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Detraçäo Penal e Autorizaçâo de Saída
Detraçäo Penal e Autorizaçâo de Saída
que devem ser analisados pelo Juiz natural da causa, que o das
Execues Penais e no o prolator da sentena. Destarte, somente com o
preenchimento dos requisitos previstos no artigo 112 da Lei das
Execues Penais que poder ser deferida a progresso de regime pelo
Juiz das Execues Criminais, respeitado o princpio do juiz natural (art.
5, LIII, CF), a teor do disposto no artigo 66, inciso III, alnea b, da Lei
das Execues Penais.
E se no bastassem esses argumentos, haver situaes em que
pessoas condenadas exatamente s mesmas penas e pelos mesmos
crimes tero tratamento totalmente diferente em situaes iguais, com
evidente violao ao princpio da isonomia. Assim, aquela pessoa
condenada pena privativa de liberdade e que tenha sido presa
provisoriamente ter abatido o perodo pelo prprio Juiz da Condenao
para fins de progresso, podendo ser diretamente promovida de regime
sem a observncia do mrito; ao passo que o condenado, que no tenha
cumprido priso provisria, dever obter a progresso com o
preenchimento dos requisitos do artigo 112 da Lei das Execues Penais
a serem analisados pelo Juiz das Execues Criminais. H, portanto, dois
pesos e duas medidas, ou seja, pessoas sendo tratadas de forma
totalmente diferente em situaes iguais, violando, assim, o princpio
constitucional da isonomia (art. 5, caput, da CF).
Destarte, muito embora o Juiz da Instruo deva fazer o clculo da
detrao por ocasio da prolao da sentena, a pena a ser levada em
considerao para a fixao do regime inicial dever ser a dosada com
fundamento no critrio trifsico (art. 68 do CP), do modo que j ocorre
atualmente. A pena resultante da detrao, que ser calculada pelo
prprio Juiz prolator da sentena em momento posterior fixao do
regime inicial, servir to somente para sua execuo, cabendo ao Juiz
das Execues Criminais, aps a anlise dos requisitos legais (art. 112 da
LEP), avaliar a possibilidade da progresso de regime prisional.
Determinar a progresso de regime, de forma automtica, como
preceitua a recm-criada norma prevista no 2, do artigo 387, do
Cdigo de Processo Penal, ser causa de nulidade absoluta da sentena
por ofensa aos princpios da individualizao da pena, do juiz natural e
da isonomia, o que pode ser arguido incidentalmente em sede de
recurso.
Esperamos,
portanto,
seja
proposta
ao
direta
de
inconstitucionalidade pela Procuradoria Geral da Repblica ou outra
Instituio legitimada para que seja retirada do mundo jurdico norma
violadora de princpios constitucionais to importantes para nossa
sociedade.
A lei de execuo prescreve de vrios institutos destinados a
cumprir essas finalidades da pena, dentre eles a autorizao de sada. A
autorizao de sada gnero que comporta duas espcies: a permisso