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CIELO S.A.

CNPJ/MF nº 01.425.787/0001-04
NIRE 35.300.147.073
Companhia Aberta de Capital Autorizado

PROPOSTA DE ORÇAMENTO DE CAPITAL PARA O EXERCÍCIO 2010

Senhores Acionistas,

Nos termos do parágrafo 2º do artigo 196 da Lei das Sociedades por Ações (Lei 6404/76)
submetemos para exame e deliberação de Vossas Senhorias, em Assembleia Geral
Ordinária e Extraordinária a ser realizada no dia 30 de abril de 2010, às 10:00hs, o
Orçamento de Capital da Cielo S.A., conforme fontes de financiamento abaixo:

- Proposta de Orçamento de Capital da Cielo S.A.: R$ 153.379.330,54


- Fonte de Financiamento: parcela não distribuída do resultado do exercício findo em 31
de dezembro de 2009 (recursos próprios)

Do valor acima proposto o Conselho de Administração entende oportuna a utilização de


R$9.544.555,78 (nove milhões, quinhentos e quarenta e quatro mil, quinhentos e
cinquenta e cinco reais e setenta e oito centavos) para aumento do capital social, a qual
será acrescida do saldo integral da atual reserva legal, no montante de R$15.075.907,37
(quinze milhões, setenta e cinco mil, novecentos e sete reais e trinta e sete centavos),
passando o capital social de R$75.379.536,85 (setenta e cinco milhões e trezentos e
setenta e nove mil e quinhentos e trinta e seis Reais e oitenta e cinco centavos) para R$
100.000.000,00 (cem milhões de Reais).

O Conselho de Administração também entende necessária a destinação de até


R$143.834.774,76 (cento e quarenta e três milhões, oitocentos e trinta e quatro mil,
setecentos e setenta e quatro reais e setenta e seis centavos), composto da parcela não
utilizada do orçamento de capital para aumento de capital social, na forma acima
proposta, para novo programa da de recompra de ações de emissão da Companhia, nos

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termos e até o limite permitido pela Instrução da CVM nº 10, de 14 de fevereiro de 1980.
As ações adquiridas serão mantidas em tesouraria, para posterior alienação,
cancelamento ou utilização nos futuros exercícios das opções de compra de ações
outorgadas aos administradores e funcionários.

Informamos, ainda, que a destinação ora proposta está refletida nas Demonstrações
Financeiras elaboradas pela Administração da Companhia, divulgadas nos termos da
legislação vigente.

Prazo de Duração do Orçamento: até a Assembleia Geral Ordinária que aprovar as


contas do exercício findo em 31 de dezembro de 2010.

Barueri, 30 de março de 2010

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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PROPOSTAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A SEREM SUBMETIDAS AOS
SRS. ACIONISTAS DA CIELO S.A., EM ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA E
EXTRAORDINÁRIA A SER REALIZADA EM 30 DE ABRIL DE 2010, ÀS 10:00 (Artigo
9º da Instrução CVM nº 481)

Senhores Acionistas,
O Conselho de Administração da Cielo S.A. (“Companhia”) submeterá para exame e
deliberação de Vossas Senhorias em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária a ser
realizada no dia 30 de abril de 2010, às 10:00, as seguintes propostas:
I. Destinação do lucro líquido do exercício e ratificação do montante de dividendos
distribuídos
Considerando que a Companhia obteve lucro líquido no exercício social encerrado em 31
de dezembro de 2009 no valor de R$ 1.533.793.304,54 (um bilhão, quinhentos e trinta e
três milhões, setecentos e noventa e três mil, trezentos e quatro reais e cinquenta e
quatro centavos) (“Lucro Líquido”), propomos:
a) que o Lucro Líquido seja destinado da seguinte forma: R$ 1.380.413.974,09 (um
bilhão, trezentos e oitenta milhões, quatrocentos e treze mil, novecentos e setenta e
quatro reais e nove centavos) para pagamento de juros sobre o capital próprio e
dividendos, dos quais R$ 661.531.202,31 (seiscentos e sessenta e um milhões,
quinhentos e trinta e um mil, duzentos e dois reais e trinta e um centavos) já foram pagos
na forma de dividendos durante o exercício 2009 (em 22 de junho e 31 de agosto de
2009) e R$ 718.882.771,78 (setecentos e dezoito milhões, oitocentos e oitenta e dois mil,
setecentos e setenta e um reais e setenta e oito centavos) serão pagos em 31 de março
de 2010, sendo R$ 709.142.004,52 (setecentos e nove milhões, cento e quarenta e dois
mil, quatro reais e cinquenta e dois centavos) na forma de dividendos e R$ 9.740.767,26
(nove milhões, setecentos e quarenta mil, setecentos e sessenta e sete reais e vinte e
seis centavos) na forma de juros sobre capital próprio, aplicando-se, neste caso, desconto
relativo ao imposto de renda na fonte, mediante aplicação da alíquota de 15%, conforme
legislação tributária aplicável.
Abaixo descrição das reservas, lucro líquido, patrimônio líquido e demais informações
sobre o resultado do exercício da Companhia findo em 31 de dezembro de 2009.

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b) ratificação das deliberações tomadas nas Reuniões do Conselho de Administração
realizadas em 22 de abril de 2009, 04 de agosto de 2009 e 04 de março de 2010,
relativas, respectivamente, a: (i) distribuição de dividendos intercalares e antecipados,
referentes ao resultado do trimestre findo em 31 de março de 2009, no valor total de R$
333.198.969,73 (trezentos e trinta e três milhões, cento e noventa e oito mil, novecentos e
sessenta e nove reais e setenta e três centavos), ou R$ 0,244140478 por ação, cujo
pagamento aos acionistas foi efetuado pela Companhia em 22 de junho de 2009, sem
retenção de imposto de renda na fonte, utilizando como base de cálculo a posição
acionária de 22 de abril de 2009; (ii) distribuição de dividendos intercalares e antecipados,
referentes ao resultado do semestre findo em 30 de junho de 2009, no valor total de R$
328.332.232,58 (trezentos e vinte e oito milhões, trezentos e trinta e dois mil, duzentos e
trinta e dois reais e cinquenta e oito centavos), ou R$ 0,2405745383 por ação, cujo
pagamento aos acionistas foi efetuado pela Companhia em 31 de agosto de 2009, sem
retenção de imposto de renda na fonte, utilizando como base de cálculo a posição
acionária de 04 de agosto de 2009, sendo que, a partir de 05 de agosto de 2009, as
ações da Companhia passaram a ser negociadas "ex" dividendos; e (iii) distribuição de
juros sobre capital próprio e dividendos, relativos a parte do resultado do exercício findo
em 31 de dezembro de 2009, no valor total de R$ 718.882.771,78 (setecentos e dezoito
milhões, oitocentos e oitenta e dois mil, setecentos e setenta e um reais e setenta e oito
centavos), ou R$ 0,528492541 por ação, cujo pagamento aos acionistas será efetuado

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pela Companhia em 31 de março de 2010, sendo R$ 9.740.767,26 (nove milhões,
setecentos e quarenta mil, setecentos e sessenta e sete reais e vinte e seis centavos) a
título de juros sobre capital próprio, equivalente a R$ 0,0072 (bruto) por ação, o qual
sofrerá retenção de 15% (quinze por cento) de imposto de renda na fonte, exceto para os
acionistas que sejam comprovadamente imunes ou isentos, e R$ 709.142.004,52
(setecentos e nove milhões, cento e quarenta e dois mil, quatro reais e cinquenta e dois
centavos) a título de dividendos, correspondendo a R$ 0,521331536 por ação, sem
retenção de imposto de renda na fonte, utilizando como base de cálculo a posição
acionária de 14 de março de 2010, sendo que, a partir de 15 de março de 2010, as ações
da Companhia serão negociadas "ex" dividendos.
O montante de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio declarados e pagos (ou a
serem pagos) pela Companhia serão imputados ao valor do dividendo mínimo obrigatório
relativo ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009.

