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O primeiro era representado pelo Período de 1857 a 1906, chamado de Período do Mercado
Livre (livre interação entre a demanda internacional e a oferta de café, surgindo o preço
internacional do café livremente determinado); (principal região cafeeira no RJ, porto do Rio)
e, após 1906 a 1957, tratava-se do Período do Mercado com Intervenção (região de SP e porto
de exportação de Santos).
Preço internacional do café = preço médio do café M pelos EUA (gastos com M de café/
quantidade M de café) problemas: reflete o preço de cafés de todas as procedências e
também incorpora alterações do % dos vários cafés. Ex. Rio 7 (diferenças entre os cafés)
Santos 4: preços defasados em pelo menos 2 meses (defasagem preço EUA e Brasil).
Ciclo: Preço café em libra aumenta aumenta Rec X e diminui Qx taxa de cambio
constante Preço do café em moeda nacional sobe entendem que há falta de capacidade
produtiva aumenta o número de cafeeiros 4 anos depois St=f(Pt-4) Dt=f(Pt)
Então o preço só é refletido 4 anos depois. A oferta do ano t depende do preço do ano t-4 e a
demanda de t é função do preço do mesmo ano.
1 - 1857 – retomada da recuperação do preço, que se encontrava estável desde 1851. Até
1868
1890 – um ano após a república, que gerou alterações internas. Desorganização do sistema
bancário, déficits orçamentários, aumento da exportação de alimentos devido ao abandono da
agricultura de subsistência e desorganização da navegação de cabotagem queda da taxa de
cambio, 27$/1000 reis, refletindo uma moeda desvalorizada
Em 1894 – 10 3/32
Aumento do preço interno até 1893 mantendo-se elevado: aumentou 140% o preço nacional,
enquanto o internacional caiu 8%.
Agravamento da situação após 1897, quando começaram a entrar ao mercado a produção dos
cafeeiros plantados sob o estimulo de Preço nacional receita de exportação continua caindo
mais queda da taxa de câmbio.
Situação em 1906/7:
Estoque mundial + produção brasileira = 31 milhões de sacas enquanto o consumo mundial era
de 16,7 milhões de sacas excedente de 15 milhões = pânico no inicio do ano de 1906.
Período sem Intervenção do Governo, portanto: queda da taxa de cambio, desvalorização da
moeda nacional. Enquanto o preço externo cai, o preço interno continua aumentando,
justamente devido a taxa de cambio.
O que explica o dinamismo da procura no longo prazo (de 5 mi sacas/ano par 14 mi
sacas/ano):
1. Aumento da população mundial, particularmente nos EUA (milhões)
2. Envelhecimento da população mundial (pop com menos de 20 anos)
3. Aumento da rena per capita
4. EUA venda do produto torrado e moído, em pacote
1. Defesa episódica (governo entra no mercado comprando café e o fim da operação é quando
ele vende a ultima saca comprada nesse período, por isso, nem mesmo colocado no mercado o
café de uma operação, o governo já compra novamente, começando uma nova)
1. Op. Valorizadora – 1906 – 18
2. Op. Valorizadora – 1917 – 20
3. Op. Valorizadora – 1921 – 24
Anos em que o governo começa comprando e depois começa a vender, até a crise seguinte.
Convenio de Taubaté: documento firmado pelos presidentes de SP, MG, RJ e ES, que previa:
- medidas para impedir a expansão do cultivo (imposto muito alto sobre cada novo pé
de café plantado, inviabilizando a expansão do cultivo)
- criação de uma Caixa de Conversão, que fixaria o valor da moeda em 15d/1$000 (15
dinheiros por mil réis)
Hipóteses do plano:
- a safra 1906/7 era excepcional: uma safra grande é sucedida por duas safras
pequenas
Encaminhamento
Aplicação do Plano
Funding de 1908:
1914:
Cafeicultores: não tiveram perdas, preço teria caído muito e a recuperação teria
ocorrido mais tarde, devido a ação dos importadores que fariam estoque na baixa 1906-09
(compra): 30$/saca e 1912: 70$/saca possibilitada pela taxa de cambio fixa. Senão o
aumento da receita de exportação (23 para 47 milhões de libras) teria acarretado em aumento
do preço
- inflação interna
- queda do fundo da caixa de conversão
Quando muitos importadores, vão ao mercado, a taxa acaba sendo de 11,95 e passa a
valer mais a pena ir para a cx. De conversão, que acaba indo à falência
2ª operacao valorizadora
- Causas:
- a operacao:
Efeito moderado
O preço mais que dobra em 8 meses (sendo o grande fator para o sucesso, o fim da
primeira guerra)
- resultado da operação:
- operação:
Compra entre marco e dez/21: 4,5 mi de sacas Dadas como garantia de empréstimo
de 9 mi de libras junto a vários banqueiros europeus. O estoque seria vendido nos 10
anos subseqüentes
- resultados
3. fatores adicionais da recuperação dos preços: queda das safras seguintes, queda de
- causas do sucesso:
- os estímulos de preço que começam nessas operações começam a se refletir nos anos
seguintes
política agora será de comprar e depois de queimar os cafés (foram queimadas 44mi de
sacas. Se o mundo está em crise financeira, como foi possível fazer isso?
