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1. INTRODUÇÃO:
O crescimento contínuo da Pesquisa e Desenvolvimento corporativo (P&D) é um
indicador chave da emergência da economia baseada no conhecimento. O produto de P&D é o
conhecimento que se converte em novos produtos e serviços e que são adquiridos através de
pesquisadores, desse modo excedendo o restante da economia. Empresas no mundo
desenvolvido, e mais recentemente em países em desenvolvimento estão ampliando seus
investimentos em P&D em níveis mais elevados que em todo o crescimento econômico.
Apesar desta agitação na P&D corporativa, a evidência sugere que as inovações e
tecnologias podem surgir de qualquer parte no mundo e são mais prováveis de se elevarem a
partir da colaboração (interna e externa) do que a partir de trabalho individual. Também tem
se tornadas comuns tecnologias modernas serem desenvolvidas por um número de instituições
diferentes, combinando as habilidades de organizações grandes, pequenas, públicas e
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Coordenador de Processo da Biblioteca da Universidade Corporativa da Companhia Municipal de Limpeza
Urbana – COMLURB. Mestre em Ciência da Informação – UFRJ/CNPq-IBICT - liliateresamoura@gmail.com]
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Bibliotecário da Coordenadoria de Publicações Seriadas da Fundação Biblioteca Nacional. Especialista em
Sistemas de Informação e Qualidade Total – Centro Universitário Augusto Motta/UNISUAM –
alexdasilveira@gmail.com
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Estagiário da Biblioteca da Universidade Corporativa da Companhia Municipal de Limpeza Urbana –
COMLURB. Graduando em Biblioteconomia – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO -
miguelcomneto@gmail.com
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privadas. A inovação em isolamento não é mais uma opção viável. Dentre uma série de razões
para esta tendência, citaremos duas:
• O processo de inovação tem exigido cada vez mais uma combinação de diferentes
habilidades, tecnologias e disciplinas;
• Informações e conhecimento estão se difundindo de modo globalizado e muito mais
rápido ao passo que indivíduos e organizações possuem amplo acesso on-line a jornais e bases
de dados patenteadas;
A comunidade acadêmica tem colaborado tradicionalmente com as instituições,
geografia e idiomas. Foi conhecido como a mais cosmopolita de todas as categorias
trabalhistas empregadas pela indústria. Cientistas de países desenvolvidos e em
desenvolvimento estão aumentando rápida e progressivamente o número de co-autorias com
colegas de outras instituições, países e regiões.
Outro desenvolvimento importante em termos de colaboração P&D envolvendo
acadêmicos é o surgimento recente das companhias de licença de PI. Estas companhias estão
auxiliando o desbloqueio de muitos dos valores ligados à propriedade intelectual para
assegurar que as universidades percam mínimas oportunidades para propostas comerciais de
produtividade. Essa tendência levou a uma maior colaboração entre os laboratórios de P&D e
a indústria.
Neste contexto com muitas forças pressionando em direção ao crescimento da
colaboração, podemos examinar um conjunto de tendências específicas recentes que estão
auxiliando a formar o novo ambiente global e colaborativo para P&D, ou seja:
1 Descentralização de P&D em grandes corporações
2 Colaboração: acadêmicos, universidades e Propriedade Intelectual (PI)
3 Apoio governamental para P&D colaborativo
4 Desenvolvimento de produto de origem aberta
5 Surgimento de mercados (PI)
Colaboração também é um problema a ser ajustado no ambiente e constantemente
monitorada para localizar rapidamente tecnologias emergentes em potencial que vêm da
mesma indústria, indústrias adjacentes, universidades, institutos de pesquisa, etc.
Organizações se engajaram em caminhos de colaboração crescente necessitando um
entendimento até melhor de suas próprias competências, habilidades e perícias como um
modo de proteger estes ativos e encontrar parceiros complementares. É importante enfatizar
que o gerenciamento da colaboração não seja apenas uma questão de desejá-lo. Recursos e
tempo precisam ser administrados efetivamente por uma série de metodologias e software.
