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O Modelo de Auto-Avaliação das BE:
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Metodologias de operacionalização (parteI)
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Margarida Araújo
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Agrupamento de Escolas de Mões
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PLANEAR A AVALIAÇÃO
1. Avaliar Porquê?
“A finalidade central do processo de auto-avaliação das bibliotecas escolares reside na criação de um ciclo com vista a uma melhoria contínua
do trabalho que é desenvolvido. Esse trabalho é analisado em termos de processos e de resultados e impactos:
Os processos incidem sobre a verificação do trabalho que é realizado pela escola e pela biblioteca (por exemplo, criação de guiões de apoio
ao trabalho na biblioteca; procedimentos no âmbito da gestão da colecção).
Os resultados e impactos incidem fundamentalmente sobre a verificação dos efeitos desse trabalho nas aprendizagens dos alunos (por
exemplo, aumento das competências em literacia da informação) e na própria biblioteca (por exemplo, aumento da sua utilização pelos docentes)”.
(versão final do MAABE)
2. Calendarização
Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Diagnostico
Constituição da equipa
Selecção do domínio
Indicadores a avaliar
Redacção;
divulgação do relatório
Elaboração do
plano de
melhoria
Vivemos numa sociedade da informação (quantidade imensa de informação disponível, em todos os formatos, incluindo o digital)
mas, apesar do aumento das taxas e dos anos de escolarização a população evidencia incapacidades de domínio da leitura, da escrita e
do cálculo, vendo por isso, diminuída a sua capacidade de participação na vida social. Esta falta de competências pode ter a ver com
aprendizagens insuficientes, mal sedimentadas ou pouco utilizadas na vida.
Literacia é a capacidade de cada indivíduo compreender e usar a informação escrita contida em vários materiais, impressos ou
não, de modo a atingir os seus objectivos, a desenvolver os seus próprios conhecimentos e competências. Literacia é mais do que a
simples compreensão e descodificação de textos, inclui também um conjunto de competências de processamento de informação que são
usadas na resolução de tarefas associadas com o trabalho, a vida pessoal e os contextos sociais. Não se trata, pois, dos níveis de
escolaridade atingidos.
Uma vez que a literacia não é algo estático, as competências das pessoas podem sofrer evolução das suas capacidades
individuais de acordo com os níveis de exigência das sociedades num determinado momento.
Assim, assumimos que o conjunto de competências pode e deve ser aperfeiçoado ao longo do tempo e através da experiência
adquirida em pesquisa, selecção e avaliação da informação. É por isso que foi escolhido este domínio/subdomínio. À Biblioteca coloca-se
um desafio, entre outros: disponibilizar um serviço onde os seus utilizadores podem adquirir um conjunto de competências que os tornem
mais autónomos na pesquisa, selecção e organização da informação. Apoiar os utilizadores na conversão em conhecimento, ou seja, em
informação útil, prática e aplicável, toda a informação a que têm acesso, cada vez mais, através do desenvolvimento de tecnologias,
designadamente a Internet.
A Biblioteca tem de se assumir como um dos parceiros fundamentais na escola para o desenvolvimento daquelas competências.
Temos consciência da dificuldade de implementação de acções concretas neste domínio e por essa razão cremos que esta avaliação nos
vai apontar caminhos para a melhoria e, simultaneamente, servir como “acção de marketing” dos próprios serviços e missão da
Biblioteca, alertando a comunidade educativa para a necessidade de parcerias e de trabalho colaborativo.
“domínio a priori considerado “fraco” no trabalho da biblioteca e que, por isso,
se pretende analisar em maior profundidade para perspectivar de forma mais segura a melhoria;”
2. Recolher evidências
A auto-avaliação deverá estar baseada em evidências. As evidências revelam o trabalho realizado, as actividades desenvolvidas e os
resultados e o impacto alcançados. No caso do modelo de autoavaliação, as evidências incidem sobre:
• os processos – qual é o trabalho realizado e como;
• os resultados e impactos – como é que os serviços estão a corresponder às necessidades dos utilizadores; como é que a
acção da BE exerce influência sobre as actividades de docentes e alunos; como é que a BE ajuda a atingir determinados
objectivos do Projecto da Escola; como é que o trabalho da/com a BE concorre para os objectivos curriculares, etc
Podem ser considerados vários tipos de evidências:
• Dados quantitativos referentes ao funcionamento da BE:
• Consultas a docentes, alunos e outros elementos:
• questionários e listas de verificação (checklists)
• registos de projectos/actividades
• comentários
• registos de reuniões
• Análise de documentação:
○ Documentos que regulam a actividade da escola (PEE, PCT, RI, etc.);
○ Documentos relativos à actividade da BE: Plano de desenvolvimento, programas e relatórios de actividades;
regulamentos e políticas da BE;
○ grelhas de registo, entre outros
Será sempre necessário observar atentamente as grelhas e inquéritos anexos ao MAABE, analisá-los e fazer as adaptações necessárias
à nossa escola/BE.
2. Analisar dados
Terá de ser feita uma análise quantitativa e qualitativa relativamente aos dados colhidos nos diferentes instrumentos utilizados.
3. Relatório final.
Depois de se decidir em qual dos níveis de desempenho se situa a biblioteca no domínio ou subdomínio avaliado, de acordo com os
perfis de desempenho descritos na tabela (fornecida pelo MAABE), registam-se no Quadro - Síntese, o tipo de evidências recolhidas, o
nível atingido e como se pode melhorar o nível de desempenho. É depois desta tarefa que se registam os resultados da auto-avaliação
realizada no Relatório Anual da Biblioteca Escolar, de modo a que possa ser utilizado internamente, na auto-avaliação da escola e como
fonte de informação para a avaliação externa.
5. Plano de melhoria
Após a determinação dos pontos fortes e fracos será necessária uma reflexão cuidada sobre o que foi realizado e o que ficou por
realizar, o que falhou e as razões dessas falhas. Chega então o tempo de pensar como melhorar o nosso trabalho e dar
resposta a perguntas como: o que fazer e como para alterar os resultados obtidos. Quem nos pode(deve) ajudar? Com quem
podemos contar? Que recursos temos e como os mobilizar? Só então poderemos elaborar os novos objectivos e delinear
novas acções ou repensar as já levadas a cabo.
Domínio Apoio ao desenvolvimento curricular
Actas do CP e de departamentos.
A BE estimula a inserção nas unidades curriculares, áreas de
projecto, estudo acompanhado/apoio ao estudo e outras actividades, do
ensino e treino contextualizado de competências de informação.
Fotografias das actividades.
A BE produz e divulga, em colaboração com os docentes, guiões de
Grelhas de observação.
pesquisa e outros materiais de apoio ao trabalho de exploração dos
Bibliografia
Texto da Sessão.
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares - Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares [Online].[23-11-2009]. Disponível em
URL: http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=10018