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GIOVANNI PEREIRA DE MENEZES RA: 1920407

TESE DE ACUSAÇÃO
CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA

1- Rebater o estado de necessidade mediante, mediante os


motivos a seguir expostos:
• Inexistência de perigo ATUAL
• Direito próprio ou alheio
• Culpabilidade
• Desistência do sacrifício pela vítima
• Vida até 75 dias sem alimentação
• Precedente
• Condenação

No caso em tela, não havia perigo atual eminente, pois


conforme a última comunicação de Roger com os responsáveis
pelo resgate, ele afirma que os mantimentos na caverna estavam
ESCASSOS, e não esgotados, ao ponto de caracterizar um
eventual “perigo atual”.
Não obstante, foi exatamente após a comunicação com
as autoridades, que houve a proposta de jogarem os sacríficos nos
dados, diante de uma ESCASSEZ de alimento. Dessa forma, não
prospera alegação de estado de necessidade, por não haver perigo
atual.
GIOVANNI PEREIRA DE MENEZES RA: 1920407

CULPABILIDADE
Outro ponto importante a ser levantado, é o fato típico,
explanando culpabilidade, que resta evidente, com o qual com o domínio de
forte emoção, de medo, resignação, ainda detinham a potencial consciência
sobre a ilicitude do fato, sobre o que estavam fazendo ao matarem seu
colega de forma bruta, de forma cruel, e depois, em um ato horripilante, o
comerem, e degustarem o sabor da maldade, da repugnância, sabor este que
não vinha de Roger, e sim deles próprios.

EM CASO DE AUSÊNCIA DE ALIMENTOS

É importante ressaltar, que por mais que houvesse a


comprovação da falta de alimentos na caverna, tal crime
continuaria sendo considerado um ato ilícito, e não podendo se
utilizar da teoria do estado de necessidade, uma vez que mediante
a SBEM (Sociedade de Endocrinologia e Metabologia), uma ser
humano consegue ficar entre 50 a 75 dias sem se alimentar, "A
resistência à fome depende de uma série de fatores, como o estado
nutricional, mas em geral, e “tendo em conta o que está descrito em
vários estudos, no máximo será possível aguentar entre 50 a 75
dias”. E, tendo em vista que o crime ocorreu antes de completar sequer
o 10º do resgate, a proporcionalidade se mostra indecorosas, e sem
fundamentação.
Tendo a opção de esperar a ação da natureza, e resolverem
se alimentar do explorador que primeiro falecer em razão da situação,
poderiam até simplesmente guardarem seus suprimentos ESCASSOS
para a situação de resistência final. Dessa forma fica nítido que as
ações empreendidas foram errôneas e que necessitam de severa
GIOVANNI PEREIRA DE MENEZES RA: 1920407

punição, a fim de resguardar a ordem social e o estado democrático de


direito.

DESISTÊNCIA DA IDEIA – SACRIFÍCIO

Embora a vítima tenha iniciado a discussão a respeito do


sacrifício, a mesma após o sorteio dos dados, ela desistiu, não
permitindo dispor de sua vida e a dos seus colegas. E, tendo em vista
que a tese do contrato natural não vigora, ela detinha de todo o direito
de voltar atrás de sua decisão, até mesmo porque a vida é um direito
inalienável, não havendo cláusulas, como em qualquer contrato, como
em qualquer acerto de vontades, que não justifica em maneira alguma
a invalidação da vida. Ou seja, a situação assegurava conduta diversa,
a situação assegurava que os réus tomassem diversas medidas de
rumos distintos a tomada.

Inaplicabilidade do perdão judicial e a formação de


precedente

“O perdão judicial, usado diversas vezes em nossos


julgamentos, como súmula persuasiva permite uma eficácia jurídica
retilínea e uniforme aos nossos julgadores, no entanto, a abertura de
precedente desta magnitude não importa uma eficácia jurídica em prol
da verdade, em prol do justo, da situação delitiva dos agentes, mas sim
em uma atrocidade que será usada para diversos crimes horrendos,
trazendo mais aberrações jurídicas ao nosso ordenamento. Portanto, o
clamor público, a massa leiga, que é inspecionada ideologicamente
não pode tomar os poderes de um julgador ilibado, que além de assinar
uma decisão no caso concreto, também condiciona de forma direta o
futuro de uma nação.”
GIOVANNI PEREIRA DE MENEZES RA: 1920407

CONDENAÇÃO

Diante dos fatos constatados, acerca da autoria e da


materialidade, acerca da aplicabilidade penal aos acusados, se faz
necessário a condenação dos 3 réus por HOMICIDIO
QUALIFICADO por meio indicioso e cruel, pela morte de Roger
Whetmore, no ano de 1499, no condado de Stowfield. vistas ao
artigo 121,§ 2º,III, DO CÓDIGO PENAL.

OBS: As teses levantadas são apenas preliminares,


podendo haver novos indícios e crimes constatados).

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