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N.

o 244 — 19-10-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 6983

de Julho de 1977, e estendida a Macau pelo Decreto Nações Unidas, na sua qualidade de depositário da Con-
do Presidente da República n.o 175/99, de 5 de Agosto, venção para a Prevenção e Repressão do Crime de
publicado no Diário da República, 1.a série-A, n.o 181, Genocídio, adoptada pela Assembleia Geral das Nações
de 5 de Agosto de 1999. Unidas em 9 de Dezembro de 1948, comunicou ter o
Governo de Portugal notificado, por nota depositada
Para ser publicado no Boletim Oficial de Macau. em 16 de Setembro, que a Convenção é aplicável ao
território de Macau e que a Convenção entrou em vigor,
Comissão Interministerial sobre Macau, 28 de Setem- para Macau, na data da notificação.
bro de 1999. — António Nunes de Carvalho Santana Portugal é Parte da Convenção, que foi aprovada,
Carlos. para ratificação, pela Resolução da Assembleia da
República n.o 37/98, publicada no Diário do República
Aviso n.o 167/99 1.a série-A, n.o 160, de 14 de Julho de 1998, e estendida
a Macau pelo Decreto do Presidente da República
Por ordem superior se torna público que, por nota
n.o 187/99, de 24 de Setembro, publicado no Diário da
de 23 de Setembro de 1999, o Director-Geral da Orga-
República, 1.a série-A, n.o 224, de 24 de Setembro de
nização Internacional do Trabalho, na sua qualidade
1999.
de depositário da Convenção n.o 115 da OIT, relativa
à protecção dos trabalhadores contra as radiações ioni-
zantes, adoptada em Genebra em 21 de Junho de 1960, Para ser publicado no Boletim Oficial de Macau.
comunicou ter o Governo de Portugal notificado, em Comissão Interministerial sobre Macau, 28 de Setem-
6 de Setembro de 1999, que a Convenção é aplicável bro de 1999. — António Nunes de Carvalho Santana
ao território de Macau. Carlos.
Portugal é Parte da Convenção, que foi aprovada,
para ratificação, pelo Decreto n.o 26/93, de 18 de Agosto,
publicado no Diário da República, 1.a série-A, n.o 193,
de 18 de Agosto de 1993, e estendida a Macau pelo MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
Decreto do Presidente da República n.o 169/99, de 5 DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS
de Agosto, publicado no Diário da República, 1.a série-A,
n.o 181, de 5 de Agosto de 1999. Decreto-Lei n.o 415/99
de 19 de Outubro
Para ser publicado no Boletim Oficial de Macau.
Comissão Interministerial sobre Macau, 28 de Setem- A Directiva n.o 72/462/CEE, do Conselho, de 12 de
bro de 1999. — António Nunes de Carvalho Santana Dezembro, relativa aos problemas sanitários e de polícia
Carlos. sanitária na importação de animais das espécies bovina,
suína, ovina e caprina e de carnes frescas ou de produtos
à base de carne provenientes de países terceiros, com
Aviso n.o 168/99
as alterações que lhe foram introduzidas pelas Directivas
Por ordem superior se torna público que, por nota n.os 75/379/CEE, 77/96/CEE, 77/98/CEE, 81/476/CEE,
de 23 de Setembro de 1999, o Director-Geral da Orga- 83/91/CEE, 86/469/CEE, 87/64/CEE, 88/289/CEE,
nização Internacional do Trabalho, na sua qualidade 89/227/CEE, 89/662/CEE, 90/423/CEE, 90/425/CEE,
de depositário da Convenção n.o 144 da OIT, relativa 90/675/CEE, 91/69/CEE, 91/266/CEE, 91/496/CEE,
às consultas tripartidas destinadas a promover a exe- 91/497/CEE e 91/688/CEE, bem como pela Decisão
cução das normas internacionais do trabalho, adoptada n.o 90/13/CEE, foi transposta para o ordenamento jurí-
em Genebra em 21 de Junho de 1976, comunicou ter dico nacional pelo Decreto-Lei n.o 6/92, de 22 de
o Governo de Portugal notificado, em 6 de Setembro Janeiro, e pela Portaria n.o 41/92, de 22 de Janeiro,
de 1999, que a Convenção é aplicável ao território de com as alterações que lhe foram introduzidas pelas Por-
Macau. tarias n.os 553/93, de 29 de Maio, e 1318/93, de 30
Portugal é Parte da Convenção, que foi aprovada, Dezembro.
para ratificação, pelo Decreto n.o 63/80, de 2 de Agosto, As Directivas n.os 96/91/CE, do Conselho, de 17 de
publicado no Diário da República, 1.a série, n.o 177, de Dezembro, 97/76/CE, do Conselho, de 16 de Dezembro,
2 de Agosto de 1980, e estendida a Macau pelo Decreto e 97/79/CE, do Conselho, de 18 de Dezembro, que entre-
do Presidente da República n.o 170/99, de 5 de Agosto, tanto foram publicadas e alteram igualmente a já citada
publicado no Diário da República, 1.a série-A, n.o 181, Directiva n.o 72/462/CEE, determinam uma nova alte-
de 5 de Agosto de 1999. ração da Portaria n.o 41/92, de 22 de Janeiro, tendo
em vista a sua transposição.
Para ser publicado no Boletim Oficial de Macau. No entanto, a actual dispersão de actos legislativos
relativos a esta matéria e a necessidade de dar cum-
Comissão Interministerial sobre Macau, 28 de Setem-
primento ao disposto no n.o 9 do artigo 112.o da Cons-
bro de 1999. — António Nunes de Carvalho Santana
tituição impõem a revogação da legislação nacional atrás
Carlos.
citada e a sua substituição pelo presente diploma, que
transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva
Aviso n.o 169/99
n.o 72/462/CEE e respectivas alterações, designada-
Por ordem superior se torna público que, por nota mente as que lhe foram introduzidas pelas Directivas
de 17 de Setembro de 1999, o Secretário-Geral das n.os 96/91/CE e 97/76/CE.
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Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das c) O não cumprimento das condições exigidas para
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. a importação de produtos à base de carne refe-
Assim: ridos no capítulo IV do anexo A ao presente
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da diploma;
Constituição, o Governo decreta, para valer como lei d) A não apresentação dos certificados referidos
geral da República, o seguinte: nos artigos 7.o, 17.o e 19.o do anexo A ao pre-
sente diploma.
Artigo 1.o
2 — A tentativa e a negligência são puníveis.
Objecto