Em cumprimento ao disposto na Instrução da CVM nº 481, de 17 de dezembro de


2009, apresentamos abaixo as informações indicadas no Anexo 9-1-II:

1. Informar o lucro líquido do exercício


R$ 1.533.793.304,54 (um bilhão, quinhentos e trinta e três milhões, setecentos e noventa
e três mil, trezentos e quatro reais e cinquenta e quatro centavos).
2. Informar o montante global e o valor por ação dos dividendos, incluindo
dividendos antecipados e juros sobre capital próprio já declarados
O montante global dos dividendos, incluindo dividendos antecipados e juros sobre capital
próprio declarados no exercício 2009, foi de R$ 1.380.413.974,09 (um bilhão, trezentos e
oitenta milhões, quatrocentos e treze mil, novecentos e setenta e quatro reais e nove
centavos), resultando em um valor por ação de R$ 1,0148 (considerando apenas as
ações com direito a proventos).
3. Informar o percentual do lucro líquido do exercício distribuído
90% do Lucro Líquido, considerando os dividendos antecipados e os juros sobre capital
próprio distribuídos pela Companhia durante o exercício 2009.

4. Informar o montante global e o valor por ação de dividendos distribuídos com


base em lucro de exercícios anteriores
Não existe proposta de distribuição de dividendos com base em lucros de exercícios
anteriores.
5. Informar, deduzidos os dividendos antecipados e juros sobre capital próprio já
declarados:

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a. Valor bruto de dividendo e juros sobre capital próprio, de forma segregada,
por ação de cada espécie e classe:

Dividendos Juros sobre o


Capital Próprio

Valor Bruto R$ 709.142.004,52 R$ 9.740.767,26

R$ 0,007161005
Valor por Ação ON R$ 0,521331536
(Bruto)

b. A forma e o prazo de pagamento dos dividendos e juros sobre capital


próprio:
Conforme fato relevante divulgado no dia 29 de setembro de 2009, com o objetivo de
tornar mais previsível para seus acionistas as datas de pagamentos de dividendos e/ou
juros sobre capital próprio, a partir exercício 2010, serão realizados duas vezes ao ano,
ao final dos meses de março e setembro, levando em consideração os resultados do
segundo semestre do exercício anterior e do primeiro semestre do exercício corrente,
respectivamente.
Referidos pagamentos deverão observar as disposições contidas na Lei das Sociedades
por Ações e no Estatuto Social da Companhia, o qual estabelece a distribuição aos
acionistas de, pelo menos, 50,0% (cinquenta por cento) do lucro líquido apurado nas
demonstrações financeiras, ajustado na forma da lei, salvo deliberação contrária da
Assembléia Geral.
c. Eventual incidência de atualização e juros sobre os dividendos e juros sobre
capital próprio
Não aplicável.
d. Data da declaração de pagamento dos dividendos e juros sobre capital
próprio considerada para identificação dos acionistas que terão direito ao seu
recebimento
O Conselho de Administração aprovou, em reunião realizada no dia 04 de março de 2010,
a distribuição de R$ 718.882.771,78 (setecentos e dezoito milhões, oitocentos e oitenta e
dois mil, setecentos e setenta e um reais e setenta e oito centavos), dos quais R$
9.740.767,26 (nove milhões, setecentos e quarenta mil, setecentos e sessenta e sete
reais e vinte e seis centavos) serão distribuídos a título de juros sobre capital próprio e R$
709.142.004,52 (setecentos e nove milhões, cento e quarenta e dois mil, quatro reais e
cinquenta e dois centavos) a título de dividendos. Tais dividendos e/ou juros sobre capital
próprio serão pagos aos acionistas pela Companhia até o dia 31 de março de 2010, com
base na posição acionária de 14 de março de 2010, sendo certo que não farão jus a tais

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proventos as ações mantidas em tesouraria, as quais representavam, naquela data,
4.532.300 (quatro milhões, quinhentas e trinta e duas mil e trezentas) ações ordinárias,
nominativas e sem valor nominal. A partir de 15 de março de 2010, as ações da
Companhia passaram a ser negociadas "ex" dividendos
6. Caso tenha havido declaração de dividendos ou juros sobre capital próprio com
base em lucros apurados em balanços semestrais ou em períodos menores:
a. Informar o montante dos dividendos ou juros sobre capital próprio já
declarados:
O Conselho de Administração aprovou, em reunião realizada no dia 22 de abril de 2009, a
distribuição de R$ 333.198.969,73 (trezentos e trinta e três milhões, cento e noventa e
oito mil, novecentos e sessenta e nove reais e setenta e três centavos) a título de
dividendos, com base em lucros apurados no primeiro trimestre de 2009 em balanço
patrimonial elaborado em 31 de [março de 2009.
Em 04 de agosto de 2009, o Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$
328.332.232,58 (trezentos e vinte e oito milhões, trezentos e trinta e dois mil, duzentos e
trinta e dois reais e cinquenta e oito centavos) na forma de dividendos, com base em
lucros apurados no primeiro semestre de 2009 em balanço patrimonial elaborado em 30
de junho de 2009.
b. Informar a data dos respectivos pagamentos
Reunião do Valor Bruto Data do Pagamento
Conselho de
Administração

Dividendos 22/04/2009 R$ 333.198.969,73 22/06/2009

Dividendos 04/08/2009 R$ 328.332.232,58 31/08/2009

7. Fornecer tabela comparativa indicando os seguintes valores por ação de cada


espécie e classe:
a. Lucro líquido do exercício e dos 3 (três) exercícios anteriores
b. Dividendos e juros sobre capital próprio distribuído nos 3 (três) exercícios
anteriores

Exercício Social encerrado em

2009 2008 2007 2006

Lucro Líquido 1.533.793.304,54 1.403.123.285,22** 884.851.710,59 652.323.998,79

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Dividendos / JCP* Propostos
1.380.413.974,09 1.402.954.183,10 884.851.710,59 652.323.998,79
e/ou Distribuídos

Valor por ação 1,024695014 1,027968080 1,311659667 48,348614169

* Juros sobre capital próprio sem incidência de IRRF (valor bruto)

**Valor ajustado conforme Deliberação CVM 506 de 19 de junho de 2006, em decorrência da Lei 11.638/07

8. Havendo destinação de lucros à reserva legal:


a. Identificar o montante destinado à reserva legal
b. Detalhar a forma de cálculo da reserva legal
Não houve destinação.
9. Caso a companhia possua ações preferenciais com direito a dividendos fixos ou
mínimos:
a. Descrever a forma de cálculos dos dividendos fixos ou mínimos
b. Informar se o lucro do exercício é suficiente para o pagamento integral dos
dividendos fixos ou mínimos
c. Identificar se eventual parcela não paga é cumulativa
d. Identificar o valor global dos dividendos fixos ou mínimos a serem pagos a
cada classe de ações preferenciais
e. Identificar os dividendos fixos ou mínimos a serem pagos por ação
preferencial de cada classe
Não aplicável.
10. Em relação ao dividendo obrigatório:
a. Descrever a forma de cálculo prevista no Estatuto
Nos termos do artigo 27, parágrafo primeiro, do Estatuto Social da Companhia, os
acionistas terão o direito de receber um dividendo obrigatório anual não inferior a 50%
(cinquenta por cento) do lucro líquido do exercício, o qual deverá ser calculado após a
dedução das participações referidas no artigo 190 da Lei das Sociedades por Ações,
ajustado para os fins do cálculo de dividendos, nos termos do artigo 202 da Lei das
Sociedades por Ações, observada a seguinte ordem de dedução:
(i) 5% (cinco por cento) para a constituição da reserva legal, até que esta atinja 20% (vinte
por cento) do capital social. No exercício em que o saldo da reserva legal, acrescido do
montante das reservas de capital, de que trata o §1º do artigo 182 da Lei das Sociedades
por Ações, exceda a 30% (trinta por cento) do capital social, não será obrigatória a
destinação de parte do lucro líquido do exercício para a reserva legal;

