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Captura Críptica:
direito, política, atualidade
______________________________
Revista Discente do Curso de Pós-Graduação em Direito
da Universidade Federal de Santa Catarina
Conselho Editorial
Ademar Pozzatti Júnior (CPGD-UFSC)
Camila Bibiana Freitas Baraldi (CPGD-UFSC)
Carla Andrade Maricato (CPGD-UFSC)
Danilo dos Santos Almeida (CPGD-UFSC)
Felipe Heringer Roxo da Motta (CPGD-UFSC)
Francisco Pizzette Nunes (CPGD-UFSC)
Liliam Litsuko Huzioka (CPGD/UFSC)
Lucas da Silva Tasquetto (CPGD-UFSC)
Luziana Roesener (CPGD-UFSC)
Marcia Cristina Puydinger De Fázio (CPGD-UFSC)
Matheus Almeida Caetano (CPGD-UFSC)
Moisés Alves Soares (CPGD-UFSC)
Renata Rodrigues Ramos (CPGD-UFSC)
Ricardo Prestes Pazello (CPGD-UFSC)
Vinícius Fialho Reis (CPGD-UFSC)
Vivian Caroline Koerbel Dombrowski (CPGD-UFSC)
Periodicidade Semestral
ISSN 1984-6096
Graduada em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Mestre em Direito pela
Universidade Federal de Santa Catarina (USFC). Professora dos Cursos de Graduação em Direito
e de Pós-Graduação lato sensu em Direito Ambiental da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco
(UNDB). Assessora no Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (TJMA).
Acadêmico do décimo período do Curso de Direito da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco
(UNDB).
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regulamentada por nenhuma legislação ou Law context, it’s not considered a threat to the
resolução específica, não sendo considerada, environment or human health. Also, there’s no
para fins de responsabilização segundo os significant academic debate when it comes to
preceitos do Direito Ambiental, uma ameaça ao nanotechnology risks. The present work
meio ambiente ou à saúde humana. Além disso, intends to offer a critical analysis of the
o debate acadêmico sobre os riscos da instruments of environmental protection on the
nanotecnologia é, ainda, incipiente, mormente global risk society, especially regarding its
para o Direito. O presente trabalho tem como omission about nanotechnology’s risks.
objeto a análise crítica dos instrumentos de
salvaguarda do direito ao meio ambiente, no
contexto da sociedade global de risco,
especificamente no que tange ao descompasso
dos instrumentos jurídicos de proteção
ambiental no trato dos riscos de graves
conseqüências oriundos das nanotecnologias.
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1) Considerações iniciais
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1
BECK, Ulrich. Liberdade ou capitalismo: Ulrich Beck conversa com Johannes Willms. Trad.
Luiz Antônio Oliveira de Araujo. São Paulo: Editora UNESP, 2003. p. 8.
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2
Ibid., p. 9.
3
Cf. MARX, Karl. O Capital. Trad. Gabriel Deville. 3. ed. Bauru: EDIPRO, 2008.
4
Cf. DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. Trad. Eduardo Brandão. 3. ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2008.
5
Ibid., p. 11.
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“A proximidade virtual e a não-virtual trocaram de lugar: agora a variedade virtual é que se
tornou a “realidade”, segundo a descrição clássica de Émile Durkheim: algo que fixa, que “institui
fora de nós certas formas de agir e certos julgamentos que não dependem de cada vontade
particular tomada isoladamente”; algo que “deve ser reconhecido pelo poder de coerção externa”
e pela “resistência oferecida a todo ato individual que tende a transgredi-la”. A proximidade não-
virtual termina desprovida dos rígidos padrões de comedimento e dos rigorosos paradigmas de
flexibilidade que a proximidade virtual estabeleceu. Se não puder imitar aquilo que esta
transformou em norma, a proximidade topográfica vai se tornar um “ato de transgressão” que
certamente enfrentará resistência. E assim se permite que a proximidade virtual desempenhe o
papel de genuína e inalterada e a realidade real pela qual todos os outros pretendentes ao status de
realidade devem se avaliar e ser julgados.” BAUMAN, Zygmunt. Amor Líquido: sobre a
fragilidade das relações humanas. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed., 2004. p. 82-83.
