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||-- Walter d’Nkosi – Titulo: O sacrifício segundo a tradição

Bantu --||

   
participável, é
aniquilar-se
religiosamente
para recuperar
em troca uma
vitalidade
maior, é suprir a
exigência ou o
fervor pessoal e
comunitário de
se imolar e de
descarregar a
culpabilidade, é
conseguir um
favor, é
comungar ao
invisível.
Hoje sacrificam-
se, sobretudo,
animais
domésticos:
cabras, ovelhas,
bois, vacas, e
etc. O animal
doméstico,
propriedade do
oferente
prolonga o
dono, uma vez
que há uma
participação
vital e análoga
entre o homem
e as coisas que
possui. Os
animais mais
sacrificados são
os galos e as
galinhas, por
estarem ao
alcance de todas
as pessoas.
Além disso,
nenhum outro
animal oferece
tantas variações
individuais com
particularidades
somáticas, cores
e canto que
variam de um
exemplar para
outro. Tudo isto
é importante do
ponto de vista
do simbolismo
religioso.
Oferecem-se
sacrifícios
sempre que se
deseja entrar
em comunhão
com outro
mundo, o da
divinidade,
criando um
diálogo entre o
tu e o eu.
Todavia, quando
se oferece algo
aos que vivem
no além deve
ser
transformado,
“espiritualizado”
, para poder ser
recebido. Por
isso imolar o
profano para
ficar
sacralizado.A
vida espiritual
africana está tão
impregnada da
idéia de
imolação, que
praticamente não
se encontra em
nenhuma parte
do continente
negro, povos
cujas práticas
religiosas não
comportem
sacrifícios de
animais, pois o
sacrifício é o
principal
elemento desta
religião.
Entre o povo
Bantu, o
sacrifício, como
ato religioso,
assume o lugar
central do culto.
No sacrifício
mata-se um
animal para
oferecer na sua
totalidade ou em
parte ao mundo
invisível. A
oferenda não
implica na morte
do animal, é
oferta de dons,
alimentos,
primícias.
Também existe a
oblação quando a
vítima não é
transformada
mais consagrada.
Separada
converte-se em
algo intocável e
protegido por
tabus religiosos.
Para o povo
Bantu o sangue é
o veículo
primordial da
vida, derramá-lo,
sacrificialmente,
significa ofertar
o que há de mais
valioso, é
comunicar-se por
um veículo

 
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