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(ii) uma parcela, por proposta dos órgãos da administração, poderá ser destinada à
formação de reserva para contingências e reversão das mesmas reservas formadas em
exercícios anteriores, nos termos do artigo 195 da Lei das Sociedades por Ações;
(iii) uma parcela será destinada ao pagamento do dividendo anual mínimo obrigatório aos
acionistas;
(iv) no exercício em que o montante do dividendo obrigatório ultrapassar a parcela
realizada do lucro do exercício, a Assembleia Geral poderá, por proposta dos órgãos de
administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar,
observado o disposto no artigo 197 da Lei das Sociedades por Ações;
(v) uma parcela, por proposta dos órgãos da administração, poderá ser retida com base
em orçamento de capital previamente aprovado, nos termos do artigo 196 da Lei das
Sociedades por Ações;
(vi) a Companhia manterá a reserva de lucros estatutária denominada “Reserva de
Expansão”, que terá por fim financiar a expansão das atividades da Companhia e/ou de
suas empresas controladas e coligadas, inclusive por meio da subscrição de aumentos de
capital, a qual será formada com até 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido do
exercício ajustado na forma prevista pelo artigo 202 da Lei de Sociedades por Ações e
cujo saldo, somado aos saldos das demais reservas de lucros, excetuadas a reserva de
lucros a realizar e a reserva para contingências, não poderá ultrapassar 100% (cem por
cento) do capital social subscrito da Companhia; e
(vii) o saldo terá a destinação que lhe for dada pela Assembleia Geral, observadas as
prescrições legais.
Qualquer retenção de lucros do exercício pela Companhia deve ser obrigatoriamente
acompanhada de proposta orçamentária previamente aprovada pelo Conselho de
Administração. Caso o saldo das reservas de lucros, exceto as reservas para
contingências e de lucros a realizar, ultrapasse o capital social, a Assembleia Geral deve
deliberar sobre a aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social
ou, ainda, na distribuição de dividendos aos acionistas.
b. Informar se ele está sendo pago integralmente
O dividendo obrigatório estatuariamente previsto está sendo integralmente pago.
c. Informar o montante eventualmente retido
R$ 153.379.330,54.
11. Havendo retenção do dividendo obrigatório devido à situação financeira da
companhia:
a. Informar o montante da retenção;

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b. Descrever, pormenorizadamente, a situação financeira da companhia,
abordando, inclusive, aspectos relacionados à análise de liquidez, ao capital de giro
e fluxos de caixa positivos; e
c. Justificar a retenção dos dividendos.
Não aplicável.
12. Havendo destinação de resultado para reserva de contingências:
a. Identificar o montante destinado à reserva;
b. Identificar a perda considerada provável e sua causa;
c. Explicar porque a perda foi considerada provável; e
d. Justificar a constituição da reserva.
Não aplicável.
13. Havendo destinação de resultado para reserva de lucros a realizar:
a. Informar o montante destinado à reserva de lucros a realizar; e
b. Informar a natureza dos lucros não-realizados que deram origem à reserva.
Não aplicável.
14. Havendo destinação de resultado para reservas estatutárias:
a. Descrever as cláusulas estatutárias que estabelecem a reserva;
b. Identificar o montante destinado à reserva; e
c. Descrever como o montante foi calculado.
Não aplicável.
15. Havendo retenção de lucros prevista em orçamento de capital:
a. Identificar o montante da retenção
O montante da retenção de lucros proposto para deliberação dos acionistas é de R$
153.379.330,54 (cento e cinquenta e três milhões, trezentos e setenta e nove mil,
trezentos e trinta reais e cinquenta e quatro centavos), conforme orçamento de capital ora
proposto.
b. Fornecer cópia do orçamento de capital
Vide Proposta de orçamento de capital acima.
16. Havendo destinação de resultado para a reserva de incentivos fiscais:
a. Informar o montante destinado à reserva; e
b. Explicar a natureza da destinação.
Não aplicável.

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Em cumprimento ao disposto na Instrução da CVM nº 481, de 17 de dezembro de
2009, apresentamos abaixo as informações indicadas no Anexo 14:

1. Informar valor do aumento e do novo capital social


Aumento do capital social no montante de R$ 24.620.463,15 (vinte e quatro
milhões,seiscentos e vinte mil, quatrocentos e sessenta e três reais e quinze centavos),
passando o capital social de R$75.379.536,85 (setenta e cinco milhões e trezentos e
setenta e nove mil e quinhentos e trinta e seis Reais e oitenta e cinco centavos) para R$
100.000.000,00 (cem milhões de Reais).
2. Informar se o aumento será realizado mediante: (a) conversão de debêntures em
ações; (b) exercício de direito de subscrição ou de bônus de subscrição; (c)
capitalização de lucros ou reservas; ou (d) subscrição de novas ações
O aumento será realizado por meio da destinação para capital de parcela não distribuída
do resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009, no montante de
R$9.544.555,78 (nove milhões, quinhentos e quarenta e quatro mil, quinhentos e
cinquenta e cinco reais e setenta e oito centavos) e utilização do saldo integral da atual
reserva legal, no montante de R$ 15.075.907,37 (quinze milhões, setenta e cinco mil,
novecentos e sete reais e trinta e sete centavos).
3. Explicar, pormenorizadamente, as razões do aumento e suas consequências
jurídicas e econômicas
O aumento do capital social será realizado considerando a expectativa de crescimento da
Companhia e as projeções realizadas para os negócios no corrente ano. Não haverá
consequências econômicas decorrentes do aludido aumento. Com relação às
consequências jurídicas, observamos a alteração do artigo 5º do Estatuto Social da
Companhia, com vistas a refletir o novo capital social.
4. Fornecer cópia do parecer do conselho fiscal, se aplicável
O Conselho Fiscal da Companhia emitiu parecer favorável durante reunião realizada no
dia 23 de março de 2010. Cópia do parecer foi enviado à CVM e está disponível aos
investidores no web site www.cvm.gov.br.
5. Em caso de aumento de capital mediante subscrição de ações
Não aplicável
6. Em caso de aumento de capital mediante capitalização de lucros ou reservas
a. Informar se implicará alteração do valor nominal das ações, caso existente,
ou distribuição de novas ações entre os acionistas

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As ações que compõem o capital social da Companhia não possuem valor nominal.
Adicionalmente, o aumento do capital social será realizado sem a emissão de novas
ações.
b. Informar se a capitalização de lucros ou reservas será efetivada com ou sem
modificação do número de ações, nas companhias com ações sem valor nominal.
Não haverá modificação no atual número de ações.
c. Em caso de distribuição de novas ações
Não aplicável
d. Informar o prazo previsto no § 3º do art. 169 da Lei 6.404, de 1976
Não aplicável
e. Informar e fornecer as informações e documentos previstos no item 5 acima,
quando cabível
Não aplicável
7. Em caso de aumento de capital por conversão de debêntures em ações ou por
exercício de bônus de subscrição
Não aplicável

Finalmente, informamos que o detalhamento e a justificativa das alterações, para


atendimento ao artigo 11 da Instrução CVM 481/09 estão descritos nos itens (1), (2) e (3),
acima.

II. Alteração do prazo do mandato dos integrantes do Conselho de Administração e


da Diretoria

Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria da Companhia são eleitos para


um mandato unificado de 1 (um) ano, sendo permitida a reeleição, nos termos do caput
dos artigos 13 e 18 do Estatuto Social da Companhia, respectivamente.