7
BECK, 2003, op. cit., p. 18.
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8
GIDDENS, Anthony. A vida em uma sociedade pós-tradicional. In: BECK, Ulrich; GIDDENS,
Anthony; LASH, Scott. Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social
moderna. Trad. Magda Lopes. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1997, p. 73.
9
BECK, 2003, op. cit., p. 19-20.
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10
Ibid., p. 29.
11
Ibid., p. 30.
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forma distinta em cada local do globo, impondo uma redefinição no local que a
experimenta.12
Existem duas formas de se pensar a globalização. A primeira noção, que
corresponde à globalização aditiva, parte do pressuposto de que o Estado
nacional ainda domina, sendo a esta apenas um ponto de vista adicional. O que
existe, para tal corrente, é um Estado nacional interconectado com os demais
Estados nacionais. A outra, a noção substitutiva, parte do pressuposto de que o
Estado nacional não existe mais. De que este foi substituído, ante a
globalização, por um novo Estado.13
Ulrich Beck, em oposição às noções de globalização aditiva ou
substitutiva da imagem do contêiner do Estado nacional, defende a tese de que
esta deva ser entendida como uma globalização interiorizada. No seu
diagnóstico da segunda modernidade, o contêiner do Estado nacional dilui a si
mesmo, adquirindo uma nova qualidade, desenvolvendo novas formas de vida,
novos contextos de comunicação transnacional, novas instituições que surgem
nos mais variados planos do social, da economia, do trabalho e nas
comunidades políticas.14
No contexto de uma sociedade cosmopolita, surge a necessidade de um
novo empirismo global-local da transnacionalidade que nasce no interior dos
Estados. Não se pode mais partir do pressuposto de que países economicamente
desenvolvidos e em desenvolvimento constituem esferas isoladas ou que o
mundo ainda é dividido em impérios separados e fechados uns aos outros. As
culturas estão cada vez mais mescladas, transformando o que antes eram
sociedades homogêneas em sociedades mundiais pluralistas. Para analisar esta
sociedade mundial local é essencial uma imaginação dialógica que coloque no
centro da ação a negociação de experiências contraditórias – sejam na política,
ciência ou economia. A segunda modernidade aflora num contexto de tensão: a
abertura de fronteiras causa, também, um reflexo protecionista intelectual,
político e étnico, o que Ulrich Beck denomina como movimentos nacionalistas
banais.15
12
BECK, 2003, op. cit., p. 32.
13
Ibid., p. 33.
14
Idem.
15
BECK, 2003, op. cit., p. 34.
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16
Ibid., p. 43.
17
“O capital não conhece pátria; esta nova forma empresarial de organização e concentração do
capital salta ademais por cima das fronteiras estatais. As empresas transnacionais operam através
de numerosos países ao mesmo tempo. Nos anos setenta seu número não superava poucas
centenas. Em 1997 são mais de 40.000. (...) As companhias transnacionais representam uma
concentração de capital, de poder e de capacidade de decisão imensos. São em si mesma uma
importantíssima novidade organizativa”. CAPELLA, Juan Ramón. Fruto proibido: uma
aproximação histórico-teórica ao estudo do Direito e do Estado. Trad. Gisela Nunes da Rosa e
Lédio Rosa de Andrade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p. 241.
18
Ibid., p. 242.
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19
BECK, 2003, op. cit., p. 45.
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20
Neste ponto, Beck toma como referencial empírico os países industrializados que já superaram
problemas de escassez de bens.
21
BECK, Ulrich. A reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. In:
BECK, Ulrich; GIDDENS, Anthony; LASH, Scott. Modernização Reflexiva: política, tradição e
estética na ordem social moderna. Trad. Magda Lopes. São Paulo: Editora da Universidade
Estadual Paulista, 1997. p. 17.
