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São Paulo
2006
Thadeu das Neves Conti
São Paulo
2006
Este exemplar foi revisado e alterado em relação à
versão original, sob responsabilidade única do autor e com a
anuência de seu orientador.
Assinatura do autor
Assinatura do orientador
FICHA CATALOGRÁFICA
Ao Prof. Dr. Eduardo Lobo Lustosa Cabral, pela competente, segura e honesta
orientação demonstrada durante toda a realização deste trabalho.
À minha esposa Eliana e aos meus filhos Thiago e Júlia, pelo amor, ajuda,
encorajamento e compreensão que sempre me dedicaram, principalmente durante o curso
de Pós-Graduação, fundamentais para a concretização deste trabalho.
Aos meus pais Guiomar e Carlos (em memória), pelo amor e carinho que sempre
me dedicaram.
À minha amiga Profa. Dra. Gaianê Sabundjian, pela amizade e pelo incentivo
durante a realização deste trabalho.
Aos professores Dr. José Roberto Simões Moreira, Dr. Júlio Romano Meneghini e
Dr. Ernani Vitillo Volpe, pelas valiosas contribuições durante a realização deste trabalho.
The Thesis develops a new application for the Hierarchical Function Expansion
Method, proposed by Zienkiewics and Morgan (1983), for the solution of the Navier-
Stokes equations for compressible fluids in two dimensions and in high velocity. This
method is based on the finite elements method using the Petrov-Galerkin formulation,
know as, SUPG (Streamline Upwind Petrov-Galerkin) developed by Brooks and Hughes
(1982), and applied in conjunction with the expansion of the variables into hierarchical
functions. To test and validate the numerical method proposed as well as the computational
program developed some cases whose theoretical solution are known simulated. These
cases are the following: continuity test; stability and convergence test; temperature step
problem; and several oblique shocks. The objective of the last cases is basically to verify
the capture of the shock wave by the method developed. The results obtained in the
simulations of the cases performed with the proposed method were good both qualitatively
and quantitatively when compared with the teorethical solutions. This allows us to
conclude that the objective of this Thesis was satisfactorily reached.
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
NOMENCLATURA
1- INTRODUÇÃO 18
2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 21
3- EQUAÇÕES DE CONSERVAÇÃO 32
4- DESENVOLVIMENTO TEÓRICO 41
um elemento 45
direção x 52
4.2.3 - Equação de conservação da quantidade de movimento na
direção z 56
5- RESULTADOS 86
NO PMEFH2D 117
associadas 77
associados 80
associados 81
da figura 5.1 90
Figura 5.5 – Comportamento da temperatura referente ao domínio
e estabilidade 92
células 96
100 células 96
células 98
Figura 5.16 – Comportamento da temperatura – malha computacional com
400 células 98
associados 117
NOMENCLATURA
t tempo
x, y e z coordenadas espaciais
u velocidade na direção x
v velocidade na direção y
w velocidade na direção z
p pressão
T temperatura
τ xx , τ xy , τ xz , τ yx , τ yy , τ yz , τ zx , τ zy , τ zz tensões de cisalhamento
µ viscosidade dinâmica
K condutividade térmica
Φ função dissipação
∇ operador Laplaciano
∂ operador diferencial
∆ operador diferença
ξ mudança da coordenada x
η mudança da coordenada z
V volume
Pm função peso
Nm função de expansão
bmij ,n vetor
γ m,
ij
n integral de volume
ψ m,
ij
n integral de volume
1 - INTRODUÇÃO
Petrov-Galerkin, onde as funções peso são diferentes das funções de expansão, o que difere
da adotada na formulação Galerkin.
2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Da literatura, sabe-se que o método dos elementos finitos foi, durante muito tempo,
preterido em relação ao método de diferenças finitas, quando o problema analisado era da
área de mecânica dos fluidos. A razão dessa pouca utilização foi o insucesso das primeiras
experiências de aplicação desse método a essa classe de problemas.
O MDF, foi durante muitos anos, utilizado na solução de problemas de fluidos , mas
não se tinha habilidade no tratamento de geometrias complexas, e teve todo o seu
desenvolvimento baseado em coordenadas ortogonais, como a cartesiana, a cilíndrica e a
esférica. Segundo Maliska (1995), muitas pessoas ainda vinculam o MDF com malhas
cartesianas, de forma equivocada, uma vez que esse método pode ser aplicado a qualquer
tipo de malha, mesmo as não estruturadas, usualmente utilizadas em elementos finitos.
22
O MEF clássico empregava funções peso do tipo Galerkin, que equivale ao uso das
diferenças centrais no método das diferenças finitas, para resolver os problemas de
escoamento de fluidos. No entanto, observou-se que o método de Galerkin é adequado
apenas para problemas puramente difusivos.
O primeiro trabalho publicado sobre esse assunto foi realizado por Hughes e
Brooks (1979), onde o método SUPG foi aplicado às equações de Navier-Stokes para
fluidos incompressíveis. Posteriormente, os mesmos autores publicaram outros trabalhos
sobre esse método, Brooks e Hughes (1980) e Brooks (1981). Observou-se, na ocasião,
que nos trabalhos de Dendy (1974), Wahlbin (1974), Raymond e Garter (1976), Baker
(1979) e Argyris et al. (1984), o tratamento dos termos convectivos ou eram desprezados
ou tratados de forma incorreta. Esse problema foi completamente resolvido por Hughes e
Brooks (1982). A partir desse trabalho surgiram outros como o de Johnson et al (1984),
Johson (1982), Näver (1982), Johson e Szepessy (1985), Johson (1986), Johson e
Saranen (1986), Johson e Szepessy (1986 a), Johson e Szepessy (1986 b), os quais
desenvolveram uma análise matemática extensa do método SUPG. Nesses trabalhos essa
metodologia também foi estendida para problemas transitórios e para fluidos
incompressíveis. Adicionalmente, Hughes (1987) aplicou o método SUPG para a solução
das equações de Navier-Stokes para fluidos compressíveis em duas dimensões.
Atualmente, observa-se que os métodos dos volumes finitos e dos elementos finitos
resolvem problemas altamente convectivos em geometrias complexas, mostrando que
existem semelhanças entre eles. Do ponto de vista matemático, esses três métodos
numéricos (MDF, MVF e MEF) podem ser derivados do método dos resíduos ponderados,
empregando-se diferentes funções peso. No caso do MDF, a função peso utilizada é a
função delta no ponto considerado. Para o MVF, a função peso empregada é uma constante
igual a 1 no volume elementar e igual a zero em todos os outros volumes elementares. No
caso do MEF (Petrov-Galerkin) são utilizadas funções peso descontínuas.
elementos finitos, essas modificações são conhecidas como método de captura de choque e
são essencialmente de três tipos:
Almeida e Galeão (1994) desenvolveram uma formulação que utiliza o método dos
elementos finitos com função peso tipo Petrov-Galerkin combinada com um refinamento
adaptivo de malha. Essa formulação tem sido apropriada para resolver problemas que
apresentam ondas de choque e camadas limites, por permitir um alto refinamento na malha
nestas regiões do escoamento, onde as variáveis variam fortemente.
Storti et al (1996) elaboraram uma nova formulação SUPG para a solução das
equações de Navier-Stokes para fluidos compressíveis e próximo do incompressível. Esse
método satisfaz sistemas do tipo advectivo-difusivo unidimensional e sistemas
multidimensionais com advecção predominante. A formulação numérica é baseada no
método dos resíduos ponderados aplicando Petrov-Galerkin, onde se permite testar várias
funções não necessariamente contínuas. Esse método introduz uma dissipação numérica,
que é necessária para estabilizar a solução em caso de problemas de advecção
predominante.