Defesa Permanente
- a operação: realizada de modo que o governo não necessite comprar o café e, portanto, não
requeira recursos construção de armazéns reguladores no interior, onde os cafeicultores
depositavam o café (ficariam com a propriedade) recebiam cautelas – warrants – (não
facilmente negociáveis) foi estabelecido que o café seria despachado em quotas diárias
para os portos: 7 mi sacas/ano, ou 35 mil sacas/dia > 200 dias
- os resultados: aumenta preço internacional = 200% em dois anos reação em dos países
consumidores:
2- empréstimo a juros baixos aos cafeicultores sob o café depositado nos armazéns:
60$/saca (170$ em Santos)
3- compra de café excedente em santos ou em qualquer outra praça, para
regularização da oferta
- financiamento do esquema:
- 1926 – Banespa
(diferença da caixa de conversão : o emp que o Washington Luiz ia tomar deveria vir em ouro)
- 1926
Consumo mundial de 22 mi
1929: florada surpreendente: novamente grande safra (26 mi) e Instituto tinha estoque de 20
mi (consumo mundial de +- 1 ano)
Instituto recorre ao Brasil (BB emitiria para Instituto o dinheiro não lastreado), que recusa. Este
fato gera:
A política dos anos 30 terá que mudar, o governo terá que queimar as sacas, pois não havia
local para guardar o café
03/03/2010 (Aula dada pela Marisa, sobre industrialização)
2. Origens da Industrialização
- por outro lado, afora o fato de cair a produção interna de gêneros de consumo (inclusive de
alimentação), conduzindo o pais à necessária importação desses artigos, crescem os
compromissos externos necessários para que se colocasse em pratica tal salto produtivo
vivenciado pela economia brasileira (serviço da divida publica, pagamento de dividendos e
lucros comerciais das empresas estrangeiras que operam no Brasil e remessas de fundos feitas
pelos imigrantes em direção aos seus países de origem)
- alem dos altos saldos comerciais apresentados pela economia brasileira, dão conta desses
compromissos novas inversões de capitais estrangeiros, particularmente via empréstimos
públicos (reforça o caráter negativo para a participação das finanças internacionais, apesar de,
contraditoriamente, Caio Prado também afirme que as finanças internacionais são positivas)
Ampliação das forcas produtivas fortalecimento e fragilização do sistema ao mesmo tempo
- também a adoção do trabalho livre apresenta sua contradição: ao mesmo tempo em que
contribui com o progresso do sistema produtivo, conduz à desintegração da estrutura básica
desse mesmo sistema (a grande propriedade agraria e a grande lavoura)
- esta pratica foi dificultada no caso dos imigrantes europeus (eles eram mais esclarecidos),
cuja instabilidade é, portanto, maior, provocando crises gerais bastante graves 1900:
primeiro déficit imigratório
- é animada a luta dos imigrantes contra os abusos sofridos, o que leva a uma evolução da
legislação brasileira, que passa a incluir medidas de proteção ao trabalhador rural em nome da
continuidade dos fluxos imigratórios
- em síntese (do capítulo do Caio Prado), aquele desequilíbrio das finanças externas, antes
apontado, conduzirá o sistema a graves crises, mas, ao mesmo tempo, será fecundo no
sentido de contribuir para uma tendência à diferenciação das atividades econômicas e
produtivas do país a fim de minimizar sua dependência externa
- neste ponto, ele ressalta o caso de SP, onde esteve presente de maneira exagerada a
monocultura do café e, entretanto, onde se encontraram as primeiras iniciativas de
diversificação da produção
Cap. 23:
- especulação comercial (mais reservas, que pesam sobre os preços e são escoadas em
períodos de baixa produção em condições mais vantajosas)
- os baixos preços e a moeda valorizada, num cenário de segura absorção da produção por
parte do mercado internacional, levam a que os produtores pressionem por medidas que