O Conselho de Administração submeterá à apreciação de Vossas Senhorias, proposta de


alteração do prazo do mandato dos integrantes do Conselho de Administração e da
Diretoria, passando do atual prazo de 1 (um) ano para o prazo de 2 (dois) anos, sendo
permitida a reeleição.

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Caso referida proposta seja aprovada, os caputs dos artigos mencionados passarão a
vigorar com a seguinte nova redação, o que será apreciado em Assembléia Geral
Extraordinária:

“Artigo 13. O Conselho de Administração é composto por, no mínimo, 7 (sete) e, no


máximo, 11 (onze) membros, todos acionistas, eleitos pela Assembléia Geral, com
mandato unificado de 2 (dois) anos, permitida a reeleição”.

“Artigo 18. A Diretoria da Companhia é composta por, no mínimo, 2 (dois) e, no máximo,


8 (oito) membros, sendo um Diretor Presidente, um Diretor de Relações com Investidores
e até 6 (seis) Diretores sem designação específica, eleitos pelo Conselho de
Administração, com mandato unificado de 2 (dois) anos, sendo permitida a reeleição. Os
Diretores podem cumular cargos, conforme deliberação do Conselho de Administração”.

Segue abaixo tabela com informações a respeito dos membros do conselho de


administração e conselho fiscal:
Cargo eletivo Data da Prazo do Outros cargos ou Eleição pelo
Nome Idade Profissão CPF Data da posse
ocupado eleição mandato funções exercidos controlador
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Arnaldo Alves Vieira 62 Bancário 055.302.378-00 Conselheiro 30/4/2010 30/4/2010 2 anos Não há Sim
Membro do Comitê de
Jair Delgado Scalco 60 Bancário 221.863.878-91 Conselheiro 30/4/2010 30/4/2010 2 anos Auditoria e do Comitê Sim
de Finanças
Milton Almicar Silva Vargas 53 Bancário 232.816.500-15 Conselheiro 30/4/2010 30/4/2010 2 anos Não há Sim
Norberto Pinto Barbedo 58 Bancário 509.392.708-20 Conselheiro 30/4/2010 30/4/2010 2 anos Não há Sim
Denílson Gonçalves Molina 42 Bancário 079.677.388-29 Conselheiro 30/4/2010 30/4/2010 2 anos Não há Sim
Paulo Rogerio Caffarelli 44 Bancário 442.887.279-87 Conselheiro 30/4/2010 30/4/2010 2 anos Não há Sim

José Mauricio Pereira Coelho 43 Bancário 853.535.907-91 Conselheiro 30/4/2010 30/4/2010 2 anos Não há Sim
Membro do Comitê de
Finanças e Comitê de
Raul Francisco Moreira 38 Bancário 554.374.430-72 Conselheiro 30/4/2010 30/4/2010 2 anos Sim
Remuneração e
Benefícios
Membro do Comitê de
Auditoria, Comitê de
Administrador de Não - Conselheiro
Gilberto Mifano 60 566.164.738-72 Conselheiro 30/4/2010 30/4/2010 2 anos Finanças e Comitê de
empresas Independente
Remuneração e
Benefícios
Francisco Augusto da Costa e Membro do Comitê de Não - Conselheiro
61 Advogado 092.297.957-07 Conselheiro 30/4/2010 30/4/2010 2 anos
Silva Governança Corporativa Independente
CONSELHO FISCAL
Até AGO que
aprovar as
Marcio Hamilton Ferreira 38 Bancário 457.923.641-68 Membro Efetivo 30/4/2010 30/4/2010 Não há Sim
contas do
exercício 2010
Até AGO que
aprovar as
Andre Luis Dantas Furtado 40 Bancário 907.914.447-91 Membro Suplente 30/4/2010 30/4/2010 Não há Sim
contas do
exercício 2010
Até AGO que
aprovar as
Mauro Pinto Spaolonzi 45 Bancário 065.924.198-65 Membro Efetivo 30/4/2010 30/4/2010 Não há Sim
contas do
exercício 2010
Até AGO que
aprovar as
Marcelo Santos Dall'occo 43 Contador 054.500.438-13 Membro Suplente 30/4/2010 30/4/2010 Não há Sim
contas do
exercício 2010
Haroldo Reginaldo Levy Neto 52 Economista 014.508.808-19 Membro Efetivo 30/4/2010 30/4/2010 Até AGO que Não há Sim
aprovar as

14
III. Eleição dos membros do Conselho de Administração
De acordo com o artigo 8o do Estatuto Social da Companhia, o Conselho de
Administração é composto de 7 (sete) a 11 (onze) membros.
Considerando o disposto nas Instruções CVM no 165, de 11 de dezembro de 1991, e no
282, de 26 de junho de 1998, a fim de que possa ser requerida a adoção do processo de
voto múltiplo para a eleição de membros do Conselho de Administração, os acionistas
requerentes deverão representar, no mínimo, 6% (seis por cento) do capital votante, e
solicitar a adoção do processo de voto múltiplo com antecedência mínima de 48 (quarenta
e oito) horas da data da realização da Assembleia.
A votação por processo de voto múltiplo dar-se-á mediante a atribuição a cada ação de
tantos votos quantos sejam os membros do Conselho a serem eleitos, podendo o
acionista cumular votos em um só candidato ou distribuí-los entre vários. Nesse processo,
os candidatos serão indicados e eleitos individualmente, com os respectivos nomes
registrados perante a Mesa da Assembleia.
Relativamente à eleição dos Membros do Conselho de Administração, os acionistas
integrantes do bloco de controle e a administração propõem reeleger os atuais membros
do Conselho de Administração, senhores: (a) Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo,
bancário, portador da Cédula de Identidade RG n° 4.847.312 SSP/SP e inscrito no
CPF/MF sob o n° 055.302.378-00; (b) Jair Delgado Scalco, brasileiro, casado,
administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG n° 5.673.070-6 SSP/SP
e inscrito no CPF/MF sob o n° 221.863.878-91; (c) Raul Francisco Moreira, brasileiro,
casado, bancário, portador da Cédula de Identidade RG nº 103.075.156-2 SSP/RS,
inscrito no CPF/MF sob nº 554.374.430-72; (d) Paulo Rogério Caffarelli, brasileiro,
casado, bancário, portador da Cédula de Identidade RG nº 33.813.902 SSP/PR, inscrito
no CPF/MF sob nº 442.887.279-87; (e) Denílson Gonçalves Molina, brasileiro, casado,
bancário, portador da Cédula de Identidade RG nº 17.520.256 SSP/SP, inscrito no
CPF/MF sob nº 079.677.388-29; (f) Francisco Augusto da Costa e Silva, brasileiro,
casado, advogado, portador da Cédula de Identidade RG nº 2.233.546 IFP e inscrito no
CPF/MF sob nº 092.297.957-07; (g) Gilberto Mifano, brasileiro, casado, administrador de
empresas, portador da Cédula de Identidade RG n° 3.722.086 SSP/SP e inscrito no
CPF/MF sob n° 566.164.738-72; (h) Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado,
bancário, portador da Cédula de Identidade RG nº 7.006.035.096/SSP-RS e inscrito no
CPF/MF sob nº 232.816.500/15; (i) José Mauricio Pereira Coelho, brasileiro, casado,
bancário, portador da Cédula de Identidade RG. nº 06.109.071-8 IFP/RJ e inscrito no
CPF/MF sob nº 853.535.907-91; (j) Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado,
bancário, portador da Cédula de Identidade RG nº 4.443.254/SSP-SP e inscrito no
CPF/MF sob nº 509.392.708-20; todos com mandato até a Assembleia Geral Ordinária
que aprovar as contas do exercício social de 2010.