O presente diploma estabelece as regras de polícia Artigo 6.o


sanitária a que devem obedecer as importações de ani- Sanções acessórias
mais das espécies bovina, suína, ovina e caprina e de
carnes frescas ou de produtos à base de carne prove- Podem ser aplicadas, simultaneamente com a coima,
nientes de países terceiros, transpondo para a ordem as seguintes sanções acessórias:
jurídica nacional a Directiva n.o 72/462/CEE, do Con-
a) Perda de objectos pertencentes ao agente;
selho, de 12 de Dezembro, com as alterações que lhe
b) Interdição do exercício de uma profissão ou acti-
foram introduzidas pelas Directivas n.os 96/91/CE e
vidade cujo exercício dependa de título público
97/76/CE.
ou de autorização ou homologação de autori-
Artigo 2.o dade pública;
c) Privação do direito a subsídio ou benefício
Regulamentação
outorgado por entidades ou serviços públicos;
As normas técnicas de execução do presente diploma d) Privação do direito de participar em feiras ou
constam do anexo A ao presente diploma, do qual fazem mercados;
parte integrante. e) Privação do direito de participação em arrema-
tações ou concursos públicos que tenham por
Artigo 3.o objecto a empreitada ou a concessão de obras
públicas, o fornecimento de bens e serviços, a
Direcção, coordenação e controlo
concessão de serviços públicos e a atribuição
A direcção, coordenação e controlo das acções a de licenças ou alvarás;
desenvolver para a execução do presente diploma e res- f) Encerramento de estabelecimento cujo funcio-
pectivo anexo competem às entidades que detêm atri- namento esteja sujeito à autorização ou licença
buições nas matérias reguladas no mesmo e nas Regiões de autoridade administrativa;
Autónomas dos Açores e da Madeira aos serviços com- g) Suspensão de autorizações, licenças e alvarás.
petentes dos respectivos Governos Regionais.
Artigo 7.o
Artigo 4.o Instrução, aplicação e destino das coimas
Fiscalização
1 — A aplicação das coimas e sanções acessórias com-
Compete à Direcção-Geral de Veterinária, à Direc- pete ao director-geral de Fiscalização e Controlo da
ção-Geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Ali- Qualidade Alimentar.
mentar e às direcções regionais de agricultura assegurar 2 — A entidade que levantar o auto de notícia reme-
a fiscalização do cumprimento das normas constantes terá o mesmo à direcção regional de agricultura da área
em que foi praticada a infracção para instrução do com-
do presente diploma e suas disposições regulamentares,
petente processo.
sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras
3 — A afectação do produto das coimas cobradas em
entidades.
aplicação do artigo 5.o far-se-á da seguinte forma:
Artigo 5.o
a) 10 % para a entidade que levantou o auto;
Regime sancionatório b) 10 % para a entidade que instruiu o processo;
c) 20 % para a entidade que aplicou a coima;
1 — Sem prejuízo do disposto no Decreto-Lei d) 60 % para os cofres do Estado.
n.o 28/84, de 20 de Janeiro, constitui contra-ordenação
punível com coima de 50 000$ a 750 000$ ou até
9 000 000$, consoante o agente seja pessoa singular ou Artigo 8.o
colectiva: Norma revogatória
a) O não cumprimento das condições exigidas para
São revogados o Decreto-Lei n.o 6/92, de 22 de
a importação de animais das espécies bovina, Janeiro, e as Portarias n.os 41/92, de 22 de Janeiro,
suína, ovina e caprina referidas no capítulo II 553/93, de 29 de Maio, e 1318/93, de 30 de Dezembro.
do anexo A ao presente diploma;
b) O não cumprimento das condições exigidas para Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 9
a importação de carnes frescas referidas no de Junho de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter-
capítulo III do anexo A ao presente diploma; res — António Luciano Pacheco de Sousa Franco — Joa-
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quim Augusto Nunes de Pina Moura — Luís Manuel constante da lista estabelecida comunitaria-
Capoulas Santos. mente, dos países ou de parte de países em pro-
veniência dos quais é autorizada a importação
Promulgado em 23 de Setembro de 1999. e a partir do qual as importações não se encon-
trem proibidas;
Publique-se. c) Às carnes e produtos à base de carne corres-
pondentes a pequenos envios destinados a par-
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
ticulares, desde que se trate de importações des-
providas de qualquer carácter comercial, na
Referendado em 1 de Outubro de 1999. medida em que a quantidade expedida não
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira ultrapasse 1 kg e sob reserva de que essa carne
Guterres. e produtos à base de carne provenham de um
país terceiro ou parte de um país terceiro cons-
ANEXO A tante da lista estabelecida comunitariamente,
dos países ou de parte de países em proveniência
Regulamento das Condições Sanitárias e de Polícia Sanitária dos quais é autorizada a importação e a partir
Relativas à Importação de Animais das Espécies Bovina,
Suína, Ovina e Caprina, de Carnes Frescas e de Produtos do qual as importações não se encontrem
à Base de Carne Provenientes de Países Terceiros. proibidas;
d) À carne e produtos à base de carne que se
encontrem, a título de abastecimento do pessoal
CAPÍTULO I e dos passageiros, a bordo dos meios de trans-
porte que efectuam transportes internacionais,
Disposições gerais sendo que, quando forem descarregados, e sem
prejuízo do disposto no n.o 3, essa carne e esses
Artigo 1.o produtos à base de carne ou os respectivos des-
perdícios de cozinha devem ser destruídos;
1 — O presente Regulamento aplica-se às importa-
ções provenientes de países terceiros: e) Aos produtos à base de carne que tenham sido
sujeitos a um processo de destruição de micror-
a) De animais domésticos de criação, de produção ganismos, através de tratamento pelo calor em
ou de abate das espécies bovina e suína; recipiente hermético cujo tempo necessário
b) De animais domésticos de reprodução, de cria- (FO) seja superior ou igual a três minutos, na
ção, de engorda ou de abate das espécies ovina medida em que a quantidade não exceda 1 kg:
e caprina;
c) De carnes frescas provenientes de animais i) Contidos nas bagagens pessoais dos via-
domésticos das espécies bovina (incluindo as jantes e destinados ao seu consumo
espécies Bubalus bubalis e Bison bison), suína, pessoal;
ovina e caprina, assim como de solípedes ii) Que sejam objecto de pequenos envios
domésticos;
destinados a particulares, na medida em
d) De carnes frescas de artiodáctilos e de solípedes
que se trate de importações desprovidas
selvagens, desde que se trate de importações
admissíveis provenientes de certos países ter- de qualquer carácter comercial.
ceiros de origem;
e) De produtos à base de carne provenientes das 3 — É possível não recorrer à destruição referida na
carnes frescas de animais domésticos das espé- alínea d) do n.o 2 quando a carne ou os produtos à
cies bovina (incluindo as espécies Bubalus buba- base de carne passarem, directamente ou após terem
lis e Bison bison), suína, ovina e caprina e de sido colocados provisoriamente sob controlo aduaneiro,
solípedes domésticos, com excepção das refe- desse meio de transporte para um outro.
ridas no artigo 5.o da Portaria n.o 971/94, de
29 de Outubro, e nas correspondentes dispo-
sições do artigo 14.o deste diploma. Artigo 2.o

