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Plano de Avaliação:

Domínio: C
Sessão n.º5: O Modelo de Auto-Avaliação
das BE metodologias de operacionalização
(parte I)

Este plano, assenta no estudo mais aprofundado de um domínio:


Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à
Comunidade - Sub domínioC.1 - Apoio a Actividades Livres,
Extra - Curriculares e de Enriquecimento Curricular

Professora Teresa Olaio


28-11-2009
Sessão n.º5 – O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização
(Parte I)

Nos tempos que correm a metodologia de projecto e o princípio do planeamento concordam num
método reflexivo, contínuo e interactivo de metamorfose do real e constituem ferramentas privilegiadas de
reconhecimento e de diagnóstico de pontos fortes e de pontos menos fortes nas estruturas educativas,
permitindo-lhes uma previsão de mudança apoiada numa atenção dialogante e profunda sobre os processos e
os resultados para se agir numa determinada situação.
Este plano, assenta no estudo mais aprofundado de um domínio: Domínio C (Projectos, Parcerias e
Actividades Livres e de Abertura à Comunidade)
a) - Sub domínio

C.1 - Apoio a Actividades Livres, Extra - Curriculares e de Enriquecimento Curricular

b) – Indicadores

Indicador de processo (C 1.1.) - Apoio à aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de


estudo autónomos.

Indicador de impacto / outcome C. 1. 2 - Dinamização de actividades livres de carácter lúdico e


cultural na escola/agrupamento.

Este domínio surge como uma área de interesse, cujo impacto decorrente da BE importa
averiguar.
Integrada numa escola, cuja missão é formar alunos nas competências de aprendizagem
projectando a formação contínua ao longo da vida, urge controlar e monitorizar a acção da BE e o modo
como concorre para as metas e objectivos organizacionais decorrentes das linhas orientadoras do Projecto
Educativo [PE] da escola. Um dos eixos que norteiam a perspectiva organizacional e operacional da escola é
o eixo da prática pedagógica, renovação didáctica, gestão e produtividade. Aqui são definidos alguns
objectivos estratégicos do PE da escola, a saber:
a) Aumentar o sucesso escolar dos alunos;
b) Aumentar a qualidade do sucesso escolar dos alunos.

Ainda que o trabalho colaborativo seja uma área essencial para a consecução da missão pedagógica da
BE e que necessita de investimento, introduzir mudança no âmbito da cultura escolar, unindo a BE a
Projectos e Parcerias/Actividades Livres e de Abertura à Comunidade, é um processo lento e progressivo.
Todavia, a BE está implicada, logicamente, nesta missão de escola e deve, por isso mesmo, estar envolvida
na programação de actividades promotoras do desenvolvimento curricular em colaboração com os órgãos de
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gestão e com os docentes. Estas passarão pela planificação de actividades conjuntas que desenvolvam e
avaliem as competências no âmbito de métodos de trabalho e de estudo autónomo.
Promover actividades no âmbito do Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de
Enriquecimento Curricular, algumas delas enquadradas no trabalho colaborativo, terá como fim último aferir
o contributo da BE para a qualidade das aprendizagens dos alunos e demonstrar o valor ou a ausência de
valor da BE nesta matéria.
Esta avaliação tem por finalidade demonstrar o valor da BE, o contributo e impacto dos seus serviços
e acções para o desenvolvimento da competência de aprendizagem dos alunos, no âmbito restrito do seu
domínio de acção, e se efectivamente atinge os objectivos integradores da sua missão.

Selecção dos indicadores

Pontos Fortes Pontos Fracos


C.1.1 * A BE está aberta durante a * Embaraço em transmitir técnicas
hora do almoço; múltiplas de estudo;
* Apoio às actividades de * Equipa da BE com poucos elementos e
leitura, pesquisa, estudo e pouco multidisciplinar;
execução de trabalhos escolares * Falta de um elemento das TIC na equipa
fora do horário lectivo e dos da BE.
contextos formais de
aprendizagem;
* Apetência para o uso das
novas tecnologias pelos alunos.
C.1.2 * Os alunos encontram na BE * Falta de um programa de Animação
algumas propostas de Cultural regular e consistente:
actividades visando a utilização * Pouca participação dos pais nas
criativa dos seus tempos livres. actividades escolares, nomeadamente nas
actividades da BE

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Diagnóstico/Identificação do domínio a avaliar
O meio em que esta Escola/Agrupamento se insere não estimula o desenvolvimento de métodos
de trabalho e de estudo, e nem dispõe de oferta cultural expressiva. Sendo assim, estas duas falhas passaram
a ser prioridade da escola e obrigaram-na a conceber condições para os colmatar. Quanto à biblioteca
escolar, ambiciona desenvolver meios que dêem resposta às necessidades dos seus utilizadores – recursos
humanos e materiais.
A Auto-Avaliação do subdomínio possibilitará identificar os pontos fortes e os pontos menos
fortes.
O domínio a avaliar é: C – Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à
Comunidade.
Subdomínio a avaliar é: C.1 – Apoio a Actividades Livres, Extra - Curriculares e de
Enriquecimento Curricular.
Indicadores a avaliar são: C.1.1 – Apoio à aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho
e de estudos autónomos e C.1.2 – Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural.

