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O específico da fé cristã

Índice

INTRODUÇÃO.............................................................................................................................4

CAPÍTULO I – O CREDO EXPLICADO...........................................................................................4

A estrutura trinitária do Credo.......................................................................................................4


Confissão Teológica........................................................................................................................5
Deus-Pai: Univocidade, Paternidade e Ação Criador......................................................................5
Confissão Cristológica.....................................................................................................................6
Deus-Filho: Encarnação, Paixão e Morte, Ressurreição, Ascensão e Juízo Final.............................6
Confissão Pneumatológica...........................................................................................................11
Deus-Espírito Santo: Santa Igreja, Comunhão dos Santos, Perdão dos Pecados, Ressurreição e
Vida Eterna...................................................................................................................................11
ÁMEN........................................................................................................................................13

BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................14
I – INSTRUMENTOS DE TRABALHO...............................................................................................14
INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I – O CREDO EXPLICADO

A estrutura trinitária do Credo

O Símbolo da Fé foi aperfeiçoando-se ao longo dos anos, tomando consistência e rigor

a partir da fórmula baptismal e da interrogação. Assim, a fórmula da confissão da fé segue um

esquema idêntico. Esta estrutura trinitária é, simultaneamente, unitária, pela utilização do

verbo “Crer” no início de cada artigo, finalizado pelo Ámen. O Credo cristão desenrola-se na

confissão “teológica, cristológica e pneumatológica…”1, dividido em doze artigos2.

É desta estrutura (trinitária) que o Credo católico toma quatro secções importantes:

“Uma primeira parte de teor dogmático (…). A segunda secção é de cariz eclesiológico (…).

A terceira secções é confessional (...). A quarta secção é de teor escatológico…” 3 Isto é,

respetivamente, a afirmação da fé em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, sendo a

parte de Jesus a mais trabalhada, estudando a pessoa de Jesus e a sua obra; a Igreja nas suas

dimensões (una, santa, católica e apostólica); o baptismo e o impacto que têm na vida dos

crentes; e, por fim, a ressurreição da mansão dos mortos e a restauração permanente da vida

divina.

1
LAMELAS, I., Sim, cremos: o credo explicado pelos padres da Igreja, Universidade Católica Editora, Lisboa,
2013, p. 128.
2
Cf. Ibidem, p. 129.
3
Ibidem, p.129.
Confissão Teológica

Deus-Pai: Univocidade, Paternidade e Ação Criador

Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra.

Como já referimos, a fé cristã confessa um só Deus que, por sua vez, é três Pessoas

que participam simultaneamente de todos os atributos divinos pela substância. De reparar que

o vocábulo “Deus” só aparece uma vez depois do verbo “Crer”. Isto para salvaguardar o

monoteísmo. Tudo o resto desenrola-se e é explicação deste Deus uno e trino.

O primeiro objeto de confissão é Deus. Logo no início do Símbolo da Fé,

reconhecemos que Deus é Pai e atribuímos-lhe a Omnipotência e o facto de ser Criador “…do

céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis”. No entanto, crer em Deus não é, puri

simplesmente, acreditar que Ele existe (credere Deum), mas também na sua essência, naquilo

que faz e nos diz (credere Deo). Esta afirmação é originária, pois desta partem todas as outras

afirmações ao longo do Credo, na medida em que revelam como Deus se revelou único e

verdadeiro. O primeiro adjetivo atribuído a Deus é, então, o de Pai, porque através do Espírito

é gerado o Filho que já existia antes da Criação, e também porque para além de Criador, é

Sustento da Criação, “…dando vida a tudo o que existe”. 4

Confissão Cristológica

Deus-Filho: Encarnação, Paixão e Morte, Ressurreição, Ascensão e Juízo Final

4
Ibidem, p. 141.
Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor.

A afirmação acima citada é a mais central da fé cristã. Este artigo, pela sua

importância, tem várias formulações nem sempre coincidentes. Confessar que Jesus é,

verdadeiramente, Filho de Deus é das afirmações mais seguras que podemos fazer no que diz

respeito à fé da Igreja. Esta confissão estabelece-se na atitude de Jesus com o Pai,

demonstrando uma relação de paternidade real e natural. Porém radica, igualmente, do Pai em

relação ao Filho. Jesus desempenha um papel de Porta para o Pai.