2 — O presente Regulamento não se aplica: Para efeitos do disposto no presente diploma, enten-
de-se por:
a) Aos animais destinados, a título provisório,
exclusivamente à pastagem ou ao trabalho na
a) Exploração — a empresa agrícola, industrial ou
proximidade da fronteira da Comunidade;
b) À carne e produtos à base de carne contidos comercial, oficialmente controlada, localizada
nas bagagens pessoais dos viajantes e destinados no território de um país terceiro e que mantém
ao seu próprio consumo, na medida em que ou cria de modo habitual animais das espécies
a quantidade transportada não ultrapasse 1 kg bovina ou suína de criação, de rendimento ou
por pessoa e sob reserva de que essa carne e de abate, ou animais das espécies ovina ou
produtos à base de carne provenham de um caprina de reprodução, de criação, de engorda
país terceiro ou de uma parte de um país terceiro ou de abate;
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b) Autoridade competente — a Direcção-Geral de levados para o matadouro, quer directamente


Veterinária (DGV), enquanto autoridade sani- quer após passagem por um mercado ou por
tária veterinária nacional, sem prejuízo das com- um centro de concentração autorizado, para
petências atribuídas por lei a outras entidades; serem aí abatidos;
c) Veterinário oficial — o veterinário designado q) Ovinos ou caprinos de reprodução, de produção
pela autoridade competente de um Estado e de engorda — os animais das espécies ovina
membro ou de um país terceiro; ou caprina, com excepção dos mencionados na
d) Efectivo — animal ou conjunto de animais man- alínea z), destinados a ser encaminhados para
tidos numa exploração, na acepção da alínea b) o local de destino, quer directamente quer após
do artigo 2.o do Regulamento aprovado pela passagem num mercado ou num centro de con-
Portaria n.o 243/94, de 18 de Abril, como uni- centração autorizado;
dade epidemiológica; se existir mais de um efec- r) Exploração de ovinos ou caprinos oficialmente
tivo numa exploração, devem formar uma uni- indemne de brucelose — a exploração que satis-
dade distinta com o mesmo estatuto sanitário; faz as condições previstas no anexo à Portaria
e) Animal de abate — bovino (incluindo as espé- n.o 233/91, de 22 de Março;
cies Bison bison e Bubalus bubalis) ou suíno des- s) Exploração de ovinos ou de caprinos indemne
tinado a um matadouro ou a um mercado a de brucelose — a exploração que satisfaz as con-
partir do qual só pode ser transportado para dições previstas no anexo à Portaria n.o 233/91,
efeitos de abate; de 22 de Março;
f) Animal para reprodução ou produção — bovino t) Carnes — todas as partes de animais domésticos
(incluindo as espécies Bison bison e Bubalus das espécies bovina, incluindo as espécies Buba-
bubalis) ou suíno não abrangido pela alínea e) lus bubalis e Bison bison, suína, ovina e caprina,
destinado à reprodução, à produção de leite ou bem como de solípedes domésticos, próprias
de carne, a trabalhar como animal de tiro ou para consumo humano;
a exposições ou concursos, com excepção dos u) Carnes frescas — carnes, incluindo as carnes
animais que participem em acontecimentos cul- acondicionadas por vácuo ou em atmosfera con-
turais e desportivos; trolada, que não tenham sofrido qualquer tra-
tamento destinado a assegurar a sua conserva-
g) Efectivo bovino oficialmente indemne de tuber-
ção, com exclusão do tratamento pelo frio;
culose — efectivo bovino que satisfaz as con-
v) Carnes separadas mecanicamente — carnes sepa-
dições definidas na secção I, n.os 1, 2 e 3, do
radas mecanicamente dos ossos carnudos, com
anexo A do Decreto-Lei n.o 157/98, de 9 de
excepção dos ossos da cabeça, das extremidades
Junho;
dos membros abaixo das articulações carpianas
h) Região oficialmente indemne de tuberculose —
e tarsianas, bem como das vértebras coccígeas
região que satisfaz as condições definidas na
dos suínos, nos termos do n.o 10.o da Portaria
secção I, n.os 4, 5 e 6, do anexo A do Decreto-Lei n.o 1164/90, de 29 de Novembro;
n.o 157/98, de 9 de Junho;
x) Carcaças — o corpo inteiro de um animal de
i) Efectivo bovino oficialmente indemne de bru- talho, depois da sangria, da evisceração, da abla-
celose — efectivo bovino que satisfaz as condi- ção das extremidades dos membros ao nível do
ções definidas na secção II, n.os 1, 2 e 3, do carpo e do tarso, da cabeça, da cauda e das
anexo A do Decreto-Lei n.o 157/98, de 9 de glândulas mamárias e ainda, no caso dos bovi-
Junho; nos, ovinos, caprinos e solípedes, depois da
j) Região oficialmente indemne de brucelose — esfola, podendo, no caso dos suínos, não ser
região que satisfaz as condições definidas na praticada a ablação das extremidades dos mem-
secção II, n.os 7, 8 e 9, do anexo A do Decreto-Lei bros a nível do carpo, do tarso e da cabeça,
n.o 157/98, de 9 de Junho; se as carnes se destinarem a ser tratadas nos
l) Efectivo bovino indemne de brucelose — efec- termos da Portaria n.o 1164/90, de 29 de
tivo bovino que satisfaz as condições definidas Novembro;
na secção II, n.os 4, 5 e 6, do anexo A do Decre- z) Miudezas — as carnes frescas não incluídas nas
to-Lei n.o 157/98, de 9 de Junho; carcaças, mesmo quando presas a elas pelas suas
m) Efectivo oficialmente indemne de leucose bovina ligações naturais;
enzoótica — efectivo que satisfaz as condições aa) Vísceras — as miudezas das cavidades torácica,
definidas no capítulo I, partes A e B, do anexo D abdominal e pélvica, incluindo a traqueia e o
do Decreto-Lei n.o 157/98, de 9 de Junho; esófago;