Como a concorrência continua a aumentar, é provável que os vencedores sejam os que
gerenciam estas habilidades colaborando efetivamente e estrategicamente. Para uma melhor
compreensão do cenário a ser trabalhado, algumas definições serão disponibilizadas com a
finalidade de delimitar o escopo da pesquisa.
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
É a linha mestra que a alta direção adota para orientar a ação e tornar possível a contínua
interação da organização com o ambiente. Corresponde ao espaço que a organização pretende
ocupar em relação às demandas ambientais; não se atendo à razão social, contrato ou estatuto;
independente da natureza, do porte e de outros aspectos da organização.
3. CENÁRIOS
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São descrições de cenários futuros qualitativamente distintos e dos caminhos
(trajetórias) que os conectam com a situação de origem; São previsões sistêmicas associadas a
um conjunto de hipóteses explícitas e visam delimitar e organizar a incerteza em um número
limitado de alternativas.
4. INFORMAÇÃO E INDIVÍDUOS
De acordo com Choo (2003,) o conhecimento reside na mente dos indivíduos. No
entanto, exige uma conversão e um compartilhamento a fim de se consolidar como
conhecimento. Para ele a criação de significado se dá a partir da interpretação do ambiente,
permitindo aos membros da corporação compreender melhor as mudanças e seu significado, e
com isso conquistar uma maior segurança e visão estratégica. Construir conhecimento é uma
atividade inerente ao ser humano. Todos os indivíduos, no âmbito organizacional, têm
diferentes necessidades de informação e conhecimento para desenvolverem suas atividades.
Essas necessidades de informação, segundo Wurman (1995) podem ser expressas de cinco
modos diferentes:
Informação interna -mensagens que governam nossos sistemas internos e possibilitam
o funcionamento do nosso corpo. Aqui, a informação toma a forma de mensagens cerebrais;
Informação conversacional -trocas formais e informais, as conversas que mantemos com as
pessoas à nossa volta, sejam amigos, parentes, colegas de trabalho ou clientes em reuniões de
negócios. Informação de referência – é a informação que opera os sistemas do nosso mundo
– ciência e tecnologia – e, mais imediatamente, para os materiais de referência que usamos em
nossa vida. A informação de referência pode ser qualquer coisa, desde um manual de
procedimentos até um relatório ou o dicionário; Informação noticiosa - ela abrange os ventos
da atualidade -a informação transmitida pela mídia sobre pessoas, lugares e acontecimentos
que talvez não afetem diretamente a nossa vida, mas podem influenciar nossa visão de
mundo; Informação cultural - esta é a forma menos quantificável. Abrange história, filosofia
e artes, qualquer expressão de uma tentativa de compreender e acompanhar nossa civilização.
Neste estudo trataremos apenas da informação de referência, comparando-a a outras obtidas
em informação noticiosa e informação conversacional.
5. INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
A IC ou Inteligência Competitiva se constitui de um processo sistêmico de coleta,
análise, gestão e disseminação da informação sobre os ambientes competitivos para o
ambiente interno da organização visando subsidiar o processo decisório e atingir as metas
estratégicas da organização.