3 - EQUAÇÕES DE CONSERVAÇÃO
∂ρ ∂ ( ρu ) ∂ ( ρv ) ∂ ( ρw)
+ + + =0 , (3-1)
∂t ∂x ∂y ∂z
∂U ∂F ∂G ∂H
+ + + = J. (3-2)
∂t ∂x ∂y ∂z
34
⎡ ρu ⎤
U = ⎢⎢ ρv ⎥⎥ ; (3-3)
⎢⎣ ρw⎥⎦
⎡ ρu 2 + p - τ xx ⎤
⎢ ⎥
F = ⎢ ρvu - τ xy ⎥ ; (3-4)
⎢ ⎥
⎣ ρwu - τ xz ⎦
⎡ ρuv - τ yx ⎤
⎢ 2 ⎥
G = ⎢ ρv + p - τ yy ⎥ ; (3-5)
⎢ ⎥
⎢⎣ ρwv - τ yz ⎥⎦
⎡ ρuw - τ ⎤
⎢ zx
⎥
H = ⎢ ρvw - τ zy ⎥; (3-6)
⎢ 2 ⎥
⎢⎣ ρw + p - τ zz ⎥⎦
e
⎡ ρf x ⎤
⎢ ⎥
J = ⎢ ρf y ⎥ ; (3-7)
⎢ ρf ⎥
⎣ z⎦
2
Assume-se que o segundo coeficiente de viscosidade média (µ’) é igual a − da
3
viscosidade dinâmica (µ). Portanto, as tensões de cisalhamento que aparecem nas equações
(3-4), (3-5) e (3-6) são representadas por:
2 ⎛ ∂u ∂v ∂w ⎞
τ xx = µ ⎜⎜ 2 - - ⎟⎟ ; (3-8)
3 ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠
2 ⎛ ∂v ∂u ∂w ⎞
τ yy = µ ⎜⎜ 2 - - ⎟⎟ ; (3-9)
3 ⎝ ∂y ∂x ∂z ⎠
2 ⎛ ∂w ∂u ∂v ⎞
τ zz = µ ⎜⎜ 2 - - ⎟⎟ ; (3-10)
3 ⎝ ∂z ∂x ∂y ⎠
⎛ ∂u ∂v ⎞
τ xy = µ ⎜⎜ + ⎟⎟ = τ yx ; (3-11)
⎝ ∂y ∂x ⎠
⎛ ∂w ∂u ⎞
τ xz = µ ⎜ + ⎟ = τ zx ; (3-12)
⎝ ∂x ∂z ⎠
⎛ ∂v ∂w ⎞
τ yz = µ ⎜⎜ + ⎟ = τ zy . (3-13)
⎝ ∂z ∂y ⎟⎠
Gx = ρ u ; (3-17)
Gy = ρ v ; (3-18)
e
Gz = ρ w . (3-19)
Substituindo-se as equações (3-17), (3-18) e (3-19) nas equações (3-14), (3-15) e (3-
16), respectivamente, a fim de simplificá-las e obter as novas equações de conservação da
quantidade de movimento:
∂G x ∂ (G x u ) ∂ (G x v ) ∂ (G x w) ∂p 4 ∂ 2u ∂ 2u ∂ 2u
+ + + = - + µ 2 + µ 2 + µ 2 ; (3-20)
∂t ∂x ∂y ∂z ∂x 3 ∂x ∂y ∂z
37
∂G y (
∂ Gyu ) (
∂ Gyv ) (
∂ Gy w ) ∂p ∂ 2v 4 ∂ 2v ∂ 2v
+ + + = - + µ 2 + µ 2 + µ 2 ; (3-21)
∂t ∂x ∂y ∂z ∂y ∂x 3 ∂y ∂z
e
∂G z ∂ (G z u ) ∂ (G z v ) ∂ (G z w) ∂p ∂2w ∂2w 4 ∂2w
+ + + = - + µ 2 + µ 2 + µ 2 . (3-22)
∂t ∂x ∂y ∂z ∂z ∂x ∂y 3 ∂z
⎡ ⎛ ∂u ⎞ 2 ⎛ ∂v ⎞
2
⎛ ∂w ⎞
2
⎛ ∂v ∂u ⎞
2
⎛ ∂w ∂v ⎞
2
φ = µ ⎢2⎜ ⎟ + 2⎜⎜ ⎟⎟ + 2⎜ ⎟ + ⎜⎜ + ⎟⎟ + ⎜⎜ + ⎟ +
⎢ ⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂y ⎠ ⎝ ∂z ⎠ ⎝ ∂x ∂y ⎠ ⎝ ∂y ∂z ⎟⎠
⎣
2 ⎛ ∂u ∂v ∂w ⎞⎤
2
⎛ ∂u ∂w ⎞
+ ⎜ + ⎟ − ⎜⎜ + + ⎟⎥ . (3-24)
⎝ ∂z ∂x ⎠ 3 ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎟⎠⎥⎦
⎛ ∂w ⎞ ⎛ ∂v ∂u ⎞ ⎛ ∂w ∂v ⎞ ⎛ ∂u ∂w ⎞ 2 ⎛ ∂u ∂v ∂w ⎞⎤
2 2 2 2
⎜
+ 2⎜ ⎟ +⎜ + ⎟ +⎜ ⎟ ⎜ ⎟
+ ⎟ +⎜ + ⎟ - ⎜⎜ + + ⎟⎟⎥ ,
⎝ ∂z ⎠ ⎝ ∂x ∂y ⎠ ⎝ ∂y ∂z ⎠ ⎝ ∂z ∂x ⎠ 3 ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠⎥⎦
(3-25)
onde assume-se que não há geração de energia interna, ou seja, Q é igual a zero e E é dado
por
E = ρ e. (3-26)
∂e
= cv , (3-27)
∂T V
e - e0 = c v ( T - T0 ) . (3-28)
e = cv T . (3-29)
E = ρ cv T . (3-30)
p = ρ RT , (3-31)
onde R é a constante do gás.
∂ρ ∂ρu ∂ρw
+ + = 0 . (3-32)
∂t ∂x ∂z
∂G x ∂G x u ∂G x w ∂p 4 ∂ 2u ∂ 2u
+ + =− + µ 2 + µ 2 ; (3-33)
∂t ∂x ∂z ∂x 3 ∂x ∂z
40
e
∂G z ∂G z u ∂G z w ∂p ∂2w 4 ∂2w
+ + =− + µ 2 + µ 2 . (3-34)
∂t ∂x ∂z ∂z ∂x 3 ∂z
Gx = ρ u ; (3-35)
e
Gz = ρ w . (3-36)
2
∂E ∂Eu ∂Ew ⎛ ∂u ∂w ⎞ ⎛ ∂u ∂w ⎞
+ + = k∇ 2T − p⎜ + ⎟ + µ⎜ + ⎟ +
∂t ∂x ∂z ⎝ ∂x ∂z ⎠ ⎝ ∂z ∂x ⎠
⎡⎛ ∂u ⎞ 2 ⎛ ∂w ⎞ 2 ∂u ∂w ⎤ 2 µ ⎛ ∂u ∂w ⎞
+ 2 µ ⎢⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ + ⎥− ⎜ + ⎟ . (3-37)
⎢⎣⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠ ∂x ∂z ⎥⎦ 3 ⎝ ∂x ∂z ⎠
4 - DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
Equação da continuidade:
∂ρ ∂ρu ∂ρw
+ + = 0 . (4-1)
∂t ∂x ∂z
∂G x ∂G x u ∂G x w ∂p 4 ∂ 2u ∂ 2u
+ + =− + µ + µ ; (4-2)
∂t ∂x ∂z ∂x 3 ∂x 2 ∂z 2
e
∂G z ∂G z u ∂G z w ∂p ∂2w 4 ∂2w
+ + =− + µ + µ . (4-3)
∂t ∂x ∂z ∂z ∂x 2 3 ∂z 2
Gx = ρ u ; (4-4)
e
Gz = ρ w . (4-5)
42
Equação de estado:
p - ρRT = 0 . (4-6)
2
∂E ∂Eu ∂Ew ⎛ ∂u ∂w ⎞ ⎛ ∂u ∂w ⎞
+ + = k∇ 2T − p⎜ + ⎟ + µ⎜ + ⎟ +
∂t ∂x ∂z ⎝ ∂x ∂z ⎠ ⎝ ∂z ∂x ⎠
⎡⎛ ∂u ⎞ 2 ⎛ ∂w ⎞ 2 ∂u ∂w ⎤ 2µ ⎛ ∂u ∂w ⎞
+ 2 µ ⎢⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ + ⎥− ⎜ + ⎟. (4-7)
⎢⎣⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠ ∂x ∂z ⎥⎦ 3 ⎝ ∂x ∂z ⎠
Equação da temperatura:
E = ρ cv T . (4-8)
∆xi,,j
0 x
(x - xi,j )
ξ =2 ; (4-9)
∆xi,j
η = 2
(z - zi,j )
.
∆zi,j (4-10)
Observa-se que tanto ξ como η variam de –1 a 1 dentro do elemento i,j. Nota-se que
as coordenadas ξ e η são coordenadas locais de cada elemento.
∂ξ 2
= ; (4-11)
∂x ∆xi,j
e
∂η 2
= . (4-12)
∂z ∆z i, j
As variáveis ρ , u, w, Gx, Gz,, E, p e T são descritas por uma série de funções dentro
de cada um dos elementos i,j do domínio de discretização, como se segue:
45
M M M M
ρ = ∑ρm Νm ; u= ∑um Νm ; w = ∑wm Νm ; Gx = ∑G xm Νm ;
m=1 m=1 m=1 m=1
(4-13)
M M M M
Gz = ∑G
m=1
zm Νm ; p = ∑p
m=1
m Νm ; E = ∑E
m=1
m Νm; e T = ∑T
m=1
m Νm .
