7 … 83.782 106.753 …
C8 … 99.176 106.954 …
C9 … 69.633 110.872 …
C10 … 83.338 111.795 …
C11 … 83.815 111.802 …
C12 … 99.194 112.162 …
xx
Estação P2 Altura Aparelho 1.147 Data 05-05-2009
Pto Visado
dh(distância Horizontal)
av LH (HZ) LV (V) h
P1 9.436 0.08 0.000 104.894 -0.727
A1 … 35.565 101.341 …
A2 … 40.505 101.463 …
A3 … 40.656 101.455 …
A4 … 47.085 101.626 …
A5 … 35.517 104.149 …
A6 … 40.483 104.613 …
A7 … 40.633 104.627 …
A8 … 47.041 105.18 …
A9 … 35.506 106.934 …
A10 … 40.46 107.755 …
A11 … 40.642 107.764 …
A12 … 47.031 108.733 …
B1 … 47.962 101.647 …
B2 … 56.322 101.803 …
B3 … 56.645 101.814 …
B4 … 67.339 102.057 …
B5 … 47.965 105.271 …
B6 … 56.355 105.908 …
B7 … 56.648 105.922 …
B8 … 67.405 106.665 …
B9 … 48.013 108.872 …
B10 … 56.403 109.955 …
B11 … 56.675 110.001 …
B12 … 67.47 111.212 …
C1 … 69.525 101.118 …
C2 … 83.272 102.27 …
C3 … 83.767 102.273 …
C4 … 99.179 102.326 …
C5 … 69.558 106.801 …
C6 … 83.282 107.343 …
C7 … 83.77 107.365 …
C8 … 99.167 107.587 …
C9 … 69.622 111.421 …
C10 … 83.327 112.385 …
C11 … 83.805 112.396 …
C12 … 99.183 112.776 …
X 64.755 111.9
xxi
Estação P2 Altura Aparelho 1.136 Data 13-06-2009
Pto Visado
dh(distância Horizontal)
av LH (HZ) LV (V) h
P1 0.08 0.000 104.838
A1 … 35.604 101.324 …
A2 … 40.547 101.448 …
A3 … 40.697 101.44 …
A4 … 47.133 101.619 …
A5 … 35.539 104.129 …
A6 … 40.509 104.597 …
A7 … 40.657 104.61 …
A8 … 47.071 105.17 …
A9 … 35.506 106.915 …
A10 … 40.467 107.739 …
A11 … 40.651 107.751 …
A12 … 47.04 108.722 …
B1 … 47.933 101.639 …
B2 … 56.296 101.791 …
B3 … 56.622 101.804 …
B4 … 67.316 102.044 …
B5 … 47.949 105.262 …
B6 … 56.346 105.897 …
B7 … 56.638 105.909 …
B8 … 67.392 106.651 …
B9 … 48.013 108.864 …
B10 … 56.408 109.945 …
B11 … 56.68 109.99 …
B12 … 67.471 111.197 …
C1 … 69.499 102.104 …
C2 … 83.25 102.251 …
C3 … 83.747 102.256 …
C4 … 99.184 102.307 …
C5 … 69.546 106.785 …
C6 … 83.273 107.326 …
C7 … 83.76 107.347 …
C8 … 99.174 107.569 …
C9 … 69.624 111.401 …
C10 … 83.328 112.366 …
C11 … 83.806 112.375 …
C12 … 99.191 112.757 …
x 64.749 111.891
xxii
Estação P2 Altura Aparelho 1.186 Data 06-07-2009
Pto Visado
dh(distância Horizontal)
av LH (HZ) LV (V) h
P1 9.417 0.08 0.000 105.159 -0.765
A1 … 35.685 101.597 …
A2 … 40.652 101.755 …
A3 … 40.806 101.749 …
A4 … 47.252 101.969 …
A5 … 35.609 104.404 …
A6 … 40.604 104.907 …
A7 … 40.755 104.92 …
A8 … 47.181 105.523 …
A9 … 35.57 107.189 …
A10 … 40.554 108.049 …
A11 … 40.733 108.061 …
A12 … 47.137 109.076 …
B1 … 48.028 101.597 …
B2 … 56.428 101.755 …
B3 … 56.754 101.749 …
B4 … 67.463 101.969 …
B5 … 48.043 104.404 …
B6 … 56.476 104.907 …
B7 … 56.77 104.92 …
B8 … 67.537 105.523 …
B9 … 48.099 107.189 …
B10 … 56.529 108.049 …
B11 … 56.802 108.061 …
B12 … 67.61 109.076 …
C1 … 69.636 102.568 …
C2 … 83.421 102.751 …
C3 … 83.919 102.756 …
C4 … 99.358 102.824 …
C5 … 69.688 107.247 …
C6 … 83.445 107.82 …
C7 … 83.934 107.842 …
C8 … 99.343 108.076 …
C9 … 69.773 111.856 …
C10 … 83.502 112.847 …
C11 … 83.98 112.856 …
C12 … 99.359 113.25 …
xxiii
ANEXO A 4- Levantamento topográfico - Estação Total em P3
xxiv
Estação P3 Altura aparelho 1.094 Data 21-04-2009
Pto Visado
dh(distância Horizontal)av LH (HZ) LV (V) h