O processo de inteligência competitiva apóia-se na gestão da informação e na gestão do
conhecimento para desenvolver suas atividades. Existem correntes teóricas que não acreditam
na gestão do conhecimento, simplesmente pelo fato de que o conhecimento está na cabeça das
pessoas. No entanto, se entendermos gestão do conhecimento como um conjunto de
estratégias de ação que visam fomentar a criação, o compartilhamento e a retroalimentação do
conhecimento humano, em um determinado espaço organizacional, sem dúvida nenhuma a
gestão do conhecimento é possível. No espaço organizacional o conhecimento de cada
indivíduo é extremamente importante e requer ser comunicado. A comunicação por sua vez,
requer uma mediação eficiente, caso contrário, a comunicação será realizada, mas sem um
resultado eficaz. Isso significa que a mediação tem importante papel na gestão do
conhecimento, pois uma pessoa ou equipe terá de ser responsável pela organização lógica do
conhecimento gerado pelos indivíduos da organização, visando sua distribuição aos demais
exigindo, sem dúvida alguma, uma linguagem que possa ser compreendida por todos os
indivíduos, assim como deve ter consistência quanto ao seu significado, caso contrário o
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conhecimento não será compreendido e assimilado por todos. O conhecimento gerado por
cada indivíduo carrega suas crenças, seus valores etc., por esse motivo é necessário realizar
uma releitura do significado das palavras utilizadas, buscando dar consistência antes de
efetuar o compartilhamento. A construção de terminologias de especialidade voltada ao
negócio da organização é outra ação concreta, que auxilia a gestão do conhecimento,
propiciando maior consistência à linguagem utilizada pelas pessoas da organização e, por
conseqüência, maior compreensão e assimilação.
6. CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
A gestão do conhecimento (GC) é entendida como um importante recurso no processo
de inteligência competitiva, porque trabalha os fluxos informais do processo. As estratégias
usadas no âmbito da gestão do conhecimento possibilitam a construção de conhecimento de
forma mais eficaz, assim como criam um contexto positivo para o compartilhamento dos
ativos de conhecimento gerados pelas pessoas da organização. Finalmente, por meio de
métodos e técnicas específicas da GC é possível criar uma cultura organizacional positiva.
Entende-se gestão do conhecimento como um conjunto de estratégias para criar, adquirir,
compartilhar e utilizar ativos de conhecimento, bem como estabelecer fluxos que garantam a
informação necessária no tempo e formato adequados, a fim de auxiliar na geração de idéias,
solução de problemas e tomada de decisão (Valentim, 2003).
A linguagem é fundamental para a construção do conhecimento, uma vez que “o
significado de uma palavra representa um amálgama tão estreito do pensamento e da
linguagem que fica difícil dizer tratar-se de um fenômeno da fala ou de um fenômeno do
pensamento” (Vigotsky, 1998). A construção do conhecimento é entendida como um
processo dinâmico, sem fim, do qual a linguagem faz parte. É a linguagem que consolida, de
fato, o novo conhecimento. “O pensamento não é simplesmente expresso em palavras; é por
meio delas que ele passa a existir” (Vigotsky, 1998).
As associações são feitas individualmente, por isso mesmo, o conhecimento construído
é individual e único. Nesse sentido, as organizações devem adotar modelos de gestão, como
por exemplo, a gestão do conhecimento, visando apoiar o compartilhamento de conhecimento
gerado por cada indivíduo, no espaço corporativo, de forma a possibilitar maior socialização e
integração, buscando obviamente obter resultados positivos para o negócio da organização.
Uma cultura voltada para o compartilhamento e socialização do conhecimento beneficia a
todos, uma vez que a troca possibilita também o acesso ao conhecimento gerado por outros
indivíduos. Nesse caso, todos ganham. Se analisarmos que a ciência é construída dessa forma,
qual seja, o acesso ao conhecimento gerado por diferentes indivíduos, e que somente por esse
motivo, foi possível a humanidade avançar tanto, podemos entender o quanto isso representa
para uma organização.
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procedimentos quando da tomada de decisão, pois apesar de diminuírem o esforço mental
necessário para se fazer uma escolha, podem levar a erros de julgamento. Para que de fato
isso aconteça, as intenções da organização devem ser bem definidas quanto ao favorecimento
de uma autonomia aos indivíduos. O caos criativo pode ser favorável, na medida em que
propicia a formulação de novos conceitos, e a redundância que deve ser encarada como a
disponibilização da informação, mesmo onde ela não é requisitada, deve ser implementada
com equilíbrio evitando assim sobrecarregar as tarefas e prejudicar as operações
organizacionais. É importante ressaltar que o processo de criação de conhecimento é
fundamentado na criatividade e estimulação do caráter imaginativo nos indivíduos, e para
tanto, deve-se fomentar um ambiente corporativo capacitante.