n) Região indemne de leucose bovina enzoó- bb) País de expedição — o país terceiro a partir do
tica — região que satisfaz as condições definidas qual os animais, as carnes frescas ou os produtos
no capítulo I, partes E, F e G, do anexo D do à base de carne são expedidos;
Decreto-Lei n.o 157/98, de 9 de Junho; cc) País de destino — o Estado membro para o qual
o) Doenças de comunicação obrigatória — as doen- são expedidos animais, carnes frescas ou pro-
ças referidas no anexo E (I) do Decreto-Lei dutos à base de carne provenientes de um país
n.o 157/98, de 9 de Junho; terceiro;
p) Ovinos ou caprinos de abate — os animais das dd) Estabelecimento — qualquer matadouro, esta-
espécies ovina ou caprina destinados a serem belecimento de corte e entreposto frigorífico
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aprovado ou um conjunto desses estabelecimen- b) Nos quais não tenham sido efectuadas, desde
tos aprovados e registados, ou qualquer empresa há 12 meses, vacinas contra as doenças referidas
que fabrique produtos à base de carne; na subalínea i) da alínea a), às quais esses ani-
ee) Produtos à base de carne — os produtos fabri- mais sejam receptivos.
cados a partir de carne ou com carne que tenha
sofrido um tratamento tal que a superfície de 2 — Só é autorizada a introdução no território nacio-
corte à vista permita verificar o desapareci- nal de animais que pertençam a uma espécie sensível
mento das características da carne fresca, não à febre aftosa provenientes do território de países ter-
se considerando, no entanto, produtos à base ceiros se obedecerem às seguintes condições:
de carne:
a) No caso de os animais provirem de um país
i) As carnes que só tenham sido submetidas terceiro indemne de febre aftosa há pelo menos
a um tratamento pelo frio e que conti- dois anos, que não pratique a vacinação há pelo
nuam sujeitas às regras dos diplomas menos 12 meses e não autorize a entrada no
próprios; seu território de animais vacinados durante os
ii) Os produtos abrangidos pelo Decreto- 12 meses anteriores, desde que prestem uma
-Lei n.o 62/96, de 25 de Maio; garantia de que não foram vacinados contra a
febre aftosa;
ff) Tratamento — processo químico ou físico, tal b) No caso de os animais provirem de um país
como o aquecimento, a fumagem, a salga, a terceiro indemne de febre aftosa há pelo menos
marinagem, a salga profunda ou a dessecação, dois anos que pratique a vacinação e autorize
destinado a prolongar a conservação das carnes a entrada de animais vacinados no seu território,
ou dos produtos de origem animal associados desde que exista uma garantia:
ou não a outros géneros alimentícios, ou uma
combinação desses diferentes processos; i) Que os animais não foram vacinados con-
gg) País terceiro — o país no qual não se aplicam tra a febre aftosa;
o Decreto-Lei n.o 157/98, de 9 de Junho, o ii) Que os bovinos apresentaram reacção
Decreto-Lei n.o 178/93, de 12 de Maio, o Decre- negativa ao teste de pesquisa do vírus da
to-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro, e a Portaria febre aftosa efectuado pelo método da
n.o 233/91, de 22 de Março; raspagem laringo-faríngica (Probang-
hh) Zona indemne de epizootia — zona na qual os -test);
animais não foram, segundo as verificações ofi- iii) Que os animais reagiram negativamente
ciais, atingidos por qualquer doença contagiosa a um teste serológico efectuado para
da lista elaborada de acordo com o processo detectar a presença de anticorpos da
comunitariamente previsto, durante um período febre aftosa;
e num raio definidos de acordo com esse mesmo iv) Que os animais foram isolados no país
processo; de exportação num centro de quarentena
ii) Importação — a introdução no território da durante 14 dias, sob vigilância de um
Comunidade de animais, carnes frescas ou de veterinário oficial. Para o efeito, nenhum
produtos à base de carne provenientes de países animal colocado no centro de quarentena
terceiros. deve ter sido vacinado contra a febre
aftosa durante os 21 dias anteriores à
exportação e nenhum animal, além dos
CAPÍTULO II que fazem parte do lote, deve ter sido
introduzido no centro durante o mesmo
Importação de animais das espécies bovina,
período;
suína, ovina e caprina
v) De colocação em quarentena por um
período de 21 dias;
Artigo 3.o
l — Só é autorizada a importação dos animais refe- c) No caso de os animais provirem de um país
ridos no presente diploma provenientes de países terceiro não indemne de febre aftosa há pelo
terceiros: menos dois anos:

a) Indemnes das doenças às quais os animais sejam i) As garantias referidas nas alíneas ante-
receptivos: riores;
ii) Garantias suplementares, a determinar
i) Desde há 12 meses, quanto à peste de acordo com o procedimento comu-
bovina, à peripneumonia contagiosa dos nitariamente previsto.
bovinos, à febre catarral ovina, à peste
suína africana e à paralisia suína conta- 3 — Para efeitos de aplicação do disposto no número
giosa (doença de Teschen), peste dos anterior, o país terceiro pode continuar a ser conside-
pequenos ruminantes, doença epizoótica rado indemne de febre aftosa há pelo menos dois anos
hemorrágica, varíola ovina, varíola mesmo que se tenha registado, numa parte determinada
caprina e febre do Vale do Rift; do seu território, um número limitado de focos de
ii) Desde há seis meses, quanto à estomatite doença, desde que tais focos tenham sido eliminados
vesiculosa contagiosa; num prazo inferior a três meses.
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4 — No que diz respeito à peste suína clássica, os Artigo 7.o