ρ mi , j , u mi, j , wmi, j , Gxi, mj ,Gzi, mj , Emi, j , pmi, j e Tmi, j são, respectivamente, os coeficientes das
∂ρ ∂ρu ∂ρw
∫ Pm ∂t
dV + ∫ Pm
∂x
dV + ∫ Pm
∂z
dV = 0 , para m = 1,...,M, (4-14)
V V V
ρ − ρ t − ∆t ∂ρu ∂ρw
∫ Pm ∆t dV + ∫ Pm ∂x dV + ∫ Pm ∂z dV = 0 , para m = 1,...,M, (4-15)
V V V
∆t ∂N m ∆t ∂N m
Pmi , j = Nm + u i, j + wi, j , (4-16)
2 ∂x 2 ∂z
∂G x ∂G x u ∂G x w
∫ Pm ∂t
dV + ∫ Pm ∂x
dV + ∫ Pm ∂z
dV =
V V V
, para m = 1,...,M (4-17)
∂p 4 ∂ u 2
∂2 u
= - ∫ Pm dV + ∫ m 3 ∂x 2
P µ dV + ∫ m ∂z 2 dV
P µ
V
∂x V V
∂G z ∂G z u dV + ∂G z w dV =
∫ Pm ∂t
dV + ∫ ∂x
Pm ∫ Pm
∂z
V V V
, para m = 1,...,M. (4-18)
∂p 2
∂ w 4 ∂2 w
= - ∫ Pm dV + ∫ m ∂x 2
P µ dV + ∫ m 3 µ ∂z 2 dV
P
V
∂z V V
47
G x − G xt − ∆ t ∂G x u ∂G x w
∫ Pm
∆t
dV + ∫ Pm
∂x
dV + ∫ Pm
∂z
dV =
V V V
, para m = 1,...,M, (4-19)
∂p 4 ∂2 u ∂2 u
= - ∫ Pm dV + ∫ Pm µ 2 dV + ∫ Pm µ dV
V
∂x V
3 ∂x V ∂w 2
G z − G zt − ∆t ∂G z u ∂G z w
∫ Pm
∆t
dV + ∫ Pm
∂x
dV + ∫ Pm
∂z
dV =
V V V
. para m = 1,...,M, (4-20)
∂p ∂2 w 4 ∂2 w
= - ∫ Pm dV + ∫ Pm µ dV + ∫ Pm µ dV
V
∂z V ∂x 2
V
3 ∂z 2
∂E ∂Eu ∂Ew
∫ Pm ∂t
dV + ∫ Pm
∂x
dV + ∫ Pm
∂z
dV =
V V V
⎛ ∂u ∂w ⎞
= - ∫ P m p⎜ + ⎟ dV + ∫ P m K ∇ T dV +
2
V ⎝ ∂x ∂z ⎠ V
⎛ ⎛ ∂u ⎞ 2 ∂u ∂w ⎛ ∂w ⎞ 2 ⎞ 2 ⎡⎛ ∂u ⎞ ⎛ ∂w ⎞⎤
+ ∫ P m 2µ ⎜ ⎜ ⎟ + + ⎜ ⎟ ⎟ dV − ∫ Pm µ ⎢⎜ ⎟ + ⎜ ⎟⎥ dV ,
⎜ ⎝ ∂x ⎠ ∂x ∂z ⎝ ∂z ⎠ ⎟⎠ 3 ⎣⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠⎦
V ⎝ V
E − E t − ∆t ∂Eu ∂Ew
∫ Pm ∆t
dV + ∫ Pm ∂x
dV + ∫ Pm ∂z
dV =
V V V
⎛ ∂u ∂w ⎞
= - ∫ P m p⎜ + ⎟ dV + ∫P m K ∇ 2T dV +
V ⎝ ∂x ∂z ⎠ V
⎛ ⎛ ∂u ⎞ 2 ∂u ∂w ⎛ ∂w ⎞ 2 ⎞ 2 ⎡⎛ ∂u ⎞ ⎛ ∂w ⎞⎤
+ ∫ P m 2µ ⎜ ⎜ ⎟ + + ⎜ ⎟ ⎟ dV − ∫ Pm µ ⎢⎜ ⎟ + ⎜ ⎟⎥ dV ,
⎜ ⎝ ∂x ⎠ ∂x ∂z ⎝ ∂z ⎠ ⎟⎠ 3 ⎣⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠⎦
V ⎝ V
Observa-se, novamente, que cada uma das equações (4-15), (4-19), (4-20), (4-21),
(4-22), (4-23), (4-25) e (4-26) representam um sistema de M equações para o elemento i, j.
A partir dessas equações, obtidas pela integração das equações (4-1) à (4-8) nos
elementos da malha, aplica-se o método de expansão em funções hierárquicas para a
obtenção das variáveis desejadas.
ρ − ρ t −∆ t ∂ρu ∂ρw
∫ ∫ Pm ∆t dx dz + ∫ ∫ Pm ∂x dx dz + ∫ ∫ Pm ∂z dx dz = 0 ,
xz xz xz
M ⎧ ⎪ ∆xi , j ∆zi , j
1 1
∆zi , j M i, j 1 1 ∂ Nn Nk
∑ ρ ni , j ⎨
4∆t ∫ ∫ Pm N n dξdη + 2 ∑ u k ∫ ∫ Pm
−1 −1 ∂ξ
dξdη +
n =1 ⎪⎩ −1−1 k =1
onde os índices i,j, nas funções de expansão e peso, foram suprimidos para não
sobrecarregar a notação.
∆ x i , j ∆z i , j
Dividindo a equação (4-28) por e colocando-a na forma matricial
4
tem-se:
r r
Ai,j ρ i,j = b i,j , (4-29)
r
onde a matriz Ai,j é a matriz de expansão da variável ρ no elemento i, j, ρ i,j é o vetor dos
1 i, j 2 M 2 M
i, j
Am ,n =
∆t
α m,n + ∑
∆xi, j k =1
u β i, j
k m, n, k + ∑
∆z i, j k =1
i, j
wk γ m ,n,k , (4-30)
M
1
,j
b im = ∑ ρ mt − ∆tα mi, ,jn .
∆t m =1
(4-31)
51
Os parâmetros α im, ,jn , β i , j e γ i, j são definidos por integrais das funções peso e
m, n, k m, n , k
1 1 1 1 i,j ∆t 1 1 ∂Nm
m,n = ∫−1 ∫−1 P m N n dξdη = ∫−1 ∫−1 N m N n + u dξdη
α i,j ∫−1 ∫−1 N n dξdη +
∆x i,j ∂ξ
∆t 1 1 ∂ Nm
+ w i,j ∫−1 ∫−1 N n dξdη ; (4-32)
∆zi,j ∂η
1 1 1 1
∂NnNk ∂NnNk
β i,j
m,n,k = ∫ ∫ P m ∂ξ dξdη = ∫ ∫Nm dξ dη +
∂ξ
−1−1 −1−1
1 1 1 1
∆t ∂Nm ∂NnNk ∆t ∂Nm ∂NnNk
+ u i,j ∫ ∫ dξdη + w i,j ∫ ∫ dξdη ;
∆x i,j −1−1 ∂ξ ∂ξ ∆z i,j −1−1 ∂η ∂ξ
e (4-33)
1 1 1 1
∂NnNk ∂NnNk
γ i,j
m,n,k = ∫ ∫ P m ∂η dξdη = ∫ ∫Nm dξ dη +
∂η
−1−1 −1−1
1 1 1 1
i,j ∆t ∂Nm ∂NnNk ∆t ∂Nm ∂NnNk
+u ∫ ∫ dξdη + w i,j ∫ ∫ dξdη .
∆x i,j −1−1 ∂ξ ∂η ∆z i,j −1−1 ∂η ∂η
(4-34)
Observa-se que P m é a função peso dada pela equação (4-16). Nota-se que os
G x − G xt − ∆t ∂G x u ∂G x w ∂p
∫ Pm ∆t dV + ∫ Pm ∂x dV + ∫ Pm ∂z dV = - ∫ Pm ∂x dV +
V V V V
4 ⎡ ∂u ∂P ∂u ⎤ ⎡ ∂u ∂P ∂u ⎤
+ µ ⎢ ∫ Pm dS - ∫ m dV ⎥ + µ ⎢ ∫ Pm dS - ∫ m dV ⎥ ,
3 ⎢⎣ S ∂x V
∂x ∂x ⎥⎦ ⎢⎣ S ∂z V
∂z ∂z ⎥⎦
onde S é a área externa do domínio da solução. Observa-se que os termos que envolvem
integrais de superfície somente aparecem para os elementos localizados nas regiões de
contorno da malha.
