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O desfecho desse enredo não poderia ser mais sôfrego, nem mais irônico,
justamente, num ano em que nada poderia dar errado: uma trágica desclassificação na
Taça Libertadores da América, na qual nos projetamos mais pela superação individual do
que pelas qualificações do plantel; a saída de um dos treinadores mais vitoriosos de
nossa história, frustrado com a pequenez da mentalidade administrativa vigente e, para
finalizar, um medíocre desempenho na mais importante competição nacional, o
Campeonato Brasileiro da Série A, no qual, ocupando a última posição, somos
achincalhados por todos os nossos adversários, inclusive, em nosso próprio estádio,
onde, até um passado bem recente, éramos um oponente temido por qualquer equipe.
Além disso, este movimento não se limita a um desabafo pela pífia situação de
nossa equipe profissional, mas representa uma manifestação sincera e tão legítima e
democrática quanto a que sufragou o nome de nosso Presidente Executivo; uma
manifestação de repúdio à postura indigna de cargo de tão alta nomeada quanto a de
mandatário máximo do Sport Club do Recife, quer no relacionamento com o torcedor
(ora restabelecendo a ultrapassada prática da cobrança de “joias”, desestimulando a
adesão de novos associados, ora provocando evasão de público, na Ilha do Retiro, por
conta dos preços de ingressos praticados, ou, pior ainda, ameaçando potenciais autores
de protestos, nos meios de comunicação, com promessas de revide físico); com os sócios
(fazendo pouco caso do poder representativo que exerce e tripudiando do quadro social,
com alusões desrespeitosas, como a de que, no clube, é ele, o Presidente, quem possui o
“chicote”, sugerindo que todos os membros estaríamos sob seu jugo intransigente), com
os profissionais a serviço do clube – conduzindo-se de forma desrespeitosa para com os
treinadores Nelson Baptista e Emerson Leão, e expondo, de maneira antiética, conversas
de bastidores, nas preleções, entre treinador e atletas – e com os poderes instituídos, a
exemplo da Comissão de Arbitragem, resultando na punição de suspensão, atualmente,
em andamento, por 180 (cento e oitenta) dias, imposta pelo Superior Tribunal de Justiça
Desportiva, corroborando o comportamento impróprio do nosso mandatário.