IV.A. Informações adicionais sobre os Membros do Conselho de Administração

15
Currículos dos indicados para o Conselho de Administração:
Arnaldo Alves Vieira
Membro Efetivo do Conselho de Administração desde novembro de 2005. Formado em
Direito pelas Faculdades Integradas Guarulhos e Administração de Empresas pela
Universidade Presbiteriana Mackenzie. Iniciou a carreira em outubro de 1961. Passou por
todos os escalões da carreira bancária, tendo sido eleito Diretor em abril de 1985, em
março de 1992 foi eleito Diretor Departamental, em fevereiro de 1995 foi eleito Diretor
Executivo Gerente e, em março de 1999, foi Diretor Vice Presidente Executivo, cargo que
ocupa atualmente. Participa também da Administração das demais empresas da
Organização Bradesco. É Membro da Mesa Regedora e Diretor Gerente da Fundação
Bradesco e Membro do Conselho de Administração e Diretor Gerente da Fundação
Instituto de Moléstias do Aparelho Digestivo e da Nutrição (FIMADEN). Além dessas
atividades, é Vice Presidente do Conselho de Administração da Celta Holdings S.A. e
Fidelity Processadora e Serviços S.A. desde abril de 2006 e Membro do Conselho de
Ética e de Auto Regulação da ABECS desde janeiro de 2006. Foi Diretor Executivo da
Febraban e da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) de março a setembro de
2002; Diretor da InterAmerica Overseas Limited de maio de 2000 a setembro de 2007 e
do Conselho Diretivo Regional da Visa International de maio de 1999 a setembro de 2007.

Jair Delgado Scalco


Formado em Administração de Empresas pela UNIFIEO - Centro Universitário FIEO de
Osasco, e em Ciências Contábeis pelas Faculdades Reunidas Princesa Isabel. Iniciou a
carreira no Bradesco, em agosto de 1965, como aprendiz no Departamento de Gráfica.
Em maio de 1970, foi transferido para o Departamento da Gerência Geral da Companhia,
em fevereiro de 1973, para o Departamento de Auditoria Fiscal, e em dezembro de 1978,
para o Departamento de Incentivos Fiscais, onde assumiu o cargo de Superintendente
Executivo. Em abril de 1998, foi eleito Diretor Departamental, sendo responsável pelo
Departamento de Cartões. É membro da Mesa Regedora da Fundação Bradesco,
membro efetivo do Conselho de Administração da CBSS, membro efetivo do Conselho de
Administração e Diretor da Celta Holdings S.A., membro efetivo do Conselho de
Administração da Fidelity Processadora e Serviços S.A. Foi Diretor-Presidente da
Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários e da Celta Processadora e
Serviços S.A.; e Presidente do Conselho Deliberativo,Diretor-Presidente e Diretor
Financeiro da ABECS.
Raul Francisco Moreira
Graduando em administração de empresas. Executivo da área de Cartões Pessoas
Físicas da Diretoria de Cartões do Banco do Brasil desde outubro de 2007. Atuou no
desenvolvimento da solução de Internet do Banco do Brasil, sendo um dos responsáveis
pela sua implementação. Responsável pela implantação do serviço de Mobile Banking no
Banco do Brasil, instituição onde está há 21 anos.

16
Paulo Rogério Caffarelli
É formado em Direito e tem Pós Graduação em Comércio Exterior, Direito no Comércio
Internacional, Finanças e Direito Societário, além de Mestrado em Economia pela
Universidade de Brasília. Participou do Real Estate Management Program, pela Harvard
Business School, em Boston, Massachusetts, EUA. É o atual Vice Presidente de Cartões
e Novos Negócios de Varejo do Banco do Brasil, instituição onde está há 28 anos. Ao
longo de sua carreira exerceu cargos em diversas áreas do Banco do Brasil, tais como
nas Diretorias de Distribuição, Logística, Marketing e Novos Negócios de Varejo. Atuou
ainda na Previ – Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil, onde
permaneceu no cargo de Executivo de Investimentos por dois anos. Atualmente, é
também Vice Presidente da Abecip – Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e
Poupança. Atuou como Conselheiro de empresas como a Vale do Rio Doce, Tupy
Fundições Ltda., Cobra Tecnologia, Companhia Energética de Pernambuco – CELPE e
BB Turismo.
Denílson Gonçalves Molina
É graduado em Matemática pela UNIMEP - Universidade Metodista de Piracicaba. Diretor
de Cartões do Banco do Brasil desde 14 de abril de 2009. Antes disso, atuou na Gerência
de Negócios com Clientes Pessoas Físicas, na mesma Diretoria, desde a sua criação, em
outubro de 2007. Atuou, ainda, na Gerência Executiva de Crédito Pessoas Físicas da
Diretoria de Varejo do Banco do Brasil, e na criação da área de Crédito Imobiliário
daquela Instituição, sendo um dos responsáveis pela sua implementação. Tem
experiência na área de Negócios com Pessoas Jurídicas, em função de atuação também
na área de Atacado do Banco do Brasil, instituição onde está há 15 anos.
Francisco Augusto da Costa e Silva
Membro independente do Conselho de Administração da Companhia. Formado em Direito
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ; tem MBA executivo pela
COPPEAD,– UFRJ. Desenvolveu sua carreira profissional no BNDES, onde ingressou na
posição de advogado, tendo ocupado diversos cargos, chegando à posição de Diretor. Na
área acadêmica, foi professor de Direito Comercial da Faculdade de Direito da UERJ, da
Faculdade de Direito Cândido Mendes, e do Instituto de Direito Público e Ciência Política
da FGV. Após ter atuado um ano e meio como Diretor da Comissão de Valores
Mobiliários - CVM, foi nomeado Presidente da Autarquia em agosto de 1995, cargo que
ocupou até o final de janeiro do ano 2000. Atualmente é sócio do escritório Bocater,
Camargo, Costa e Silva – Advogados e cumpre mandato no Conselho de Administração
da Companhia Vale do Rio Doce – CVRD, participa do Conselho Consultivo da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, é membro da Câmara de Arbitragem
do Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo e do Comitê de Ética da APIMEC.
Gilberto Mifano
Membro independente do Conselho de Administração da Companhia. Formado em
administração de empresas pela FGV. Foi superintendente geral da BOVESPA de 1994 a

17
2007, tendo sido presidente do Conselho de Administração da BM&FBOVESPA até abril
de 2009. É também vice presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro
de Governança Corporativa, e integrante do board da WFE – World Federation of
Exchanges e do Comitê Executivo da FIAB – Federação Ibero-Americana de Bolsas.
Milton Almicar Silva Vargas
Formado em Administração de Empresas pela UNIFIEO - Centro Universitário FIEO de
Osasco. Iniciou a carreira no Banco Bradesco S.A. em julho de 1976. Em dezembro de
1997 foi eleito Diretor Departamental, em março de 2000 Diretor Executivo Gerente, e em
março de 2002 Diretor Vice-Presidente Executivo, cargo que ocupou até junho de 2009. É
Membro do Conselho de Administração da Portugal Telecom, SGPS S.A., Fleury S.A. e
CPM Braxis S.A. Membro do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de
Relações com Investidores – IBRI. Diretor e Membro do Conselho Diretor da Associação
Brasileira das Companhias Abertas – ABRASCA. Membro do Conselho de Auto-
Regulação e Membro Efetivo do Conselho Fiscal da Federação Brasileira de Bancos
(FEBRABAN), do Fundo Garantidor de Créditos – FGC, da ASSOBESP - Associação dos
Bancos no Estado de São Paulo, Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) e do
Sindicato dos Bancos nos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia e Roraima; e representante do Bradesco
no Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras - IPECAFI.
José Mauricio Pereira Coelho
Formado em Ciências Contábeis pela Faculdade Unigranrio – Rio de Janeiro em 1990,
com MBA em Finanças e Mercado de Capitais e Especialização em Governança
Corporativa pela FGV/RJ. Funcionário do Banco do Brasil desde 1987, com foco de
atuação em finanças, mercado de capitais e governança corporativa. Foi Gerente de
Negócios, Gerente de Contas Corporate e de Negócios Corporate passando pela
Superintendência Regional, Unidade de Negócios Corporativos e Superintendência
Estadual, onde foi responsável pela condução dos negócios do Banco do Brasil com o
Grupo Petrobras. Em 2000 passou a trabalhar na Diretoria de Mercado de Capitais e
Investimentos do Banco como Gerente responsável pelo acompanhamento econômico-
financeiro das empresas com participação Banco do Brasil e BB – Banco de
Investimentos. Em 2007 assumiu o cargo de Gerente Executivo na Diretoria de Seguros,
Previdência e Capitalização, responsável pela Governança Corporativa das participações
do Banco do Brasil nos segmentos de seguros, previdência e capitalização. Desde maio
de 2009 é membro titular do Conselho de Administração da Mapfre Nossa Caixa Vida e
Previdência. É titular do Conselho de Administração da Visa Vale (CBSS) desde abril de
2006. Foi presidente do Conselho Fiscal da Ativos S.A., suplente do Conselho Fiscal da
CELP (Cia. Energética de Pernambuco) e da Pronor Petroquímica e do Conselho da
Administração da GCS (Guaraniana Comércio e Serviços) e da Tracol Serviços Elétricos.
É titular do Comitê de Investimentos do Fundo de Investimentos em Participações Brasil
Energia (Banco Pactual), do Comitê Financeiro da Brasilveículos e da Brasilsaúde.