G x − G xt − ∆t ∂G x u ∂G x w
∫ ∫ Pm ∆t
dxdz + ∫ ∫ Pm
∂x
dxdz + ∫ ∫ Pm
∂z
dxdz =
xz xz xz
∂p 4 ⎡ ⎛ ∂u ⎞ ∂P ∂u ⎤
= - ∫ ∫ Pm dxdz + µ ⎢ ∫ ⎜ Pm ⎟ dz − ∫ ∫ m dxdz ⎥ +
xz
∂x 3 ⎢⎣ z ⎝ ∂x ⎠ x = Lx xz
∂x ∂x ⎥⎦
⎡ ⎛ ∂u ⎞ ∂P ∂u ⎤
+ µ ⎢ ∫ ⎜ Pm ⎟ dx - ∫ ∫ m dxdz ⎥ ,
⎢⎣ x ⎝ ∂z ⎠ z = Lz xz
∂z ∂z ⎥⎦
n =1
G x ⎨
⎪⎩ 4 ∆t −1−1
∫ ∫ P m N n dξdη + uk ∫ ∫ P m
2 k =1 −1 −1 ∂ξ
dξdη +
2 k =1 ∫−1 ∫−1
+ w Pm dξdη ⎬=
∂η ⎪⎭ 4 ∆T n =1
⎧ ⎡1 ξ =1
∆z i , j M
∂ Nn
1 1 M
⎪ 4 ∆z i , j ⎢ ⎛ ∂ ⎞
− ∑p
2 n =1 n ∫−1 ∫−1
Pm
∂ξ
dξdη + ∑ u n ⎨ µ
⎢ ∫ ⎜ P m ∂Nξ n ⎟ dη −
n =1 ⎪ 3 ∆xi , j ⎢−1⎝ ⎠ξ =-1
⎩ ⎣
⎤ ⎡1 η =1 ⎤⎫
1 1 ∂ Pm ∂ N n ⎥ ∆x i , j ⎢ ⎛ P ∂ Nn ⎞ 1 1 ∂ Pm ∂ N n ⎥ ⎪,
−∫ ∫ dξdη ⎥ + µ
⎢ ∫ ⎜ m ⎟ dξ − ∫ ∫ dξdη ⎥⎬
−1 −1
∂ξ ∂ξ
⎦⎥
∆ z i , j
⎣⎢ −1⎝ ∂η ⎠η =-1
−1 −1
∂η ∂η ⎪
⎦⎥ ⎭
∆ x i , j ∆z i , j
equação (4-37) por e colocando-a na forma matricial tem-se:
4
r r
A i,j G xi,j = bxi,j , (4-38)
r
onde a matriz Ai,j é a matriz de expansão dada pela equação (4-30), G xi,j é o vetor dos
r
coeficientes da velocidade mássica G x para o elemento i, j e bxi,j é o vetor resultante para a
velocidade mássica para o m-ésimo componente do vetor resultante, para o elemento i, j,
que é dado por:
54
1 M t − ∆t i,j 2 K
b xi,j = ∑
∆t n =1
G xn α m,n − ∑
∆xi,j n =1
i,j
p n Ωm,n +
. (4-39)
⎡ 16 µ ⎤
( ) ( )
M
4µ
+ ∑u n ⎢ C zi,jm,n − D xi,jm,n + C xi,jm,n − D zi,jm,n ⎥
2
⎢ 3 ∆xi,j 2 ⎥
n =1 ⎣ ∆z i,j ⎦
i, j
Os parâmetros C ix, j , C iz, j , D ix, j , D iz, j e Ω são definidos por integrais das
ξ =1
= ∫⎛ ∂ N n ⎞ dη = fcd
1 1 1
∂ ∂
C
i,j
⎜P ⎟ ∫ P m N n dη − fce ∫ P m N n dη =
⎝ ∂ξ ⎠ξ = −1
z m,n m
−1 −1 ∂ξ ξ =1 −1 ∂ξ ξ = −1
⎡1 ∂N n i,j ∆t
1
∂Nm ∂Nn i,j ∆t 1 ∂ N m ∂ N n ⎤
= fcd ⎢ ∫ N m dη + u ∫ dη + w ∫ dη⎥ −
⎢⎣−1 ∂ξ ∆x i,j −1 ∂ξ ∂ξ ∆z i,j −1 ∂η ∂ξ ⎦ ξ =1
⎡1 n ⎤
1 1 ∂N ∂N
∂N n i,j ∆t ∂Nm ∂Nn i,j ∆t m
− fce ∫ N m
⎢ dη + u ∫ dη + w ∫ dη⎥
⎢⎣−1 ∂ξ ∆x i,j −1 ∂ξ ∂ξ ∆z i,j −1 ∂η ∂ξ ⎦ ξ = −1
(4-40)
η =1
= ∫⎛ ⎞
1 1 1
∂ Nn dξ = fcs ∫ P m ∂ N n dξ − fci ∫ P m ∂ N n
⎜P ⎟
i,j
C x m,n m dξ =
−1⎝ ∂η ⎠ η = −1
−1 ∂η η =1
−1 ∂η η = −1
⎡1 ∂N n i,j ∆t
1
∂Nm ∂Nn i,j ∆t 1 ∂ N m ∂ N n ⎤
= fcs ⎢ ∫ N m dξ + u ∫ dξ + w ∫ dξ ⎥ −
⎢⎣−1 ∂η ∆x i,j −1 ∂ξ ∂η ∆z i,j −1 ∂η ∂η ⎦ η =1
55
⎡1 ∂N n i,j ∆t
1
∂Nm ∂Nn i,j ∆t 1 ∂ N m ∂ N n ⎤
− fci ⎢ ∫ N m dξ + u ∫ dξ + w ∫ dξ ⎥
⎢⎣−1 ∂η ∆x i,j −1 ∂ξ ∂η ∆z i,j −1 ∂η ∂η ⎦ η = −1
(4-41)
1 1 1 1
∂ Pm ∂ N n ∂Nm ∂Nn
D x i,j
m,n = ∫ ∫ ∂ξ ∂ξ dξdη = ∫∫ dξ dη +
∂ξ ∂ξ
−1−1 −1−1
1 1 2 1 1
∆t ∂ Nn ∂Nn i,j ∆t ∂2 N m ∂ N n
+ u i,j ∫ ∫ d ξ d η + w ∫ ∫ dξ dη
∆x i,j −1−1 ∂ξ
2 ∂ξ ∆z i,j −1−1 ∂η ∂ξ ∂ξ
(4-42)
1 1 1 1
∂ Pm ∂ N n ∂Nm ∂Nn
D z i,j
m,n = ∫ ∫ ∂η ∂η dξdη = ∫∫ dξ dη +
∂η ∂η
−1−1 −1−1
1 1 2 1 1
∆t ∂ Nn ∂Nn i,j ∆t ∂2 N m ∂ N n
+ u i,j ∫ ∫ dξ dη + w ∫ ∫ dξdη
∆x i,j −1−1 ∂η ∂ξ ∂η ∆z i,j −1−1 ∂ 2η ∂η
(4-43)
1 1 1 1
∂Nn ∂Nn
Ω i,j
m,n = ∫ ∫ P m ∂ξ dξdη = ∫ ∫Nm ∂ξ
dξ dη +
−1−1 −1−1
1 1 1 1
∆t ∂Nm ∂Nn ∆t ∂Nm ∂Nn
+ u i,j ∫ ∫ dξdη + w i,j ∫ ∫ dξdη .
∆x i,j −1−1 ∂ξ ∂ξ ∆z i,j −1−1 ∂η ∂ξ
(4-44)
i, j
Observa-se que os parâmetros α m, n estão associados com o termo temporal; os
i,j
parâmetros Ωm,n , com os termos convectivos; os parâmetros D x im, ,jn e D z im, ,jn , com os
termos difusivos; os parâmetros C x im, ,jn , com as condições de contorno nas faces x do
elemento; e a matriz C z im, ,jn , com as condições de contorno nas faces z do elemento.
56
Os termos fed, fce, fcs e fci, que aparecem nos parâmetros de contorno C ix, j m ,n e
4 ⎡ ∂w ∂P ∂w ⎤ ⎡ ∂w ∂P ∂w ⎤
+ µ ⎢ ∫ Pm dS - ∫ m dV ⎥ + µ ⎢ ∫ Pm dS - ∫ m dV ⎥ ,
3 ⎣S ∂z V
∂z ∂z ⎦ ⎣S ∂x V
∂x ∂x ⎦
para m = 1,...,M, (4-45)
G z − G zt − ∆t ∂G z u ∂G z w
∫ ∫ Pm ∆t dxdz + ∫ ∫ Pm ∂x dxdz + ∫ ∫ Pm ∂z dxdz =
xz xz xz
∂p 4 ⎡ ⎛ ∂w ⎞ ∂P ∂w ⎤
= - ∫ ∫ Pm dxdz + µ ⎢ ∫ ⎜ Pm ⎟ dx − ∫ ∫ m dxdz ⎥ +
xz
∂z 3 ⎢⎣ x ⎝ ∂z ⎠ z = Lz xz
∂z ∂z ⎥⎦
⎡ ⎛ ∂w ⎞ ∂P ∂w ⎤
+ µ ⎢ ∫ ⎜ Pm ⎟ dz - ∫ ∫ m dxdz ⎥ , para m = 1,..., M, (4-46)
⎢⎣ z ⎝ ∂x ⎠ x = Lx xz
∂x ∂x ⎥⎦
n =1
Gz n ⎨
⎪⎩ 4 ∆t −1−1
∫ ∫ P m N n dξdη +
2 k =1
u k ∫− 1 ∫−1
Pm
∂ξ
dξdη +
∆x i , j M 1 1 ∂ Nn Nk ⎫⎪ ∆xi , j ∆z i , j M 1 1
+
2
∑ wk ∫ ∫
−1 −1
P m
∂η
d ξ d η ⎬ =
4∆T n =1
∑ G zt −n∆t ∫ ∫ ρ m N ndξdη −
−1 −1
k =1 ⎪⎭
⎧ ⎡1 η =1
∆xi , j M 1∂ Nn1 M
⎪ 4 ∆xi , j ⎢ ⎛ ∂ ⎞
− ∑p
2 n =1 n ∫−1 ∫−1
Pm
∂η
dξdη + ∑ wn ⎨ µ
⎢ ∫ ⎜ P m ∂η ⎟
Nn dξ −
n =1 ⎪ 3 ∆z i , j ⎢−1⎝ ⎠η =-1
⎩ ⎣
⎤ ⎡1 ξ =1 ⎤⎫
⎢ ⎛ P ∂ N n ⎞ dη − 1 1
∂Pm ∂ N n ∆ z ∂Pm ∂ N n ⎥ ⎪,
dξdη ⎥⎥ + µ
1 1
⎢ −∫1⎜ m ∂ξ ⎟
−∫ ∫ ∫−1 ∫−1
i , j
dξdη ⎥⎬
⎣ ⎝ ⎠ξ =-1
−1 −1
∂η ∂η ∆x ∂ξ ∂ξ ⎪
⎦⎥ ⎦⎥ ⎭
i , j
∆xi , j ∆z i , j
Dividindo a equação (4-47) por e colocando-a na forma matricial
4
tem-se:
r r
A i,j G zi,j = bzi,j , (4-48)
r
onde a matriz Ai,j é a matriz de expansão e é dada pela equação (4-30), G zi,j é o vetor dos
r
coeficientes da velocidade mássica G z para o elemento i, j e b zi,j é o vetor resultante para a
i, j i, j i, j i, j
os parâmetros α im, j,n , C x m ,n , C z m ,n , D x m ,n e D z m ,n são as integrais já definidas
1 1 1 1 1 1
∂Nn ∂Nn i,j ∆t ∂Nm ∂Nn
ψ i,j
m,n = ∫ ∫ P m ∂η dξdη = ∫ ∫ N m ∂η dξdη + u ∆x ∫ ∫ ∂ξ ∂η dξdη +
−1−1 −1−1 i,j −1−1
11
∆t ∂ Nm ∂ Nn
+ w i,j ∫∫ dξdη ; (4-50)
∆zi,j −1−1 ∂η ∂η
59
M M 1 1 M 1 1
∑u ∑ ρ ∫ ∫ P
n =1
n
k =1
k m N n N k dξdη = ∑ G x n ∫ ∫ Pm N n dξdη , para m = 1,...,M .