P4 9.293 0.08 100,000 108.683 -1.275
D1 … 399.733 104.616 …
D2 … 15.313 104.495 …
D3 … 15.642 104.48 …
D4 … 29.398 104.099 …
D5 … 399.735 109.852 …
D6 … 15.3 109.573 …
D7 … 15.649 109.56 …
D8 … 29.418 108.783 …
D9 … 399.773 114.986 …
D10 … 15.326 114.553 …
D11 … 15.685 114.537 …
D12 … 29.45 113.383 …
E1 … 31.148 104.037 …
E2 … 42.221 103.602 …
E3 … 42.493 103.591 …
E4 … 51.05 103.215 …
E5 … 31.166 108.653 …
E6 … 42.243 107.739 …
E7 … 42.498 107.709 …
E8 … 51.08 106.874 …
E9 … 31.2 113.209 …
E10 … 42.294 111.819 …
E11 … 42.509 111.782 …
E12 … 51.124 110,497 …
F1 … 52.171 103.157 …
F2 … 58.703 102.789 …
F3 … 58.893 102.778 …
F4 … 63.954 102.477 …
F5 … 52.208 106.747 …
F6 … 58.736 105.969 …
F7 … 58.897 105.952 …
F8 … 63.968 105.315 …
F9 … 52.257 110.303 …
F10 … 58.774 109.135 …
F11 … 58.917 109.102 …
F12 … 63.999 108.131 …
xxv
Estação P3 Altura aparelho 0.926 Data 28-04-2009
Pto Visado
dh(distância Horizontal)av LH (HZ) LV (V) h
P4 9.297 0.08 100,000 107.551 -1.108
D1 … 399.768 102.82 …
D2 … 15.342 102.75 …
D3 … 15.672 102.738 …
D4 … 29.43 102.495 …
D5 … 399.767 108.083 …
D6 … 15.326 107.852 …
D7 … 15.675 107.842 …
D8 … 29.446 107.199 …
D9 … 399.808 113.265 …
D10 … 15.354 112.876 …
D11 … 15.713 112.864 …
D12 … 29.479 111.832 …
E1 … 31.186 102.459 …
E2 … 42.254 102.192 …
E3 … 42.525 102.184 …
E4 … 51.091 101.972 …
E5 … 31.198 107.095 …
E6 … 42.268 106.341 …
E7 … 42.523 106.316 …
E8 … 51.115 105.64 …
E9 … 31.228 111.682 …
E10 … 42.315 110.445 …
E11 … 42.528 110.41 …
E12 … 51.154 109.279 …
F1 … 52.215 101.941 …
F2 … 58.737 101.706 …
F3 … 58.925 101.701 …
F4 … 63.989 101.517 …
F5 … 52.243 105.533 …
F6 … 58.76 104.896 …
F7 … 58.922 104.879 …
F8 … 63.998 104.363 …
F9 … 52.285 109.109 …
F10 … 58.792 108.069 …
F11 … 58.934 108.039 …
F12 … 64.025 107.183 …
xxvi
Estação P3 Altura aparelho 1.149 Data 04-05-2009
Pto Visado
dh(distância Horizontal)av LH (HZ) LV (V) h
P4 9.297 0.08 100,000 109.047 -1.33
D1 399.748 105.218
D2 15.325 105.077
D3 15.654 105.062
D4 29.425 104.648
D5 399.752 110.442
D6 15.308 110.144
D7 15.66 110.13
D8 29.439 109.322
D9 399.791 115.555
D10 15.334 115.104
D11 15.696 115.089
D12 29.467 113.904
E1 31.183 104.577
E2 42.246 104.084
E3 42.518 104.073
E4 51.09 103.643
E5 31.188 109.187
E6 42.253 108.214
E7 42.509 108.186
E8 51.108 107.296
E9 31.215 113.727
E10 42.296 112.28
E11 42.508 112.241
E12 51.138 110.911
F1 52.213 103.577
F2 58.724 103.158
F3 58.912 103.15
F4 63.979 102.809
F5 52.239 107.161
F6 58.743 106.34
F7 58.904 106.316
F8 63.984 105.645
F9 52.275 110.711
F10 58.77 109.491
F11 58.912 109.461
F12 64.007 108.458
xxvii
Estação P3 Altura aparelho 1.172 Data 13-06-2009
Pto Visado
dh(distância Horizontal)av LH (HZ) LV (V) h
P4 9.3 0.08 100,000 109.202 -1.354
D1 … 399.735 105.522 …
D2 … 15.284 105.38 …
D3 … 15.612 105.366 …
D4 … 29.347 104.929 …
D5 … 399.734 110.738 …
D6 … 15.274 110.44 …
D7 … 15.623 110.426 …
D8 … 29.379 109.598 …
D9 … 399.767 115.849 …
D10 … 15.307 115.398 …
D11 … 15.668 115.381 …
D12 … 29.427 114.177 …
E1 … 31.072 104.853 …
E2 … 42.133 104.337 …
E3 … 42.405 104.323 …
E4 … 50.978 103.87 …
E5 … 31.109 109.454 …
E6 … 42.179 108.462 …
