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(CAGR/SAU)
MÓDULO 2
BRASÍLIA - 2010
Curso de Análise e Gerenciamento de Risco (CAGR/SAU) 2
SUMÁRIO
1. CONCEITOS E BÁSICOS
1.1 Objetivo
1.2 Providências iniciais
1.3 Brainstorm
3. BIBLIOGRAFIA
Curso de Análise e Gerenciamento de Risco (CAGR/SAU) 3
1. CONCEITOS E BÁSICOS
1.1 Objetivo
A identificação de perigos tem por objetivo levantar os possíveis eventos indesejáveis que
podem levar à materialização de um perigo, para que possam ser definidas as hipóteses que poderão
acarretar consequências significativas.
1.3 Brainstorm
De autoria de Alex Osborn, foi, e é, por este e por seus seguidores, muito utilizada nos
Estados Unidos da América, principalmente em áreas de relações humanas, publicidade e propaganda.
Dentre diversos outros métodos, a técnica de brainstorming propõe que um grupo de
pessoas - de duas até dez pessoas - se reunam e se utilizem das diferenças em seus pensamentos e
idéias para que possam chegar a um denominador comum eficaz e com qualidade, gerando assim
idéias inovadoras que levem o projeto adiante.
É preferível que as pessoas que se envolvam nesse método sejam de setores e
competências diferentes, pois suas experiências diversas podem colaborar com a "tempestade de
idéias" que se forma ao longo do processo de sugestões e discussões. Nenhuma idéia é descartada ou
julgada como errada ou absurda. Todas as idéias são ouvidas e trazidas até o processo de brainwrite,
que constitui-se na compilação ou anotação de todas as idéias ocorridas no processo de brainstorming,
em uma reunião com alguns participantes da sessão de brainstorming, e assim evoluindo as idéias até a
chegada da solução efetiva.
Quando se necessita de respostas rápidas a questões relativamente simples, o
brainstorming é uma das técnicas mais populares e eficazes. Esta técnica vem sendo difundida e
inserida ainda em diversas outras áreas, tais como educação, negócios, informática, Internet e outras
situações mais técnicas.
As quatro principais regras do brainstorming são:
• Críticas são rejeitadas: Esta é provavelmente a regra mais importante. A não ser que
a avaliação seja evitada, o princípio do julgamento não pode operar. A falha do grupo ao cumprir esta
regra é a razão mais crítica para que o sessão de brainstorming não resulte. Esta regra é aquela que
primariamente diferencia um brainstorming clássico dos métodos de conferência tradicionais.
• Criatividade é bem-vinda: Esta regra é utilizada para encorajar os participantes a
sugerir qualquer ideia que lhe venha à mente, sem preconceitos e sem medo que isso o vá avaliar
imediatamente. As ideias mais desejáveis são aquelas que inicialmente parecem ser sem domínio e
muito longe do que poderá ser uma solução. É necessário deixar as inibições para trás enquanto se
geram ideias. Quando se segue esta regra, cria-se automaticamente um clima de brainstorming
apropriado. Isso aumenta também o número de ideias geradas.
• Quantidade é necessária: Quanto mais ideias forem geradas, mais hipóteses há de
encontrar uma boa ideia. Quantidade gera qualidade.
• Combinação e aperfeiçoamento são necessários: O objetivo desta regra é encorajar
a geração de ideias adicionais para a construção e reconstrução sobre as idéias dos outros
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Desta forma, a APR tem sua importância maior no que se refere à determinação de uma
série de medidas de controle e prevenção de riscos desde o início operacional do sistema, o que
permite revisões de projeto em tempo hábil, no sentido de dar maior segurança, além de definir
responsabilidades no que se refere ao controle de riscos.
(EXEMPLO)
-instalação de filtros;
Infecção Utilização de água Óbito em pacientes
IV (Catástrofica) -monitorar a qualidade da
hospitalar contaminada com baixa imunidade
água
Falta de energia
Falta de energia na rede Impossibilidade de se
nas salas de III (crítica) -aquisição de geradores
elétrica realizar cirurgias
cirurgia
A APR tem grande utilidade no seu campo de atuação, porém, como já foi enfatizado,
necessita ser complementada por técnicas mais detalhadas e apuradas. Em sistemas que sejam já
bastante conhecidos, cuja experiência acumulada conduz a um grande número de informações sobre
riscos, esta técnica pode ser colocada em by-pass e, neste caso, partir-se diretamente para aplicação de
outras técnicas mais específicas.
ANÁLISE DE RISCOS
ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS
AVALIAÇÃO QUALITATIVA
Medidas
FALHA CAUSAS CONSEQÜÊNCIAS Freq.
Severidade Risco Preventivas
Ocorrência
(EXEMPLO)
Monitor
Falta de energia na Não monitoramento
cardíaco não C II III Uso de geradores
rede elétrica de pacientes críticos
liga
TABELA DE FREQUÊNCIA
CATEGORIA INTERVALO (/ANO)
A >2
B 1-2
C 0,2 - 1
D 0,1 - 0,2
E 0,01 - 0,1
F < 0,01
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TABELA DE RISCO
DESCRIÇÃO RISCO
1 EM CADA MÊS I
1 EM CADA 6 MESES II
1 EM CADA ANO III
1 EM CADA 5 ANOS IV
1 EM CADA 10 ANOS V
1 EM CADA 100 ANOS OU MAIS VI
circuito, linha por linha, para cada tipo de desvio passível de ocorrer nos parâmetros de
funcionamento. Para cada linha analisada são aplicadas a série de palavras-guias, identificando os
desvios que podem ocorrer caso a condição proposta pela palavra-guia ocorra.