n =1
(4-52)
−1 −1 −1 −1
r r
Ai,ju u i,j = bui,j , (4-53)
r
onde a matriz Ai,ju é a matriz de expansão da variável u para o elemento i, j, u i,j é o vetor
r
dos coeficientes da componente de velocidade u para o elemento i, j e bui,j é o vetor
M
Aui ,mj ,n = ∑ ρ k θ im, j,n ,k , (4-54)
k =1
60
11 11 11
i,j ∆t ∂ Nm
θ i,j
m,n,k = ∫ ∫ Pm N n N k dξdη = ∫ ∫ N m N n N k dξdη + u ∫∫
∆xi,j −1−1 ∂ξ
N n N k dξdη +
−1−1 −1−1
1 1
i,j ∆t ∂Nm
+w ∫∫
∆z i,j −1−1 ∂η
N n N k dξdη . (4-55)
M
bui ,mj ,n = ∑ G x n α im, j,n , (4-56)
n =1
M M 1 1 M 1 1
∑w ∑ρ ∫ ∫P
n =1
n
k =1
k m N n N k dξdη = ∑ G z n ∫ ∫ Pm N n dξdη , para m = 1,...,M .
n =1
(4-58)
−1 −1 −1 −1
r
onde a matriz A i,jw é idêntica à matriz de expansão da variável u, equação (4-54), wi,j é o
r
vetor dos coeficientes da componente de velocidade w para o elemento i, j e bwi,j é o vetor
resultante para a velocidade w para o elemento i, j. O elemento (m,n) da matriz A i,jw é dado
por:
M
Awi , mj ,n = ∑ ρ k θ im, ,jn,k ; (4-60)
k =1
M
bwi , jm ,n = ∑ G z n α im, j,n . (4-61)
n =1
M 1 1 M M 1 1
∑ pn ∫ ∫ Pm N n dξdη − R ∑ ρ n ∑ T k ∫ ∫ Pm N n N k dξdη = 0 ,
n =1 −1−1 n =1 k =1 −1−1
i,j r
r
A p p i,j = bpi,j , (4-64)
r
onde a matriz A i,jp é a matriz de expansão da variável p para o elemento i, j, p i,j é o vetor
r
dos coeficientes da pressão para o elemento i, j e b i,jp é o vetor resultante para a pressão no
M M
b ip, m , n = R ∑ ρ n ∑ T k θ m, n, k .
j i, j (4-66)
n =1 k =1
63
Com base na equação integrada e pesada da energia, dada por (4-25), aplicando-se o
teorema de Green para os termos difusivos, a mesma pode ser reescrita da seguinte forma:
1 ∂Eu ∂Ew 1
∫
∆t V
Pm EdV + ∫ Pm
V
∂x
dV + ∫ Pm
V
∂z
dV =
∆t ∫
V
Pm E t - ∆t dV -
⎛ ∂u ∂w ⎞ ⎡ ∂T ∂P ∂T ⎤
- ∫ P m p⎜ + ⎟ dV + K ⎢ ∫ Pm dS - ∫ m dV ⎥ +
V ⎝ ∂x ∂z ⎠ ⎣S ∂x V
∂x ∂x ⎦
⎡ ∂T ∂P ∂T ⎤ ⎛ ⎛ ∂u ⎞ 2 ∂u ∂w ⎛ ∂w ⎞ 2 ⎞
+ K ⎢ ∫ Pm dS- ∫ m dV ⎥ + 2 µ ∫ Pm ⎜⎜ ⎟ + + ⎟ dV −
∂z ∂z ∂z ⎜ ⎝ ∂x ⎠ ∂x ∂z ⎜⎝ ∂z ⎟⎠ ⎟
⎣S V ⎦ V ⎝ ⎠
2 ⎡⎛ ∂u ⎞ ⎛ ∂w ⎞⎤
− µ ∫ Pm ⎢⎜ ⎟ + ⎜ ⎟⎥ dV , para m = 1,...,M. (4-67)
3 V ⎣⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠⎦
M ∆xi,j ∂N n Ν k
1 1
⎫⎪ ∆xi,j ∆z i,j M 1 1
+ ∑w
k =1
k ∫ ∫
2 -1 -1
Pm
∂η
dξdη ⎬ =
⎪⎭ 4 ∆t
∑E ∫∫P
n =1
t − ∆t
n m Ν n dξdη +
-1 -1
M ⎧⎪ ∆z ⎡ 1 ⎛ ∂Ν n ⎞
ξ= 1 1 1
∂N m ∂N n ⎤
+ ∑ Tn ⎨ K ⎢ ∫ ⎜ Pm dη − ∫ ∫ ∂ξ ∂ξ ξ η
i,j
⎟ d d ⎥+
n =1 ⎪⎩ ∆xi,j ⎣⎢ −1⎝ ∂ξ ⎠ ξ = −1 -1 -1 ⎥⎦
η =1
∆xi,j ⎡ 1 ⎛ ∂N n ⎞ 1 1
∂N m ∂T ⎤ ⎫⎪
∆z i,j ⎣ -∫1 ⎜⎝ ∂η ∫ ∫ ∂η ∂η
+K ⎢ Pm ⎜ ⎟⎟ dξ − dξdη ⎥⎬ +
⎠ η=-1 -1 -1 ⎦ ⎪⎭
⎧⎪ ∆z i , j M M 1 1
∂Ν n ∂Ν k
+ 2µ ⎨ ∑ n ∑ uk
u
⎪⎩ ∆xi , j n =1 k =1
∫∫P m
∂ξ ∂ξ
dξdη +
−1 −1
M K 1 1
∂Ν n ∂Ν k
+ ∑ un
n =1
∑ wk
rr =1
∫∫P m
∂ξ ∂η
dξdη +
−1 −1
∆xi,j M M 1 1
∂Ν n ∂Ν k ⎫
+
∆z i,j
∑ wn ∑ wk ∫∫P m +
∂η ∂η
dξdη ⎬ −
n =1 k =1 −1 −1 ⎭
µ ⎡ M
∂Ν n
1 1 M 1 1
∂Ν n ⎤
−
3 ⎢⎣
∆z i,j ∑ u n ∫ ∫ Pm
∂ξ
dξdη + ∆xi,j ∑ wn ∫ ∫ Pm
∂η
dξdη ⎥ +
n =1 −1 −1 n =1 −1 −1 ⎦
M ⎧ 2 M 1 1
∂Ν k 2 M
1 1
∂Ν k ⎫
+ ∑ p n ⎨ ∑ u k ∫ ∫ Pm N n dξdη + ∑ w k ∫ ∫ Pm N n dξdη ⎬,
n =1 ⎩ ∆x k =1 −1 −1 ∂ξ ∆z k =1 −1 −1 ∂η ⎭
∆x i , j ∆z i , j
Dividindo a equação (4-68) por e reescrevendo-a na forma matricial,
4
tem-se:
r r
Ai,j E i,j = bEi,j , (4-69)
r
onde a matriz Ai,j é a matriz de expansão e é dada pela equação (4-30), E i,j é o vetor de
r
coeficientes da energia no elemento i,j e bEi,j é o vetor resultante para a energia no
elemento i,j.
