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POE
Apesar do norte-americano Edgar Allan Poe ser conhecido em todo o mundo como
um escritor de terror e gótico, ele também é lembrado como o primeiro escritor
policial moderno da história.
Em 1841 Poe publicou Os Assassinatos da Rua Morgue em que descreve a solução
de um crime usando apenas a mente..Esta história é contada através de um
narrador anônimo. Pouco se sabe sobre o narrador. Ele não nos diz de onde vem ou
quando se passa a história, tudo o que sabemos é que se passa em Paris no século
XIX.
O narrador conhece Monsieur C. Auguste Dupin em uma livraria e os dois acabam
se tornando amigos. Monsieur Dupin que vem de uma família importante e
abastada, mas agora não possui quase nada. A razão pela qual ele e seus
ancestrais perderam todo seu dinheiro é, mais uma vez, omitida.
O narrador, homem de posses, aluga uma mansão deserta que, segundo reza a
lenda, é assombrada. Ele e Monsieur Dupin concordam em morar juntos pelo tempo
em que o narrador ficar em Paris.
Enquanto eles andam pelas ruas um dia, eles vêem um jornal, e a matéria da
primeira página é sobre um assassinato duplo, mãe e filha, na rua Morgue, uma
viela deserta de Paris.
Os assassinatos são violentamente cruéis e não razão aparente, uma vez que nada
foi roubado, apesar da casa estar em uma bagunça generalizada quando as
pessoas entram.
A polícia francesa não tem nenhuma pista sobre o assassino, mas eles prendem um
funcionário do banco que ajudou a vítima a levar um dinheiro pra casa na tarde do
assassinato.
Monsieur Dupin acredita que ele pode libertar o homem, um conhecido dele,
encontrando o assassino verdadeiro.
Com a permissão do chefe de polícia, Monsieur Dupin investiga a cena do crime e
chega a uma conclusão. Ele coloca um anúncio no jornal dizendo ter capturado um
orangotango e o dono deve buscá-lo.
Um marinheiro vai até a casa onde estão por causa do anúncio. Monsieur Dupin diz
que sabe da verdade, que o orangotango é o assassino e homem deve dizer isto à
polícia para que um homem inocente seja libertado.
O homem diz que o orangotango fugiu de sua casa. Ele seguiu o macaco até a rua
Morgue, onde ele foi atraído por luzes vindas de uma casa, então ele entrou. O
marinheiro não pode seguir o macaco até a casa, mas podia ver o que ele fazia. Ele
começou a brincar com a mulher, mas ele se assustou e acabou matando a mulher
e sua filha. O Assassino da Rua Morgue história de Edgar Allan Poe é considerada
a primeira história policial moderna. Apesar de Vidocq e até mesmo Voltaire terem
trabalhado com alguns dos elementos que fazem a história policial que conhecemos
hoje, somente Poe combinou todas elas dentro deste formato.
O estilo das histórias, assim como seu tamanho e intensidade variam de autor para
autor e de livro pra livro, mas os elementos básicos de uma história policial
permanecem os mesmos: um crime, um detetive e um criminoso.
O crime pode ser qualquer coisa imputável por lei, apesar do mais comum ser o
assassinato. Assassinatos têm mais impacto sobre os leitores e mostram o
criminoso como uma pessoa perigosa.
Todos estes elementos devem ser combinados de um modo que não fique óbvio,
mas todos os fatos são revelados aos leitores enquanto o personagem principal os
descobre, o que torna possível a descoberta do final por um leitor mais atento.
O criminoso clássico das histórias policiais sempre são pessoas muito espertas e
inteligentes, mas nunca tão espertas quanto os detetives. Normalmente o crime
cometido parece ser algo além do que é na verdade e quando não, virtualmente
nenhuma pista é deixada provando serem eles os criminosos. Somente um detetive
brilhante pode descobrir o verdadeiro criminoso.
O que faz o criminoso de Os Assassinatos da Rua Morgue tão especial é fato de ele
ser um animal irracional e não faz idéia do que está fazendo. O orangotango da
história é levado à casa de Madame L'Espanaye pelo medo de apanhar novamente
do seu dono.
Quando seu dono chega em casa, o macaco está no banheiro com um aparelho de
barbear e um tubo de creme de barbear, imitando seu dono, algo que via sempre.
Seu dono, vendo aquilo, pega seu chicote para colocar o orangotango de volta em
sua jaula. Com medo do chicote, o macaco foge e vai parar na rua Morgue, onde é
atraído pelas luzes vindas do quarto de Madame L'Espanaye. Ele escala a janela e
agarra a Madame com intenção de lhe fazer a barba. Sua filha desmaia. Quando a
Madame começou a chutar e gritar para se livrar do orangotango, ele se torna
violento e corta sua garganta. Depois estrangulou a filha com suas próprias mãos.
Quando começou a se acalmar ele entrou em pânico, porque se o seu dono visse o
que ele fez provavelmente o espancaria, então ele começou a quebrar coisas e
finalmente escondeu o corpo da Mademoiselle L'Esapanaye na chaminé e jogou o
corpo da Madame pela janela, fugindo logo depois. O grande paradoxo nesta
história é que, apesar de ser considerada a primeira história policial moderna e de
ter todos os elementos para isso, o criminoso é um animal irracional e não pode ser
responsabilizado por seus atos.
Não existe um motivo ou um plano secreto para o crime, é somente um macaco
com medo de seu dono