Avaliação a empreender

Conforme consta no Manifesto da Biblioteca Escolar, preparado pela Federação Internacional das
Associações de Bibliotecários e de Bibliotecas, e aprovado pela UNESCO na sua Conferência Geral em
Novembro de 1999, a biblioteca deve alcançar as seguintes metas:

 Apoiar e promover os objectivos educativos definidos de acordo com as finalidades e currículo da


escola;
 Proporcionar oportunidades de utilização e produção de informação que possibilitem a aquisição de
conhecimentos, a compreensão, o desenvolvimento da imaginação e o lazer;
 Apoiar os alunos na aprendizagem e na prática de competências de avaliação e utilização da
informação, independentemente da natureza e do suporte, tendo em conta as formas de comunicação
no seio da comunidade;
 Providenciar acesso aos recursos locais, regionais, nacionais e globais e às oportunidades que
confrontem os alunos com ideias, experiências e opiniões diversificadas;

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 Organizar actividades que favoreçam a consciência e a sensibilização para as questões de ordem
cultural e social;
 Trabalhar com alunos, professores, conselhos executivos e pais, de modo a cumprir a missão da
escola;
 Defender a ideia de que a liberdade intelectual e o acesso à informação são essenciais na participação
da democracia e na construção de uma cidadania efectiva;
 Promover a leitura, os recursos e os serviços da biblioteca escolar junto da comunidade escolar e fora
dela.

Quanto à avaliação, esta deve ser encarada como uma componente natural da actividade de
gestão da biblioteca, usando os seus resultados para a melhoria contínua, de acordo com um processo
cíclico de planeamento, execução e avaliação.

A BE deve ter em conta e uma influência cada vez maior nos resultados educativos dos
alunos. Para tal, é necessário medir os impactos/outcomes de forma a conhecer o benefício para os
utilizadores da sua interacção com a BE.

Para tal, a BE deve usar como processo de avaliação o n.º de alunos que frequentam e/ou
usam a BE; a que serviços recorrem mais e que tipo de actividades desenvolvem, de forma a criar
hábitos e métodos de estudo e de trabalho, e desenvolver trabalho autónomo.

Métodos e instrumentos a utilizar

Métodos qualitativos Métodos quantitativos

* Análise documental (Plano * Dados estatísticos – utilização da BE


Educativo/Plano de Actividades da BE e do livremente (PCs utilizados/pesquisas
Agrupamento/Planos Curriculares de realizadas/tempos de utilização/requisição dos
Turma/ACND e EA/Actas/documentos audiovisuais e audios/empréstimos
produzidos pela BE,…) domiciliários/n.º de alunos que frequentam a
* Questionário aos alunos (QA3); BE em tempo extra-curricular/actividades
* Questionário aos E.E. (QEE1); realizadas/avaliação da colecção)
* Ficha de avaliação de actividade de
promoção da colecção da BE;
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* Grelha de observação de utilização da BE
(O5);
* Grelha de análise do trabalho dos alunos
produzido na BE

Intervenientes e calendarização

Intervenientes Calendarização
* Vários Departamentos; * Apresentação do Modelo de Auto-Avaliação
* Professores de E.A; em C.P.: Dezembro de 2009;
* Professores de F.C; * Inicio do processo de Auto-Avaliação:
* Professores de E.E; Dezembro de 2009/Janeiro de 2010;
* E.E e/ou pais; * Análise e divulgação dos resultados em C.P:
* Alunos Julho de 2010.

Planificação da recolha e tratamento de dados

O universo de alunos e de professores que são utilizadores da BE em tempos não lectivos e de


actividades extra-curriculares, apenas se legitima a selecção de amostras, se aquele n.º for elevado para a
aplicação de questionários e de grelhas de observação, isto é, para a aplicação dos questionários deve-se
sempre ter em conta o n.º de alunos, a sua diversidade (idades, sexo,…), o n.º de E.E e a sua
heterogeneidade.
Procura-se ainda que, todos os graus de ensino e estejam representados e a grelha de observação
(O5) deverá ser aplicada a um grupo de alunos que utilizem a BE com frequência, uma vez que será esse
grupo que permitirá medir o seu impacto nas aprendizagens.

O tratamento dos dados deverá ser sempre que possível pela equipa da BE.

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Bibliografia

* Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares – Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas


Escolares: Instrumentos de recolha de dados de 2008. Disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt
(consultado em 26/11/2009).

* Textos da sessão.

* IFLA/UNESCO. Manifesto das Bibliotecas Escolares 2000. Federação Internacional das


Associações de Bibliotecários e de Bibliotecas. Disponível em: www.rbe.min-edu.pt (consultado em
26/1172009).

* Texto da sessão n.º 5: Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de


operacionalização (parte I).

* Basic Guide to Program Evaluation.

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