⎡ 1 ⎤
1 M t − ∆t i,j
( ) ( )
M
1
bEi,jm,n = ∑
∆t n =1
En αm,n + 4 K ∑ Tn ⎢ 2 C zi,jm,n - Dxij m,n +
∆zi,j2
C i,j
x m,n - Dz
ij
m,n ⎥ +
n =1 ⎣⎢ ∆xi,j ⎦⎥
⎧⎪ 1 M M
1 M M
+ 8 µ ⎨ 2 ∑ un ∑ uk visc1i,jm,n,k + ∑ un ∑ wk visc 2i,jm,n,k +
⎪⎩ ∆xi,j n =1 k =1 ∆xi,j ∆zi,j n =1 k =1
1 M M ⎫⎪ 4 ⎡ 1 M
1 M ⎤
+
∆zi,j2
∑ wn ∑ k visc 3 m,n,k ⎬ −
w i,j
µ⎢
⎪⎭ 3 ⎢⎣ ∆xi,j
∑ un Ω + ∑ wn ⎥ -
ψ
⎥⎦
n =1 k =1 n =1 ∆z i,j n =1
M ⎡ 1 M
1 M ⎤
- 2 ∑ pn ⎢ ∑ uk visc 4i,jm,n,k + ∑w k
i,j
visc 5 m,n,k ⎥ ,
n =1 ⎢⎣ ∆xi,j k =1 ∆zi,j k =1 ⎥⎦
(5-70)
i, j i, j i, j i, j i, j
onde α m, n , C x m, n , C z m, n D x m, n e D z m, n são as integrais já definidas
anteriormente e os parâmetros visc1i,m,jn,k , visc2 i,m,jn,k , visc3 i,m,jn,k , visc4 i,m,jn,k e visc5 i,m,jn,k são
1 1 1 1
∂Ν n ∂Ν k ∂Ν n ∂Ν k
∫ ∫ Pm dξ dη = ∫ ∫ N m d ξ dη +
ij
visc1 m,n,k =
−1−1
∂ξ ∂ξ −1−1
∂ξ ∂ξ
1 1 1 1
∆t ∂ N m ∂Ν n ∂Ν k ∆t ∂ N m ∂Ν n ∂Ν k
+ u i,j ∫ ∫ ξ η ∫ ∫ d ξ dη ;
i,j
d d + w
∆xi,j −1−1 ∂ξ ∂ξ ∂ξ ∆z i,j −1−1 ∂η ∂ξ ∂ξ
(4-71)
1 1 1 1
∂Ν n ∂Ν k ∂Ν n ∂Ν k
ij
visc 2 m,n,k = ∫ ∫ Pm dξ dη = ∫ ∫ N m d ξ dη +
−1−1
∂ξ ∂η −1−1
∂ξ ∂η
1 1 1 1
∆t ∂ N m ∂Ν n ∂Ν k ∆t ∂ N m ∂Ν n ∂Ν k
∫ ∫ dξdη + w i,j ∫ ∫ dξ dη ;
i,j
+u
∆xi,j −1−1 ∂ξ ∂ξ ∂η ∆z i,j −1−1 ∂η ∂ξ ∂η
(4-72)
1 1 1 1
∂Ν n ∂Ν k ∂Ν n ∂Ν k
ij
visc3 m,n,k = ∫ ∫ Pm dξdξ = ∫ ∫ N m dξdξ +
−1−1
∂η ∂η −1−1
∂η ∂η
1 1 1 1
∆t ∂ N m ∂Ν n ∂Ν k i,j ∆t ∂ N m ∂Ν n ∂Ν k
∫ ∫ ∫ ∫
i,j
+u dξdξ + w dξdξ d;
∆xi,j −1−1 ∂ξ ∂η ∂η ∆z i,j −1−1 ∂η ∂η ∂η
(4-73)
1 1 1 1
∂Ν k ∂Ν k
∫ ∫ Pm Ν n d ξ dη = ∫ ∫ N m Ν n d ξ dη +
ij
visc 4 m,n,k =
−1−1
∂ξ −1−1
∂ξ
1 1 1 1
∆t ∂ Nm ∂Ν k ∆t ∂ Nm ∂Ν k
+ u i,j ∫ ∫
∆xi,j −1−1 ∂ξ
Νn
∂ξ
dξdη + w i,j ∫ ∫ ∂η
Νn
∂ξ
d ξ dη ;
∆z i,j −1−1
(4-74)
e
1 1 1 1
∂Ν k ∂Ν k
∫ ∫ Pm Ν n dξdη = ∫ ∫ N m Ν n d ξ dη +
ij
visc5 m,n,k =
−1−1
∂η −1−1
∂η
1 1 1 1
∆t ∂ Nm ∂Ν k ∆t ∂ Nm ∂Ν k
+ u i,j ∫ ∫ ξ η ∫ ∫ d ξ dη .
i,j
Ν n d d + w Νn
∆xi,j −1−1 ∂ξ ∂η ∆z i,j −1−1 ∂η ∂η
(4-75)
67
M M 1 1 M 1 1
c v ∑ T n ∑ ρ k ∫ ∫ Pm N n N k dξdη = ∑ E n ∫ ∫ Pm N n dξdη ,
n =1 k =1 −1−1 n =1 −1−1
i,j
r r
AT T i,j = bTi,j , (4-78)
r
onde a matriz A i,jT é a matriz de expansão da variável T para o elemento i, j, T i,j é o vetor
r
dos coeficientes da temperatura para o elemento i, j e bTi,j é o vetor resultante para a
M
ATi , m
j
,n = c v ∑ ρ k θ im, j,n ,k . (4-79)
k =1
68
M
bTi , mj ,n = ∑ E n α im, j,n . (4-80)
n =1
Todas as integrais que aparecem nos parâmetros das equações para a solução de um
escoamento dependem das funções de expansão, que se encontram listadas no Apêndice A.
Para uma melhor compreensão de como as funções de expansão são ajustadas nos
elementos retangulares, de forma a definir funções de canto, de lado e de área, no item 4.3 é
apresentado um exemplo unidimensional da aplicação destas funções, a fim de se ter uma
idéia real do método proposto neste trabalho.
Figura 4.2 - Elementos unidimensionais e funções de expansão, (a) linear, (b) quadrática e
(c) cúbica, segundo Zinkiewics e Morgan (1983).
Linear:
ξ −1 ξ +1
N0 = − ; N1 = . (4-81)
2 2
Quadrática
ξ(ξ − 1 ) ξ(ξ + 1 )
N0 = ; N1 = −(ξ − 1 )(ξ + 1 ) ; N2 = . (4-82)
2 2
Cúbica:
9 1 1 27 1
N0 = − (ξ + )(ξ − )(ξ − 1 ); N 1= (ξ + 1 )(ξ − )(ξ − 1 );
16 3 3 16 3
(4-83)
27 1 9 1 1
N2 = − (ξ + 1 )(ξ + )(ξ − 1 ); N 3= (ξ + 1 )(ξ + )(ξ − ) .
16 3 16 3 3
igual a 1 para ξ = 0 (ponto 1), a função N2(ξ) é igual a 1 no ponto 2 e a função N3(ξ) é igual
a 1 no ponto 3.
A partir da Figura 4.2 e das equações (4-81), (4-82) e (4-83), pode-se observar que
quanto mais se deseja refinar a solução pelo aumento do grau da expansão, é necessário
reiniciar o problema em vista da mudança total e completa de todas as funções de expansão
e das variáveis envolvidas.
equação, equação (4-68), de duas para uma dimensão e considera-se que o fluido é invíscito
(µ = 0), então obtém-se a seguinte expressão:
M ⎧⎪ ∆xi 1 M 1
∂N n Ν k ⎫
∑ E n ⎨
⎪⎩ 2 ∆t
∫ P m Ν n dξ + ∑ uk ∫P m
∂ξ
dξ ⎬ =
n =1 -1 k =1 -1 ⎭
∆xi M t − ∆t
1 ⎡1⎛ M
∂Ν n ⎞
ξ= 1
= ∑ En
2 ∆t n =1 ∫ Pm Ν n dξ + K ∑ Tn ⎢ ∫ ⎜ P m ⎟
∂ξ ⎠ξ = −1
dη -
-1 n =1 ⎢⎣ −1⎝
1
2 P m ∂N n ⎤ ⎫⎪
∆xi -∫1 ∂ξ ∂ξ
- d ξ ⎥⎬
⎦ ⎪⎭
para m = 1,..., M. (4-84)
A fim de simplificar a montagem da matriz de expansão relativa à equação anterior,
os termos temporais são desprezados e a velocidade é considerada constante e igual a u.
Assim, a equação anterior reduz-se à seguinte expressão:
1 1
M M ∂N Ν 2K M ∂Pm ∂N n
∑ E n ∑ u k ∫ Pm ∂nξ k dξ = ∆x ∑ Tn ∫ ∂ξ ∂ξ
dξ ,
n =1 k =1 -1 i n =1 -1
r
A iE E i = 0 . (4-86)
M 1
∂N n N k
AEi m ,n = ∑ uk ∫ Pm dξ , (4-87)
k =1 -1
∂ξ
Linear
⎡ 1 1 ⎤
⎢− u u
2 ⎥.
AE = ⎢ 2
i
(4-88)
1 1 ⎥
⎢− u u⎥
⎣ 2 2 ⎦
Quadrática:
⎡ 9 2 1 ⎤
⎢− 10 u 5 u u
10 ⎥
⎢ 2 2 ⎥
AE = ⎢ u
i
0 − u⎥ . (4-89)
⎢ 15 15 ⎥
⎢ 1 2 9 ⎥
⎢ 30 u − 5 u 10 u ⎥
⎣ ⎦
73
Cúbica:
⎡ 83 57 3 7 ⎤
⎢ − 210 u 80
u −
10
u
80
u ⎥
⎢ 793 81 657 ⎥
⎢− u 0 u − u⎥
AE = ⎢ 1120
i 10 2240 ⎥ . (4-90)
⎢ 69 u 81
− u 0
57
u ⎥⎥
⎢ 280 80 80
⎢ 7 3 57 1 ⎥
⎢ − u u − u u ⎥
⎣ 80 10 80 2 ⎦
N m (ξ ) =
1
(m − 1)! 2
1 dm
m −1
dξ m
[
(ξ 2 − 1)m . ] (4-91)
1
N 2 = - (ξ 2 − 1) ; N4 = (15ξ 4 − 18ξ 2 + 3) ;
4
(4-92)
N 3 = 2(ξ 3 − ξ ); N 5 = 7ξ 5 − 10ξ 3 + 3ξ .