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29
Ibid., p. 11.
30
BECK, 2003, op. cit., p. 115.
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que pode ser entendido como um perigo. Quando este destino individual passou
a ser visto como a possível experiência comum de um determinado grupo, ou
seja, como um problema que afetava e ameaçava a existência de
empreendimento comercial intercontinental, criou-se uma caixa comum
destinada a pagar uma indenização em caso de naufrágio. Nesse momento,
quando foi criada uma resposta institucional para o perigo, este se transformou
em risco, isto é, um problema coletivamente solúvel.31
Niklas Luhmann sugere que os riscos sejam interpretados como os
possíveis danos decorrentes de uma decisão. Quando os danos são relacionados
a causas fora do próprio controle, estes são tidos como perigos. Os perigos
englobam, também, as decisões de outras pessoas, grupos e organizações. Dessa
maneira, a mesma ação pode ser tida como risco para alguns e perigo para
outros. A título exemplificativo: o motorista que dirige em alta velocidade
assume um risco para si ao mesmo tempo que representa um perigo aos
demais.32
Levando-se em conta o padrão conceitual estabelecido por Beck, o
desenvolvimento das forças produtivas, isto é, a industrialização, pode ser
entendida como o processo de surgimento dos riscos e das respostas
institucionais a eles. Entre os séculos XVIII a XX, o processo de distribuição
das conseqüências dos riscos foi negociado e institucionalizado, de forma que
desempenhou um papel fundamental para o otimismo desenvolvimentista.
Assim, o progresso sempre esteve umbilicalmente ligado à possibilidade de
compensação dos seus efeitos colaterais através de um programa
institucionalizado.33
Na sociedade de risco, contudo, esse otimismo desenvolvimentista é
confrontado pela mudança substancial na qualidade dos riscos. Isto porque o
cálculo do risco pressupõe um acidente, isto é, um acontecimento delimitado
social, espacial e temporalmente. Para o sociólogo alemão, tal modelo perde
validade, principalmente, partir de Chernobyl, onde as conseqüências do
acidente já não puderam mais ser delimitadas. Os riscos oriundos das novas
31
Idem.
32
BRUSEKE, Franz Josef. A técnica e os riscos da modernidade. Florianópolis: Ed. da UFSC,
2001, p. 40.
33
BECK, 2003, op. cit., p. 118.
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34
Ibid., p. 119.
35
Ibid., p. 120.
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36
Ibid., p. 122.
37
Ibid., p. 126.
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38
Ibid., p. 130.
39
Cf. GUIVANT, Julia S. Reflexividade na Sociedade de Risco: conflitos entre leigos e peritos
sobre os agrotóxicos. In: HERCULANO, Selene. (Org.). Qualidade de vida e riscos ambientais.
Niterói: Editora da UFF, 2000, p. 281-303.
40
Cf. ADI/3510 – Ação Direta de Inconstitucionalidade.
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THE ROYAL SOCIETY AND THE ROYAL ACADEMY OF ENGINEERING. Nanoscience
and nanotechnologies: opportunities and uncertainties. Plymouth: Latimer Trend Ltd., 2004. p.
5. Disponível em: http://www.nanotec.org.uk/finalReport.htm. Acesso em: 16 de fevereiro 2009.
42
SWISS REINSURANCE COMPANY. Nanotechnology: small matter, many unknowns.
Zurich: SwissRe, 2004. p. 5. Disponível em:
http://www.swissre.com/INTERNET/pwsfilpr.nsf/vwFilebyIDKEYLu/ULUR-
5YNGET/$FILE/Publ04_Nanotech_en.pdf. Acesso em: 13 de abril de 2009.
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43
THE ROYAL SOCIETY AND THE ROYAL ACADEMY OF ENGINEERING, 2004, op. cit.,
p. 16.
