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de vida daquela sociedade. Alm disso, embora saiba que os monstros do bosque no existem,
retorna vila alegando ter matado uma criatura. Desta forma, protege a ordem social,
mantendo o temor que lhes imposto.
H de se ressaltar que a cegueira fisiolgica apresentada pela personagem de
Bryce Dallas Howard pode ser interpretada de duas formas, analisando essa vertente
comparativa com a fora policial: 1- Como uma viso justa, tal qual salientada no incio do
filme. cega para ver alm dos defeitos primrios e, dessa maneira, alcanar as intenes em
cada ato; e 2- Como uma viso conveniente, como representada no fim do filme. uma viso
parcial. Ivy sabe de toda a manipulao exercida pelo Conselho de Ancies, contudo a acata,
a fim de garantir os seus interesses pessoais.
Vale mencionar, ainda, a permissividade cedida a ela pelo dito alto poder, muito
embora consciente da verdade e com poder de destruir tudo aquilo que se construiu naquela
sociedade. Tal permissividade tambm concedida polcia. Objetiva-se manter a segurana,
garantir a ordem pblica, e, todavia, uma forma de defender aquilo que se pretende proteger.
Afinal, qual seria a reao dos populares ao descobrir que so massas de manipulao?
Os ancios e o controle social
Que viver em sociedade da essncia do homem, todos sabemos. Porm, o que o
filme em anlise mostra, e que consequncia desta interao, a possibilidade de se
manifestarem diversos tipos de condutas no meio social, sejam elas lcitas ou ilcitas.
Para Paulo Nader, a interao social, basicamente, vai se realizar de trs formas: a
cooperao, a competio e o conflito. Na cooperao, as pessoas esto movidas por um
mesmo objetivo e valor e por isso conjugam o seu esforo. [...] Na competio h uma
disputa, uma concorrncia, em que as partes procuram obter o que almejam, uma visando
excluso da outra. [...] O conflito se faz presente a partir do impasse, quando os interesses
em jugo no logram uma soluo pelo dilogo e as partes recorrem luta, moral ou fsica,
ou buscam a mediao da justia (NADER, Paulo. Introduo ao estudo do direito, 30 ed.,
Rio de Janeiro: Forense, 2008. p.25).
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