suínos devem ser originários do território de um país
terceiro que: 1 — Só é autorizada a importação de animais das
espécies bovina, suína, ovina e caprina mediante apre-
a) Esteja indemne de peste suína clássica há pelo sentação de um certificado passado por um veterinário
menos 12 meses; oficial do país terceiro exportador.
b) Não permitiu a vacinação nos 12 meses ante- 2 — O certificado deve:
riores;
c) Não permite a entrada no seu território de suí- a) Ser emitido no dia do carregamento dos animais
nos que tenham sido vacinados há menos de para expedição para o país de destino;
12 meses. b) Ser redigido em português e numa das línguas
do país onde se efectuar o controlo da impor-
Artigo 4.o tação;
c) Acompanhar os animais no seu exemplar ori-
1 — Só é autorizada a importação dos animais refe- ginal;
ridos no presente diploma de um país terceiro quando d) Certificar que os animais das espécies bovina,
estes correspondam às condições de polícia sanitária suína, ovina e caprina obedecem às condições
adoptadas em conformidade com o procedimento comu- previstas no presente diploma e às estabelecidas
nitário para as importações provenientes desse país ter- para as importações de países terceiros;
ceiro, conforme a espécie e o destino dos animais. e) Compreender uma só folha;
2 — Para efeitos de fixação das condições de polícia f) Ser previsto para um só destinatário.
sanitária a que se refere o n.o 1:
a) As normas constantes do anexo A do Decre- 3 — O certificado deve estar em conformidade com
to-Lei n.o 157/98, de 9 de Junho, são aplicáveis, o modelo estabelecido de acordo com o procedimento
como base de referência, para a tuberculose dos comunitariamente previsto.
bovinos, a brucelose dos bovinos e dos suínos;
b) As normas constantes dos artigos 4.o, 5.o, 6.o,
7.o e 8.o do presente diploma, bem como as Artigo 8.o
da Portaria n.o 233/91, de 22 de Março, são apli-
cáveis, como base de referência, para as doenças 1 — Após a sua chegada ao território nacional, os
a que os ovinos e os caprinos são sensíveis. animais de abate devem ser conduzidos directamente
para um matadouro e, de acordo com as exigências de
polícia sanitária, abatidos o mais tardar no prazo de
Artigo 5.o cinco dias úteis seguintes à sua entrada nesse matadouro.
Sempre que for considerado que as vacinas antiaftosas 2 — Sem prejuízo das condições especiais eventual-
utilizadas num país terceiro contra os tipos de vírus A, mente estabelecidas de acordo com o procedimento
O e C apresentam certas deficiências, é proibida a intro- comunitariamente previsto, a autoridade competente
dução no território nacional de animais das espécies pode, em função de exigências de polícia sanitária, indi-
bovina, suína, ovina e caprina provenientes do país ter- car o matadouro para onde os animais devem ser
ceiro interessado. Deste facto, e identificando os moti- encaminhados.
vos, será dado conhecimento pela autoridade compe-
tente aos outros Estados membros e à Comissão.
CAPÍTULO III
Artigo 6.o Importação de carnes frescas
1 — Só é permitida a importação de animais das espé-
cies bovina, suína, ovina e caprina quando, antes do Artigo 9.o
dia do seu carregamento para expedição, esses animais
tenham permanecido no território, ou parte do território 1 — As carnes frescas devem ser provenientes de ani-
de um país terceiro constante da lista, estabelecida mais que permaneceram no território ou parte de ter-
comunitariamente, dos países ou de partes de países ritório de um país que conste da lista, estabelecida comu-
em proveniência dos quais é autorizada a importação: nitariamente, dos países ou de partes de países em pro-
veniência dos quais é autorizada a importação, pelo
a) Para os animais das espécies bovina e suína de menos durante os três meses que precederam o seu
criação ou de produção e para os animais das abate ou desde o nascimento, se se tratar de animais
espécies ovina ou caprina de reprodução, de com menos de 3 meses de idade.
criação ou de engorda há, pelo menos, seis 2 — Só é autorizada a importação de carnes frescas
meses; provenientes de países terceiros:
b) Para os animais de abate pelo menos durante
três meses. a) Indemnes há 12 meses das seguintes doenças
às quais são receptivos os animais donde essas
2 — Quando se tratar de animais de idade inferior carnes são provenientes: peste bovina, peste
a 6 ou 3 meses, respectivamente, esta permanência será suína africana e paralisia contagiosa dos porcos
imposta a contar da data de nascimento. (doença de Teschen);
N.o 244 — 19-10-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 6989

