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Todos sabem que a verdadeira reforma passa pela Educação, mas as classes
menos favorecidas, por não possuírem seus próprios meios de comunicação de massa,
atualmente ficam refém dos humores e interesses dos grandes grupos de comunicação
empresarial, que transformam a luta por essa necessidade básica de toda população em
meras bandeiras de interesses demagógicos e circunstanciais, ainda assim, quando não haja
choques com seus próprios interesses empresariais ou políticos.
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Cabe lembrar que, atualmente não existe nenhum país puramente
capitalista, comunista ou socialista, vez que não existe nenhum regime capitalista que não
tenha sido temperado com medidas socializantes a exemplo de reforma agrária;
participação dos empregados nos lucros das empresas; financiamento do mercado de
capitais e empresas com dinheiro público (para salvar a quebra generalizada do modelo
econômico burguês, a exemplo do que ocorreu na recente crise econômica mundial); ou até
mesmo a universalização dos sistemas de saúde ou previdência social, que a vingar pelas
regras capitalistas, remeteriam ao limbo ou a cova, todos aqueles que não pudessem
financiar totalmente estes serviços ou sustentar com recursos próprios as próprias
atividades empresariais.
Por tais motivos, não é correto afirmar que a China não é mais um país
comunista, pelo simples fato de que, a exemplo dos países capitalistas (como descrito
acima), optara por soluções menos ortodoxas ou simplesmente inspiradas no modelo
socioeconômico que lhe é concorrente.
Inicialmente, mister se faz lembrar que para que se possa realizar uma justa
comparação entre duas coisas, necessário se faz escolher paradigmas que guardem as
mesmas condições e obstáculos ao êxito ou fracasso, se comparados aos genuínos
representantes da espécie de coisa que se quer comparar.
Pois bem, a China possui uma população total de 1.350.000.000 (UM bilhão e
trezentos e cinqüenta milhões) de habitantes,
ao passo que os Estados Unidos da América
possuem uma esquálida população de 303.007.997 (Trezentos e três milhões, sete mil e
novecentos e noventa e sete) habitantes; em nada comparável, portanto, à gigantesca
população chinesa, que é portanto, mais que o quádruplo da população Estaduinense.
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China Comunista, o Capitalismo burguês somente é viável na Índia (e mal), se utilizados
instrumentos de opressão a exemplo do sistema de castas. Embora sejam diversos, esses
instrumentos são tão odiosos como aqueles aplicados na China.
E nem se diga que o sistema de castas só existe na Índia, pois apesar deste
fato ser verdadeiro, sem esse sistema de castas seria impossível, em um país tão populoso,
sustentar um regime capitalista com todas as odiosas contradições, que são inerentes ao
sistema socioeconômico burguês. Além do mais, todos sabem - e muitos já sentiram - os
eficientes filtros que dificultam, quando não impedem, a ascensão em massa da tão
desprestigiada classe popular, a exemplo da pura e simples segregação, passando pelo
descaso com o acesso a meios educacionais.
Isso depõe não só contra o capitalismo hindu, mas contra todas as bases do
próprio capitalismo, como sistema socioeconômico viável. É que para se manter como tal,
frente a uma população equivalente à chinesa, o capitalismo não se mostraria viável, sem
empregar meios igualmente tão violentos quanto o chinês (que no sistema hindu, responde
pelo singelo nome de sistema de castas). Do mesmo modo, em qualquer outro país
capitalista que tivesse a mesma população da China, fatalmente se serviriam de expedientes
análogos aos da Índia, para que se pudesse dar viabilidade ao sistema. Atente-se para o fato
de que, muito embora milenar; o sistema de castas hindu, nada mais seria que uma
exacerbação natural das necessidades do capitalismo, caso fosse confrontado com os
problemas inerentes a uma população equivalente à chinesa.