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Ex.mo Senhor
Juiz de Direito do
Tribunal Judicial da Comarca de
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URGENTE
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Habeas Corpus
O art. 28 n. 4 da Lei Fundamental confere aos prazos mximos de priso preventiva a dignidade de
imperativo Constitucional.
Dvidas no restam que a situao do requerente coincidente com o preceito supra transcrito - o
requerente encontra-se preso preventivamente sem que haja sido condenado por deciso transitada
em julgado.
Em virtude do Acrdo proferido pelos Senhores Juizes Desembargadores do Tribunal da Relao do
Porto ter anulado o Acrdo proferido em primeira instncia, bem como o julgamento, aguarda o
requerente notificao do despacho que designe data de nova audincia de discusso e julgamento.
Nestes termos afloram fundamentos bastantes quer de direito quer de facto para o recurso pelo
requerente presente providncia.
De facto, o requerente encontra-se numa situao que peca por idoneidade processual e, que por
actual, legitima o seu pedido de Habeas Corpus.
Vejamos a este propsito o propugnado no Acrdo do Supremo Tribunal de Justia de 6 de Fevereiro de 1997: Um pedido de habeas corpus respeitante a uma priso determinada por deciso judicial
s poder ter provimento em casos extremos de abuso de poder ou erro grosseiro de aplicao do
direito (manuteno da priso para alm dos prazos legais ou fixados por deciso judicial), priso por
facto pelo qual a lei a no admita ou, eventualmente, priso
ordenada por autoridade judicial incompetente para a ordenar, nos termos do art. 222 do C.P.P. 1.
O Requerente tem agora dezassete anos e est h dois anos consecutivos em priso preventiva, pelo
que, a libertao do requerente imperativa e urgente, nos termos do n1 do art. 217 do C.P.Penal.
Pelo exposto, manifestamente necessrio que V. Ex.a admita a presente providncia, declarando a
ilegalidade da priso e ordenando consequentemente a imediata libertao do requerente.
ESPERA RESPEITOSAMENTE DEFERIMENTO
Junta: cpias
A Advogada,
BMJ, 464,338
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