b) Nos quais nos últimos 12 meses não se admi- anterior serão estabelecidas de acordo com o proce-
nistraram vacinas contra as doenças referidas dimento comunitariamente previsto.
na alínea a) às quais são receptivos os animais
donde essas carnes são provenientes; Artigo 10.o
c) Nos quais não foi detectada peste suína clássica
pelo menos nos 12 meses anteriores, não foi Sem prejuízo das disposições do artigo 9.o, só é auto-
autorizada a vacinação contra a peste suína clás- rizada a importação de carnes frescas provenientes de
sica pelo menos nos 12 meses anteriores e em um país terceiro quando estas correspondem às con-
que nenhum suíno foi vacinado contra a peste dições sanitárias e de polícia sanitária aprovadas de
suína clássica nos 12 meses anteriores. acordo com o procedimento comunitário para as impor-
tações de carnes frescas provenientes desse país, em
3 — A importação de carnes frescas provenientes de conformidade com a espécie animal.
países terceiros:
a) Em que a febre aftosa (estirpes A, O, C) seja Artigo 11.o
endémica, não seja praticado o abate sistemático
1 — Só é permitida a importação de carnes frescas
em caso de aparecimento de um foco de febre
em carcaças, eventualmente em meias carcaças para os
aftosa, ou seja praticada a vacinação, só será
autorizada nas seguintes condições: suínos, em meias carcaças ou em quartos para os bovinos
e solípedes, se for possível reconstituir a carcaça de cada
i) O país terceiro ou uma região do país animal.
terceiro tenha sido objecto de aprovação, 2 — As carnes frescas para serem importadas devem:
nos termos do procedimento comuni-
tário; a) Ter sido obtidas num matadouro que conste da
ii) A carne tenha sido sujeita a maturação, lista estabelecida comunitariamente;
a controlo do respectivo pH, a desossa b) Ser provenientes de um animal de abate que,
e a extracção dos principais gânglios nos termos do capítulo VI do anexo I da Portaria
linfáticos; n.o 971/94, de 29 de Outubro, tenha sido objecto
iii) A importação de miudezas destinadas ao de uma inspecção sanitária ante mortem asse-
consumo humano será sujeita a restri- gurada por um veterinário oficial e tenha sido
ções, mediante parecer científico auto- considerado apto para abate nos termos das dis-
rizado, podendo ainda ser aplicadas con- posições do presente diploma, com vista à expor-
dições especiais às miudezas destinadas tação para a Comunidade. De acordo com o
à indústria farmacêutica e ao fabrico de procedimento comunitariamente previsto,
alimentos para animais de companhia. podem ser decididas exigências suplementares
Essas restrições e condições serão apro- adaptadas à situação específica de países espe-
vadas de acordo com o procedimento cialmente designados em relação a certas doen-
comunitariamente previsto; ças susceptíveis de comprometer a saúde
humana;
b) Em que seja praticada a vacinação contra as c) Ter sido tratadas em condições de higiene em
estirpes SAT ou ASIA 1 de febre aftosa apenas conformidade com o capítulo VII do anexo I da
será autorizada nas seguintes condições: Portaria n.o 971/94, de 29 de Outubro;
d) Ter sido submetidas, nos termos do capítulo VIII
i) O país terceiro inclua regiões em que a do anexo I da Portaria n.o 971/94, de 29 de Outu-
vacinação não é autorizada e em que não
bro, a uma inspecção sanitária post mortem sob
se registou qualquer foco de febre aftosa
a responsabilidade e o controlo directo de um
nos 12 meses anteriores; essas regiões
serão aprovadas nos termos do procedi- veterinário oficial e não ter apresentado qual-
mento comunitariamente previsto; quer alteração, com excepção das lesões trau-
ii) A carne tenha sido sujeita a maturação, máticas surgidas pouco antes do abate, defor-
desossa e extracção dos principais gân- mações ou alterações localizadas, desde que se
glios linfáticos e não tenha sido impor- verifique, se necessário por meio de exames
tada nas três semanas que se seguem ao laboratoriais apropriados, que estas não tornam
abate; a carcaça e as respectivas miudezas impróprias
iii) Não seja autorizada a importação de miu- para o consumo humano ou perigosas para a
dezas provenientes desses países; saúde humana, podendo ser ainda decididas exi-
gências suplementares adaptadas à situação
c) Em que seja praticada a vacinação e que estejam específica de países especialmente designados,
indemnes de febre aftosa desde há 12 meses, em relação a certas doenças susceptíveis de com-
só será autorizada nas condições estabelecidas prometer a saúde humana;
nos termos do procedimento comunitário; e) Ser portadoras de uma marca de salubridade
d) Em que não seja praticada a vacinação de rotina de acordo com o capítulo XI do anexo I da Por-
e que tenham sido considerados indemnes de taria n.o 971/94, de 29 de Outubro;
febre aftosa, será autorizada, de acordo com f) Ter sido armazenadas, após inspecção sanitária
o procedimento comunitário, nos termos das post mortem efectuada em conformidade com
disposições aplicáveis às trocas comerciais intra- as disposições previstas na alínea a), em esta-
comunitárias. belecimentos com condições de higiene satis-
fatórias em conformidade com o anexo I, capí-
4 — As regras complementares que podem ser apli- tulo XIV, da Portaria n.o 971/94, de 29 de
cadas aos países referidos nas alíneas a) e b) do número Outubro;
6990 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 244 — 19-10-1999

g) Ter sido transportadas em conformidade com Artigo 13.o


o anexo I, capítulo XV, da Portaria n.o 971/94,
de 29 de Outubro, e manipuladas em condições O disposto nos artigos 11.o e 12.o não se aplica:
de higiene satisfatórias. a) Às carnes frescas e aos produtos à base de carne
importados para utilizações diferentes da ali-
3 — Para se proceder à inspecção sanitária post mor- mentação humana;
tem referida no n.o 2, alínea d), para se verificar a con- b) Às carnes frescas destinadas a exposições e a
formidade às condições de higiene referidas no n.o 2, estudos específicos ou a análises, na medida em
alínea c), e para se controlar o cumprimento das pres- que o controlo oficial permite assegurar que
crições do anexo I, capítulo XIV, da Portaria n.o 971/94, estas carnes não são destinadas à alimentação
de 29 de Outubro, o veterinário oficial pode ser ajudado humana e que, quando a exposição termina ou
por assistentes colocados sob a sua responsabilidade. quando os estudos específicos ou a análise foram
Estes auxiliares devem: efectuados, estas carnes, com excepção das
quantidades utilizadas na análise, são retiradas
a) Ser designados pela autoridade central compe- do território da Comunidade ou destruídas.
tente do país expedidor nos termos das dispo- Neste caso e no caso referido na alínea a), a
sições em vigor; carne em questão não pode ser destinada a uti-
b) Ter uma formação apropriada; lizações diferentes daquelas para as quais foi
c) Possuir um estatuto que garanta a sua indepen- autorizada a sua importação;
dência em relação aos responsáveis dos esta- c) Às carnes frescas destinadas exclusivamente ao
belecimentos; aprovisionamento das organizações internacio-
d) Não ter qualquer poder de decisão no resultado nais, desde que essas carnes provenham de
final da inspecção de salubridade. países terceiros autorizados.