44
Ibid., p. 6.
45
SWISS REINSURANCE COMPANY, 2004, op. cit., p. 9.
46
THE ROYAL SOCIETY AND THE ROYAL ACADEMY OF ENGINEERING, 2004, op. cit.,
p. 8.
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patamar. Tal escala deve ser atingida em, no mínimo, uma dimensão. Por
exemplo: existem nanomateriais, como revestimentos e camadas especiais, que
chegam a atingir alguns centímetros de área, já que são utilizados em
superfícies. Contudo, tais materiais são considerados nanométricos pelo fato de
apresentarem profundidade nanométrica, chegando a possuir somente um átomo
de espessura.
É possível verificar materiais em nanoescala de somente uma, duas ou em
todas as três dimensões. Os nanomateriais unidimensionais são aqueles que
possuem somente uma dimensão em escala nanométrica. Em geral a dimensão é
a profundidade, como se pode verificar em filmes ultrafinos, camadas e
revestimentos de superfícies. Algumas camadas e revestimentos chegam a
possuir somente uma molécula ou um átomo de profundidade, apesar de
possuírem uma área de cobertura relativamente extensa. Exemplos de
nanomateriais unidimensionais são os revestimentos em dióxido de titânio
ativado, projetados para repelir água e bactérias de superfícies auto-limpantes.
Também existem revestimentos à prova de arranhões que são significativamente
aprimorados a partir do uso de camadas intermediárias em nanoescala.47
Nanomateriais bidimensionais são aqueles que possuem duas dimensões
em escala nanométrica (largura e profundidade, e.g.) e possuem uma dimensão
estendida (altura, e.g.). Nanotubos de carbono, nanofios, biopolímeros e
nanotubos inorgânicos se encaixam nesta categoria. Nanotubos são estruturas
cilíndricas, cujo diâmetro não ultrapassa os 100nm, cujos maiores atrativos são
suas propriedades físicas e químicas, como resistência, durabilidade e
condutividade.48
A nanoescala em três dimensões é representada por partículas que
possuem um raio não maior do que 100nm e não ultrapassam este limite em
nenhuma dimensão. Materiais que pertençam à escala nanométrica em todas as
suas dimensões são denominados nanopartículas. São exemplos de
nanopartículas os fulerenos, que são compostos por sessenta átomos de carbono
organizados em 20 hexágonos e 12 pentágonos, cujo formato é comparado a
47
Ibid., p. 10.
48
Ibid., p. 8.
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uma bola de futebol. Por serem ocos, podem desempenhar a função de veículos
para remédios e contrastes, bem como para lubrificantes de superfícies.49
49
Ibid., p. 10.
50
Ibid., p. 6.
51
SWISS REINSURANCE COMPANY, 2004, op. cit., p. 13.
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52
Ibid., p. 12.
53
THE ROYAL SOCIETY AND THE ROYAL ACADEMY OF ENGINEERING, 2004, op. cit.,
p. 7.
54
GREENPEACE ENVIRONMENTAL TRUST. Future Technologies, Today’s Choices:
Nanotechnology, Artificial Intelligence and Robotics; A technical, political and institutional map
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58
GREENPEACE ENVIRONMENTAL TRUST, 2003, op. cit., p. 22.
59
THE ROYAL SOCIETY AND THE ROYAL ACADEMY OF ENGINEERING, 2004, op. cit.,
p. 11.
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60
Idem.
61
THE GREENPEACE ENVIRONMENTAL TRUST, 2003, op. cit., p. 15.
62
GREENPEACE ENVIRONMENTAL TRUST, 2003, op. cit., p. 27.
63
Ibid., p. 30.
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64
THE ROYAL SOCIETY AND THE ROYAL ACADEMY OF ENGINEERING, 2004, op. cit.,
p. 38.
65
Idem.
66
Idem.
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67
SWISS REINSURANCE COMPANY, 2004, op. cit., p. 16.
