Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SERRA
2015
DANIEL BORGES MAGALHÃES
SERRA
2015
RESUMO
No presente trabalho são abordados os tipos de matérias que podem ser usados
para fabricação de vasos de pressão, levando em conta suas propriedades físicas,
químicas e mecânicas.
Também são realizados cálculos de tensões para determinar as tensões que vasos
de pressão cilíndricos e esféricos sofrem.
Será abordado tambémprocedimentos do ensaio de tração, onde um corpo de prova
é submetido a um esforço que o alonga (estica ) até a sua ruptura, ou seja até que o
material rompa.
1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 04
2MATERIAIS PARA VASOS DE PRESSÃO....................................................... 05
2.1AÇO-CARBONO.............................................................................................06
2.2AÇOS-LIGA.....................................................................................................08
2.3AÇOSINOXIDÁVEIS.......................................................................................10
3CÁLCULOS DAS TENSÕES.............................................................................. 11
3.1VASOS DE PRESSÃO CILÍNDRICOS............................................................ 11
3.1.1TENSÕES NA SUPERFÍCIE EXTERNA...................................................... 12
3.1.2TENSÕES NA SUPERFÍCIE INTERNA....................................................... 13
3.2VASOS DE PRESSÃO ESFÉRICOS.............................................................. 13
3.2.1TENSÕES NA SUPERFÍCIE EXTERNA...................................................... 15
3.2.2TENSÕES NA SUPERFÍCIE INTERNA....................................................... 16
4 ENSAIO DE TRAÇÃO........................................................................................17
4.1 PROCEDIMENTOS DO ENSAIO....................................................................19
4.2 RESULTADOS................................................................................................19
CONCLUSÃO........................................................................................................ 21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................23
4
INTRODUÇÃO
2.1 AÇO-CARBONO
O aço-carbono é o “material de uso geral” para vasos de pressão, que por este
motivo é empregado para a construção da maioria dos vasos de pressão e de seus
componentes.
As propriedades do aço-carbono são grandemente influenciadas por sua
composição química e pela temperatura. As propriedades médias do aço-carbono
giram em torno de:
2.2 AÇOS-LIGA
nãodevendo por isso ser empregados em nenhum serviço com temperatura inferior
a 0°C.
Os aços-liga Mo e Cr-Mo também enferrujam, embora mais lentamente do que os
aços-carbono. O comportamento desses aços em relação aos ácidos e álcalis é
semelhante ao do aço-carbono.
Os aços-liga contendo níquel são materiais especiais para uso em temperaturas
muito baixas. Tanto os aços-liga Mo e Cr-Mo, como os aços-liga Ni. São materiais
difíceis de soldar, sendo quase sempre necessários tratamentos térmicos.
Os aços-liga manganês são aços com até 1,6% Mn. O maior teor de manganês
destina-se a aumentar a resistência mecânica, principalmente em chapas de grande
espessura (acima de 50 mm, por exemplo), o que de outra forma só seria possível
com alta quantidade de carbono, que prejudicaria a soldabilidade e a tenacidade.
Essas chapas são empregadas para alguns vasos de pressão importantes, de
grandes dimensões ou para pressões elevadas, necessitando, em qualquer caso, de
paredes de grande espessura.
Alguns aços ferríticos de baixo cromo (até 17%) são de soldagem pouco mais fácil e
podem ser empregados para revestimentos anticorrosivos, aplicados sobre chapas
de aço carbono-carbono ou de baixa liga, sendo mesmo preferidos para essa
aplicação pelo fato de terem coeficiente de dilatação muito próximo do aço-carbono,
enquanto que para os inoxidáveis austeníticos o coeficiente de dilatação é cerca de
45% maior do que do aço-carbono.
Os aços inoxidáveis austeníticos apresentam uma extraordinária resistência à
fluência e à oxidação, razão pela qual são bem elevados os valores das
temperaturas-limite de utilização, exceto para os tipos de muito baixo carbono (tipos
l e elc), em que o limite é de 400ºc devido à menor resistência mecânica desses
aços. Todos os aços austeníticos mantêm o comportamento dúctil mesmo em
temperaturas extremamente baixas, podendo alguns ser empregado até próximo de
zero absoluto. Esses aços são todos materiais de soldagem fácil, não exigindo
nenhum tratamento térmico.