8. OBJETIVO
Neste estudo exploratório procurou-se com a aplicação da a Lei de Zipf/Goffman ou
Ponto T aliada a uma ferramenta de coleta de dados, com foco na área de pesquisa aplicada do
segmento de negócio da organização, verificar a possibilidade de ingerência no processo de
planejamento estratégico, observando-se apenas um microcosmo do extenso contexto em que
se realizaria a ação.
Em sua segunda lei, modificada por Booth, Zipf observa que há a tendência de se usar
poucas vezes um grande número de palavras (baixa freqüência). Booth, ao modificar a
segunda lei de Zipf, chega a seguinte representação matemática:
I1 / In = n(n + 1) / 2
10. METODOLOGIA
A metodologia é o resultado de um mecanismo simples de busca de informações
formais em ambiente externo, através de artigos de uma determinada publicação científica
periódica, em meio eletrônico, agrupando-se os resultados obtidos, ano a ano, e classificando-
os por áreas de processo conforme definição da classificação das normas, procedimentos,
especificações técnicas e instruções de trabalho adotadas na organização, baseada nas normas
ISO.
Uma vez realizada a coleta, é necessário gerenciar a informação obtida dentro da
organização de maneira sistemática e estruturada com foco no gerenciamento tácito e
decisório.
Este processo é parte do chamado "monitoramento ambiental externo” e pode ser
definido como:
"Captura de informações sobre eventos e relacionamentos no ambiente externo à
organização gerando conhecimento que poderá auxiliar a alta direção na sua tarefa de mapear
o rumo das futuras ações da empresa”.
A metodologia constitui-se de três partes distintas:
1)Seleção do material
2)Contagem de palavras através do programa "Hermetic Word Frequency", versão de
demonstração.
3)Mapeamento das áreas pela justaposição dos termos obtidos na classificação de
processos adotada pela empresa.
O periódico utilizado foi o "Waste Management & Research" visto a falta de um
periódico científico brasileiro cujo foco seja apenas o assunto resíduo. Este é um periódico em
língua inglesa, editado pela ISWA (International Solid Wastes Association) com uma
variedade de artigos escritos por autores oriundos de países de língua inglesa, espanhola,
alemã e de autores brasileiros inclusive.
Foram utilizadas as edições editadas entre os anos de 1998 e 2007, cobrindo assim, 10
anos do periódico. Não foram utilizados todos os artigos editados, pois a revista trata de
resíduos e os dados serão aplicados a uma analise para o planejamento estratégico de uma
empresa de resíduos sólidos urbanos, sendo considerado este assunto o filtro para a seleção
dos artigos. Do total de artigos publicados no período foram utilizados 361.
Dos artigos selecionados foram extraídos os títulos, resumos e títulos das citações. Os
títulos e os resumos foram extraídos por serem linguagens estruturadas onde o autor visa
apresentar de forma reduzida o conteúdo de seu artigo. Já os títulos das citações visão
ampliarem a abrangência dos assuntos da área de interesse, considerando assim os trabalhos
que foram utilizados para construir aquele artigo. Em estudo anterior de Moura (1995) foi
observado que a utilização dos títulos das citações aumentava em 33% a especificidade da
área, o que para este trabalho era bastante significativo visto tratar-se de estudo aplicado ao
planejamento estratégico que busca informações para sustentar as ações futuras da
organização e as especificidades podem ser indicativas de novas frentes de pesquisa ou
interelações de novas áreas.
