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Resoluções sobre Publicidade

RESOLUÇÃO No. 02/92:


Art. 1º. O advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, pode anunciar os seus
serviços profissionais, individual ou coletivamente, com discrição e moderação, para
finalidade exclusivamente informativa.
Art. 2º. O anúncio, que só pode ser veiculado em jornais e revistas, deve mencionar o
nome completo do advogado, número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil,
podendo fazer referências a títulos ou qualificações profissionais, especialidades
advocatícias, endereço da sede do escritório e dos correspondentes, horário do
expediente e meios de comunicação, vedada sua veiculação pelo radio e televisão.
§ 1º. Títulos ou qualificações profissionais são os relativos à profissão de advogado,
conferidos por universidades ou instituições de superior.
§ 2º. Especialidades são os ramos do direito, indicados de forma genérica (p.ex. Direito
Civil, Direito Penal, Direito Tributário, Direito Imobiliário, Direito do Trabalho, etc.).
Art. 3º.- O anúncio na forma de placas, na sede profissional ou na residência do
advogado, deve observar discrição quanto ao conteúdo, forma, dimensões e cores, sem
qualquer aspecto mercantilista, vedado o sistema de letreiro luminoso de qualquer
espécie.
Art. 4º. - O anúncio não deve conter figuras, desenhos ou símbolos incompatíveis com a
sobriedade da advocacia exceto o da balança como símbolo da Justiça, sendo proibido o
uso do Símbolo Oficial da Nação e os que sejam utilizados pela Ordem dos Advogados
do Brasil.
Parágrafo único - São vedadas referências a preços dos serviços, gratuidade ou forma de
pagamento; termos ou expressões que possam iludir ou confundir o público;
informações de serviços jurídicos suscetíveis de implicar, direta ou indiretamente em
captação de causas ou clientes, bem como a menção ao tamanho, qualidade e estrutura
da sede profissional.
Art. 5º. - Considera-se imoderado o anúncio profissional do advogado mediante remessa
de carta pessoal ou impessoal a uma coletividade; a indicação expressa do seu nome e
escritório em partes externa de veículos ou inserção do seu nome em anúncio relativo a
outras atividades não advocatícias, faça delas parte ou não.
Art. 6º. - O anúncio deve utilizar o idioma português, e quando em idioma estrangeiro,
deve estar acompanhado de tradução.
Art. 7º. O advogado que eventualmente participar de programa de televisão e rádio, ou
de entrevista na imprensa, ou ainda de reportagem televisionada, para manifestação
profissional, deve observar objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e
instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, devendo evitar
pronunciamentos sobre métodos de trabalhos usados por seus colegas.
Art. 8º. O advogado deve abster-se de : a) participar, com habitualidade, de
manifestações públicas ou entrevistas sobre questões jurídicas ou legais; b) responder a
consultas sobre matéria jurídica pela imprensa (jornais, revistas, boletins, etc.), rádio e
televisão; c) debater em qualquer veículo de divulgação, causa sob seu patrocínio ou
patrocínio de colega; d) debater temas de modo a comprometer a dignidade da
profissão, da instituição que o congrega ou o prestígio do Poder Judiciário.
Art. 9º. Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo ou forma,
visando esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado evitar
insinuações à promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter
sensacionalista ou atentatório da ordem legal e da paz social.
Art. 10 - A divulgação pública pelo advogado de assuntos técnicos ou jurídicos de que
tenha ciência, em razão do exercício profissional, como advogado constituído, assessor
jurídico ou parecerista, deve limitar-se a aspectos que não quebrem ou violem o segredo
ou o sigilo profissional.
Art. 11 - O advogado deve abster-se de discutir ou divulgar, publicamente temas, atos
ou fatos que impliquem questionamentos de princípios de Ética Profissional do
Advogado, devendo transferir esta incumbência para o Tribunal de Ética Profissional,
pela forma e modo próprios.
Art. 12 - A presente Resolução revoga disposições em contrário e se estende às
sociedades de advogados e aos estagiários no que couber.
São Paulo, 11 de dezembro de 1992.
Prof. MODESTO CARVALHOSA - presidente
Dr. ROBISON BARONI - relator
Dr. ELIAS FARAH - proponente

RESOLUÇÃO Nº. 05/93


"A publicidade e atividade advocatícia de magistrado aposentado, demitido ou
exonerado, ou ainda de quem tenha exercido outro cargo ou função pública, não deve
mencionar, direta ou indiretamente, o fato dos antecedentes funcionais, por não se
incluírem entre os chamados títulos e especialidades profissionais, permissíveis na
publicidade, e por configurar insinuação de maior capacidade técnico-profissional,
tráfico de influência e propósito de competição desleal no âmbito de trabalho na área do
direito".
Dr. MILTON BASAGLIA - Presidente em exercício
Dr. ELIAS FARAH - Proponente
Dr. BRUNO SAMMARCO - Relator
Dr. GERALDO JOSÉ GUIMARÃES DA SILVA - Revisor

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