18
Integrou o Comitê de Finanças da Cielo (à época Companhia Brasileira de Meios de
Pagamento) no período de março de 2006 até março de 2007.
Norberto Pinto Barbedo
Formado em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Contábeis Tibiriçá. Iniciou a
carreira em janeiro de 1968, no Banco BCN S.A., instituição financeira que em dezembro
de 1997 foi adquirida pelo Banco Bradesco S.A. Passou por todos os escalões da carreira
bancária, sendo em outubro de 1989 eleito Diretor e em dezembro de 1997 Diretor Vice-
Presidente, cargo que ocupou até março de 2004. Em fevereiro de 2003 foi eleito Diretor
Vice-Presidente Executivo do Banco Bradesco S.A., cargo que ocupa atualmente.
Participa também da Administração das demais Empresas da Organização Bradesco. É
Membro da Mesa Regedora e Diretor Gerente da Fundação Bradesco e Membro do
Conselho de Administração e Diretor Gerente da Fundação Instituto de Moléstias do
Aparelho Digestivo e da Nutrição (FIMADEN). Além dessas atividades, é Vice-Presidente
da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança - ABECIP,
Presidente do Conselho de Administração da CIBRASEC - Companhia Brasileira de
Securitização, Membro do Conselho Consultivo do FIABCI/BRASIL - Capítulo Nacional
Brasileiro da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias e Diretor Setorial
Adjunto da Comissão de Crédito Imobiliário e Poupança da Federação Brasileira de
Bancos (FEBRABAN). Foi Diretor Vice-Presidente do Banco Boavista Interatlântico S.A.,
Banco Mercantil de São Paulo S.A., Banco Zogbi S.A. e da Potenza S.A. Processamento
de Dados; Membro do Conselho de Administração da BCN Corretora de Títulos e Valores
Mobiliários S.A. e Diretor da Financiadora BCN S.A. - Crédito, Financiamento e
Investimentos.

19
COMENTÁRIOS DOS ADMINISTRADORES SOBRE A SITUAÇÃO FINANCEIRA DA
COMPANHIA (Artigo 9º da Instrução CVM nº 481/09)

CIELO S.A.
CNPJ/MF nº 01.425.787/0001-04
NIRE 35.300.147.073
Companhia Aberta de Capital Autorizado

Em cumprimento ao disposto no artigo 9º da Instrução da CVM nº 481, de 17 de


dezembro de 2009 (“Instrução CVM 481/09”), apresentamos abaixo os comentários dos
administradores sobre a situação financeira da Cielo S.A., nos termos do item 10 do
Anexo 24 da Instrução 480, de 07 de dezembro de 2009 (“Instrução CVM 480/09”):

Item 10. Comentários dos diretores

10.1. Os Diretores devem comentar:

(a) condições financeiras e patrimoniais gerais

A Companhia é responsável pela captura, transmissão, processamento e liquidação


financeira de transações, pela implementação e gestão da rede de aceitação e pelo
credenciamento de estabelecimentos comerciais, sendo considerada a adquirente líder do
setor de cartões de pagamento no mercado brasileiro, em termos de volume financeiro de
transações, detendo participação de 48,2% no mercado que movimentou R$444,2 bilhões
em 2009, de acordo com dados divulgados pela ABECS. A Companhia acredita que sua
liderança se reflete também em um maior volume financeiro de transações por
Equipamento de Captura (Point-of-Sale – POS), volume este que foi de R$131,3 mil em
2009 e de R$128,9 mil em 2008. Ainda, a Companhia possui a maior cobertura no
território nacional, segundo o Relatório sobre a Indústria de Cartões de Pagamentos,
contando com aproximadamente 1,7 milhão de estabelecimentos credenciados, com base
em dados de 31 de dezembro de 2009, estando presente em mais de 97,5% dos
municípios brasileiros.

A Companhia atualmente é a única adquirente no Brasil da bandeira Visa, a marca líder


de cartões de pagamento e de maior aceitação no País, de acordo com o Relatório sobre
a Indústria de Cartões de Pagamentos, e no mundo, em 2007, em termos de cartões de
crédito e débito emitidos, de acordo com pesquisa publicada em maio de 2008 pelo The
Nilson Report, sendo responsável pelo credenciamento de estabelecimentos e gestão de
rede para aceitação de cartões de pagamento da bandeira Visa no Brasil, bem como pela
captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das Transações realizadas
com cartões de crédito e débito da bandeira Visa. A Companhia também realiza a
instalação e manutenção dos Equipamentos de Captura que aluga para os
estabelecimentos credenciados.

20
A Companhia tem apresentado crescimento contínuo ao longo da sua história, sendo que
no período compreendido entre 2006 e 2009, apresentou uma taxa anual de crescimento
composta de 24,6% em Volume Financeiro de Transações, passando de R$110,7 bilhões
em 2006 para R$214,0 bilhões em 2009. Adicionalmente, no período compreendido entre
2006 a 2009, a Companhia apresentou um ganho na Margem de EBITDA de 12,4 pontos
percentuais, passando de 53,4% em 2006 para 65,8% em 2009.

Em meio à crise global iniciada em setembro de 2008, realizamos nossa oferta inicial de
ações finalizada em 6 de julho de 2009, em uma operação que levantou R$ 8,4 bilhões, o
maior IPO da história do Brasil. Ainda, o ano de 2009 foi marcado pela alteração da razão
social de Companhia Brasileira de Meios de Pagamento S.A. para Cielo S.A.,
padronizando nossa identificação no mercado com nome de pregão e código de
negociação de Cielo e CIEL3, respectivamente, antes VisaNet e VNET3. Tal modificação
faz parte de um plano estratégico para preparar a Companhia para operar em um cenário
multibandeira a partir de 1º de julho de 2010. Com nova razão social e nova marca, a
Companhia adquire uma nova identidade visual para o cenário multibandeira e ainda
evitará o pagamento de royalties pelo uso da antiga razão social e marca.

Em 2009 também foi anunciado o lançamento de um programa de ADRs (American


Depositary Receipts) nível 1. A iniciativa, que não representa aumento de capital social ou
emissão de novas ações, coloca a Companhia no seleto grupo de empresas brasileiras
que possuem DRs negociados nos Estados Unidos, sendo que atualmente apenas 67 das
420 empresas nacionais listadas na Bovespa dão esta condição de investimento aos seus
investidores. Tal iniciativa cria mais uma alternativa para investidores e aumenta a
visibilidade da Companhia fora do Brasil.

No período no qual enfrentamos o maior movimento do ano, o Natal, nossa operação


esteve 100% disponível e apresentamos um novo recorde de transações, mais de 35
milhões nos dias 23 e 24 de dezembro de 2009, 18% maior do que no mesmo período do
ano anterior. Embora o impacto no faturamento seja pouco relevante em função do alto
volume característico do período, esta disponibilidade reforça a imagem da Companhia
como a maior e melhor rede de pagamentos no Brasil, atuando com redundância na
operação e mobilizando suas equipes de forma a garantir maior confiabilidade para o
lojista.

A Companhia capturou R$ 214,0 bilhões em volume financeiro de transações com cartões


de crédito e de débito em 2009, aproximadamente 7% do PIB brasileiro, apresentando
crescimento de 21,9% sobre o volume registrado no mesmo período de 2008,
confirmando a expansão de sua rede de estabelecimentos credenciados ativos, inclusive
crescendo mais rapidamente do que o mercado, principalmente, devido à sua rede de
distribuição, seu relacionamento com os estabelecimentos comerciais e sua oferta de
produtos inovadores.

21
A Receita Operacional Líquida atingiu R$ 3.444,9 milhões, um crescimento de 19,8%
sobre o ano anterior. A receita gerada pelas transações de crédito e débito apresentou um
crescimento de 21,3% e a receita de aluguel de equipamentos 18,2%. Em relação ao
nosso produto de antecipação de recebíveis, após apenas um ano em operação
completa, incluindo crédito à vista e parcelado, fechamos o ano antecipando 5,3% da
nossa carteira de crédito, atingindo os objetivos propostos. A receita financeira de
antecipação de recebíveis representou no ano R$ 182,9 milhões.

O Custo dos Serviços Prestados apresentou um aumento de apenas 10,0% em 2009


sobre o mesmo período do ano anterior, para um crescimento de 16,1% na quantidade de
transações de cartões de crédito e de débito no ano. As Despesas Operacionais atingiram
R$ 405,5 milhões em 2009.

Como resultado da firme expansão da receita e da entrega de nossas metas de redução


dos custos e despesas operacionais, o Lucro Líquido atingiu R$ 1.533,8 milhões,
apresentando crescimento de 14,3% em relação ao ano anterior.

A Companhia realiza investimentos por meio de recursos próprios e por meio de leis de
incentivo fiscal em projetos culturais, sociais e esportivos buscando projetos que tenham
como foco educação, saúde infantil e capacitação de jovens para o trabalho, privilegiando
a inclusão socioeconômica. Ao longo de 2009 a Companhia realizou investimentos por
meio da Lei Rouanet, Lei de Incentivo ao Esporte e em Fundos para a Infância e
Adolescência. Entre estes investimentos estão: Hospital Pequeno Príncipe (assistência à
família) Instituto Brasil Leitor (bibliotecas em metrôs), Fundação Gol de Letra
(sociabilização por meio do esporte), Instituto Esporte e Educação (sociabilização por
meio do esporte), Instituto Criar de TV e Cinema (capacitação de jovens para o trabalho)
e Instituto Ayrton Senna (educação).

No ano de 2009, o ambiente regulatório referente ao setor de meios de pagamentos no


Brasil foi discutido pelo Banco Central do Brasil, em conjunto com a Secretaria de Direito
Econômico (SDE) e a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE). Após a
publicação de um estudo inicial em março de 2009 pelo grupo acima mencionado, as
diferentes entidades relacionadas ao setor tiveram oportunidade de se manifestar e
finalmente em outubro daquele ano, o Banco Central divulgou uma nota contendo 5
recomendações para o setor, sendo: 1) Abertura da atividade de credenciamento; 2)
Interoperabilidade de redes e de POS (terminal de captura de transações); 3)
Neutralidade nas atividades de compensação e liquidação; 4) Fortalecimento de
esquemas nacionais de cartões de débito; 5) Transparência na definição da tarifa de
intercâmbio.

Durante o ano de 2009, a Companhia preparou-se para o novo cenário competitivo que
terá início em julho de 2010 da seguinte forma:

22
... reforçando nosso compromisso com relação à CONFIABILIDADE de nossa rede:
trabalhamos com redundância de sistemas de rede e elevados critérios de monitoração
do negócio, implicando em 99,995% de disponibilidade. Somente para ilustrar, tal índice
corresponde a apenas 26 minutos por ano de sistemas indisponíveis. Nós acabamos de
receber a certificação internacional PCI DSS que em conjunto com o Lynx, nosso
Sistema Neural para detecção e monitoria de fraudes, proporciona um maior nível de
segurança a estabelecimentos, bancos e portadores de cartão. Além disto, oferecemos o
parque de POS mais moderno do Brasil, com média de apenas 2,3 anos;

... consolidando nossa posição de liderança em DISTRIBUIÇÂO: mesmo já tendo a maior


base de estabelecimentos comerciais do Brasil, em 2009 afiliamos cerca de 380 mil novos
estabelecimentos, fruto de um trabalho próximo à nossa rede de bancos parceiros;

... investindo em INOVAÇÂO: estamos constantemente buscando inovar através do


lançamento de produtos diferenciados que, além de aumentarem a receita do cliente,
endereçam suas principais necessidades, como garantir tráfego no estabelecimento e
fidelizar o consumidor. Alguns projetos de destaque são o correspondente bancário,
contactless (pagamento por proximidade ou sem contato), pagamento via celular e
plataforma promocional;

... proporcionando um RELACIONAMENTO DIFERENCIADO de forma a fidelizar o


cliente: nossa força de vendas está mais do que nunca presente no dia-a-dia do
estabelecimento comercial, ofertando nosso amplo portfolio de produtos, incluindo dos
mais inovadores à antecipação de recebíveis, que teve início em setembro de 2008 e que
vem apresentando crescente contribuição ao resultado da companhia.

A Administração da Companhia acredita que a Companhia apresenta condições


financeiras e patrimoniais suficientes para implementar o seu plano de negócio e cumprir
as suas obrigações de curto e médio prazo. O atual capital de giro da Companhia é
suficiente para as atuais exigências e os seus recursos de caixa são suficientes para
atender o financiamento de suas atividades e cobrir sua necessidade de recursos, no
mínimo, para os próximos 12 meses.

(b) estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações

Entendemos que a atual estrutura de capital apresenta níveis conservadores de


alavancagem, uma vez que não a Companhia não possui endividamento financeiro.

O capital social da Companhia se divide unicamente em ações ordinárias, não havendo


quaisquer hipóteses de resgate ou reembolso de ações da Companhia, além daquelas
previstas na legislação brasileira.

23
(c) capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros

A Administração da Companhia, com base na análise de seus indicadores de


desempenho e da geração operacional de caixa, entende que a Companhia tem plenas
condições para honrar suas obrigações existentes, bem como para continuar a
desenvolver e expandir suas operações.

Em 31 de dezembro de 2009, o caixa gerado pelas atividades operacionais da


Companhia foi de R$972,7 milhões, e o EBITDA, no mesmo período, foi de R$ 2.263,4
milhões, ao passo que nosso endividamento de longo prazo foi de R$ 42,4 milhões e o
endividamento de curto prazo de R$ 166,8 milhões.

Em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006, o endividamento de longo prazo da


Companhia foi de R$277,0 milhões, R$367,5 milhões e R$623,5 milhões,
respectivamente, e o endividamento de curto prazo foi de R$214,7 milhões, R$156,5
milhões e R$182,5 milhões, respectivamente. Por sua vez, em 31 de dezembro de 2008,
2007 e 2006, o caixa gerado pelas atividades operacionais foi de R$1.067,6 milhões,
R$1.155,9 milhões e R$888,7 milhões, respectivamente.