E7 … 42.432 108.43 …
E8 … 51.034 107.518 …
E9 … 31.166 113.991 …
E10 … 42.257 112.528 …
E11 … 42.468 112.487 …
E12 … 51.103 111.13 …
F1 … 52.116 103.8 …
F2 … 58.647 103.352 …
F3 … 58.837 103.341 …
F4 … 63.91 102.978 …
F5 … 52.166 107.38 …
F6 … 58.688 106.531 …
F7 … 58.85 106.508 …
F8 … 63.936 105.814 …
F9 … 52.228 110.928 …
F10 … 58.74 109.685 …
F11 … 58.883 109.649 …
F12 … 63.979 108.624 …
Y 52.153 111.664
xxviii
Estação P3 Altura aparelho 1.222 Data 06-07-2009
Pto Visado
dh(distância Horizontal)av LH (HZ) LV (V) h
P4 9.299 0.08 100,000 109.518 -1.401
D1 … 399.759 106.033 …
D2 … 15.297 105.878 …
D3 … 15.627 105.861 …
D4 … 29.359 105.393 …
D5 … 399.758 111.24 …
D6 … 15.293 110.927 …
D7 … 15.642 110.91 …
D8 … 29.395 110.053 …
D9 … 399.795 116.331 …
D10 … 15.334 115.867 …
D11 … 15.692 115.851 …
D12 … 29.449 114.62 …
E1 … 31.073 105.307 …
E2 … 42.131 104.742 …
E3 … 42.403 104.726 …
E4 … 50.983 104.228 …
E5 … 31.119 109.901 …
E6 … 42.182 108.861 …
E7 … 42.436 108.828 …
E8 … 51.045 107.874 …
E9 … 31.178 114.423 …
E10 … 42.269 112.919 …
E11 … 42.482 112.877 …
E12 … 51.124 111.48 …
F1 … 52.13 104.155 …
F2 … 58.657 103.667 …
F3 … 58.841 103.655 …
F4 … 63.923 103.257 …
F5 … 52.183 107.73 …
F6 … 58.7 106.841 …
F7 … 58.861 106.816 …
F8 … 63.95 106.089 …
F9 … 52.247 111.273 …
F10 … 58.759 109.992 …
F11 … 58.899 109.956 …
F12 … 63.998 108.897 …
Y 52.169 112.012
xxix
ANEXO A 5- Levantamento topográfico - Estação Total em P4
xxx
Estação P4 Altura Aparelho 1.223 Data 21-04-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P3 9.294 0.08 0.000 105.512 -0.807
D1 … 35.892 101.306 …
D2 … 41.019 101.477 …
D3 … 41.171 101.478 …
D4 … 47.627 101.641 …
D5 … 35.88 104.135 …
D6 … 40.982 104.647 …
D7 … 41.126 104.66 …
D8 … 47.6 105.222 …
D9 … 35.883 106.966 …
D10 … 40.973 107.805 …
D11 … 41.107 107.831 …
D12 … 47.594 108.784 …
E1 … 48.687 101.665 …
E2 … 57.301 101.88 …
E3 … 57.588 101.887 …
E4 … 68.455 102.158 …
E5 … 48.66 105.31 …
E6 … 57.257 106.008 …
E7 … 57.508 106.023 …
E8 … 68.418 106.793 …
E9 … 48.665 108.948 …
E10 … 57.252 110.099 …
E11 … 57.514 110.126 …
E12 … 68.434 111.377 …
F1 … 70.37 102.2 …
F2 … 84.087 102.368 …
F3 … 84.527 102.373 …
F4 … 99.918 102.447 …
F5 … 70.329 106.899 …
F6 … 84.103 107.469 …
F7 … 84.525 107.481 …
F8 … 99.913 107.726 …
F9 … 70.321 111.55 …
F10 … 84.127 112.5 …
F11 … 84.532 112.511 …
F12 … 99.938 112.907 …
xxxi
Estação P4 Altura Aparelho 1.023 Data 28-04-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P3 9.298 0.08 0.000 104.561 -0.607
D1 … 35.879 100.509 …
D2 … 41.011 100.581 …
D3 … 41.163 100.58 …
D4 … 47.61 100.629 …
D5 … 35.869 103.34 …
D6 … 40.976 103.753 …
D7 … 41.119 103.765 …
D8 … 47.582 104.216 …
D9 … 35.869 106.172 …
D10 … 40.964 106.919 …
D11 … 41.098 106.941 …
D12 … 47.578 107.789 …
E1 … 48.658 100.638 …
E2 … 57.274 100.72 …
E3 … 57.56 100.723 …
E4 … 68.421 100.856 …
E5 … 48.64 104.29 …
E6 … 57.24 104.854 …
E7 … 57.492 104.862 …
E8 … 68.388 105.502 …
E9 … 48.65 107.936 …
E10 … 57.238 108.958 …
E11 … 57.502 108.981 …
E12 … 68.409 110.109 …
F1 … 70.336 100.879 …
F2 … 84.061 100.935 …
F3 … 84.498 100.936 …
F4 … 99.893 100.967 …
F5 … 70.303 105.589 …
F6 … 84.081 106.049 …