sustentem e estabilizem o curso do café
- 1906 – ocorre a primeira intervenção oficial no mercado cafeeiro, com compras maciças para
forçar a alta dos preços
- na busca por recursos financeiros para fazer frente a essa política, o apelo ao crédito
estrangeiro enfrenta a recusa dos banqueiros e agentes financeiros do Brasil o exterior (cãs
Rotschild)
- o equilíbrio é conquistado em função de uma forte geada em 1918, que devasta os cafezais
paulistas
- os cafeeiros passam de 828 mi para 949 mi entre 1918 e 1924 e repete-se a história da
superprodução que conduz a um esquema de valorização mais robusto, guiado por um unic
grupo financeiro londrino
BORRACHA:
- explorada num regime de extração intensiva e com métodos de trabalho bastante primitivos,
a borracha brasileira não resistira a concorrência do produto oriental
CACAU
- origem no Amazonas, e começa a ser plantado no sul da Bahia em meados do sec XVIII. Esta
região chegará, no seculo seguinte, a contribuir com mais de 90% da produção total do Brasil
AÇÚCAR
- emblematiza muito bem o esforço de adaptação ao mercado interno, ao qual a produção
teve que ser submetida para fazer face à perda dos mercados externos
- o que colabora com a necessidade de o açúcar se satisfazer apenas com o mercado interno ;e
a não concorrência do Sul, em fç do desenvolvimento da cultura cafeeira, que, ademais , cria
mercado consumidor para o açúcar
- Mas a crise do café fez com que São Paulo produza açúcar e se torne auto-suficiente
PEQUENA PROPRIEDADE
- estabelecimento no RS, SC e PR
- crise do café – contribuem para a desintegração do grande domínio agrário – saída para
dificuldades financeiras
CONTINUAÇÃO DA AULA PELO NOZOE, EM 10/03/2010 Fishlow, Versiani, Suzigan e Dean (sai
Cano pra prova)
Para os neoclássicos, quando o café está bem, a industrialização também vai bem.
I. Introdução:
Suzigan: principais interpretações acerca da industrialização brasileira:
- teoria dos choques adversos
- industrialização liderada pela expansão das exportações
- capitalismo tardio
- Intencionalmente promovida pelo governo
O prof trabalhará as vertentes de acordo com os autores indicados na bibliografia. (Caio Prado
= aproximação do Celso Furtado) (Fishlow, adota as duas teorias).
- distinção entre o setor produtivo voltado para o atendimento do mercado externo e setor
voltado para o mercado interno
a) externo = setor exportador:
- seu desempenho depende de fatores exógenos (afetam a demanda)
- responsável pela maior parcela da Y
- centro dinâmico da economia
- altamente rentável e especializado (concentração de terra, capital e trabalho nessa
atividade)
O Argumento:
- SI
Os autores:
a) aplicações especificas:
Furtado e Tavares: Versão mais específica para a industrialização após a Crise de 1929. Antes
disso, industrialização induzida
b) generalização: CEPAL
torna-se uma teoria
apresenta argumento generalizado, segundo a qual qualquer choque adverso (1ª Guerra, crise
de 1929, II Guerra) rompe com a divisão internacional do trabalho – divisão entre países
centrais e periféricos
Crise de 1929:
queda da renda queda Preço libra e queda Qtd. exp queda Capacidade M
Manufatura (OFERTA)
Gov federal pol de defesa do setor cafeeiro comprar excedente a um preço
mínimo; pagamento com moeda nacional ; o excedente comprado não podia ser vendido
havia excedente de capacidade produtiva governo resolve destruir parte das compras de
café política de déficit, faz déficit para comprar o café e faz uma divida para pagá-lo. o
programa do governo fazia uma política de sustentação do nível de emprego e renda do setor
exportador por essa política, o nível das importações, ou a demanda por ela, aumenta
(DEMANDA)
De um lado, a oferta cai e há uma demanda por manufaturados por isso que a
industrialização será feita pela substituição de importações.
