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CICLO B
Jesus Cristo cumpriu a missão que o Pai lhe confiou, mas a sua obra, de
certo modo, não está ainda terminada. Voltará no fim dos tempos para concluir
o que iniciou. Desde os primeiros séculos, a Igreja confessa a sua fé nesta
segunda vinda gloriosa de Cristo: virá glorioso e triunfante para julgar os vivos
e os mortos2. “A Sagrada Escritura – ensina o Catecismo Romano – dá
testemunho destas duas vindas do Filho de Deus. A primeira quando, pela
nossa salvação, assumiu a natureza humana e se fez homem no seio da
Virgem. A outra, quando vier no fim do mundo para julgar todos os homens;
esta última é chamada o dia do Senhor”3.
A liturgia da Missa, agora que faltam poucos dias para encerrar o ano
litúrgico, recorda-nos esta verdade de fé. A primeira Leitura 4 apresenta-nos o
anúncio que dela fez o profeta Daniel: Naquele tempo levantar-se-á o arcanjo
Miguel, que é o protector dos filhos do teu povo; e virá um tempo como não
houve outro desde que os povos começaram a existir. E chegará a plenitude da
salvação, com a ressurreição do corpo: Acordarão uns para a vida perpétua, e
outros para o opróbrio perpétuo. Os sábios, os que entenderam
verdadeiramente o sentido da vida aqui na terra e foram fiéis, resplandecerão
como a luz do firmamento. O Profeta anuncia a seguir a especial glória
daqueles que, mediante o seu apostolado em qualquer das suas formas,
contribuíram para a salvação de outros: E os que tiverem ensinado a muitos o
caminho da justiça brilharão como as estrelas por toda a eternidade.
E mostrar-se-á glorioso aos que lhe foram fiéis ao longo dos séculos, e
também aos que o negaram ou perseguiram, ou viveram como se a sua morte
na Cruz tivesse sido um acontecimento sem importância. Toda a humanidade
verá como Deus Pai o exaltou, e lhe deu um nome que está acima de todo o
nome; para que, ao nome de Jesus, todo o joelho se dobre no céu, na terra e
no inferno, e toda a língua confesse que o Senhor Jesus Cristo está na glória
de Deus Pai15.
Como devemos dar por bem empregados os nossos esforços por seguir o
Senhor, traduzidos nesse cúmulo de coisas pequenas, de serviços quase
intranscendentes, que procuramos fazer todos os dias por Deus e que talvez
ninguém veja...! Se formos fiéis, Jesus tratar-nos-á como seus amigos de
sempre. Por isso, alegra-se o meu coração e exulta de júbilo a minha alma, e a
minha carne descansa serena.
(1) Jer 29, 11-12; 14; Antífona de entrada da Missa do trigésimo terceiro domingo do Tempo
Comum, ciclo B; (2) Símbolo Niceno-Constantinopolitano; (3) Catecismo Romano, I, 8, n. 2; (4)
Dan 12, 1-3; (5) Apoc 22, 20; (6) cfr. 1 Cor 16, 22; Didaquê, 10, 6; (7) João Paulo II, Homilia,
18.05.80; (8) ibid.; (9) Sl 26, 8; (10) Sl 15, 5; 8-9; Salmo responsorial da Missa do trigésimo
terceiro domingo do Tempo Comum, ciclo B; (11) cfr. At 2, 25-32; 13, 35; (12) Hebr 10, 11-14;
18; Segunda leitura da Missa do trigésimo terceiro domingo do Tempo Comum, ciclo B; (13) Mc
13, 24-32; (14) São Cirilo de Jerusalém, Catequese 15 sobre as duas vindas de Cristo; (15) Fil
2, 9-11; (16) Sl 15, 10; Salmo responsorial da Missa do trigésimo terceiro domingo do Tempo
Comum, ciclo B; (17) cfr. Michael Schmaus, Teologia dogmática, vol. VII, Os novíssimos; (18) 2
Tess 1, 3-5; (19) Paulo VI, Credo do povo de Deus, n. 27.