Você está na página 1de 9

1

ESTADO DE SANTA CATARINA


SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA ADELAIDE KONDER
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

OPT- OBSERVAÇÃO PLANEJADA DE TRABALHO

NAVEGANTES, SC
2023
2

ESTADO DE SANTA CATARINA


SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA ADELAIDE KONDER
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

MARIA LUISA JANEZIC


MANOELA VITÓRIA DA SILVA
CAMILA ESPÍNDOLA

OPT- OBSERVAÇÃO PLANEJADA DE TRABALHO

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso Técnico em


Segurança do Trabalho da Escola de Educação Básica
Adelaide Konder.

Orientador: Prof. Esp. Tereza


3

NAVEGANTES, SC
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 04

1.1 Problema..................................................................................................... 04

1.2 Hipóteses .................................................................................................... 04

2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 05

2.1 O que é uma OPT? ..................................................................................... 05

2.2 Como fazer uma OPT? ............................................................................... 06

2.3 8 fatores que interferem na OPT ............................................................... 07

3 CONCLUSÃO......................................................................................................... 08

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 08
4

1 INTRODUÇÃO

De acordo com Hebert William Heinrich, cerca de 88% dos incidentes de


trabalho são desencadeados por comportamento de risco. Com informações como
essas, nós conseguimos ver a importância de alertar os empregados em relação a
prevenção. Um dos métodos utilizados para fazer isso é a OPT (Observação
planejada de trabalho) que tem como objetivo abordar comportamentos arriscados,
assim como possibilita potencializar boas atitudes gerando um ciclo virtuoso na
operação.
De acordo com o ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária)
cerca de 90% dos acidentes é causado por falha humana, que por sua vez é
definido por Sanders e McCormick (1993):

“Consideram que erro humano é uma decisão ou comportamento


inapropriado que reduz, ou tem o potencial de reduzir, a eficiência, a
segurança ou outras dimensões do desempenho de um sistema. ”

O objetivo do técnico de segurança do trabalho e identificar e avaliar os


riscos trazendo medidas de prevenção para que não prejudique o trabalhador em
sua atividade laboral, a OPT segue uma sequência de fatores que devem ser
analisados e realizados, ao decorrer do projeto o leitor terá um conhecimento maior
de cada ponto.

1.1 Como fazer uma OPT –Observação planejada de trabalho?

1.2 Hipóteses

 A observação planejada de trabalho contribui para a diminuição


dos índices de acidentes relacionados ao trabalho;
 Observar situações de riscos, criando soluções que previnam ou
anulem o risco;
 Registrar todos os fatos analisados faz com que se tenha um
controle maior dos riscos, e resguarda o técnico de qualquer
problema.
5

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O que é a OPT?

A técnica de coleta de dados, que inclui não apenas ver ou ouvir, mas
também examinar os fatos ou fenômenos que se deseja estudar, é um elemento
essencial da pesquisa científica e é utilizada na pesquisa de campo como método
qualitativo, podendo ser utilizada em combinação com outras pesquisas técnicas ou
especializadas. Ele ajuda os pesquisadores a identificar e capturar evidências sobre
objetivos desconhecidos dos indivíduos, mas que orientam seu comportamento,
aproximando os pesquisadores mais diretamente da realidade.
A OPT oferece alguns benefícios:

• Fornece elementos para a definição do problema;


• Facilita a construção de hipóteses;
• Acesso ao ponto de vista do sujeito;
• Ajuda a descobrir novos aspectos do problema;
• Os dados foram adquiridos sem perturbar o grupo de pesquisa.
• Permitir a coleta de dados onde a comunicação não é possível;
•Fornece métodos diretos e satisfatórios para estudar uma ampla variedade
de fenômenos;
•Requer menos observadores do que outras técnicas;
•Baseia-se menos na introspecção ou reflexão;
•É permitida a comprovação de dados não incluídos no roteiro da entrevista
ou do questionário.
Mas também apresenta algumas desvantagens:

•A presença do pesquisador provoca mudanças no comportamento do


observado, interrompendo sua espontaneidade e produzindo resultados não
confiáveis porque provoca mudanças no comportamento do grupo observado;
•A pessoa observada tende a deixar uma impressão favorável ou
desfavorável ao pesquisador, e tende à interpretação pessoal - julgamento de valor;
6

•A participação leva a uma visão potencialmente distorcida de parte da


descrição da realidade;
•Fatores imprevistos interferem na tarefa do pesquisador;
•Se não organizadas adequadamente, as gravações podem ser salvas
confiando apenas na memória do observador, levando a interpretações amplamente
subjetivas ou parciais do fenômeno em estudo.