F7 … 84.501 106.059 …
F8 … 99.889 106.261 …
F9 … 70.297 110.264 …
F10 … 84.108 111.107 …
F11 … 84.509 111.116 …
F12 … 99.911 111.475 …
xxxii
Estação P4 Altura Aparelho 1.171 Data 04-05-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P3 9.297 0.08 0.000 105.565 -0.815
D1 35.866 101.366
D2 41.003 101.544
D3 41.155 101.542
D4 47.588 101.719
D5 35.86 104.194
D6 40.972 104.71
D7 41.118 104.722
D8 47.564 105.3
D9 35.865 107.02
D10 40.964 107.868
D11 41.097 107.891
D12 47.563 108.86
E1 48.638 101.748
E2 57.262 101.975
E3 57.548 101.981
E4 68.396 102.265
E5 48.627 105.392
E6 57.232 106.099
E7 57.484 106.113
E8 68.368 106.9
E9 48.641 109.027
E10 57.234 110.187
E11 57.498 110.211
E12 68.394 111.481
F1 … 70.315 102.309
F2 … 84.052 102.488
F3 … 84.49 102.494
F4 … 99.889 102.576
F5 … 70.285 107.009
F6 … 84.071 107.588
F7 … 84.493 107.6
F8 … 99.881 107.851
F9 … 70.283 111.655
F10 … 84.098 112.61
F11 … 84.499 112.621
F12 … 99.899 113.026
xxxiii
Estação P4 Altura Aparelho 1.155 Data 13-06-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P3 0.08 0.000 105.447
D1 … 35.917 101.292 …
D2 … 41.06 101.464 …
D3 … 41.209 101.467 …
D4 … 47.664 101.636 …
D5 … 35.885 104.118 …
D6 … 40.999 104.631 …
D7 … 41.144 104.646 …
D8 … 47.612 105.214 …
D9 … 35.868 106.949 …
D10 … 40.967 107.79 …
D11 … 41.103 107.814 …
D12 … 47.587 108.774 …
E1 … 48.744 101.659 …
E2 … 57.348 101.874 …
E3 … 57.632 101.883 …
E4 … 68.469 102.156 …
E5 … 48.695 105.301 …
E6 … 57.283 105.996 …
E7 … 57.532 106.012 …
E8 … 68.409 106.784 …
E9 … 48.672 108.937 …
E10 … 57.249 110.089 …
E11 … 57.511 110.113 …
E12 … 68.404 111.37 …
F1 … 70.361 102.194 …
F2 … 84.057 102.357 …
F3 … 84.496 102.361 …
F4 … 99.865 102.431 …
F5 … 70.316 106.892 …
F6 … 84.072 107.456 …
F7 … 84.494 107.465 …
F8 … 99.865 107.707 …
F9 … 70.298 111.54 …
F10 … 84.095 112.483 …
F11 … 84.494 112.493 …
F12 … 99.89 112.888 …
Y 68.82 112.291
xxxiv
Estação P4 Altura Aparelho 1.277 Data 06-07-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P3 9.299 0.08 0.000 105.879 -0.861
D1 … 35.918 101.664 …
D2 … 41.068 101.883 …
D3 … 41.217 101.885 …
D4 … 47.666 102.11 …
D5 … 35.883 104.489 …
D6 … 41.004 105.046 …
D7 … 41.15 105.061 …
D8 … 47.61 105.684 …
D9 … 35.865 107.312 …
D10 … 40.969 108.201 …
D11 … 41.104 108.227 …
D12 … 47.581 109.239 …
E1 … 48.758 102.144 …
E2 … 57.36 102.421 …
E3 … 57.646 102.432 …
E4 … 68.465 102.769 …
E5 … 48.702 105.781 …
E6 … 57.287 106.538 …
E7 … 57.539 106.552 …
E8 … 68.4 107.39 …
E9 … 48.672 109.409 …
E10 … 57.25 110.618 …
E11 … 57.514 110.645 …
E12 … 68.392 111.961 …
F1 … 70.348 102.82 …
F2 … 84.046 103.034 …
F3 … 84.481 103.04 …
F4 … 99.841 103.132 …
F5 … 70.301 107.507 …
F6 … 84.059 108.119 …
F7 … 84.479 108.131 …
F8 … 99.839 108.396 …
F9 … 70.283 112.143 …
F10 … 84.079 113.129 …
F11 … 84.476 113.144 …
F12 … 99.862 113.559 …
Y 68.773 112.891
xxxv
ANEXO A 6- Levantamento topográfico - Estação Total em P5
xxxvi
Estação P5 Altura Aparelho 1.065 Data 21-04-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P6 6.144 0.08 100,000 111 -1.134
G1 … 0.323 103.643 …
G2 … 15.623 103.533 …
G3 … 16.051 103.526 …
G4 … 29.822 103.251 …
G5 … 0.318 108.871 …