Gerando muitas controvérsias, coube ao Símbolo de Niceia definir a fórmula do Credo

relativas a Cristo5.

Santo Agostinho, em De fide et Symbolo, explica o significado do Verbo de Deus, que

tudo criou e que, em última análise, é Jesus Cristo, o Verbo Encarnado.6

A Encarnação é das afirmações que se manteve constante desde as primeiras formas

de confessar a Fé, isto porque está bem assegurado no Novo Testamento: “E o Verbo fez-se

carne e habitou entre nós; E vimos a sua glória, que recebe do Pai, como unigénito, cheio de

graça e de verdade.”7

A Igreja quis com isto garantir o sentido da Encarnação, obra do Espírito e papel da

Virgem. Desta forma fica assegurada a personalidade e realidade da encarnação e nascimento

de Jesus, bem como a sua condição divina. Com a afirmação destas dimensões (divina e

humana) que são, por sua vez, inseparáveis, a Igreja pretende precaver-se de debates

descrentes no que diz respeito à Encarnação. Santo Inácio de Antioquia, afirma até que totus

homo e totus Deus para mostrar a dimensão humana e divina de Jesus, e também: “Jesus

Cristo, da estirpe de David segundo a carne, o Filho do homem e Filho de Deus”8


5
Cf. Ibidem, p.156.
6
Cf. Ibidem, p.161.
7
Jo 1, 14.
8
INÁCIO DE ANTIOQUIA, Carta aos Efésios, 20, 2.
A Encarnação é fundamental para a fé e salvação da humanidade pois nela se revê a

descida do Verbo de Deus ao mundo temporal e das criaturas por Deus criadas, sem perdendo

nenhum dos seus atributos que antes era, tornou-se no que ainda não era, “temporal e

homem”9 Esta descida do Lógos divino de tornar-se homem, assumiu também a fragilidade

humana, excetuando o pecado10. Deus encarnou para que a carne se eleva-se à condição divina

e para que, com a sua encarnação salvar os que n’Ele cressem, aceitando assim “ser

desprezado e sogrer, para que morrendo e ressuscitando, vencesse a morte”11

A Encarnação tem um fim redentor, pois Cristo é a personificação do amor de Deus e

da Vida. A Patrística afirma e reafirma, inúmeras vezes, que o Verbo encarnou para que o

homem atingisse a condição divina, estabelecendo uma Nova Aliança, uma reconciliação do

homem com Deus.

Tanto a divindade como a humanidade de Cristo foram afirmadas através das

afirmações da maternidade verdadeira de Maria, o caráter virginal da maternidade, gerado

pelo Espírito Santo. Há aqui uma preocupação em assegurar a humanidade de Jesus: “nasceu

homem de uma Virgem”12, mas também de salvaguardar a sua divindade afirmando a

virgindade e que Ele é fruto do Espírito Santo. Sempre que se fala de Maria e do que a ela diz

respeito é com o intuito de confirmar a divindade e humanidade do Verbo Encarnado. Na

verdade, os atributos a Maria são causa da Confissão Cristológica, isto é, o atributo de Virgem

é-lhe atribuído por Jesus ter sido gerado pela Espírito Santo, passando para outro nível de

maternidade, de Mãe de Jesus (maternidade física) para Mãe de Deus (maternidade

metafísica).

