– Período clássico: 2ª metade do século V e o século IV a.C.
, um tempo em que a arte atingiu a plenitude, o equilíbrio, o realismo e o idealismo,
– Período helenístico: marcado pela miscigenação de culturas,
pelo gosto do particular, do concreto e individual e, simultaneamente, tempo de declíneo da cultura grega.
– Arquitectura grega: inicialmente executada em madeira
(nomeadamente o cedro importado do Líbano), sendo substituída pelo mármore a partir de finais do século VII a. C.
• Tal como os materiais, também as estruturas e as proporções
evoluíram (ligação entre a geometria e arquitectura, na qual a matemática estabeleceu o ritmo e a harmonia)
• Criação de normas e de regras construtivas e artísticas (cânones);
• Definição de modelos e valores estéticos → todos os detalhes e/ou
pormenores estavam sujeitos à harmonia do conjunto.
• Elaboração de projectos em que constava:
• o estudo topográfico do terreno;
• a adaptação do edifício ao relevo;
• Escolha criteriosa da ordem, de acordo com o tipo de edifício.
• Os arquitectos elaboravam planos nos quais as medidas e proporções
eram rigorosamente estabelecidas.
• Produção de maquetas em madeira ou terracota posteriormente
submetidas a aprovação oficial.
• A arte grega esteve ao serviço da vida pública e da vida religiosa,
conjugando-os de forma harmoniosa.
A cidade grega
• Aberta à vida ao ar livre, enquadrada na Natureza, exprime os
princípios da racionalidade e da sociabilidade. Encontra-se diferenciada segundo funções politicas, administrativas, religiosas e sociais. A organização urbana privilegia o equilíbrio entre a estrutura física (espaço, construções) e a estrutura funcional(funções administrativas, politicas, religiosas, económicas, sociais)
A cidade era concebida com 3 áreas distintas:
– Área sagrada – religiosa, localizada na acrópole, na qual se
construíam templos, santuários, oráculos. – - Área pública – na zona baixa, onde se instalava a ágora, que era o centro da vida da pólis, local de reunião, em torno dela existiam assembleias, teatros, estádios, mercados, stoas, etc.
– - Área privada – bairros residenciais com casas feitas
geralmente de madeira, dispostas ao longo de ruas estreitas, labirínticas e sem pavimentação. As casas eram espaçosas e organizadas em volta de um pátio central, utilizando o plano centrípeto que os Romanos também desenvolveram.
– O TEMPLO: foi o exemplo máximo da arquitectura grega e tinha, no
século V, no Pártenon e em Atena Niké, o encontro exemplar entre o racionalismo, o antropocentrismo e o idealismo do pensamento grego.
– a sua forma e estruturas básicas evoluíram a partir do mégaron
micénico (sala de trono, no palácio), que era formado por uma sala quadrangular, com um vestíbulo ou pórtico suportado por duas colunas e com telhado de duas águas.
– Esta estrutura básica tornou-se, gradualmente, mais complexa, com
maiores dimensões e rodeada por colunas
– O templo era a morada e abrigo do deus, local onde se colocava a
sua imagem, à qual os fieis não tinham acesso, pois os rituais eram realizados ao ar livre, em redor do templo.
– Os Gregos usaram, o sistema de construção designado por trilítico,
definido por pilares verticais unidos por lintéis horizontais, não utilizando linhas curvas.
– 0 exterior do edifício era majestosamente decorado com esculturas e
pintado com azuis, vermelhos e dourados. Virado para o exterior, o templo grego tem um forte sentido escultórico.
• Na sua estrutura planimétrica final, o templo,
concebido como a morada dos Deuses,é constituído por 4 partes
distintas, numa planta rectangular:
• Pronaos (pórtico que antecede a naos)
• Naos (alberga a estátua da divindade)
• Opistódomos (câmara do tesouro)
• Peristilo (corredor de colunas, coberto e circundante, aberto
lateralmente através de uma ou mais fiadas de colunas)
• Em alçado, o templo era constituído por:
• uma base ou envasamento, que era uma plataforma elevada e tinha como função nivelar o terreno; essa plataforma é constituida por : estilóbato (último plano de uma plataforma em escadas), construída sobre um estereóbato(infra-estrutura de apoio)
- as colunas, que constituíam o sistema de elevação e suporte do tecto;
- O entablamento, elemento superior e de remate que era formado pela
arquitrave, pelo friso e pela cornija, encimada pelo frontão triangular. O tecto de duas águas era coberto por telhas de barro
• O templo grego, possui uma simetria axial, criando fachadas
simétricas, duas a duas.
• Marcado por esta mesma estrutura desde a sua origem no século IX
a. C., o templo grego sofreu, uma sensível evolução estilística.
• No século VII a. C., os Gregos já tinham definido os dois principais
estilos arquitectónicos ou ordens: a ordem dórica e a ordem jónica.
• No século VII a. C., os Gregos já tinham definido os dois principais
estilos arquitectónicos ou ordens: a ordem dórica e a ordem jónica.
• O conceito de ordem esta ligado a um sistema de proporções que
harmonizava as partes do edifício em relação ao todo.
• aplicado ao traçado das colunas determinava as proporções das suas
partes constituintes: base, fuste e capitel, e a relação entre a sua espessura e a sua altura totais.
• A coluna é o elemento que melhor define as características de cada
ordem, de tal forma que o diâmetro médio do seu fuste determina o módulo métrico segundo o qual se construía todo o sistema proporcional do edifício.
• A coluna teve também um valor icónico extremamente forte, além da
sua função estrutural.
• ela é o símbolo do Homem
• tomou assumidamente a forma humana (antropomórfica) no pórtico
das cariátides do Erectéion, na acrópole de Atenas, e de atlantes, como no caso do templo de Zeus Olímpico, em Agrigento, datado do século IV a. C.
• O templo é concebido para ser contemplado do exterior (daí o seu