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mudanas. A nova Constituio de 19882, por exemplo, um importantssimo interlocutor para a atualizao do Credo Social, sendo ele um
documento da orientao da Igreja Metodista em relao esfera pblica.
Alm disso, houve tambm depois de 1988 mudanas relevantes para o
Credo Social, como a legislao sobre a incluso de pessoas com deficincia e, mais recentemente ainda, a discusso sobre a sustentabilidade
da economia e polticas pblicas.
As razes porque isso no aconteceu so certamente diversas.
Numa perspectiva macro trata-se da tendncia anti-institucional, tanto no
mundo como na sociedade brasileira. Isso afetou tanto as igrejas como
o prprio estado, cuja relao o Credo Social, em boa parte, discute. No
cotidiano eclesistico um fenmeno paralelo dessa desconstruo institucional seja talvez o crescente desuso dos antigos credos Apostlico
e Niceno-Constantinopolitano nos cultos.
Consideramos assim o Credo Social de 2007 do Conselho Nacional
de Igrejas Crists dos EUA um exemplo kairtico e promissor. A primeira
razo da sua existncia certamente o centenrio do Credo Social em
2008. Mas, o texto olha para frente. Em comparao s suas verses anteriores, ele se faz co-advogado da presena sustentvel do ser humano
no mundo. Destacamos, brevemente, os avanos que ele representa em
comparao com os Credos Sociais das dcadas de 70 e 80.
1. Contedo do Credo Social de 2007
Depois de um prembulo com referncia ao primeiro Credo Social
de 1908 [ 1]3 o texto organizado segundo o modelo clssico trinitrio
dos Credos ou Smbolos da igreja primitiva. Alm disso, faz referncia s
trs virtudes teologais (f, amor, esperana) [ 2, 3, 6].
Em f, respondendo ao nosso Criador, celebramos...
Texto original, veja Nacional Council of Churches (2007). A traduo do Credo para o
portugus foi feita por Helmut Renders, Hidede Torres, James Reaves Farris e Lide
Barbosa Farris. Primeira publicao em (RIBEIRO, 2009, p. 190-192).
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