G6 … 15.615 108.613 …
G7 … 16.053 108.583 …
G8 … 29.842 107.94 …
G9 … 0.38 114.043 …
G10 … 15.655 113.614 …
G11 … 16.099 113.597 …
G12 … 29.902 112.562 …
H1 … 31.295 103.218 …
H2 … 42.039 102.861 …
H3 … 42.498 102.845 …
H4 … 51.077 102.487 …
H5 … 31.297 107.835 …
H6 … 42.051 107.02 …
H7 … 42.549 106.98 …
H8 … 51.083 106.141 …
H9 … 31.328 112.388 …
H10 … 42.09 111.126 …
H11 … 42.583 111.058 …
H12 … 51.148 109.783 …
xxxvii
Estação P5 Altura Aparelho 1.079 Data 28-04-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P6 6.145 0.08 100,000 111.755 -1.148
G1 … 0.338 103.803 …
G2 … 15.632 103.69 …
G3 … 16.06 103.682 …
G4 … 29.835 103.401 …
G5 … 0.329 109.029 …
G6 … 15.621 108.768 …
G7 … 16.061 108.737 …
G8 … 29.848 108.086 …
G9 … 0.389 114.192 …
G10 … 15.624 113.762 …
G11 … 16.102 113.743 …
G12 … 29.907 112.704 …
H1 … 31.3 103.364 …
H2 … 42.039 102.988 …
H3 … 42.5 102.976 …
H4 … 51.076 102.601 …
H5 … 31.298 107.98 …
H6 … 42.049 107.146 …
H7 … 42.547 107.106 …
H8 … 51.081 106.253 …
H9 … 31.329 112.526 …
H10 … 42.085 111.25 …
H11 … 42.578 111.18 …
H12 … 51.141 109.894 …
xxxviii
Estação P5 Altura Aparelho 1.119 Data 04-05-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P6 6.145 0.08 100,000 112.169 -1.189
G1 0.367 104.256
G2 15.653 104.129
G3 16.083 104.118
G4 29.853 103.805
G5 0.356 109.47
G6 15.643 109.195
G7 16.083 109.166
G8 29.868 108.484
G9 0.416 114.621
G10 15.682 114.178
G11 16.128 114.159
G12 29.925 113.091
H1 31.317 103.76
H2 42.05 103.344
H3 42.509 103.33
H4 51.082 102.916
H5 31.317 108.369
H6 42.061 107.499
H7 42.561 107.455
H8 51.09 106.564
H9 31.349 112.906
H10 42.101 111.594
H11 42.592 111.522
H12 51.153 110.198
xxxix
Estação P5 Altura Aparelho 1.055 Data 13-06-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P6 6.146 0.08 100,000 111.517 -1.124
G1 … 0.379 103.598 …
G2 … 15.649 103.489 …
G3 … 16.074 103.478 …
G4 … 29.835 103.216 …
G5 … 0.371 108.819 …
G6 … 15.648 108.563 …
G7 … 16.085 108.533 …
G8 … 29.866 107.901 …
G9 … 0.434 113.992 …
G10 … 15.696 113.566 …
G11 … 16.141 113.546 …
G12 … 29.941 112.524 …
H1 … 31.295 103.174 …
H2 … 42.028 102.819 …
H3 … 42.487 102.807 …
H4 … 51.055 102.452 …
H5 … 31.312 107.789 …
H6 … 42.055 106.976 …
H7 … 42.552 106.937 …
H8 … 51.078 106.103 …
H9 … 31.359 112.344 …
H10 … 42.11 111.084 …
H11 … 42.602 111.015 …
H12 … 51.16 109.745 …
xl
Estação P5 Altura Aparelho 1.217 Data 06-07-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P6 6.146 0.08 100,000 113.128 -1.286
G1 … 0.417 105.34 …
G2 … 15.68 105182 …
G3 … 16.106 105.171 …
G4 … 29.867 104.78 …
G5 … 0.41 110.532 …
G6 … 15.677 110.228 …
G7 … 16.115 110.197 …
G8 … 29.891 109.443 …
G9 … 0.468 115.65 …
G10 … 15.727 115.181 …
G11 … 16.168 115.161 …
G12 … 29.967 114.03 …
H1 … 31.31 104.719 …
H2 … 42,037 104.204 …
H3 … 42.496 104.184 …
H4 … 51.061 103.673 …
H5 … 31.328 109.313 …
H6 … 42.068 108.345 …
H7 … 42.566 108.3 …
H8 … 51.087 107.313 …
H9 … 31.38 113.828 …
H10 … 42.128 112.428 …
H11 … 42.62 112.35 …
H12 … 51.173 110.937 …
xli
ANEXO A 7- Levantamento topográfico - Estação Total em P6
xlii
Estação P6 Altura Aparelho 1.066 Data 21-04-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P5 6.141 0.08 0.000 108.489 -0.824