Os autores:
- Dean
- Nicol
- Peláez
- Leff
Críticas:
- Dean; inaceitável a minimização da imp ds choques adversos, especialmente após
1930
- não percebem as mud qualitativas
choques adversos x ind induzida pelas X
a) (EM COMUM) a economia brasileira dispunha de condições ara atingir etapas superiores da
ativ econômica, dadas pela disponibilidade de recursos naturais, m-o, vastidão comercial,
mercado interno
b) (DIFERENÇA) não alcançou tais etapas devido a:
- estruturalistas: decorrência natural das rendas produzidas pelas X (O preço mais
baixo, eles tem que vender mais para a mesma renda, e não conseguem)
- neoclássicos: distorção na alocação de recursos
O argumento:
O estado teve papel positivo e deliberado:
- proteção tarifária
- concessão de incentivos e benefícios
- vários diretores da Caixa Filial do Banco do Brasil se inserem como diretores e acionistas de
empresas
- 1873 – existência do banco mercantil de Santos, Banco de Campinas e Caixa Filial do banco
do Brasil considerando que SP não era ainda dominante nos planos comercial e financeiro
Com essas informações, Saes considera que, a partir de 1870 h;a um claro movimento
de diversificação do investimento em SP que se dá por meio da criação de empresas em novas
atividades, a saber: estrada de ferro, transp urbano, iluminacao e gás. O caf;e deixa de ser o
elemento dominante
- o destino dos empréstimos realizados pelos bancos eram os capitalistas (em detrimento do
comercio) e as empresas cujos diretores pertenciam ao quadro diretivo dos bancos. O credito
para a lavoura envolvia uma série de problemas, como o prazo para vencimento, por exemplo.
- embora isso signifique um enfraquecimento enquanto grupo, do pto de vista individual esses
bancos colhem vantagens desse processo de concentração bancaria
- alem disso, verifica-se uma participação pequena – mas estável – dos bancos do interior no
total das operações de crédito
- AS infos de 1906 escondem a formação de novos bancos que não sobreviveram ate este ano.
Entretanto, por serem de pequeno porte, não alteram os dados de maneira significativa
- os dados de 1915 refletem uma queda de participação dos bancos estrangeiros – PERDI, em
alguns dados, até superam os nacionais, como em caixa e depósitos
-vai verificando, paralelamente, uma perda de part dos bancos de interior, que passam a cobrir
um mercado de dimensões bastante reduzidas
- Em 28, os bancos estrangeiros têm uma perda muito grande e os nacionais da capital acabam
voltando a ser os primeiros
- conjunto típico de operações realizadas pelos grupos de bancos no que se refere à captação
de recursos (depósitos, letras, etc) e ao destino das aplicações (empréstimos, descontos,
participação em empresas, etc
Bancos estrangeiros
- outro campo de atuação desses bancos durante a Primeira rep;ublica está situado na dívida
pública eram feitos empréstimos aos governos por emissão de apólices colocadas no
mercado europeu operação mediada por agentes financeiros estrangeiros, que se
responsabilizavam pelo pagamento de juros e amortizações aos detentores de apólices e que,
portanto, mantinham contato permanente com o governo emissor desses papeis, tendo
facilitada sua penetração no mercado brasileiro pór meio da divida pública
- além disso, a partir do século XIX, há uma tendência à ampliação da presencao de grupos
formados no exterior com o domínio sobre empresas estabelecidas no Brasil
- Uma distinção inicial entre bancos de peq porte e bancos de gde porte permite notar que os
primeiros sofriam mais severamente os efeitos da pol monetária restritiva adotada por
Joaquim Murtinho como resposta à crise cafeeira do sec XIX
- portanto, o que distingue os grandes dos peq é justamente a clientela a que os primeiros
atendem o resultado é que os peq tinhama cesso apenas ao peq com e industria e aos
assalariados de modo geral, o que limitava suas possibilidades de expansão
Bancos hipotecários
2.
3.
Condições de trabalho:
- duríssimas
- instalações inadequadas, mal ventiladas, sem instalações sanitárias
- sem proteção grande numero de acidentes de trabalho
- multas por indolência ou erros
- crianças castigos, surras e espancamentos
Benefícios
- creches
- jardim de infância
- armazém
- igreja
- moradia
- assistência medica
- controle de classe
W Luis (1926):
- proibição do trabalho de menores de 14 anos
- proibição do uso de menires em trabalhos noturnos
- a fiscalização limitou-se a baresm cabarés, etc
pressão para a aplicação das leis era feita pela CIFTSP sobre deputados e senadores
para que revogassem a lei
acordo com juízes (1928/9) – aplicação da proibição nas fabricas apenas para
menores de 12 anos
Organizações de trabalhadores
- reconhecidos apenas os sindicatos de empresas
- não reconhecimento de sindicatos independentes
- perseguição aos sindicatos radicais: anarquistas, socialistas
mesmo assim, especialmente após a primeira guerra, o movimento
apresentou grande vitalidade ex.: grandes paralisações em 1906, 1912, 1917 e 1919
corte de salários, suspensões e repressão policial
reações patronais
- lockout (fazer greve com os empregados)
- rede de informações cadastro dos indesejáveis agitadores, padronização dos contratos de
trabalho e padronização dos salários
- aproximação (CIFTSP) com a Chefatura de Polícia e o Departamento de Investigações:
- utilização de policiais como fura greves
- prisão de agitadores
- deportação de estrangeiros
redução das greves após 1922 efeito das medidas?
os industriais
- fortes vínculos com o país de origem
- nobilitação mediante a aquisição de títulos e honrarias européias mediante doações a fundos
de beneficência ou ao papado
- casamentos com aristocratas europeus
- explicações sobre a riqueza: poucos se dão ao trabalho
- as capacidades humanas são desiguais, assim como a desigualdade entre
os homens
- riqueza acumulada com trabalho e parcimônia
- vinculo empregatício = uma forma de cooperação social reciprocamente vantajosa
- a desigualdade de rendimento é socialmente útil pois cria o estoque de capital necessário
para o progresso
- a questão no Brasil não é distribuir a riqueza, mas criá-la
liberalismo: pouco influencia sobre os industriais. Limitou-se a:
- educação secular
- tolerância religiosa
- direitos femininos
- abolição da prostituição
contraria enquanto teoria econômica: livre comercio
- causa do mal estar social e político da Europa
- incapaz de lidar com o comunismo
- desencoraja os homens a aceitarem seu lugar na sociedade
- fomenta a competição
Hoje: Maria Ribeiro e Telarolli: em alguns pontos reprisa o que foi falado no texto do Dean
Texto do John Wells: apenas 2 tabelas são usadas – para mostrar as condições de uma família
operaria – receita, gastos, perfil de consumo
Objetivos: exame dos critérios para divisão do trabalho e hierarquia no interior das fábricas de
fiar e tecer em 1912 e 1920: qualidades exigidas: idade, sexo e grau de instrução homens
– funções de mando, controle, vigilância (mestres e contramestres) e/ou forca física e
mulheres e crianças (a partir de 7 anos de idade) desempenham funções sem qualificação ou
conhecimento técnico, mas que requerem agilidade manual e atenção
... as crianças trabalham das 5 da tarde às 6 horas da manha com uma hora de intervalo... a
certa altura da noite quase tds as crianças de 8 a 12 anos, meio mortas de fadiga e de fome
caem a dormir... e então o contramestre desperta-as a bofetadas, e soluçando retornam ao
trabalho
- o emprego de menores era socialmente aceito, como meio das crianças pobres
adquirirem uma profissão e hábitos de trabalho empregadores agraciado com
diplomas de benemérito pelo Ministério da Agricultura
- jornada legal de trabalho das crianças (menores de 15 anos) na capital federal (único
município com legislação sobre a questão)
- crianças entre 8 e 10 – 3 horas, 10 e 12 – 4 horas, meninas 12 e 15 e os entre 12 e 14
– 7 horas e 4 contínuos, 14 e 15 – 9 horas
- Votorantim (1907): diurnos, das 6 as 20h, com 30 minutos para almoço e 30 para o
jantar e noturno, das 18 as 5 horas, com uma hora para refeição
- Mariângela (1907): diurno das 5 as 22 horas, com 2 horas para refeições e noturno,
das 18 as 5 horas, com uma hora para refeição (pão e banana)
- jornada de 8 horas – passou a ser adotado pela maioria das fabricas após a greve de
1917, foi abandonada pela maioria delas após a derrota os operários na União dos
Operários em Fábrica de Tecidos (1920)
- multas colocando metas inalcançáveis serviam para diminuir o salário a ser pago
JOHN WELLS
- anos 30: cereais, pães, baixa participação de carnes, peixes e ovos (mesmo gastando
50% da sua renda, ela consegue energia de forma baixa)
- modelo tecnológico
-modelo assistencial
- campanhista/ policial
- principal foco da ação sanitária: combate às epidemias, em especial,da febre amarela, que
ameaçava: vida política e administrativa, cafeicultura e atividade econômica urbana
- receio dos governos estrangeiros com as doenças exóticas e a falta de condições sanitárias
aceitáveis proibição de imigração para SP (sem efetividade)
- temor dos brasileiros com as doenças trazidas pelos imigrantes: cólera, escalatina, difteria,
varíola – construção de hospedarias/desinfectórios – no trecho entre Santos e Capital
quarentena e isolamento
- assistência individual a saúde: não contemplado pelo sistema publico, o atendimento pblico
individual limita-se aos acidentados e indigentes do na Capital; alto custo das consultas e dos
medicamentos; parteira substituídas por vizinhas ou marido
Não era fácil trabalhar, vivia mal, e em um local com doenças e epidemias, muito caro para as
famílias
5/4/2010:
W Suzigan:
Verificados esses dois acontecimentos, a primeira pessoa que faz uma analise é o Celso
Furtado, caps 31 e 32: dá ênfase a:
- produção = recuperação após 1932 (produção idustrial paulista após maio-junho de 1931) –
EUA somente após 1933 e foi baixa durante toda a década de 30
FURTADO
Questões básicas: colher ou não o café; qual o destino do café a ser colhido? Colocá-lo a
venda? Estocá-lo? Destruí-lo?; Como financiar a estocagem ou a destruição?