Irineu em Adversus Haereses, expõe que só temos salvação pela carne porque Deus se

fez carne, na Pessoa de Jesus, gerado pelo Espírito Santo na Virgem Maria, resgatando-nos

9
LAMELAS, I., Sim, cremos: o credo explicado pelos padres da Igreja, Universidade Católica Editora, Lisboa,
2013, p. 172.
10
Hb 2, 17; 4, 15.
11
JUSTINO, I Apol., 63, 16.
12
Ibidem, 46, 5.
pelo seu Sangue. 13
Assim, Santo Atanásio diz que “Se foi a partir dos homens que a morte

dominou… foi então por meio da Incarnação do Verbo de Deus, que se produziu a destruição

da morte e a ressurreição da vida.”14

Como sabemos pelos Evangelhos, Deus encarnou num ambiente pobre. Podia, decerto,

ter nascido em Roma, como refere Teódoto de Ancira, mas “…escolheu tudo o que é pobre e

vil, para sabermos que só a divindade transformou a terra.”15

A referência a Pôncio Pilatos é encontrada já nas formas de Credo mais primitivas. A

referência a este visa esclarecer a realidade da paixão e morte de Cristo. Isto quer transmitir a

mensagem que o Reino de Deus anunciado manou na história de forma definitiva com a Sua

Paixão. A história redentora já não é uma ideologia, mas sim um acontecimento que teve

lugar no tempo. Assim, também a confissão da fé e o anúncio da mesma devem ser feitos

publicamente, individualmente.

No que diz respeito à sua sepultura, também integra as primeiras confissões de fé. Esta

é entendida como iniciação para a Ressurreição, que é a afirmação seguinte. No entanto, está

também ligada à afirmação da “descida à mansão dos mortos”. Sobre esta, apesar de não ser

referida explicitamente no Novo Testamento, teve uma fácil aceitação. As fontes afirmam que

ele foi sepultado, mas S. Paulo afirma a soberania do Filho de Deus sobre os mortos16.

Pedro, no dia de Pentecostes, dirige-se à multidão afirmando que “Deus ressuscitou

Cristo, libertando-o dos grilhões da morte, porque não era possível que Ele ficasse sob o

domínio da morte”17 No entanto, as passagens bíblicas que mais sobre isto se referem são as

Cartas de S. Pedro e o Apocalipse. A partir destes dados, a Tradição desenvolveu esta

convicção que se tornou artigo da Fé cristã. Ao longo da História, esta afirmação foi aceite,

atestada e, em alguns Credos, omitida. Na Tradição cristã do Oriente, por exemplo, não se faz
13
Cf. IRINEU, Adversus Haereses, V, 2, 2-3.
14
ATANÁSIO, Sobre a Encarnação do Verbo, 9, 1.
15
TEÓDOTO DE ANCIRA, Sermão para o Natal do Senhor: Ele fez-se pobre para nos enriquecer a todos.
16
Cf. Cl 1, 18; Fl 2, 10.
17
Act 2, 24.
referência à descida aos infernos, no entanto, professa-se a sepultura. Foi a partir de

Alexandria, no século III, que esta tese começou a ser definida. Assim, a descida do Verbo

não termina na terra, mas mais fundo, isto é, ao “mundo subterrâneo” que, cosmologicamente,

representava a morada de todo o mal em potência.

Logo, com esta descida, demostra-se a kenosis e a solidariedade do Filho de Deus para

com todos os que haviam morrido, crentes e não crentes. Com esta argumentação afirma-se a

soberania absoluta de Cristo e a sua universal intervenção no mundo para salvar os homens.

Na antiga Tradição, acreditava-se que a salvação dizia respeito aos homens justos do Antigo

Testamento. Verificou-se, então, que a descida à mansão dos mortos por parte de Cristo foi de

libertar todos os povos, elevando consigo todos os homens para o Reino.

A Ressurreição é já debatida nas “Regras de Fé” e nos primeiros Símbolos. Ocupa um

lugar central da confissão cristológica. A redenção só começa, efetivamente, com a morte e

ressurreição de Cristo. Esta integra o cume da história da salvação, e parte essencial do

querigma.

Após a Ressurreição, Jesus Cristo “subiu ao céu, onde está sentado à direita de Deus

Pai”. A ascensão e o facto de se ter sentado no trono à direita de Deus só vêm sublinhar a

glória da Ressurreição. Já desde os primeiros cristãos que se afirma a descida e posterior

ascensão do Crucificado.