Artigo 12.o Artigo 14.o

Em derrogação do n.o 1 do artigo 11.o, podem ser 1 — É proibida a importação para o território nacio-
permitidas importações: nal de:
a) Carnes frescas que provêm de varrascos e de
a) De meias carcaças, de meias carcaças cortadas
suínos criptorquídios;
num máximo de três peças de grandes dimen-
b) Carnes frescas:
sões, de quartos separados ou de miudezas que
satisfaçam as condições previstas nos n.os 2 e i) Provenientes de animais aos quais tenham
3 do artigo 11.o e que provenham de matadouros sido administradas substâncias proibidas
designados para esse fim segundo o procedi- nos termos do Decreto-Lei n.o 62/91, de
mento comunitariamente previsto, devendo a 1 de Fevereiro;
marcação ser efectuada em conformidade com ii) Que contenham resíduos de substâncias
o capítulo X do anexo I da Portaria n.o 971/94, hormonais autorizadas nos termos das
de 29 de Outubro; excepções previstas no artigo 4.o do
b) Peças mais pequenas que os quartos ou carnes Decreto-Lei n.o 62/91, de 1 de Fevereiro,
desossadas ou de miudezas ou de fígados de resíduos de antibióticos, de pesticidas ou
bovino cortados em fatias que provêm de esta- de outras substâncias prejudiciais ou sus-
belecimentos de corte controlados e autorizados ceptíveis de tornar eventualmente o con-
para esse fim segundo o procedimento comu- sumo de carnes frescas perigoso ou
nitariamente previsto. Essas carnes devem, além nocivo para a saúde humana, na medida
das condições previstas nos n.os 2 e 3 do em que estes resíduos ultrapassem os
artigo 11.o, corresponder, pelo menos, às pres- limites de tolerância admitidos;
crições seguintes:
c) Carnes frescas tratadas com radiações ionizan-
i) Ter sido cortadas e obtidas, de acordo tes ou ultravioletas, assim como as carnes frescas
com as prescrições do anexo I, capítulo IX, que provêm de animais aos quais foram admi-
da Portaria n.o 971/94, de 29 de Outubro; nistrados agentes amaciadores de textura ou
ii) Ter sido submetidas ao controlo assegu- outros produtos susceptíveis de alterar a sua
rado por um veterinário oficial, em con- composição ou os seus caracteres organolép-
formidade com as disposições do anexo I, ticos;
capítulo X, da Portaria n.o 971/94, de 29 d) Carnes frescas às quais foram adicionadas subs-
de Outubro; tâncias diferentes das previstas no n.o 58 do
iii) Corresponder, quanto à sua embalagem, capítulo XI do anexo I da Portaria n.o 971/94,
às prescrições do anexo I, capítulo XII, de 29 de Outubro, para a marcação de salu-
da Portaria n.o 971/94, de 29 de Outubro; bridade;
iv) Ser objecto de todos os controlos, efec- e) Carnes frescas provenientes de animais nos
tuados por veterinários da Comunidade, quais se constatou qualquer forma de tubercu-
permitindo assegurar que as disposições lose e as carnes frescas dos animais nos quais
atrás referidas foram respeitadas; se constatou, após abate, qualquer forma de
v) No que se refere às carnes frescas de solí- tuberculose ou a presença de um ou de vários
pedes, serem objecto de controlos tendo cysticercus bovis ou de cysticercus cellulosae, vivos
em vista as restrições eventuais a impor ou mortos, ou a presença de triquinas para os
à sua utilização. animais da espécie suína;
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f) Carnes frescas provenientes de animais abatidos b) Tenham sido obtidos a partir de ou com as car-
demasiadamente jovens; nes frescas definidas no n.o 1 ou a partir de
g) Partes de carcaça ou miudezas que apresentem ou com carne procedente do país de fabrico,
lesões traumáticas surgidas pouco antes do que deve:
abate, malformações, contaminações ou altera-
ções referidas no n.o 2, alínea d), do artigo 11.o; i) Satisfazer determinadas exigências de
h) Sangue; política sanitária a estabelecer, caso a
i) Carnes picadas, carnes cortadas em pedaços de caso, em função da situação sanitária do
modo semelhante e carnes separadas meca- país de fabrico;
nicamente; ii) Provir de um matadouro especialmente
j) Cabeças de bois, assim como as partes da mus- autorizado para fornecimento de carne
culatura e de outros tecidos da cabeça, com ao estabelecimento previsto na alínea a);
exclusão da língua. iii) Dispor de uma marca especial a deter-
minar nos termos do processo comuni-
tariamente previsto;
2 — Em derrogação da alínea j) do número anterior,
só é permitida a importação de músculos masséteres
e de miolos desde que sejam respeitados os requisitos c) Tenham sido submetidos a um tratamento pelo
do n.o 2 do artigo 11.o e do n.o 1, alínea b), subalíneas iii), calor num recipiente hermeticamente fechado
iv) e v), do artigo 12.o cujo valor FO seja igual ou superior a 3,00.

Artigo 16.o
CAPÍTULO IV
Para além das exigências previstas no artigo 15.o, os
Importação de produtos à base de carne produtos à base de carne provenientes de países ter-
ceiros, para que possam ser importados, devem ainda
Artigo 15.o satisfazer as seguintes exigências:
1 — Terem sido obtidos num estabelecimento cons-
1 — Sem prejuízo do disposto no n.o 2 do presente tante da rubrica «Produtos à base de carne» da lista
artigo, os produtos à base de carne devem ter sido ela- dos estabelecimentos em proveniência dos quais é auto-
borados a partir de ou com carnes frescas: rizada a importação de carnes frescas ou de produtos
à base de carne.
a) Que satisfaçam as exigências do artigo 9.o, bem 2 — Provirem de um estabelecimento que satisfaça
como as de eventuais condições específicas de as exigências pertinentes dos anexos B e C do Decre-
polícia sanitária adoptadas em execução do to-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro.
artigo 10.o; ou 3 — Terem sido obtidos em condições de higiene que
b) Que sejam originárias de um Estado membro, satisfaçam as exigências do capítulo II do anexo B do
desde que essas carnes frescas: Decreto-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro.
i) Satisfaçam as exigências do Decreto-Lei 4 — Terem sido obtidos a partir de:
n.o 354/90, de 10 de Novembro; a) Carnes frescas:
ii) Tenham sido encaminhadas, sob controlo
veterinário, para o estabelecimento de i) Provenientes de um estabelecimento cons-
transformação, directamente ou após tante de uma das listas elaboradas nos
terem sido previamente armazenadas termos da Portaria n.o 971/94, de 29 de
num entreposto frigorífico aprovado; Outubro, ou do presente diploma;
iii) Tenham sido submetidas, antes do tra- ii) Que satisfaçam as exigências previstas
tamento, a um controlo efectuado por um nos artigos 11.o e 12.o do presente
veterinário oficial para assegurar que as diploma;
carnes frescas continuam a estar aptas
a ser objecto de um tratamento, nos ter- b) Em caso de aplicação do n.o 2 do artigo 15.o,
mos do Decreto-Lei n.o 342/98, de 5 de as carnes que satisfaçam as exigências especí-
Novembro. ficas fixadas pelo país de fabrico em questão;
c) Produtos à base de carne obtidos num estabe-
2 — São ainda permitidas as importações de produtos lecimento constante, quer da lista, elaborada
à base de carne provenientes de um país terceiro ou comunitariamente, dos estabelecimentos em
de uma parte de um país terceiro, constante da rubrica proveniência dos quais é autorizada a impor-
«Produtos à base de carne» da lista elaborada, esta- tação de carnes frescas ou de produtos à base
belecida comunitariamente, dos países ou de partes de de carne, quer de uma das listas previstas no
países em proveniência dos quais é autorizada a impor- artigo 9.o do anexo A do Decreto-Lei n.o 342/98,
tação, mas a partir dos quais as importações de carnes de 5 de Novembro.
frescas não sejam ou tenham deixado de ser autorizadas,
se os produtos em questão satisfizerem as seguintes 5 — Satisfazerem as exigências gerais estabelecidas
exigências: pelo Decreto-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro, e, em
particular:
a) Provenham de um estabelecimento que, obede-
cendo às condições gerais de aprovação, tenha a) Terem sido submetidos a um dos tratamentos
sido objecto de uma autorização especial para definidos na alínea f) do artigo 2.o do anexo A
esse tipo de produtos; do Decreto-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro;
6992 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 244 — 19-10-1999