- A primeira vista: o mais razoável seria abandonar os cafezais sem indenização as perdas
recairiam sobre os produtores transferência de parte das perdas à sociedade
desvalorização do cambio (socialização das perdas)
- estoques altos, reservas nulas de moeda estrangeira e previsão de grandes safras: entre
set/29 e set/31, a queda do preço internacional do café foi de 60% impacto na taxa de
cambio (queda) preço nacional caiu apenas 40%, o que funcionava como incentivo para a
colheita. Mas a procura tem baixa elasticidade preço (aconteceu inclusive a queda do preço
internacional e aumento do preço nacional) gerava um ciclo, com queda do preço
internacional
Essa situação acarretava nova baixa de preço e nova depreciação da moeda, contribuindo para
agravar a crise necessidade de medidas complementares
Previsão de safra futura (10 anos seguintes) muito acima do consumo destruição
equilíbrio entre a oferta e a procura em nível superior de preço
Exemplo numérico
Hipóteses:
Caracteriza a situação brasileira como a situação c, cuja renda cairia de 100 para 76 (aumento
da produção em 20% e queda do preço nacional em 50%, queda y exportador em 40%) –
compra e destruição
Efetivamente, verificou-se no Brasil uma queda da renda monetária de 25 a 30% - menor que a
do setor exportador (40%) e relativamente pequena frente a outros países praticou-se
inconscientemente uma política anticíclica
- compra de estoques com expansão do credito cria poder de compra no setor exportador
evita queda profunda na procura nos setores dependentes do setor exportador
recuperação da economia a partir de 1933
- via credito: não tem efeito sobre a balança de capital – desequilíbrio externo persiste
Queda da taxa de câmbio aumento dos preços queda da quantidade importada
A capacidade ociosa refletia capitais com baixa taxa de retorno. Com aumento da produção de
manufaturados e a demanda elevada desses produtos, a taxa de retorno tendia a aumentar,
enquanto a taxa de retorno da cafeicultura era declinante, fazendo com que haja uma
transferência de capitais da cafeicultura para a indústria
- países exportadores com estrutura econômica similar que seguiram uma política ortodoxa
em depressão em 1937
Problemas de ajuste decorrentes do fato da indústria ter passado a ser o setor dinâmico da
economia brasileira:
Segundo Nozoe:
- Instante T1: queda Px variação de preços relativos entre os produtos que se exporta e se
importa queda M – aumento da produção interna (substituição de importações) Novo
coeficiente de importação (M/Y) diminui
O aumento da produção interna faz com que a indústria passe a ser o setor dinâmico da
economia
- Instante T2: recuperação do Px – alteração dos preços relativos aumento das M – queda
da produção interna 2 formas de ajuste
ii. deixar a taxa de cambio variar Pm cai aumentam as M gera pressão sobe a
balança comercial pressiona a taxa de cambio funciona como um ciclo: Nessa
situação não há estabilidade cambial.
S. Silber
b. Políticas Monetária, cambial e fiscal: não foi ortodoxa não prejudicaram a industrialização
política cafeeira: CNC (entre maio de 31 e fev de 33) e DNC compra e destruição de parte
quase 30 milhoes de sacas entre 1931 e 1934: CNC – 14.069.201 sacas e DNC – 15.071.464
sacas
conclusão: a política cafeeira, ao manter elevada a demanda agregada, foi importante para
a manutenção da renda em nível elevado durante o período de 29-39
Política Monetária
- as emissões feitas para o financiamento da defesa e do setor cafeeiro contribuíram para (TO
COME)
Política Fiscal
Política Cambial
Exportações deficitária e serviço da dívida dificuldades na balança de pagamentos
desvalorização do mil-réis. Ela se desvaloriza sensivelmente ao invés de valorizá-lo.