O vocábulo céu toma duas definições: enquanto homo religiosus, exprime o para além

do que é mundano e terreno; enquanto “ser no mundo”, representa a espaço-tempo onde o

homem se move. Daí a nossa necessidade de usar termos espácio-temporais para nos

referirmos ao que tudo transcende. Assim, como crentes, assumimos que há algo para além da

nossa vida na terra, isto é, o céu é a próxima morada e, desde sempre, a morada de Deus (“Pai

nosso, que estais no céu…”). Todas as expressões que atribuímos a Deus têm um caráter
simbólico porque são sempre inadequadas e limitadas à nossa razão. Por isso, a ideia de céu é

uma expressão do homem que sente que o fim não é na terra.

A ascensão e colocação à direita de Deus significa o poder e autoridade soberana, bem

como a dignidade superior que lhe diz respeito. Ao voltar a sentar-se à direita, Jesus volta

também a toda a glória, honra, potestade que lhe pertencem e nunca renunciou.

O juízo final dos vivos e dos mortos é outra afirmação que já vem desde a Tradição

mais antiga. Esta a Igreja sempre professou e integrou nas suas fórmulas de fé. A esperança

no retorno e julgamento é intrínseca já nas primeiras comunidades e prevaleceu na doutrina

cristã. Uma vez que ascendeu, voltará nos últimos dias para julgar definitivamente. Por isso, é

denominado como dia do juízo, mas também como salvífico de todos que creem em Jesus,

como um desejo! Não é objeto especulativo da teologia, mas é um fator importante da fé, do

qual “é o começo e o fim da nossa fé”18

Confissão Pneumatológica

Deus-Espírito Santo: Santa Igreja, Comunhão dos Santos, Perdão dos Pecados,

Ressurreição e Vida Eterna.

Cremos no Espírito Santo

O Espírito Santo é o terceiro elemento da estrutura trinitária do Símbolo. É ao Espírito

Santo que cabe a obra santificante e salvífica da Igreja, no que diz respeito ao perdão dos

pecados, à ressurreição da carne e à vida eterna.

18
PSEUDO-BARNABÉ, 1-6.
Quando professamos “creio no Espírito Santo” estamos a confessar a divindade e

personalidade do Espírito, pois é através da confissão da fé no Espírito Santo que podemos

dizer que “Jesus é o Senhor”19; do mesmo modo, só podemos chamar a Deus de pai, porque

nós, através do Espírito do seu Filho, clamamos: “Abbá! Pai!” 20 É o Espírito que nos dá a

conhecer o Pai e Cristo, primeiramente pelos profetas, mas mais claramente na Encarnação do

Verbo.

A dimensão pneumatológica só ganhou realce por volta de 360, na medida em que se

sentiu a necessidade de explicar a confissão do Deus-Espírito Santo. Foi no Consílio de

Constantinopla que se desenvolveu a confissão nicena, resultando em “Cremos no Espírito

Santo, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, que falou pelos

profetas”.

No Ocidente, foi S. Agostinho que contribui para a fixação da confissão do Espírito

Santo na profissão de fé, alegando que este é o Dom comum do Pai e do Filho. É através do

Espírito e, posteriormente do Filho, que conhecemos o Pai.

O Espírito paráclito ensina-nos verdades que são demasiado para serem reveladas com

a voz, verdades essas inefáveis e que o homem não consegue proferir.21 Ao desacreditarmos

nele no que diz respeito à sua natureza, diferenciando-o do Pai e do Filho, estamos a difundir

a Trindade. Ao confessarmos a nossa fé no Espírito Santo, consequentemente confessamos

também na santa Igreja. A Igreja é objeto de fé, porém não do mesmo modo que o é Deus

Trindade. Ao afirmar a nossa crença na Igreja não estamos a coloca-la no mesmo plano da

Trindade. Assim, a Igreja não é objeto de fé, mas é onde o objeto da fé age. E isso distingue-

se na fórmula de fé latina. Se no que diz respeito a Deus se diz “creio em…”, para a Igreja a

preposição é diferente, “creio a Igreja…”. A Igreja é o lugar onde o Espírito atua, não fazendo

parte de um novo artigo do Símbolo.

