Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BAILLY
A.,
Dictionnaire
Grec
Franais.
Rdig
avec
le
concours
de
E.
Egger,
Paris,
Hachette,
[1999],
p.
195.
arrasta a viver por causa de seu peso, ora, isso que absolutamente
precioso em nossa vida. E isso, que vale absolutamente, isso que merece
ser, independentemente de tudo o mais, isso o ser-se digno, ser-se
humanamente digno.
O valor, para que merea sequer tal designao, tem de ser o
princpio, o eixo fundamental, absoluto, em torno do qual gira toda a vida
humana, seja ela individual ou comunitariamente considerada.
O valor , assim, um princpio axial absoluto, sem o qual no h
propriamente realidade humana, sem o qual a realidade humana no
propriamente possvel.
Para que tal realidade humana se possa verificar, o que o valor nunca
pode ser fruto de um qualquer arbtrio subjectivo, que no respeite a
objectividade axial dos princpios de humana dignidade que o constituem
como valor. Se assim no for, qualquer possuidor de uma real ameaa de
violncia constrangedora pode impor como valor algo que no o
realmente, mas que passa a constituir um seu sucedneo actual, imposto
no pelo peso objectivo e estrutural que o prprio da ontologia humana,
mas pela brutalidade da fora de quem, assim, o tirano. O paradigma
dialctico da constante luta entre a objectividade dos princpios axiolgicos
da ontologia humana e os interesses do tirano est dado na discusso entre
Scrates e Trasmaco, no Livro I da Repblica, de Plato, para o qual
remetemos.
Uma leitura atenta deste texto, sobretudo da argumentao do Sofista
Trasmaco, realmente triunfante ao longo dos sculos, deixa-nos com a
noo de que ao longo da histria da humanidade da humanidade, no da
humanidade ocidental, que no uma humanidade parte , imperou quase
621c.
10