Aços inoxidáveis austeníticos em geral, exceto os estabilizados, tipos 321, 347, etc,
e os de baixo carbono, tipos l e elc, estão sujeitos a um fenômeno de precipitação de
carbonetos de cromo, denominado “sensitização”, quando submetidos a
temperaturas entre 450ºc e 850ºc. Os aços quando sensitizados, podem apresentar
uma forma grave de corrosão (corrosão intergranular), principalmente em meios
ácidos. A sensitização pode controlada pela adição de ti ou nb (aços estabilizados),
ou pela redução no teor de carbono (aços de baixo ou de extrabaixo carbono). A
sensitização pode ser causada pelo trabalho em temperaturas elevadas, e também
pela soldagem e por tratamentos térmicos; a sensitização pela soldagem ocorre em
duas faixas paralelas, próximas ao cordão de solda, onde a temperatura do material
atingiu o intervalo de 450ºc a 850ºc. Os aços de baixo e de extrabaixo carbono
11
podem ser sensitizados por longa exposição em temperatura elevada, isto é, pelo
serviço nessas temperaturas, mas são imunes a sensitização pela soldagem ou por
tratamentos térmicos.
Os aços inoxidáveis ferríticos e martensíticos apresentam, em relação aos
austeníticos, bem menor resistência à fluência e à corrosão em geral, assim como
menor temperatura de início de oxidação, sendo por isso mais baixas as
temperaturas-limite de uso. Em compensação, são materiais mais baratos do que os
austeníticos e menos sujeitos aos fenômenos de corrosão por pites e sob tensão.
Todos esses aços não são adequados para serviços em baixa temperaturas,
estando sujeitos a fraturas frágeis, assim como o aço-carbono.
A resultante das forças internas𝜎1 . 𝑑𝐴 é igual ao produto de𝜎1 pela área da seção
transversal2. 𝑡. ∆𝑥 da parede, enquanto que a resultante das forças de pressão𝑝. 𝑑𝐴
é igual ao produto de 𝑝 pela área 2. 𝑟. ∆𝑥.
𝑝.𝑟
Resolvendo para a equação de equilíbrio 𝐹𝑧 = 0, 𝜎1 = 𝑡
12
As forças que atuam sobre o corpo livre consistem nas forças internas 𝜎2 . 𝑑𝐴, na
parede, onde 𝑑𝐴 = 2. 𝜋. 𝑟. 𝑡, e nas forças de pressão elementares 𝑝. 𝑑𝐴 exercidas na
porção de fluido incluída no corpo livre, onde este 𝑑𝐴 = 𝜋. 𝑟 2 .
𝑝.𝑟
Resolvendo para a equação de equilíbrio 𝐹𝑥 = 0, 𝜎2 = 2𝑡
Essa tensão ocorre em um plano que foi rotacionado a 45º sobre o eixo x.
„
Em que t é a espessura da parede e rm é seu raio médio:
A análise aqui realizada é válida para cascas finas, assim pode-se desconsiderar a
pequena diferença entre os dois raios e substituir r por rm ou rm por r.
As tensões são mais próximas às tensões exatas teóricas se usarmos o raio interno
r em vez do raio médio rm. Adotamos a fórmula a seguir para calcular as tensões de
tração na parede de uma casca esférica:
Todo plano é um plano principal e toda a direção é uma direção principal. Dessa
forma, as tensões principais no elemento são:
Quando o vaso tem parede fina, ou seja, a relação r/t é muito grande, então
podemos desprezar o termono parênteses perante a relação r/2t, ou seja, a tensão
principal na direção z é pequena quando comparada com as tensões principais σ1 e
σ2 .
Consequentemente consideramos o estado de tensão na superfície interna, o
mesmo na superfície externa.
4ENSAIO DE TRAÇÃO
Tensão (σ sigma): É a intensidade da força interna que atua sobre a área analizada.
Corpo de prova: É uma amostra do material, geralmente com forma cilíndrica e com
dimensões específicas, definidas de acordo com a norma utilizada para o ensaio
(ISO, ABNT, DIN...) para que os resultados obtidos possam ser comparados ou, se
necessário, reproduzidos.
Módulo de elasticidade (E ):É a máxima tensão que o material pode suportar sem
sofrer deformações plásticas, é constante e próprio de cada material, normalmente
expresso em GPa ou Kgf/mm2
Ouro 78 7910
4.1PROCEDIMENTOS DO ENSAIO
A máquina é projetada para alongar o corpo de prova a uma taxa constante através
da aplicação de esforços crescentes na sua direção axial, sendo medidas as
deformações correspondentes.
4.2 RESULTADOS
Observamos que esta curva apresenta duas regiões, uma correspondente ao regime
elástico,que indica o limite de resistência elástica e o ponto de ruptura (limite de
resistência de ruptura).
20
Regiões:
CONCLUSÃO
Vimos como são feitos os cálculos de tensão nos vasos de pressão esféricos e
cilíndricos, além de conhecer a metodologia do ensaio de tração, onde podemos
obter um gráfico tensão-deformação, na qual é possível analisar o comportamento
do material ao longo do ensaio.
E também temos consciência do quão importante é conhecer o meio e os metais
que podem ser utilizados na fabricação dos vasos de pressão, visto que a
temperatura, resistência à corrosão, resistência mecânica, soldabilidade, resistência
à abrasão, entre outras variáveis, são de suma importância na hora de escolher o
material a ser utilizado.
23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS