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Aos poucos fui lhes encontrando. Foi repentino?

Como fogo alastrado em mata seca, cujo


vento assopra? No. Foi devagar. Sorriso, intrigas e cumplicidade. Devagar fui lhes conhecendo e
fui me fazendo em vocs.
Ao tentar expressar a importncia da nossa relao e resumir em palavras as nossas
convivncias, sempre me aperta a garganta. Sabe quando estamos inteiramente despidos de
qualquer pudor, ou simplesmente com vontade de escancarar tudo ao mesmo tempo? Essa
amplitude de sensaes me percorrem quando lembro de vocs.
Quando saamos noite em busca de aventuras amorosas de adolescente, que nunca davam
em nada, o resultado sempre era o mesmo: terminvamos dando risadas e olhando a paisagem ao
nosso redor, ora rapidamente, ora lentamente. O que so dias, horas e minutos quando levamos em
considerao as nossas lembranas?
Acredito que j fazemos parte um do outro. Nos construmos. Lembram dos dias de colgio?
Das confisses? Das perspectivas? Das frustraes? Das decepes amorosas? Das msicas?
Risadas? E do amor que sentimos um pelo outro?
Muitas vezes me deparo trancafiado em minhas inquietudes, agoniado e sem perspectivas,
como se tudo estivesse prestes a acabar, mas ai me lembro de vocs. Da nossa irmandade, carinho e
reciprocidade. Talvez possa ser algo leviano dentro de um Mundo de falcias e utopias, mas
confesso, a crena que alimento em relao a vocs maior que o cu, porm guardadas em
pedacinho importante de matria: meu corao.

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