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71
Ibid., p. 22.
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72
Ibid., p. 29.
73
Ibid., p. 30.
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74
SANTOS JUNIOR, J. L.; SANTOS, W. L. P. Nanotecnologia e riscos ambientais: uma reflexão
sobre a ingerência das ciências humanas sociais na construção de um debate crítico. In: Anais do
IV Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Ambiente e
Sociedade. Brasília-DF: Anppas, 2008, p. 6.
75
Idem.
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76
Ibid., p. 8.
77
CAPELLA, 2002, op. cit., p. 240.
78
Ibid., p. 241.
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79
LEITE, José Rubens Morato; AYALA, Patryck de Araújo. Direito ambiental na sociedade de
risco. 2. ed. rev. atual. ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2004, p. 19.
80
Ibid., p. 21.
81
Ibid., p. 202-203.
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82
Ibid., p. 205.
83
BENJAMIN, Antonio Herman de V.; SICOLI, José Carlos Meloni. (Orgs.). Anais do 5º
Congresso Internacional de Direito Ambiental, de 4 a 7 de junho em 2001. O futuro do controle
da poluição e da implementação ambiental. São Paulo: IMESP, 2001, p. 61.
84
LEITE e AYALA, 2004, op. cit., p. 209.
85
STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Responsabilidade civil ambiental: as dimensões do dano
ambiental no direito brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 142.
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86
Cf. VARELLA, Marcelo Dias; PLATIAU, Ana Flávia Barros. (Orgs.). Princípio da
Precaução. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
87
GODARD, Olivier. O princípio da precaução frente ao dilema da tradução jurídica das
demandas sociais: lições de método decorrentes do caso da vaca louca. In: VARELLA, Marcelo
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Dias; PLATIAU, Ana Flavia Barros. (Orgs.). Princípio da Precaução. Belo Horizonte: Del Rey,
2004, p. 164.
88
Ibid., p. 143.
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dano ambiental possui caráter dinâmico, cujos efeitos se dilatam a longo prazo.
Tais danos – também denominados “consecutivos” ou “evolutivos” – devem ser
aferidos a partir de um juízo de probabilidade científica sobre sua ocorrência,
embora seja necessário, às vezes, recorrer à presunção de ocorrência de
determinado dano enquanto desdobramento normal de determinada situação. A
título exemplificativo: um foco de poluição gerada pela infiltração de um aterro
sanitário será muito mais grave no futuro, quando o lençol freático localizado a
quilômetros de distância do foco inicial estiver contaminado. Embora os efeitos
do dano ambiental se manifestem em tempo futuro e incerto, este não pode ser
excluído do ressarcimento.89
Também deve ser considerada a possibilidade de reparação dos danos
potenciais. Reconhecer tal possibilidade significa afastar o dogma da segurança
jurídica e passar à aplicação dos princípios da precaução e da prevenção. Os
danos potenciais não se limitarão aos efeitos já conhecidos dos danos futuros,
abrangendo os efeitos meramente prováveis a partir do conhecimento científico
disponível à época. O mecanismo de responsabilidade, em tais casos,
materializa-se na adoção de medidas preventivas que obriguem a interrupção da
atividade poluidora e a retirada, na medida do possível, das substâncias
contaminantes.90
89
Ibid., p. 144.
90
Ibid., p. 147.
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LIMA, Maíra Luísa Milani de. O conflito entre leigos e peritos na gestão de riscos: o caso do
licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Barra Grande. In: VARELLA, Marcelo Dias.
(Org.). Direito, Sociedade e Riscos: a sociedade contemporânea vista a partir da idéia de risco.
Rede Latino-Americana e Européia sobre Governo dos Riscos. Brasília: UniCEUB, UNITAR,
2006, p. 394.
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BECK, 1998, op. cit., p. 30.
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LIMA, 2006, op. cit., p. 404-405.