b) Terem sido submetidos a um controlo efectuado b) Acompanhar as carnes frescas ou os produtos


por um veterinário oficial de acordo com o dis- à base de carne no seu exemplar original;
posto no capítulo IV do anexo C do Decreto-Lei c) Compreender uma única folha;
n.o 342/98, de 5 de Novembro, e, no caso de d) Serem previstos para um único destinatário.
recipientes hermeticamente fechados, efec-
tuado nos termos das prescrições a estabelecer 3 — O certificado sanitário deve atestar que as carnes
de acordo com o capítulo VIII do anexo C do frescas ou os produtos à base de carne correspondem
Decreto-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro. Na às exigências sanitárias previstas pelo presente diploma
execução desse controlo, o veterinário oficial e às fixadas em sua execução para a importação das
pode ser coadjuvado por assistentes colocados carnes frescas ou dos produtos à base de carne pro-
sob a sua responsabilidade. Esses assistentes venientes do país terceiro.
devem: 4 — O certificado de salubridade deve corresponder,
i) Ser designados pela autoridade central na sua apresentação e no seu conteúdo, para as carnes
competente do país de exportação, nos frescas, ao modelo que figura no anexo B a este Regu-
termos das disposições em vigor; lamento e que dele faz parte integrante e, para os pro-
ii) Possuir uma formação adequada; dutos à base de carne, ao modelo que figura no anexo D
iii) Deter um estatuto jurídico que garanta a este Regulamento e que dele faz parte integrante e
a sua independência face aos responsá- ser emitido no dia do carregamento das carnes frescas
veis dos estabelecimentos; ou dos produtos à base de carne, tendo em vista a expe-
iv) Não ter qualquer poder de decisão quanto dição para o país destinatário.
ao resultado final do controlo;
Artigo 18.o
c) Sempre que haja acondicionamento ou emba-
lagem, serem acondicionados e embalados de À chegada ao território nacional e antes de ser lan-
acordo com o capítulo V do anexo C do Decre- çado no consumo, cada lote de carnes frescas ou de
to-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro; produtos à base de carne é submetido a um controlo
d) Estarem munidos de uma marca de salubridade veterinário, efectuado de acordo com o procedimento
que satisfaça as condições de marcação previstas comunitariamente previsto.
no capítulo VI do anexo C do Decreto-Lei
n.o 342/98, de 5 de Novembro, com excepção Artigo 19.o
das siglas e iniciais previstas para os Estados
membros, as quais devem ser substituídas pela 1 — Cada lote de carnes frescas ou de produtos à
menção do país terceiro de origem, acompa- base de carne importado de um país terceiro, transitando
nhada pelo número de autorização veterinária através de um outro Estado membro onde foram efec-
do estabelecimento de origem; tuados os controlos referidos no artigo 18.o, deve ser
e) Serem armazenados e transportados para o ter- acompanhado por um certificado baseado no modelo
ritório nacional em condições de higiene satis- que figura no anexo C a este Regulamento e que dele
fatórias de acordo com o capítulo VII do anexo C faz parte integrante.
do Decreto-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro, 2 — Esse certificado deve:
e manuseados em condições de higiene satis- a) Ser emitido pelo veterinário oficial do posto de
fatórias. inspecção fronteiriço;
b) Ser emitido no dia do carregamento para expe-
6 — Não terem sido submetidos a radiações ioni- dição das carnes frescas ou dos produtos à base
zantes. de carne para o país de destino;
7 — A importação de tripas e outros produtos refe- c) Ser redigido pelo menos em português;
ridos na alínea b), subalínea iv), do artigo 2.o do anexo A d) Acompanhar o lote de carnes frescas ou de pro-
do Decreto-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro, é auto- dutos à base de carne no seu exemplar original.
rizada desde que sejam acompanhados de certificados
de importação e provenientes de estabelecimentos que
constem de listas estabelecidas comunitariamente para Artigo 20.o
o efeito. Todos os encargos ocasionados pela aplicação dos
artigos 18.o e 19.o ficarão por conta do exportador, do
CAPÍTULO V destinatário ou do seu mandatário, sem indemnização
do Estado.
Exigências comuns às carnes frescas
e aos produtos à base de carne
CAPÍTULO VI
Artigo 17.o
Disposições comuns
1 — Só é autorizada a importação de carne fresca
ou de produtos à base de carne mediante a apresentação Artigo 21.o
de um certificado sanitário e de um certificado de salu- 1 — De acordo com o procedimento comunitaria-
bridade emitidos por um veterinário oficial do país ter- mente previsto, são aprovados os postos de inspecção
ceiro exportador. fronteiriços autorizados para a importação de animais
2 — Esses certificados devem: das espécies bovina, suína, ovina e caprina, de carnes
a) Ser redigidos na língua portuguesa e numa das frescas e de produtos à base de carne.
do país em que se efectuam os controlos à 2 — A responsabilidade dos controlos é assumida por
importação previstos no artigo 18.o; um veterinário oficial. Este pode ser assistido na exe-
N.o 244 — 19-10-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 6993

cução das tarefas puramente materiais por auxiliares ANEXO C


especialmente formados para este fim.

Artigo 22.o
O presente diploma só é aplicável às importações pro-
venientes de um país terceiro, das carnes frescas refe-
ridas no n.o 1, alínea c), do artigo 1.o ou de produtos
à base de carne a partir da entrada em vigor da ou
das decisões da Comissão adoptadas segundo o processo
comunitariamente previsto.

ANEXO B
6994 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 244 — 19-10-1999

ANEXO D

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