G1 … 48.919 101.381 …
G2 … 57.414 101.558 …
G3 … 57.737 101.564 …
G4 … 68.732 101.752 …
G5 … 48.855 105.036 …
G6 … 57.382 105.688 …
G7 … 57.675 105.697 …
G8 … 68.702 106.402 …
G9 … 48.859 108.705 …
G10 … 57.386 109.8 …
G11 … 57.669 109.835 …
G12 … 68.676 111.005 …
H1 … 70.144 101.772 …
H2 … 83.463 101.893 …
H3 … 84.214 101.904 …
H4 … 99.5 101.918 …
H5 … 70.104 106.461 …
H6 … 83.439 106.991 …
H7 … 84.188 107.013 …
H8 … 99.497 107.17 …
H9 … 70.151 111.099 …
H10 … 83.47 112.011 …
H11 … 84.245 112.045 …
H12 … 99.556 112.38 …
xliii
Estação P6 Altura Aparelho 1.077 Data 28-04-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P5 6.141 0.08 0.000 108.568 -0.832
G1 48.922 101.449
G2 57.425 101.636
G3 57.743 101.641
G4 68.742 101.843
G5 48.868 105.104
G6 57.396 105.764
G7 57.687 105.773
G8 68.714 106.491
G9 48.873 108.77
G10 57.401 109.873
G11 57.681 109.911
G12 68.689 111.092
H1 70.157 101.865
H2 83.48 101.993
H3 84.231 102.002
H4 99.516 102.018
H5 70.122 106.55
H6 83.457 107.087
H7 84.207 107.11
H8 99.512 107.265
H9 70.171 111.19
H10 83.49 112.103
H11 84.265 112.137
H12 … 99.576 112.473
xliv
Estação P6 Altura Aparelho 1.131 Data 04-05-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P5 6.143 0.08 0.000 109.152 -0.889
G1 48.921 101.888
G2 57.426 102.13
G3 57.747 102.138
G4 68.739 102.402
G5 48.864 105.541
G6 57.395 106.257
G7 57.687 106.267
G8 68.71 107.042
G9 48.868 109.2
G10 57.397 110.358
G11 57.68 110.396
G12 68.685 111.633
H1 70.157 102.428
H2 83.479 102.598
H3 84.231 102.612
H4 99.516 102.648
H5 70.119 107.11
H6 83.458 107.686
H7 84.204 107.713
H8 99.51 107.89
H9 70.167 111.736
H10 83.488 112.692
H11 84.263 112.725
H12 99.575 113.079
xlv
Estação P6 Altura Aparelho 1.1 Data 13-06-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P5 0.08 0.000 108.53
G1 … 48.991 101.46 …
G2 … 57.487 101.644 …
G3 … 57.807 101.649 …
G4 … 68.794 101.851 …
G5 … 48.914 105.111 …
G6 … 57.439 105.771 …
G7 … 57.731 105.782 …
G8 … 68.75 106.497 …
G9 … 48.898 108.78 …
G10 … 57.425 109.883 …
G11 … 57.705 109.92 …
G12 … 68.713 111.102 …
H1 … 70.204 101.866 …
H2 … 83.517 101.991 …
H3 … 84.269 102.003 …
H4 … 99.535 102.016 …
H5 … 70.152 106.552 …
H6 … 83.486 107.082 …
H7 … 84.235 107.106 …
H8 … 99.533 107.26 …
H9 … 70.188 111.196 …
H10 … 83.511 112.107 …
H11 … 84.286 112.138 …
H12 … 99.6 112.472 …
xlvi
Estação P6 Altura Aparelho 1.229 Data 06-07-2009
Pto Visado dh(distância Horizontal) av LH (HZ) LV (V) h
P5 6.144 0.08 0.000 110.108 -0.984
G1 … 49.006 102.631 …
G2 … 57.51 102.97 …
G3 … 57.827 102.979 …
G4 … 68.809 103.347 …
G5 … 48.935 106.276 …
G6 … 57.461 107.086 …
G7 … 57.754 107.099 …
G8 … 68.762 107.976 …
G9 … 48.915 109.928 …
G10 … 57.446 111.174 …
G11 … 57.723 111.216 …
G12 … 68.719 112.551 …
H1 … 70.228 103.378 …
H2 … 83.535 103.626 …
H3 … 84.289 103.642 …
H4 … 99.548 103.709 …
H5 … 70.173 108.045 …
H6 … 83.503 108.696 …
H7 … 84.249 108.726 …
H8 … 99.543 108.933 …
H9 … 70.204 112.656 …
H10 … 83.523 113.681 …
H11 … 84.298 113.719 …
H12 … 99.61 114.095 …
Y 68.932 113.348
xlvii
000001
GUIÃO TÉCNICO
CIMENTO PORTLAND DE CALCÁRIO
CEM II / B-L 32.5N CEM II/A-L 42.5R
