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Tarefa 2

Analise ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas


Escolares

“Poderias dizer-me , por favor, que caminho hei-de tomar


para sair daqui?

-Isso depende do sítio onde queres chegar! – Disse o Gato

-Não interessa muito para onde vou…-retorquiu a Alice.

-Nesse caso, pouco importa o caminho que tomes –


interpôs o Gato.”

Alice no País das


Maravilhas

Neste momento de mudança e de viragem que se “impõe”


às Bibliotecas Escolares o Modelo de Auto-Avaliação surge
como forma de melhorar o funcionamento, dinamização e
utilização das mesmas mostrando e traçando um caminho a
seguir.

Porém, para que se possa por em prática este modelo é


necessário criarem-se condições nas escolas para a
implementação do mesmo.Tendo em conta que as
Bibliotecas Escolares podem e devem contribuir
positivamente no processo de ensino aprendizagem dos
alunos.

Nesse sentido, as Bibliotecas Escolares devem elaborar um


Plano de Acção que vá ao encontro das necessidades
sentidas nas suas escolas.

O modelo de Auto-Avaliação é um instrumento que nos


faculta as ferramentas para podermos aferir o impacto que
as Bibliotecas Escolares fazem surtir nas aprendizagens dos
alunos.
Os conceitos ou ideias chave inerentes a este modelo são:

Noção de valor - ou seja perceber a importância da


Biblioteca Escolar e o seu contributo na produção de
resultados que vão ao encontro dos objectivos delineados
pela escola;

Auto-avaliação - onde se avalia a qualidade e a eficácia


da Biblioteca Escolar de forma a procurar uma melhoria
continua;

Flexibilidade – deve-se adaptar a auto-avaliação à


realidade de cada escola/agrupamento

Trabalho progressivo – a implementação do modelo deve


ser feita de forma progressiva e continua e deve passar a
fazer parte das rotinas e dinâmicas da Biblioteca Escolar.

Em suma, o modelo de Auto-Avaliação permite perceber e


analisar o trabalho desenvolvido na Biblioteca Escolar de
forma a proporcionar e contribuir para um melhor
funcionamento da mesma tendo sempre como objectivo o
melhoramento e o enriquecimento das aprendizagens dos
alunos.

É bastante pertinente a existência de um modelo de Auto-


Avaliação das Bibliotecas Escolares uma vez que o mesmo
vai contribuir significativamente para o engrandecimento
das mesmas garantindo uma melhor eficácia dos serviços
por elas prestados.

Por conseguinte, a implementação deste modelo vai


possibilitar analisar as nossas Bibliotecas tendo em conta
os seus pontos fortes e fracos, procurando evidências e a
partir delas planificar acções a desenvolver com o intuído
de contribuir para um progresso dos resultados escolares.
Assim, este modelo exige a utilização de novas estratégias,
utilização das TIC, a criação de documentos e materiais que
possibilitem avaliar o trabalho da BE estando a sua missão
centrada na aprendizagem e desenvolvimento curricular
dos alunos, na medida em que estes devem ser
construtores do seu próprio conhecimento.

Face a isto, avaliar a Biblioteca Escolar passa a ser uma


tarefa fundamental pois é necessário aferir o impacto da BE
na escola o que possibilita uma melhoria na prestação de
serviços e de qualidade da BE.

No que concerne à organização e funcionalidade deste


modelo, o mesmo divide-se em 4 domínios e respectivos
subdomínios sobre os quais deve assentar o trabalho na
Biblioteca Escolar:

a) Apoio ao desenvolvimento Curricular

a.1 –Articulação curricular da BE com as estruturas


pedagógicas e os docentes

a.2 –Desenvolvimento da literacia da informação

b)Leitura e literacias

c) Projectos , Parcerias e Actividades Livres de


Abertura à comunidade

c.1-Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de


enriquecimento curricular

c.2-Projectos e parcerias

d)Gestão da Biblioteca Escolar

d.1-Articulação da BE com a Escola/Agrupamento.


Acesso e serviços prestados pela BE

d.2-Condições Humanas e materiais para a prestação


dos serviços

d.3-Gestão da colecção/da informação

Estes 4 domínios definem-se como cruciais para o


desenvolvimento e qualidade da Biblioteca Escolar.

Assim, no Plano de Acção elaborado para cada BE os 4


domínios devem ser contemplados mas ,a sua avaliação
deve ser feita por etapas , isto é, em função das
necessidades de cada BE escolhe-se um domínio a avaliar
mais profundamente. A avaliação é um processo de
melhoria que deve facultar informação. Informação essa
que deve ser partilhada, divulgada e discutida nos órgãos
de Gestão pedagógica do agrupamento.

Podemos agrupar estes domínios em três áreas chave:

Integração na escola e no processo de aprendizagem,


isto é, a interacção entre a BE e os outros professores no
âmbito da planificação e organização de actividade para o
desenvolvimento do currículo. O que exige de ambas as
partes uma boa articulação e trabalho em equipa;

Acesso à qualidade da colecção, ou seja, esta deve


estar organizada , actualizada e adequada ás necessidades
dos utilizadores;

Gestão da Biblioteca Escolar, por parte de um Professor


Bibliotecário que deverá ser um agente integrador ,
dinâmico que desenvolva estratégias que permitam a
inclusão da Biblioteca Escolar na escola/agrupamento.
Por conseguinte , este novo modelo inclui e encaminha-se
para uma gestão da BE que exige um trabalho de equipa
entre todos os professores e órgãos de gestão o que nem
sempre é possível. Nem sempre é fácil mobilizar os colegas
para um trabalho que vai interferir nas suas práticas e
dinâmicas de trabalho em sala de aula.

Surge então a figura do Professor Bibliotecário ,que não


tem uma tarefa fácil, na medida em que, terá de “acabar”
com alguns “vícios” existentes na sua escola.

Ao professor bibliotecário “exige-se” que seja : dinâmico,


proactivo, investigador, promotor,dinamizador, integrador e
gestor que tenha a capacidade de ministrar o trabalho em
equipa.

Como tal, deverá ser um bom líder e deverá ter uma visão e
gestão estratégica que permita desenvolver o processo de
avaliação em articulação com os colegas, órgãos de gestão
etc..

Consequentemente, o Professor Bibliotecário tem neste


processo um papel crucial e de muita responsabilidade.

Ao contrário dos que se pensa ,(maioria dos colegas), gerir


uma BE não é tarefa fácil e o principal obstáculo , a meu
entender, que os professores bibliotecários vão enfrentar é
o mudar de mentalidades face à visão pré-concebida que
se tem sobre as Bibliotecas escolares e da sua função na
escola.

Assim, a execução do processo de Auto-Avaliação vem


“impor” muitas mudanças e reestruturações na vida das
Bibliotecas Escolares e embora a sua implementação seja
morosa e trabalhosa os seus frutos irão proporcionar um
melhor e mais eficaz aproveitamento das Bibliotecas
Escolares . Passando estas a ser o ponto de partida para as
aprendizagens dos alunos facultando-lhes ferramentas
enriquecedoras para a sua aprendizagem.

Espera-se assim que com a implementação deste modelo


as Bibliotecas Escolares possam “prestar contas do impacto
dos seus serviços perante a escola e todos os que estão
ligados ao seu funcionamento”.

Documentação:

Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares


2008/2009

Textos de Apoio

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