Figura 4.3 - Elementos hierárquicos e funções de expansão quase ortogonais, (a) linear,
(b) quadrática e (c) cúbica.
75
Linear:
⎡ 1 1 ⎤
⎢− u u
2 ⎥ .
AE = ⎢ 2
i
(4-93)
1 1 ⎥
⎢− u u⎥
⎣ 2 2 ⎦
Quadrática:
⎡ 1 1 2 ⎤
⎢− 2
u
2
u u
3 ⎥
⎢ 1 1 2 ⎥
A E = ⎢−
i
u u − u⎥ . (4-94)
⎢ 2 2 3 ⎥
⎢ 2 2 ⎥
⎢− 3
u
3
u 0 ⎥
⎣ ⎦
76
Cúbica:
⎡ 1 1 2 ⎤
⎢− 2 u 2
u
3
u 0 ⎥
⎢ 1 1 2 ⎥
⎢− u u − u 0 ⎥
(4-95)
AE = ⎢ 2 2 3 ⎥ .
i
⎢ 2 2 16 ⎥
⎢− 3 u 3
u 0 − u⎥
15
⎢ 16 ⎥
⎢ 0 0 u 0 ⎥
⎣ 15 ⎦
Nesse caso, pode-se ver que as matrizes não se alteram quando se muda a ordem da
expansão, ou seja, não há a necessidade de se recalcular os elementos das matrizes do
estágio anterior. Isso, aliado ao fato de se poder alterar o grau de expansão das variáveis
sem a necessidade de reiniciar o problema é a grande vantagem das funções de expansão
hierárquicas.
Com base nas funções hierárquicas em uma dimensão, a geração das funções de
expansão hierárquicas em duas dimensões para elementos retangulares torna-se simples. A
Figura 4.4 mostra um elemento retangular, com os seus cantos numerados de 1 a 4, e o
perfil de algumas funções de expansão associadas ao canto 3 e ao lado 3-4.
77
As funções lineares associadas aos cantos dos elementos são obtidas pelo produto
de duas funções lineares, da forma da equação (4-81), sendo cada uma, função de uma
direção. Por exemplo, a função de expansão linear associada ao canto 3 é dada por:
1
N 3 (ξ ,η ) = − (ξ − 1)(η + 1) . (4-96)
4
Nota-se que essa função é igual a 1 no canto 3 e igual a zero nos outros três cantos.
As funções de expansão associadas aos lados dos elementos são obtidas pelo
produto de uma função linear unidimensional, ao longo de uma direção, por uma função de
grau 2 ou superior ao longo da outra direção. Assim, por exemplo, as funções de expansão
de graus 2 e 3, associadas ao lado (3-4) do elemento da Figura 4.4 são, respectivamente, as
seguintes:
1
N 2(3− 4 ) (ξ ,η ) = − (η + 1)(ξ 2 − 1) ; e
2
(4-97)
N 3(3− 4 ) (ξ ,η ) = (η + 1)(ξ 3 − ξ ) .
Observa-se que o valor dessas funções é zero em todos os cantos e nos outros três
lados. Os coeficientes associados às funções de lado não representam a variável física em
nenhuma posição determinada. Esses coeficientes estão simplesmente associados à forma
geométrica da respectiva função. Ressalta-se que cada um desses coeficientes pertence a
dois elementos adjacentes.
As funções de expansão para os outros cantos e para os outros lados são obtidas de
forma similar. O Apêndice A apresenta, com detalhes, todas as funções de expansão
associadas a um elemento, até o grau 6. Embora o desenvolvimento apresentado neste
trabalho tenha limitado o grau do polinômio em até 6, nada impede que sejam acrescidos
graus maiores, quando for exigido um detalhamento maior na solução do problema que
estiver sendo analisado.
x A x ξ
φi,j,g φi,j,g φi,j,g
( Elemento i,j )
1 2
φi,jc z
φi,j,g φic+1,j
área. O subscrito g, presente nos coeficientes de lado e de área, representa o grau da função
de expansão associada a esse coeficiente.
Observa-se que na Figura 4.6 os coeficientes de área não estão representados, pois
na medida em que pertencem a um único elemento, as equações referentes a estes
coeficientes não entram no processo de agrupamento.
Elemento Elemento
φxi-1,j,g φxi+1,j,g
(i-1,j) (i,j)
φxi,j,g
φci,j
1 2 1 2
φci-1,j φci+1,j
3 φz
i-1,j,g
4 3 φ
z
i,j,g
4
Elemento Elemento
φxi-1,j-1,g φxi+1,j-1,g
(i-1,j-1) (i,j-1)
φxi,j-1,g
1 2 1 2
φ i-1,j-1
c
φ z
i-1,j-1,g φ i,j-1
c
φz
i,j-1,g φci+1,j-1
Pela Figura 4.6 observa-se que o coeficiente φ ic, j está associado à função de
expansão N1 do elemento (i,j), mas também está associado à função N2 no elemento (i-1,j),
à função N3 no elemento (i,j-1) e à função N4 no elemento (i-1,j-1). Portanto, como se nota,
os coeficientes de canto estão conectados a quatro diferentes elementos através de quatro
(i-1,j), através da função N Lg( 2− 4) . Os coeficientes de lado φiz, j ,g estão associados à função
coeficientes de lado estão conectados a dois elementos diferentes através de duas funções
de expansão.
Como já visto, cada equação de conservação gera M equações para cada elemento e
a m-ésima equação está associada à m-ésima função de expansão.
r r
A i,j φ = b i,j elemento (i,j) ; (4-99)
r r
A i-1,j φ = b i-1,j elemento (i-1,j) ; (4-100)
r r
A i,j-1φ = b i,j-1 elemento (i,j-1) ; e (4-101)
r r
A i-1,j-1φ = b i-1,j-1 elemento (i-1,j-1) , (4-102)
r
onde φ é o vetor que contém os coeficientes de canto dos respectivos elementos.
83
Para a expansão linear, cada uma dessas equações matriciais consiste de quatro
equações algébricas lineares. Para obter a equação final do coeficiente φic, j deve-se utilizar
i, j c
a11 i, j c
φi , j + a12 i, j c
φi +1, j + a13 φi , j +1 + a14 φi +1, j +1 = b1i , j ;
i, j c
(4-103)
i −1, j c
a21 i −1, j c
φi −1, j + a22 i −1, j c
φi , j + a23 φi −1, j +1 + a24 φi , j +1 = b2i −1, j ;
i −1, j c
(4-104)
i , j −1 c
a31 i , j −1 c
φi , j −1 + a32 i , j −1 c
φi +1, j −1 + a33 φi , j + a34 φi +1, j = b3i , j −1 ; e
i , j −1 c
(4-105)
i −1, j −1 c
a41 i −1, j −1 c
φi −1, j −1 + a42 i −1, j −1 c
φi , j −1 + a43 φi , j = b4i −1, j −1 , (4-106)
i −1, j −1 c
φi −1, j + a44
onde os parâmetros ami , ,jn são os componentes das matrizes de expansão dos elementos da
malha envolvidos com o coeficiente φic, j e bmi , j são os componentes do vetor resultante. Os
parâmetros ami , ,jn e bmi , j são constituídos por integrais das funções de expansão, por
parâmetros geométricos dos elementos, por propriedades físicas do fluido e também por
componentes da velocidade no fluido no elemento, na forma derivada no item 4.2.
φ ic, j (a11i , j + a 22
i −1, j i , j −1
+ a 33 i −1, j −1
+ a 44 ) + φ ic+1, j (a12i , j + a34i , j −1 ) +
(
+ φ ic, j +1 a13i , j + a 24
i −1, j
) (
+ φ ic−1, j a 21
i −1, j i −1, j −1
+ a 43 )
+ φ ic, j −1 a 31 (
i , j −1
)
i −1, j −1
+ a 42 +
1) Incremento do tempo;
2) Iteração interna reduzida com o objetivo das variáveis convergirem mais
rapidamente;
a) calcular ρ ;
b) calcular Gx e Gz;
c) obter u e w;
d) calcular p;
e) interagir entre os itens (a) e (d) até determinar a massa específica, as
componentes da velocidade, u e w , da velocidade mássica Gx e Gz,, e a
pressão, dentro da precisão desejada;
3) Calcular E e T, utilizando os valores das variáveis obtidas no processo do item
(2);
4) Voltar para o ítem (2);
5) Repetir itens (2) e (3) até a convergência desejada das variáveis dentro da
precisão desejada; e
6) Finalmente avançar para um novo nível de tempo, retornando ao item (1).
86
5 - RESULTADOS
O fluido de trabalho utilizado para testar o método numérico desenvolvido foi o ar,
considerando a sua viscosidade µ = 2.10-5 kg/ms e a sua condutividade térmica
k = 2.10-2 J/msK, constantes. Quanto à discretização espacial, o método numérico
desenvolvido neste trabalho empregou malhas estruturadas constituídas de elementos
retangulares.