19
Cf. 1Cor 12, 3.
20
Cf. Gl 4, 6.
21
Cf. ATANÁSIO, Cartas a Serapião, I, 4,
A Igreja foi qualificada como santa desde cedo, pois era a “nação santa” 22, da qual

fazem parte os santos. Ela distingue-se da congregação dos santificados pelo Espírito,

subsistindo “com a união da fé e da caridade num corpo unido e coeso” 23 Isto não é obra do

homem, mas sim de Deus, e é isto que faz com que a Igreja seja santa. É também chamada

católica porque abrange todos em qualquer tempo e lugar da terra.24.

Por outro lado, tem-se também mal interpretado a expressão “casta e pecadora”. Esta

quer dizer, em primeiro lugar, que é sempre santa, mas é formada por muitos povos que,

antigamente, por não fazerem parte do “povo eleito”, eram pecadores. O adjetivo de

“meretriz” explica-se com a missão da Igreja de se dar a todos, pois é universal e a todos leva

a salvação de Cristo. Assim, meretriz é como sinónimo de católica.

O credo de Constantinopla já professa a fé na Igreja “una, santa, católica e apostólica”.

Mais tarde, alguns Padres da Igreja acham por bem acrescentar a fé na comunhão dos santos.

Neste seguimento, o Símbolo afirma a remissão dos pecados através da ação do

Espírito Santo na Igreja. Esta remissão dos pecados seria, então, paenitentia secunda, pois a

primeira é no Baptismo, isto porque Deus sabe que podíamos cair nas seduções do diabo,

deixando sempre a porta do Baptismo um pouco aberta.25

A ressurreição da carne constitui a fé dos Cristãos, como disse Santo Agostinho, “a fé

dos cristãos é a ressurreição de Cristo” 26 Este acontecimento é central na vida dos cristãos,

sendo o fundamento e motivo da fé cristã. E é aqui que se fundamenta também a ressurreição

do homem, tanto espiritual como corporalmente.

Esta questão é das mais difíceis de explicar no Credo. Os Padre da Igreja sentem

necessidade de responder a esta dificuldade e inspirados em S. Paulo respondem com

22
1Pe 2, 9.
23
AMBRÓSIO, De officiis, III, 3.
24
Cf. TEODORO DE MOPSUESTIA, Homilias, X, 19.
25
Cf. TERTULIANO, De penitentia, 7, 10.
26
AGOSTINHO, Enarrationes in Psalmos, 120, 6.
metáforas naturais, percetíveis à nossa experiência humana. Esta dificuldade levou, então, a

que se escrevesse bastante sobre este tema como resposta ao dualismo gnóstico.

O Símbolo finda com a vida eterna. O Credo começa com a confissão de Deus,

culminando na vida eterna. Esta crença está bastante presente no Novo Testamento, e a vida

da fé é eterna por causa da Ressurreição, que anteriormente falamos. A vida eterna é dom de

Deus, concedido por Jesus na sua Paixão, tornando-nos herdeiros com Ele.

ÁMEN

Este “Ámen” final é como um sim sincero a Deus. “Ámen é uma palavra hebraica que

significa assim seja”27 No contexto do Credo, dizê-lo é como aderir totalmente e

confiadamente a Deus.

O Credo é, então, um grande Ámen a Deus, e a identidade de todo o cristão.

Professamos um único Deus que é trino, que age hoje e nos sustenta.

BIBLIOGRAFIA

I – INSTRUMENTOS DE TRABALHO

LAMELAS, I., Sim cremos: o credo explicado pelos padres da Igreja, Universidade

Católica Editora, Lisboa, 2013.


27
JUSTINO, I Apol. 65, 4.

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