Resumo do período:
Política cafeeira = desenvolvimento industrial mediante: utilização da cap ociosa e aumento da
cap instalada em 1939, o setor industrial respondia pelo emprego de 5,9% da PEA e 17,4%
do valor adicionado total da economia brasileira
HABER
Objetivo: exame do comportamento do setor têxtil –algodoeiro durante a Grande Depressão
Hipóteses:
1. O setor industrial foi atingido bem mais duramente do que sugerem os dados
agregados
2. ES efeitos de longo prazo foram importantes ao desencorajar. Investimentos novos e
inovações nas industrias de bens de consumo desacelerou a taxa de crescimento do
setor de bens de consumo até depois da Grande Depressao
Dificuldades de Importar
- diminui a receita do imposto de importação e déficit fiscal
- saldo comercial positivo
Ambos geram emissões inflação
Política Monetária
- Reforma monetária (1942) Cr$
- Plano de Financiamento de Esforço de Guerra (1942)
Elaborado pela Comissão de Pesquisas e Estudos Econômicos do gabinete do Ministério da
Fazenda (Octavio Gouveia de Bulhões)
Principais medidas:
Emissão de 3 milhões de contos de reis em obrigações de guerra, com juros de 6% a.a., com
subscrição obrigatória por pagantes do imposto de renda (igual ao montante do imposto
devido), funcionários públicos e pensionistas (3% do rendimento)
Emissão de 1 milhão de contos de reis em letras do Tesouro ao prazo de 180 dias, vendidas a
bancos comerciais, podendo ser descontadas na Carteira de Redesconto.
- Expansão monetária
Compra de cambiais
Financiamento do déficit orçamentário
Carteira de Redesconto
gera inflação após 1941 (15% a 20% a.a.) restrições a impostações e exportação
(carne)
- Política Fiscal
1939 – Plano de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional Defesa
1944 – Plano de Obras e Equipamentos Infra-estrutura e Indústrias básicas
- Política Comercial
1937 – Monopólio cambial do governo
Controle de importações
Suspensão do pagamento da dívida devido a escassez de divisas
... ou pagamos a divida externa ou reequipamos as forças armadas e o sistema de transportes
(Vargas)
1938 – Falta de cobertura cambial Atrasados comerciais Missão Aranha (1939) Crédito
do Eximbank (US$ 12 milhões) retomada dos pagamentos/ política cambial liberal crítica
dos militares (créditos carimbados que só podem ser utilizados para fazer importação de
produtos norte-americanos)
Exportações: Beneficiam-se com a política (de boa vizinhança) dos EUA de garantir acesso as
matérias primas e privar o Eixo dos mesmos produtos
Nesse contexto, assinam em 1940 o acordo interamericano do café, vendido ao preço máximo
aos EUA e instalação da Cia. Siderúrgica Nacional
Exportações: novos destinos e produtos – Gra Bretanha: carne e algodão e Argentina e África
do Sul: produtos manufaturados
Obs. Portanto, ao longo da Guerra, saldo comercial positivo. Ao fim da Guerra, voltam os
déficits e o Brasil se vê em situação de insolvência
Industrialização:
1940 – decisão de se construir a Cia Siderúrgica Nacional:
1ª usina integrada de aço com uso de coque
Estado como provedor de bens e serviços
Recursos do Eximbank e Tesouro
Ações subscritas dos institutos de previdência e particulares
Não é possível esperar pelas iniciativas particulares e deixá-las atuar desarticuladamente em
ligação entre si... Por que esperar, apenas, pela iniciativa privada? Por que não deverá o
governo provocar, ou chamar a si incumbências que não interessem ou são superiores às suas
possibilidades? (Edmundo Macedo Soares e Silva, diretor-técnico de construção da CSN, 1944)
- Crescimento da Indústria
Capacidade produtiva limitada pelas restrições à importação de bens de capital não
restringiu a produção
Substituição de Importações
Memorando da Casa Branca a Cooke, chefe de missão econômica dos EUA e Brasil (1942)
Deveria Aumenta a produção local de produtos essenciais especialmente aqueles
antes importados dos EUA de modo a economizar praça marítima
Converter a industria local ao uso de matérias primas substitutas. E, no lugar daqueles
ordinariamente importados
Introdução Nozoe
Durante a Segunda Guerra, para entender o comportamento dos empresários que atuam na
indústria algodoeira, temos que voltar na década de 30 para perceber a política adotada por
eles e o papel do Estado.