Constituintes:
• 65% <= Clínquer <=79%
• 21% <= Calcário <=35%
• Sulfato de cálcio regularizador de presa
Características:
• Químicas
Sulfatos (SO3)<= 3.5%
Cloretos (CI) <= 0,10%
• Físicas
Início de presa (min) >= 75
Expansibilidade (mm) <= 10
• Mecânicas
Resistência à compressão valores mínimos
7 dias: 16,0 MPa
28 dias: 32,5 MPa
Precauções na aplicação
• Respeitar as dosagens de cimento mínimas e as relações
água/cimento máximas normativas
• Proporcionar uma cura e protecção convenientes e de
duração normal logo após a colocação em obra
• Não retirar a cofragem nem remover o escoramento antes
do betão ter a resistência suficiente.
Contra-indicações
• Em ambientes agressivos seguir estritamente as
recomendações normativas e os textos técnicos sobre o
assunto.
• Betonagem sob temperaturas.
Ensacado
• Sacos de 50kg
• Palete de 35 sacos = 1750 kg
• Pacotão 44 sacos = 2200 kg
Granel
• 25 toneladas
• Camião de 25 toneladas com meios de descarga
(devidamente selado).
Constituintes
• 65% <= Clínquer <=79%
• 6% <= Calcário <=20%
• Sulfato de cálcio regularizador de presa
Características
• Químicas
Sulfatos (SO3) <= 4,0%
Cloretos (CI) <= 0,10%
• Físicas
Início de presa (min) >= 60
Expansibilidade (mm) <= 10
• Mecânicas
Resistência à compressão
valores mínimos
2 dias: 20,0 MPa
28 dias: 42,5 MPa
Precauções na aplicação
• Respeitar as dosagens de cimento mínimas e as relações
água/cimento máximas normativas
• Assegurar uma cura e protecção cuidadosa de duração
conveniente, especialmente nas condições climáticas mais
adversas
• Não retirar a cofragem nem remover o escoramento antes
do betão ter a resistência suficiente
• Confirmar a capacidade resistente no caso de transmissão
do pré-esforço.
Contra-indicações
• Contacto com ambientes agressivos (águas e terrenos).
• Betonagens em grandes massas.
• Betonagem sob temperaturas baixas.
Edição:
CIMPOR, cimentos de Portugal SGPS Construlink.com
Morada: Rua Alexandre Herculano, 35, 1250-009 Lisboa
Telefone: +351 213 118 100
Fax: +351 219 408 600
Homepage: www.cimpor.pt
xi
Cal Hidráulica
Cal Hidráulica NHL5
Principais Aplicações - Na fabricação de argamassas, como único ligante ou em mistura com outros ligantes
hidráulicos ou aéreos, conferindo-lhes trabalhabilidade e flexibilidade, reduzindo
significativamente a retracção das argamassas hidráulicas.
- Na fabricação de argamassas de reabilitação, como único ligante, em execução de rebocos
exteriores sobre suportes antigos (contactar os nossos Serviços Técnicos para avaliação da
sua aplicabilidade a cada caso).
- No fabrico de blocos e outros artefactos de construção.
- No tratamento de solos, para melhoria das características mecânicas e trabalhabilidade.
- Como substituto do filler nos pavimentos betuminosos.
Fabricação de argamassas A dosagem de Cal Hidráulica Martingança numa argamassa deve adequar-se ao fim a que
se destina. Nas argamassas de reboco e de assentamento, a Cal Hidráulica Martingança
substitui com vantagem a utilização de saibros (normalmente com teores de argila muito
elevados e, por isso, nocivos, pois provocam fissuração e diminuem a resistência à
compressão).
