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Faustino Vaz
Escola Secundria de Manuel Laranjeira, Espinho
1. Da infncia maturidade
A tica prtica uma disciplina recente. apenas no incio dos
anos setenta que lanada a primeira revista e publicada a
primeira antologia de tica prtica. Na altura, estes sinais de
vida no transformaram subitamente esta disciplina numa
possibilidade acadmica sria. No entanto, errado pensar
que a tica prtica no faz parte de uma longa tradio.
Filsofos gregos e romanos discutiram como havemos de viver
e morrer de maneira muito concreta. Filsofos medievais
tentaram saber se errado matar em qualquer circunstncia,
qual a tica do aborto e quando a guerra justificvel. Hume
defendeu o suicdio num dos seus ensaios. Kant, por sua vez,
escreveu sobre como alcanar a paz perptua e discutiu os
deveres em relao aos animais. Mais tarde, os filsofos
utilitaristas do sculo XIX dedicaram-se seriamente discusso
de problemas como a liberdade de expresso e a
discriminao sexual.
As dcadas de sessenta e setenta foram, sem dvida, um
tempo propcio ao ressurgimento da tica prtica. Nos anos
sessenta, a universidade no escapa aos debates intensos que
percorrem a cultura popular. No difcil adivinhar os temas
que andavam no ar que se respirava. A Guerra do Vietname, a
Referncias
Galvo, Pedro (org.), A tica do Aborto, Lisboa: Dinalivro, 2005.
Honderich, Ted (ed.), The Oxford Companion to Philosophy, Oxford: Oxford University
Press, 1995.
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LaFollette, Hugh (ed.), The Oxford Handbook of Pratical Ethics, Oxford: Oxford
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Rachels, James, Elementos de Filosofia Moral, Lisboa: Gradiva, 2004
Singer, Peter (ed.), A Companion to Ethics, Londres: Blackwell, 1991.
Singer, Peter, tica Prtica, Lisboa: Gradiva, 2002, 2. ed.
Comunicao apresentada no 5. Encontro Nacional de Professores de Filosofia da Sociedade
Portuguesa de Filosofia (10 de Setembro de 2007)