2.2 Como fazer uma OPT?

Para começar uma OPT você tem que entender o seu foco, o que será
analisado, nesse caso o foco está em diagnosticar comportamentos negativos e
positivos dos trabalhadores, com o objetivo de implementar um ambiente com
segurança máxima na operação. A observação deve ser feita em horários variados,
e não em horários definidos, isso evita do empregado mudar seu comportamento na
hora da observação. A OPT deve ser realizada todos os dias em rondas de
segurança, pois frequentemente se têm algum fator que cause um risco.
Identificado o problema, deve-se elaborar uma gestão de segurança para
entender e prevenir o risco. Situações que devem ter uma OPT, primordialmente,
são aquelas que já tiveram alguma consequência como lesões laborais, acidentes
fatais ou tecnológicos. Deve- se sempre fazer uma análise mais detalhada da base,
assim sendo possível separar aqueles que têm maior potencial de impacto para o
negócio. Por exemplo o incêndio é uma situação que pode fechar as portas da
empresa imediatamente, então deve-se prestar atenção, primeiramente, em fatores
que podem ocasionar essa catástrofe.
O diamante da prevenção permite filtrar os incidentes de maior e menor
risco, aplicando recursos e energia naquelas situações mais sensíveis para o
negócio e registro, análise e acompanhamento para aquelas que tem um potencial
de impacto, mas não tem um risco grande. Deve-se priorizar de maneira estratégica
ações que devem ser tomadas imediatamente para controlar os riscos de maior
impacto.
Uma das muitas maneiras que se têm para conseguir incluir o trabalhador na
OPT e forma de conscientizá-lo é por colocar em prática o DPSS (Diálogo de
prevenção de segurança e saúde), que tem por objetivo alertar os empregados de
como se prevenir de acidente, podendo ser conversas rápidas de orientação.
Como último passo temos a importância de documentar essa OPT podendo
ser por meio de checklist ou relatórios para casos mais graves, esses documentos
podem comprovar que houve observação na atividade, e podem colaborar na
elaboração de documentos obrigatórios como PGR, protocolos de segurança ou
análise de risco.
7

2.3 8 fatores que influenciam a OPT

Primeiro precisamos notar que ao entrar em uma sala, a primeira coisa que
notamos é o que nossos cérebros foram treinados para procurar no subconsciente.
Sem saber, treinamos o filtro do nosso cérebro. A boa notícia é que podemos treinar
novamente de forma conscientemente, o ser humano é o único ser que tem o poder
de decidir quando quer aprender, e o que deseja aprender.
Confiança x desconfiança: Quando mais confiamos na empresa que nos
desprotege do risco, menos medo teremos dele. Quanto menos confiarmos nas
pessoas que nos orientam, ou no processo que determina nossa exposição a um
risco, mais medo teremos.
Imposto x voluntário: Temos muito mais medo de um risco quando nos é
prescrito. Por exemplo, pouca gente tem medo de se acidentar em casa, mas no
trabalho o medo é continuo. Isso porque no trabalho as condições nos sãos imposta,
inclusive, quanto mais familiarizados estivermos com o trabalho, menos medo
sentiremos.
Natural x feito pelo homem: se o risco for natural, como a radiação do sol,
temos menos medo. Se for feito pelo homem, como radiação de energia nuclear,
raios laser ou algum processo industrial, mais medo teremos.
Catastrófico x crônico: pendemos a ter mais medo de coisas que podem
matar muitos de nós, de forma repentina e violenta e tudo em um só lugar, como um
acidente de avião, do que coisas como doenças cardíacas, que causam centenas de
milhares de mortes, mas um de cada vez ao longo do tempo, e não todos no mesmo
lugar.
Uma vítima conhecida: um risco tornado real por uma vítima específica,
como o recente sequestro de crianças que virou notícia, torna-se mais assustador.

Risco x benefício: quanto mais percebemos um benefício de um agente,


processo ou atividade potencialmente perigoso, menos tememos o risco. Nós somos
movidos pelas consequências!
8

Controle x nenhum controle: se uma pessoa sente que pode controlar o


resultado de um perigo, é menos provável que tenha medo. Dirigir é um exemplo
óbvio, assim como andar de bicicleta e não usar capacete. O controle pode ser físico
(dirigir o carro, operar a bicicleta) ou uma sensação de controle de um processo.

3 CONCLUSÃO

Com maior entendimento da OPT conclui-se que a mesma é de grande


importância para a prevenção de acidentes, colocando em prática com os passos
definidos no desenvolvimento do trabalho como, observação e levantamento de
dados pode-se obter uma OPT eficiente.
Entende-se que a OPT é de maior relevância quando feita antes do acidente
em momentos cotidianos, assim evitando que algo aconteça. O projeto buscou
apresentar também uma forma de incluir os trabalhadores na OPT, pois os mesmos
são peças fundamentais nesse método. Cultivar um pensamento e olhar
prevencionista nos empregados é fundamental para diminuir índices de acidentes
nas operações.
Sendo assim o objetivo do trabalho foi passa de forma clara o objetivo e
como fazer a OPT, colaborando para o aprimoramento na área de prevenção,
tornando os ambientes de trabalho mais seguros.

REFERÊNCIAS

Tarcisio Abreu Saurin et al. (2012)

90% dos acidentes são causados por falhas humanas, alerta observatório.
Observatório,2015. Disponível
em: https://www.onsv.org.br/comunicacao/materias/90-dos-acidentes-sao-causados-
por-falhas-humanas-alerta-observatorio. Acesso em: 25-04-2023

Veloso, Lee. Como fazer uma observação de segurança do trabalho? Guia prático.
Moki, 2021. Disponível em: https://site.moki.com.br/observacao-comportamental-
seguranca/ Acesso em:

LAKATOS, E.; MARCONI, M.. Fundamentos de Metodologia Científica. São


Paulo:Atlas, 1992.
9

Neto, Nestor. 10 fatores que influenciam a percepção de risco. Segurança do


trabalho NWN, 2021. Disponível em: https://segurancadotrabalhonwn.com/fatores-
influenciam-percepcao-de-risco/. Acesso em: 25-04-2023

Você também pode gostar