A contagem dos termos foi realizada através do software "Hermetic Word Frequency",
porém em sua versão de demonstração, limitando a contagem a 100 palavras, quantidade
muitas vezes inferior ao número de palavras coletadas em um artigo. Desta forma o trabalho
foi feito em etapas. Primeiro os termos foram selecionados através do software citado gerando
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várias listas de freqüência e depois agrupado por ano. Com a existência de várias listas em um
só ano, o que acarreta a duplicidade de termos na listagem agrupada por ano, foi necessário
usar também os recursos de tabela dinâmica do software MS Excel. Deve-se ainda observar
que a aplicação do contador de palavras usou como filtro uma lista de termos não
significativos em língua inglesa.
Para esclarecer melhor a aplicabilidade, procurou-se ao fim, identificar os
acontecimentos relevantes ocorridos neste determinado período.
11. ANÁLISE
Verificando-se os resultados obtidos e comparando-os com os acontecimentos e ações
adotados pela organização analisada, é possível inferir-se, ao nível de estudo experimental,
que embora tivesse sido usada apenas uma variante externa, ao compará-la com outras
variantes externas à empresa (periódico de divulgação científica e site especializado), e uma
variante externa obtida pelo serviço de Tele-atendimento, que recebe ligações telefônicas de
clientes sobre solicitações de serviços oferecidos pela companhia, reclamações e sugestões de
serviços ou ações esporádicas, verificou-se uma certa coincidência de procedimentos (nas
ações) e solicitações (no tele-atendimento) sugerindo uma estreita relação entre ambos. Um
artigo publicado em veículo de divulgação, e as notícias divulgadas pelo site especializado
definem um prazo bastante curto entre a publicação da pesquisa e a sua divulgação e o
imediato interesse popular não deixando uma margem expressiva entre ambos.
Nos gráficos a seguir é possível evidenciar esta “coincidência” de forma clara e
facilmente compreensível.
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361 artigos 66 Recycling +60%
1998 1999 2000 2001 2002
17 Recycling +50%
9 Recycling +70%
Fatos
1996 Cooperativas Inaugurado Ecopontos
1997 Protocolo de Kyoto 1ºCSR
Ponto T
Termo elencado
30% acima ou
abaixo do PONTO T
2.50.310-Aterro
2.50.310 Aterro 2.50.310-Aterro sanitário 2.50.310-Aterro 2.10.300- Coleta
sanitário sanitário 2.50.311-Chorume sanitário seletiva
2.50.300—pilhas e 2.10.000-Coleta 2.50.310- Aterro
2.50.311-Chorume 2.50.312-Biogás baterias domiciliar sanitário
2.50.311- 2.50.200
Chorume Tratamento
Gráfico 1 – Análise dos dados obtidos neste trabalho entre os anos de 1998 e 2002
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2003 2004 2005 2006 2007
Gráfico 2 – Análise dos dados obtidos neste trabalho entre os anos de 2003 e 2007
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Em continuação, o tempo de divulgação de uma pesquisa publicada em periódico
científico e periódicos de divulgação científica, sites especializados na área, e público em
geral fosse definido para que as empresas possam se adequar à inovação, o que é o objeto do
planejamento estratégico: trabalhar o capital intelectual, direcionando-o ao segmento popular,
antecipando-se à concorrência e garantindo assim sua sobrevivência, ou seja, trabalhar a
inteligência competitiva ou IC.
O segundo estágio da divulgação de uma pesquisa científica é através de periódicos de
divulgação científica, seminários, sites especializados e por último em seções específicas de
jornais de grande circulação, programas televisivos, de radio etc. a chamada imprensa popular
ou informação de massa.
No quadro abaixo as ligações telefônicas recebidas pela empresa gestora de resíduos
sólidos urbanos e que também é a responsável pela normatização desses resíduos junto ao
município, é apresentado como uma ferramenta para mapeamento do ambiente externo já em
outro nível dentre os cinco apontados por Wurman (1995).