A figura 5.8 ilustra o domínio computacional, onde a face inferior esquerda contém
as condições de contorno que caracterizam a região 1, anterior ao choque, e a face inferior
direita contém as condições de contorno que caracterizam a região 2, posterior ao choque.
A linha pontilhada representa a linha de choque normal que separa as duas regiões.
Para este teste, com as condições de contorno acima descritas, simulou-se três casos.
No primeiro caso, dividiu-se o domínio computacional em 10 células na direção x e 10
células na direção z ( ∆x = ∆z = 0,12 m ), totalizando 100 células na malha computacional.
No segundo caso, utilizou-se 20 células em cada direção ( ∆ x = ∆z = 0,06 m ) formando
uma malha computacional de 400 células e, finalmente, no terceiro caso, utilizou-se 40
células em cada direção ( ∆ x = ∆z = 0,03 m ), formando, consequentemente, uma malha
computacional de 1600 células. Em todos os três casos, acima descritos, utilizou-se um
intervalo de tempo de 10-5 s e grau 2, na expansão dos polinômios.
Nota-se, à medida que a malha computacional utilizada nesses casos fica mais
refinada, o comportamento das grandezas físicas analisadas (velocidade u normal à onda de
choque, velocidade w tangencial à onda de choque, pressão p e temperatura T), proveniente
das equações discretizadas, tende à solução das equações diferenciais que governam o teste
estudado. Por isso que exatamente na interface das duas regiões anterior e posterior ao
choque, a velocidade tangencial w, que deveria ser zero, oscila em torno desse valor. Para
as malhas mais refinadas, essas oscilações foram menores do que para as malhas menos
refinadas, isto porque as células menores descreveram melhor geometricamente a interface.
- segundo caso – malha computacional, acima descrita, e grau 2 na expansão das funções
hierárquicas;
- terceiro caso – malha computacional, acima descrita, e grau 3 na expansão das funções
hierárquicas;
- quarto caso – malha computacional, acima descrita, e grau 4 na expansão das funções
hierárquicas.
As figuras 5.22 à 5.25 mostram os resultados dos quatro casos simulados para o
degrau de temperatura. Nota-se que para o grau 1 da expansão das variáveis, o degrau de
temperatura obtido foi o degrau com canto mais arredondado. À medida que se aumenta o
grau de expansão das variáveis, graus 2, 3 e 4, o degrau de temperatura obtido fica com o
canto mais reto. Portanto, pode-se dizer que os degraus de temperatura obtidos no segundo,
no terceiro e no quarto casos são bastante semelhantes entre si, e se destacam do primeiro
caso.
expansão das funções, cuja inclinação da onda de choque é de 56º, bem acima do valor
esperado da literatura. Já o gráfico da figura 5.29 mostra a captura da onda de choque
utilizando grau 2 na expansão das funções, cuja inclinação obtida foi de 36º, valor bem
mais próximo dos 29,4º esperado da literatura, Thompson (1972).
Figura 5.28 – Comportamento da onda de choque – choque oblíquo reto (solução natural),
utilizando grau 1 na expansão das variáveis.
109
Figura 5.29 – Comportamento da onda de choque – choque oblíquo reto (solução natural),
utilizando grau 2 na expansão das variáveis.
Figura 5.31 – Comportamento da onda de choque – choque oblíquo reto (solução forçada),
utilizando grau 2 na expansão das variáveis.
112
Em razão do ângulo de inclinação θ , usado neste caso, ser maior que o ângulo de
inclinação máximo ( θ o
max=33,4 ) e para o escoamento com número de Mach da região 1
(M1= 2,9), tem-se que a onda de choque formada é curva e deslocada do corpo (superfície),
Thompson (1972).
A malha computacional utilizada nesse caso é a mesma que a utilizada nos dois
casos anteriores, isto é, 9 células com ∆ x = ∆ z = 0,33 m, ∆ t = 10-5 s, porém com grau 3 na
expansão das variáveis.
113
A figura 5.33 mostra o resultado obtido com o método numérico para este
caso. Nota-se que mesmo mantendo o número de Mach da região 1, (M1 = 2,9), porém
aumentando a inclinação do escoamento em relação à superfície para 45º, de tal forma que
o ângulo de inclinação, para este número de Mach, seja maior que o ângulo máximo
(33,3º), a onda de choque oblíqua torna-se curva e deslocada da ponta da superfície.
6 - CONCLUSÕES
6.1 - CONCLUSÃO
Três casos foram simulados para se observar a captura da onda de choque: choque
oblíquo reto com solução natural colado à superfície (solução de choque fraco); choque
oblíquo reto com solução forçada colado à superfície (solução de choque intenso) e choque
oblíquo curvo descolado da superfície.
Para os três casos analisados, verificou-se, através dos resultados obtidos com o
método numérico desenvolvido neste trabalho, uma correspondência muito grande do
comportamento das variáveis calculadas com os resultados teóricos. De um modo geral, o
erro das variáveis calculadas foi pequeno, quando comparadas com os valores previstos
pela literatura.
3 4
Elemento (i,j)
Lz
An
η
1 2
Lx
ξ
L 2( ξ ) = - ( ξ - 1 ) ;
2
(A-1)
L 3( ξ ) = 2 (ξ 3 - ξ ) ; (A-2)
1
L4 ( ξ ) = (15ξ 4 - 18ξ 2 + 3) ; (A-3)
4
L 5( ξ ) = ( 7ξ 5 - 10ξ 3 + 3 ξ ) ; e (A-4)
1
L6 ( ξ ) = (105ξ 6 - 175ξ 4 + 75ξ 2 - 5) . (A-5)
4
Cantos:
1
N C1 = ( ξ - 1) ( η - 1) ; (A-6)
4
1
NC 2 = - (ξ + 1) ( η - 1) ; (A-7)
4
1
NC 3 = - (ξ − 1) ( η + 1) ; (A-8)
4
119
1
NC 4 = (ξ + 1) ( η + 1) . (A-9)
4
As funções de expansão, associadas aos lados do elemento, são definidas por uma
função linear multiplicada por um dos polinômios de Legendre dados pela equações (A-1)
à (A-5). Essas funções são indicadas por N Lg( i − j ) , onde o subscrito L( i − j ) representa o
Lado L(1-2):
(η - 1) L 2 (ξ ) ;
1
N L2( 1− 2 ) = - (A-10)
2
(η - 1) L 3 (ξ ) ;
1
N L3( 1− 2 ) = - (A-11)
2
(η - 1) L 4 (ξ ) ;
1
N L4( 1− 2 ) = - (A-12)
2
(η - 1) L 5 (ξ ) ; e
1
N L5 (1− 2) = - (A-13)
2
(η - 1) L 6 (ξ ) .
1
N L6(1− 2) = - (A-14)
2
120
Lado L(3-4):
(η + 1) L2 (ξ ) ;
1
N L2( 3− 4 ) = (A-15)
2
(η + 1) L3 (ξ ) ;
1
N L3( 3− 4 ) = (A-16)
2
(η + 1) L4 (ξ ) ;
1
N L4( 3− 4 ) = (A-17)
2
(η + 1) L5 (ξ ) ; e
1
N L5( 3− 4 ) = (A-18)
2
(η + 1) L6 (ξ ) .
1
N L6( 3− 4 ) = (A-19)
2
Lado L(1-3):
(ξ - 1) L2 (η ) ;
1
N L2( 1− 3 ) = - (A-20)
2
(ξ - 1) L3 (η ) ;
1
N L3( 1−3 ) = - (A-21)
2
(ξ - 1) L5 (η ) ;
1
N L4( 1− 3 ) = - (A-22)
2
(ξ - 1) L5 (η ) ; e
1
N L5( 1− 3 ) = - (A-23)
2
(ξ - 1) L6 (η ) .
1
N L6( 1−3 ) = - (A-24)
2
121
Lado L(2-4):
(ξ + 1) L2 (η ) ;
1
N L2( 2 − 4) = (A-25)
2
(ξ + 1) L3 (η ) ;
1
N L3 ( 2 − 4) = (A-26)
2
(ξ + 1) L5 (η ) ;
1
N L4( 2 − 4) = (A-27)
2
(ξ + 1) L5 (η ) ; e
1
N L5 ( 2 − 4) = (A-28)
2
(ξ + 1) L6 (η ) .
1
N L6( 2 − 4) = (A-29)
2
Área A(1-2-3-4) :
N A22 = L2 (ξ ) L2 (η ) ; (A-30)
N A32 = L3 (ξ ) L2 (η ) ; (A-31)
N A23 = L2 (ξ ) L3 (η ) ; (A-32)
N A33 = L3 (ξ ) L3 (η ) ; (A-33)
122
N A42 = L4 (ξ ) L2 (η ) ; (A-34)
N A24 = L2 (ξ ) L4 (η ) ; (A-35)
N A52 = L5 (ξ ) L2 (η ) ; (A-36)
N A25 = L2 (ξ ) L5 (η ) ; A-37)
N A43 = L4 (ξ ) L3 (η ) ; (A-38)
N A34 = L3 (ξ ) L4 (η ) ; (A-39)
N A44 = L4 (ξ ) . L4 (η ) ; (A-40)
N A53 = L5 (ξ ) L3 (η ) ; (A-41)
N A62 = L6 (ξ ) L2 (η ) ; (A-42)
N A26 = L2 (ξ ) L6 (η ) ; e (A-43)
N A35 = L3 (ξ ) L5 (η ) . (A-44)
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