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BRASIL. Projeto de Lei n° 5.076 de 2005. Dispõe sobre a pesquisa e o uso da nanotecnologia
no País, cria Comissão Técnica Nacional de Nanossegurança - CTNano, institui Fundo de
Desenvolvimento de Nanotecnologia - FDNano, e dá outras providências. Diário da Câmara dos
Deputados, Brasília, DF, 29 de novembro de 2008. Página 54893, coluna 02. Disponível em:
http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=282392. Acesso em: 18/05/2009.
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BRASIL. Lei 11.105 de 24 de março de 2005. Regulamenta os incisos II, IV e V do §1º do art.
225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de
atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o
Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança – CTN-Bio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB e revoga a
Lei 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os
arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei 10.814, de 15 de dezembro de 2003 e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, 28 de março de 2005.
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96
BECK, 1998, op. cit., p. 81.
97
GIORGI, Raffaele de. Direito, Democracia e Risco: vínculos com o futuro. Porto Alegre:
Sergio Antonio Fabris Editor, 1998, p. 158.
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5) Considerações finais
98
NUNES, D. M.; GUIVANT, Julia S.. Nanofood: crer sem ver. In: Anais do IV Encontro da
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade. Brasília-DF:
Anppas, 2008, p. 10.
99
GIDDENS, Anthony. Modernidade e Identidade. Trad. Raul Fiker. 2. ed. São Paulo: Editora
da Universidade Estadual Paulista, 1997, p. 79.
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O Projeto de Lei nº. 5.076/2005 pode ser citado como uma tentativa de
institucionalizar e trazer a nanotecnologia para o debate público. Este projeto
contemplava a implementação de uma Política Nacional de Nanotecnologia em
resposta à necessidade de prevenção dos danos e de resposta aos riscos da
nanotecnologia. Instrumentos como a autorização para comercialização e
estudos de impacto ambiental relativos aos derivados de nanomateriais também
foram contemplados pelo projeto legislativo. A dimensão participativa do
Direito Ambiental também fora observada na medida em que o projeto também
estabelecia a obrigatoriedade de constar, nos rótulos, informações acerca da
presença de nanomateriais nos produtos. Entretanto, tal Projeto de Lei, ao ser
arquivado, fez com que a nanotecnologia permanecesse invisível para o debate
jurídico. Vale ressaltar, contudo, que a instituição de um marco regulatório para
a nanotecnologia representaria somente uma das etapas do processo de
construção social do risco.
A invisibilidade dos riscos gerada por suas qualidades diferenciadas e,
principalmente, em face de seu não reconhecimento pela sociedade e pelos
instrumentos de proteção, gera o retorno à insegurança da era das ameaças
desconhecidas. A permanência da nanotecnologia à margem do debate jurídico
significa ficar à mercê dos mesmos instrumentos de proteção ambiental que, a
priori, não ofereceram respostas céleres o bastante para as questões relativas à
nanotecnologia. O princípio da precaução, que tem sua razão de ser fundada no
agir preventivo, não fora observado. A responsabilização por danos futuros ou
potenciais de todos os responsáveis pela difusão de nanomateriais é improvável,
diante da grande diversidade de aplicações envolvidas. Retirar de circulação
todos os produtos que utilizam nanomateriais também é, de certa forma,
inviável.
Desta forma, a nanotecnologia faz transparecer a obsolecência dos
instrumentos de proteção ambiental. Não somente no que diz respeito à
necessidade de apresentar respostas em contextos de incerteza, mas também
quando se trata da necessidade de institucionalizar e inserir na agenda de
debates públicos questões relativas aos riscos ambientais. Atualmente, não é
permitido ao cidadão participar da vida política por conta do seu
desconhecimento acerca do assunto. Os indivíduos têm o seu direito de escolha
cerceado diante da omissão estatal.
O Direito Ambiental contemporâneo continua agrilhoado aos
instrumentos, teorias e matizes epistemológicos que não são condizentes com os
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Referências
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