Misturar previamente a Cal Hidráulica Martingança com o agregado e posteriormente
adicionar água na quantidade necessária para obtenção de uma boa trabalhabilidade.
Como valor orientativo, usar uma relação água/ligante de 1:2 (expressa em volume).
Para efeitos orientativos, relativamente ao traço a utilizar, aconselhamos a consulta das
Tabelas Técnicas, de Brazão Farinha e Correia dos Reis.
Condicionantes
Não aplicar argamassas a temperaturas inferiores a 5ºC e superiores a 30ºC, evitando a
aplicação em situações de elevada exposição solar e/ou sob ventos fortes.
Não utilizar argamassas amolentadas ou que tenham iniciado a sua presa.
Evitar a secagem rápida das argamassas, regando o suporte 1 a 2 horas antes da aplicação
e voltando a regar logo que a argamassa se apresente suficientemente resistente. Repetir a
rega 1, 2 e 7 dias depois.
Conselhos complementares
O excesso de água da amassadura é prejudicial às características físicas do reboco. Deve
ser sempre utilizada a quantidade mínima de água que permita boa trabalhabilidade.
A água de amassadura deve estar isenta de quaisquer impurezas (argilas, matéria
orgânica), devendo - de preferência - ser utilizada água potável.
Uma vez determinado o traço a utilizar para uma argamassa, manter as dosagens
constantes e o tempo de amassadura.
vi
Última actualização Março 2006 pag. 1 2
Tratamento de Solos A adição de Cal Hidráulica Martingança a certos solos argilosos e húmidos permite a sua
estabilização, melhorando a sua resistência às intempéries, pela diminuição do índice de
plasticidade e de uma maior compactação, a qual permite um aumento do CBR (California
Bearing Ratio, índice de compacidade de suporte).
A adição de Cal Hidráulica Martingança, devido ao seu teor de cal livre, reduz à humidade do
solo (poder excicante), com ele reagindo, aglutinando as suas partículas e constituindo um
aglomerado muito mais compacto.
Processo de aplicação
A quantidade de Cal Hidráulica Martingança a utilizar deve ser de 0,5 a 5% (sendo 3% o valor
típico) da massa de solo a tratar, de onde devem ser retiradas as pedras de grandes
dimensões.
De seguida, espalhar a Cal Hidráulica Martingança, misturando-a e homogeneizando-a com
o solo em tratamento. Depois, compactar o solo tratado, que ficará muito mais resistente à
penetração das águas pluviais e mais apto a funcionar como base de fundações.
A Cal Hidráulica como A adição de Cal Hidráulica Martingança aos betuminosos provoca uma generalizada
substituto do filler melhoria da qualidade nas características da camada de desgaste, que se traduzem por:
- maior consistência do betuminoso, devido à maior aderência entre este e os agregados;
- maior resistência à penetração das águas, com o consequente abrandamento do fenómeno
de envelhecimento acelerado;
- maior resistência à fissuração.
Higiene e Segurança Trata-se de um produto não nocivo e não inflamável, embora irrite os olhos e a pele. Não
deve ser ingerido.
Utilizar luvas e máscara no seu manuseamento, lavando bem as mãos no final. No caso de
contacto com os olhos, lavá-los abundantemente com água limpa.
Consultar a ficha de segurança do produto em www.secilmartinganca.pt.
Transporte e validade A Cal Hidráulica Martingança deve ser transportada, manuseada e armazenada dentro da
embalagem original (a qual só deve ser aberta para utilização), ao abrigo de humidades e
exposição ao calor. Nestas condições, a Cal Hidráulica Martingança poderá ser armazenada
pelo período máximo de 6 (seis) meses.
Inicio 1 hora
Presa
NOTA :
Fim 6 horas
A informação e os dados técnicos constantes
Sulfatos 2,3% da presente Ficha Técnica exprimem o nosso
conhecimento actual, podendo ser alterados
Cal livre 3,9% sem prévio aviso. A nossa responsabilidade
limita-se à garantia de qualidade do produto
90 m 11,0% fornecido, rejeitando quaisquer anomalias
Finura resultantes da sua aplicação indevida.
200 m 1,5%
Em situação de dúvida suscitada pelo presente
Resistência à 7 dias 5 MPa documento, e particularmente em presença de
Compressão aspectos singulares da construção, solicitamos
28 dias 8 MPa
o contacto com os nossos Serviços Técnicos.
Vendas Norte Tel. 226 078 410 . Fax. 226 078 411
Vendas Centro Tel. 244 779 500 . Fax. 244 777 455
Vendas Sul Tel. 212 198 280 . Fax. 212 198 229
comercial@secil.pt Vendas Técnicas Tel. 212 198 280 . Fax. 212 198 229
www.secil.pt Técnico-Comercial Tel. 217 927 100 . Fax. 217 936 199
vii pag. 2 2