Nesse período, o setor enriqueceu muito. A idéia do autor é que os empresários que ganharam
muito na época foram infelizes e não fizeram nenhuma reserva do que ganharam. Após a
guerra, eles não tinham capital e a indústria têxtil entra em colapso
A sucessão presidencial era sempre discutida como: a vez de SP e a vez de MG. Por razões
inexplicáveis, Washington Luiz lança uma candidatura própria, Julio Prestes, e Minas se sente
preterida e lança, junto ao RS, a candidatura de Getulio Vargas. Prestes vence, mas a
Revolução de 30 acaba atrapalhando sua posse e GV toma o poder.
- thread count = número de fios por polegada quadrada. Indica a espessura do tecido.
Atualmente, considera-se para roupa de cama
- tecido normal – até 180 counts (ou fios)
- finos = de 200 a 500 counts (fios)
- finíssimo = acima de 500 counts (fios)
- 1945 suspensão das exportações por 90 dias para garantir o abastecimento interno e frear
o aumento de preço, a partir de marco de 1946 retenção da produção para posterior
exportação (aumento do preço de exportação acaba sendo inferior ao aumento do preço
interno) prorrogação da suspensão por mais 90 dias retomada do argumento da
superprodução, pedidos de auxilio publico à exportação, taxa de cambio favorável, drawbacks
e apoio do Estado para a modernização
- Recife – advogado
- 1921 – Jornalista do Jornal do Brasil
- 1926 – Presidente da ABI, cargo exercido por diversas outras vezes
- 1935-7 – Deputado Federal (PE)
- 1938-45 – Presidente do instituto do Açúcar e Álcool
- 1945-48 – Deputado Constituinte (PE) A verdade sobre a revolução de outubro (1946)
- João Pessoa: assim como os demais, enquanto no poder, não tinham qlq
consideração cm as dissidências políticas
- A. Carlos:
- ambicionava a presidência
- tentou conquistar o apoio de Washington Luis
- ao perceber que não seria escolhido, procurou obstar a vitoria de Julio Prestes
- antes de procurar GV, buscou entender-se com o governador do PE, que só foi
descartado pq seu eleitorado era pequeno e não conseguiria os votos do RS
- Vargas:
- manifestou a simpatia pela indicação oficial nas cartas que escreveu a W. Luis entre
dez/28 e maio/29
- deixou de lado essa simpatia ao ser seduzido pela indicação como candidato da
Aliança Liberal
- J Pessoa:
- W Luis não ouviu seu tio (E. Pessoa, a quem venerava) para fazer a indicação oficial
Na visão do autor, o RS não queria se enquadrar em nenhuma dessas categorias. Não tinha
força para pleitear a presidência e não tem interesse por um posto secundário, sendo apenas
vigilante contra os conchavos e combinações dos grandes Estados
Aliança: instrumento de pressão para forçar SP a negociar com outros estados e não dar a
sucessão uma aparência de imposição
forte aceitação pelos setores médios urbanos e reflete o leque de aspirações das facções
envolvidas
- Plataforma:
- manutenção da Ordem: “dentro da ordem e do regime”, “sem abalos, sem sacrifícios”
- estrutura do discurso: apontar uma situação problemática, analisar e propor medidas
- apelo aos segmentos populacionais excluídos ou insatisfeitos com o Governo: a. tenentes –
anistia, geral e absoluta; b. classe média (urbana) – legislação eleitoral; c. proletariado urbano
– questão social e ônus fiscais; d. funcionários públicos; e. exército e forças armadas –
aumento dos efetivos, promoções e reequipamento
- apelo também às oligarquias regionais marginalizadas
- NE – referencias ao apoio à:
- obras contra as secas: estradas, barragens e irrigação
- açúcar: defesa/ valorização e financiamento
- cacau – financiamento da produção
- NO:
- colonização da Amazônia
- recuperação da produção da borracha
- SP:
- referencia as ponderações do Conselheiro Antonio Prado: necessidade de redução do
custo da mão-de-obra, dos juros, dos preços dos fertilizantes e dos impostos
Mas sim, resultou de uma aliança momentânea entre setores descontentes com o núcleo
cafeeiro:
- algumas oligarquias estaduais
- tenentes
- partidos democrático
Fatos:
3/10/1930: eclosão
24/10/1930: deposição de W Luis
3/11/1930: GV assume o Governo Provisório
- Quebra o quadro sócio político vigente, com a perda da hegemonia por parte da camada
dirigente paulista