Pode-se observar a coincidência de assuntos, colocados sob a perspectiva popular onde
o papel que lhe cabe é a disposição adequada dos resíduos produzidos.
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Quadro 1 - Solicitações atendidas pelo Tele-atendimento da Comlurb (julho 2008)
No Quadro acima podemos observar os itens destacados em vermelho como aqueles que
estão estreitamente ligados ao comportamento popular referente à coleta seletiva, ação que
antecede o ciclo econômico da reciclagem.
No recorte abaixo demonstramos parte de um artigo de divulgação científica citando a
pesquisa publicada no periódico pesquisado: Waste Management & Research, realizada por
pesquisador brasileiro, lotado na UNESP, local de realização do experimento. O prazo entre a
publicação no periódico científico e sua divulgação em veículo de divulgação é de nove
meses.
Além disso, trechos do artigo, assinalados em negrito no quadro abaixo, identificam a
agência financiadora, a indústria interessada e a atuação popular na gestão dos resíduos.
As embalagens de PET reciclado estão liberadas, desde abril deste ano, para acondicionar alimentos.......A
norma da agência fundamentou-se no surgimento de novas tecnologias capazes de limpar e descontaminar
esse tipo de material, independentemente do sistema de coleta.................. A decisão deverá contribuir para
aumentar o índice de reciclagem das garrafas plásticas descartadas após o uso. Em 2006, das 378 mil
toneladas (à base) de PET fabricadas no Brasil, 194 mil toneladas foram recicladas, segundo dados da
Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) .............As outras 184 mil toneladas contribuíram para
aumentar o volume dos depósitos de lixo ou foram parar em córregos e rios ou outros locais inapropriados.
................
Desses itens, 23 podem ser reutilizados e reciclados, desde que a gestão dos resíduos sólidos esteja
relacionada à coleta seletiva.
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assuntos ligados à gestão de resíduos sólidos urbanos e não somente sobre o processo de
reciclagem:
A importância da reciclagem
Reciclagem: o que você pode fazer
Importância e vantagens da reciclagem
Qual a importância de consciencializar para a reciclagem desde a infância?
A importância da reciclagem do óleo de cozinha utilizado
A importância da reciclagem
A importância do papel reciclado
A importância da Reciclagem de Papel
Qual a importância da reciclagem?
A importância social da reciclagem da embalagem
Generating Biomass Fuel From Disaster Debris
A New Generation Of Commercial Disposers
Increasing Efficiency At Yard Trimmings Composting Sites
Bibliografia: RECICLAGEM DO PLÁSTICO - Como fazer da reciclagem um negocio
lucrativo
Bibliografia: Modern Composting Technologies
Bibliografia: PRODUCING POWER WITH ANAEROBIC DIGESTION
Bibliografia: ODOR MANAGEMENT AT COMPOSTING FACILITIES
Bibliografia: THE PRACTICAL GUIDE TO COMPOST MARKETING AND SALES
Bibliografia: WOOD RECYCLING:HOW TO PROCESS MATERIALS FOR
PROFITABLE MARKETS
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Este estudo pretende levantar uma nova perspectiva sobre o uso de metrias da
informação e suas derivadas como ferramenta de estudos de planejamento estratégico a
exemplo do que vem sendo feito em outros países que focaram a Ciência da Informação por
seu lado pragmático e tecnológico na construção de sistemas de informação inteligentes, os
chamados KM’s.(Knowledge Management)
REFERÊNCIAS:
FIORAVANTE, Felipe. Gestão do conhecimento: por onde começar?. São Paulo; Brasília;
Ottawa: [S.n., 2008?]. Disponível em: <http://www.terraforum.com.br/biblioteca>. Acesso
em: 12 ago. 2008
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Using electronic scientific publication content in an urban solid wastes company
strategic planning: a bibliometric exploratory study.
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Coordenador de Processo da Biblioteca da Universidade Corporativa da Companhia Municipal de Limpeza
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