ANÁLISE DE RISCOS
MODELO DE RELATÓRIO PARA O ESTUDO HAZOP
PALAVRA CAUSAS AÇÕES REQUERIDAS
DESVIO CONSEQUÊNCIA
GUIA POSSÍVEIS
(EXEMPLO)
Mais Gastos com água Vazamento Aumento nos gastos Localizar e reparar o vazamento
De acordo com KLETZ (1984?), no HAZOP "a operabilidade é tão importante quanto a
identificação de perigos".
Geralmente neste tipo de estudo são detectados mais problemas operacionais do que
identificados perigos. Este não é um ponto negativo, muito pelo contrário, aumenta sua importância,
pois a diminuição dos riscos está muito ligada a eliminação de problemas operacionais. A eliminação
dos problemas operacionais recai numa consequente diminuição do erro humano, decrescendo assim o
nível de risco, porém, é impossível eliminar qualquer perigo que seja, sem antes ter conhecimento do
mesmo, o que pode ser detectado pelo HAZOP.
a realidade do Japão. Os fatos que levaram o engenheiro a justificar sua teoria, foram fundamentados
principalmente pelas características demográficas do país, que possui taxas de escolaridade bastante
elevada.
Uma forma de levantamento de sintomas na etapa de Análise de Situação Atual é a
construção de diagramas de causa-efeito de Ishikawa.
Ele é utilizado para a identificação de direcionadores, ou drivers, que potencialmente
levam ao Efeito Indesejável. Ele é uma ferramenta analítica que, utilizada por um grupo de projeto,
parte de um "problema de interesse" e possibilita a ocorrência de um "brainstorm" no sentido de
identificar as causas possíveis para o problema.
No entanto, entende-se que o conceito de causa-raiz não é propriamente expresso no
Diagrama de Causa-e-efeito. Entende-se aqui que o Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta poderosa
para a identificação dos direcionadores que potencialmente causam os Efeitos Indesejáveis. Estes
direcionadores, por sua vez, também podem ser EIs originados por outras Causas-raizes.
De posse das seleções dos problemas, montaremos a Espinha de peixe, que dará uma
visualização melhor de ações a serem tomadas, obtendo o gráfico abaixo:
2. Desenhe uma longa seta horizontal apontando para a caixa. Esta seta será a espinha dorsal a
partir da qual as causas grandes e pequenas serão classificadas e relacionadas.
4. Continue com a técnica da chuva de idéias (Brainstorming) para descobrir as causas buscando
explicações mais detalhadas para cada categoria principal identificada acima. Escreva as causas
mais detalhadas nas linhas horizontais que se conectam às respectivas linhas de categorias
principais.
5. Às vezes, as causas detalhadas se desdobram em outras ainda menores. Se for o caso, ligue
linhas adicionais às linhas detalhadas. Normalmente, o limite prático para este diagrama é três
níveis de detalhe.
6. Quando tiver concluído o processo da chuva de idéias (Brainstorming) para descobrir as
categorias principais e as causas potenciais para cada categoria principal, comece a analisar as
informações coletadas. Avalie cada categoria principal e as causas potenciais associadas.
Lembre-se de que a lista original foi compilada através da chuva de idéias (Brainstorming),
onde todas as idéias foram incluídas. Agora, você precisa identificar os itens que tem a maior
probabilidade de ser a causa (ou uma das causas). Marque (Circule) os itens que parecem ser
mais promissores e que deverão ser investigados mais a fundo.
7. Se não houver um consenso sobre as áreas prioritárias a investigar, utilize algum tipo de
sistema de votação para reduzir formalmente as escolhas com maior chance de sucesso.
8. Para cada item marcado (circulado), discuta como este item impactará o problema.
9. Crie um plano de ação para resolver as causas marcadas (circuladas). Lembre-se de que pode
haver várias causas potenciais interagindo para criar o problema. O plano de ação deve levar
em conta essas interdependências.
Em vários casos, as causas podem ser muito complexas, ou os participantes podem não ter
informações suficientes. Nestes casos, você deverá atribuir uma ou mais pessoas para analisar as
causas e coletar mais informações fora da reunião. Após, organize outra reunião para concluir o
processo.
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Outras Regras de uma Sessão para Resolver Problemas Utilizando a Técnica de Diagrama da
Causa e Efeito
Utilize estas regras adicionais e as técnicas em suas sessões.
• Assegure-se de que todos concordam sobre o problema que você está tentando resolver. O
processo da chuva de idéias (Brainstorming) pode se tornar caótico e confuso se as pessoas
estiverem tentando resolver problemas diferentes.
• Utilize técnicas formais da chuva de idéias (Brainstorming) para reunir as listas iniciais de
categorias principais e as causas detalhadas. Todas as idéias devem ser incluídas. A discussão
deve-se limitar a compreender as idéias e não revisá-las ou ver se são válidas ou não.
• Pode haver uma tendência de pular das categorias principais para as resoluções. Certifique-se
de que todas as categorias principais serão examinadas para identificar as causas antes de
começar o processo para resolver o problema.
• Não deixe o diagrama ficar muito amontoado. Se uma categoria se tornar predominante, ela
poderá ser levada para um segundo diagrama.
Não se esqueça:
• Bons gerentes estão sempre atentos a oportunidades e ameaças;
• Grandes avanços tecnológicos, novos usos para antigos produtos, e formas inovadoras
de se gerenciar riscos são boas chances de oportunidade para uma empresa;
• Um bom gerente transforma risco em oportunidade.
Observação:
• Ao levantamento das Oportunidades e Ameaças, dá-se o nome de Análise do
Ambiente Externo.
• Ao levantamento dos Pontos Fortes e Pontos Fracos, dá-se o nome de Análise do
Ambiente Interno.
3. BIBLIOGRAFIA