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Resumo Psicologia Institucional

Lucas Rigoni

Corpos Dóceis

Texto de Michel F. Trata das formas que as manipulações que o corpo vem
sofrendo com o tempo para se adaptar em uma sociedade.

Michel F. diz que a descoberta do corpo como objeto é alvo de poder, poder
esse que se treina e se obedece. Trata-se, portanto de uma submissão e
utilização para um determinado fim.

Michael F. Diz que o dócil e o manipulável é um corpo que pode ser submetido,
modificado e aperfeiçoado. Projeto Genoma? Talvez....

Trata-se, portanto de trabalhar o corpo, instaurando assim uma relação de


utilidade- Docilidade. Há, portanto uma relação de dominação global e ilimitada,
submetida a um discurso “aceito” por todos, a magreza como padrão de beleza
por exemplo.

A disciplina aumenta as forças do corpo em termos úteis, encontramos isso nos


colégios muito cedo e disfarçados em discursos aparentemente inocentes de
subserviência.

A Disciplina procede em primeiro momento pela relação do homem com o


espaço, cada indivíduo em seu lugar e em cada lugar um indivíduo.
Importa também distribuir os indivíduos em um espaço para isolá-los e localizá-
los, articulando os, portanto com a produção.
O horário certo de chegada e o controle initerrupto das atividades servem para
garantir a qualidade do tempo empregado. Impondo assim uma relação entre
uma atitude do corpo para um fim global de utilidade

Esse tempo disciplinar está intimamente ligado à prática pedagógica,


especializar para formar, separar para aperfeiçoar a produção, afinal os cursos
técnicos em nosso país hoje cresceram bastante.

Em resumo afirma Michael F. a disciplina produz, a partir dos corpos que


controla quatro tipos de individualidade: Celular, orgânica, genética e
combinatória, para isso produz grandes técnicas.

Microfísica do Poder

A ênfase por parte de Michael F. da importância dos movimentos da


antipsiquiatria, descobre-se, portanto a importância daquilo que se esconde por
trás dos discursos totalitários.

Assim instaura-se uma produção teórica autônoma, não centralizada a um


sistema comum.

Michael classifica dois tipos de saberes:

O dominado: conteúdos históricos que foram sepultados, que não permitiam


realizarem-se críticas de determinadas posturas globais.
E outros saberes, aqueles que por não se submeteram a esse tipo de prática,
foram taxados de inadequados, obsoletos.

Chama-se genealogia o acoplamento de memórias locais, o que permite um


saber histórico das lutas, e a utilização dos mesmos nas práticas atuais. A
Genealogia assim deve combater os poderes centralizadores e únicos dos
poderes científicos.

Michael F. Diz:
Que tipo de saber vocês pretendem desqualificar quando dizem isso sim é uma
ciência?

Se perguntar que práticas e hierarquias circulam é o que faz sentido na


genealogia.

O poder desses discursos está intimamente ligado a poderes econômicos e em


ultimo caso em relações de força que se estabelecem em determinadas
sociedades. O poder é essencialmente repressivo, assim a política se torna a
guerra prolongada por outros meios, uma guerra assim historicamente
demarcada e silenciosa.

Lembrando que o poder quando se excede pode correr o risco de romper os


termos de contrato e se tornar opressivo. A repressão assim assume a prática
no interior dessa pseudo-paz.

Manicômios, Prisões e Conventos.

Goffman os estou classificando em 5 instituições totais:


Orfanatos, Quartéis, Manicômios, Conventos e Prisões.
Goffman as define como instituições fechadas, aonde quando os indivíduos as
adentram vivem uma vida distinta da vida social que até o momemento
viveram.

Para isso necessitam de técnicas de poder como ditas anteriormente pelo


poder engendrado no discurso dito racional. Além do que nota-se nessas
instituições a separação em dois mundos, a equipe dirigente e os dirigidos.
Há entre ambos uma grande distancia social, o que faz com que em muitas
instituições totais haja uma degradação do eu.

Além de tudo isso já mencionado há o eminente risco de vida para os


internados, a intromissão sobre seus corpos. Por exemplo, nos manicômios os
doentes mentais não escolhem se devem ou não aderir ao tratamento
psicotrópico, isso lhes é imposto pela instituição.

Desculturação também ocorre, ou seja, a cultura que até o momento era vivida
pelo indivíduo deixa de fazer sentido, dando lugar a cultura do local. Assim a
conversão por parte do instituído que parace em algum momento asssumindo
até o próprio discurso do mundo dirigente.

Muitos devido a posição que ocupam inventam uma triste história de suas vidas
como forma de se proteger do difícil mundo onde estão. Os que faz com que
muitos pensem que o tempo que passou ali foi um tempo perdido e que deve
ser apagado.

História da loucura

A lepra seguidamente das doenças mentais foram no passado as doenças que


implicavam não apenas uma patologia em si, mas um local de exclusão que
viria posteriormente ser ocupado pela loucura.

Os leprosários eram os locais onde muitos morreram devido a incapacidade


médica de tratá-los e ao poder da igreja que retífica que os afastando do
convívio os estavam conduzindo a salvação.

Os loucos até aquele momento viviam sendo jogados a própria sortes em


barcos que cruzavam o oceano, outros são puramente jogados na prisão.
Outros levados até lugares santos onde deveriam ser curados pela poder da
igreja.

A navegação dos loucos é vista nesse momento como purificação dos mesmos
e como forma de tirá-los de um lugar comum, nesse momento (meados do séc
XV) a loucura além de provocar o medo de alguns, também o fazia pelo
fascínio de algo que ainda não se sabia o era.
A nau dos loucos escrita algum tempo depois narrava essas supostas
desventuras vividas por esses homens, que jogados a própria sorte vagavam
pelo mundo em um desconexo vai e vem.

Toda a inquietude dessa época fez com que a figura do louco, bem assim
como o do bobo da corte ganhasse um papel de destaque nessa época. A
loucura é objeto de discursos entre eles o da suposta razão deste período.

O eminente perigo das pestes e das guerras faz com que a partir da metade do
Séc. XV a loucura substitui a seriedade da morte. Um nada que agora passa a
representar a própria existência. A loucura anuncia o fim dos tempos.

A loucura também se liga a imagem da tentação do fantástico e do inumano,


ligado a bestialidade de sua estética, o saber dos loucos prediz então o reino
de Satã e o fim do mundo, a ultima felicidade e o castigo supremo.

Privilégio da Loucura ela reina sobre tudo que há de mau no homem, ligado de
uma forma aos estranhos caminhos do saber ligados ao momento da
renascença.

O que iria ocorrer depois era uma separação, a loucura seria vista agora como
um traço de caráter incorreto do ser humano, e mais tarde aprisionado nos
manicômios e prisões.

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