(d) fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não
circulantes utilizadas pela Companhia

Atualmente, não acessamos nenhuma fonte de financiamento, pois a geração de caixa é


suficiente para financiar nossas operações e nossos investimentos em ativos não
circulantes.

(e) fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não
circulantes que a Companhia pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez

Não pretendemos acessar nenhuma fonte de financiamento, pois a geração de caixa é


suficiente para financiar as suas operações e investir em ativos não circulantes.

(f) níveis de endividamento e as características de tais dívidas

Não contraímos endividamento financeiro.

(g) limites de utilização dos financiamentos já contratados

Não aplicável.

(h) alterações significativas em cada item das demonstrações financeiras

Nossas informações financeiras (i.e., balanços patrimoniais e demonstrações de


resultado) relativas aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2007, 2008

24
e 2009 são oriundas das demonstrações financeiras preparadas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil (2007) e práticas contábeis internacionais – IFRs
(2008 e 2009) e auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes.

Resultados das Operações nos Exercícios Sociais Encerrados em 31 de dezembro


de 2008 e 31 de dezembro de 2009

A tabela abaixo apresenta os valores relativos à demonstração dos resultados


consolidados para os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2008 e 2009.
CIELO S.A. E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 em IFRS
(Em milhares de reais - R$, exceto o lucro líquido por ação)

2009 2008 $ %

RECEITA BRUTA 3.852.452 3.215.553 636.899 19,8%


Receita de comissões 2.649.860 2.184.840 465.020 21,3%
Receita de aluguel 1.067.136 903.061 164.075 18,2%
Outras receitas 135.456 127.652 7.804 6,1%
Impostos sobre serviços (407.531) (340.087) (67.444) 19,8%

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 3.444.921 2.875.466 569.455 19,8%

CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (936.312) (851.119) (85.193) 10,0%

LUCRO BRUTO 2.508.609 2.024.347 484.262 23,9%

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS


Pessoal (122.239) (95.613) (26.626) 27,8%
Gerais e administrativas (147.145) (162.484) 15.339 -9,4%
Remuneração de administradores e executivos (7.970) (9.520) 1.550 -16,3%
Marketing (72.960) (77.948) 4.988 -6,4%
Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas (55.216) 261.757 (316.973) -121,1%

LUCRO OPERACIONAL ANTES DO


RESULTADO FINANCEIRO 2.103.079 1.940.539 162.540 8,4%

RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras 99.751 153.405 (53.654) -35,0%
Despesas financeiras (56.519) (59.875) 3.356 -5,6%
Antecipação de recebíveis 218.150 17.388 200.762 1154,6%
Ajuste a valor presente (35.266) - (35.266) -
Variação cambial, líquida 1.903 947 956 101,0%
228.019 111.865 116.154 103,8%

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA


CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 2.331.098 2.052.404 278.694 13,6%

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL


Correntes (853.151) (774.180) (78.971) 10,2%
Diferidos 55.847 63.848 (8.001) -12,5%

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.533.794 1.342.072 191.722 14,3%


25
LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO (EM R$) - BÁSICO 1,1242 0,9841

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO (EM R$) - DILUÍDO 1,1237 0,9841


Comparação das Contas de Resultado nos Exercícios Encerrados em 31 de
Dezembro de 2008 e 2009

Receita de Comissão, de Aluguel e de Prestação de Serviços

A receita de comissões, de aluguel e de prestação de serviços aumentou R$636,9


milhões, ou 19,8%, para R$3.852,5 milhões em 2009, comparado a R$3.215,6 milhões
em 2008. Esse aumento foi devido, principalmente, ao aumento da receita de comissões,
e em menor proporção, ao aumento da receita de aluguel de Equipamentos de Captura,
conforme explicado abaixo.

Receita de Comissões. A Receita de Comissão decorre de transações com Cartão de


Crédito e com Cartão de Débito. A receita de transações com Cartão de Crédito
apresentou crescimento de 20,7% quando comparado ao mesmo periodo de 2008,
alcançando R$ 2.012,0 milhões. Esse aumento é reflexo de maior volume financeiro de
transações, decorrente do aumento do consumo privado e do uso crescente de cartões
como meio de pagamento, além da nossa maior penetração nos estabelecimentos
comerciais em função da melhor distribuição e diferenciação dos nossos produtos, fator
esse que entendemos acarretar nosso crescimento acima da média do mercado. É
importante mencionar que o reconhecimento de nossa receita com crédito parcelado
ocorre a cada parcela e não no momento da compra, embora o impacto no resultado
anual seja minimizado, pois parte das compras realizadas no ano anterior é reconhecida
no ano corrente.

Por sua vez, a receita de transações com Cartão de Débito apresentou crescimento de
23,2% quando comparado ao mesmo periodo de 2008, alcançando R$ 637,9 milhões.
Esse aumento é reflexo (i) de maior volume financeiro de transações, decorrente do
aumento do consumo privado, (ii) do uso crescente de cartões como meio de pagamento
e (iii) do crescimento do produto AgroCard, nosso produto específico para o segmento
agrícola, ainda em fase de maturação.

Receita de Aluguel de Equipamentos (POS). A receita de aluguel de equipamento


totalizou R$ 1.067,1 milhões, valor 18,2% superior ao registrado no mesmo periodo de
2008. Esse aumento ocorreu principalmente devido ao crescimento de 19,4% da base de
Equipamentos de Captura, em função do aumento do número de estabelecimentos
credenciados.

Outras Receitas. A conta Outras Receitas totalizou R$ 135,5 milhões, um aumento de


6,1% quando comparado ao mesmo periodo de 2008. As principais fontes destas receitas
são provenientes de serviços de captura de Transações de cartões de benefício (voucher)
e de Transações com cartões Private Label híbrido realizadas nos próprios
estabelecimentos emissores e de trava de domicílio bancário prestado aos emissores.

26
Impostos sobre Serviços

Impostos sobre Serviços. A despesa incorrida com ISS aumentou 26,0%, para R$ 43,1
milhões no ano findo em 31 de dezembro de 2009, comparado a R$ 34,2 milhões no
mesmo período de 2008. A variação ocorreu, principalmente, em função do aumento da
receita bruta e da redução dos impostos e contribuições federais pagos, que conforme
legislação do município de Barueri, podem ser abatidos da base de cálculo do ISS. Em
2008 devido ao ganho na alienação de ações da Visa Inc., os montantes de imposto de
renda e contribuição social apurados e pagos foram maiores que os apurados em 2009, o
que possibilitou em 2008 uma redução maior na base de cálculo do ISS.

PIS e COFINS . As contribuições para o PIS e a COFINS calculadas sobre a receita bruta
aumentaram R$ 58,6 milhões, ou 19,1% para R$ 364,5 milhões, comparado a R$ 305,9
milhões no mesmo período de 2008. O aumento do valor das contribuições para o PIS e a
COFINS decorreu principalmente do incremento da receita bruta.

Custo e Serviços Prestados

O custo dos serviços prestados aumentou R$ 85,2 milhões, ou 10,0%, para R$ 936,3
milhões no exercício de 2009, comparado a R$ 851,1 milhões no exercício de 2008. Esse
aumento ocorreu principalmente em decorrência dos seguintes fatores: (i) aumento de R$
54,1 milhões, ou 112,3% nas tarifas pagas à Visa, para R$ 102,2 milhões no exercício de
2009, comparado a R$ 48,1 milhões no exercício de 2008, como consequência da
renegociação do contrato com a bandeira e crescimento no volume financeiro das
transações com cartões de crédito e débito; e (ii) aumento de R$ 21,2 milhões, ou 16,9%,
dos custos com depreciação de Equipamentos de Captura (POS) para R$ 146,7 milhões
no exercício de 2009, comparado a R$ 125,5 milhões no exercício de 2008. Esse
aumento ocorreu substancialmente pelo crescimento de 19,4 % da base de Equipamentos
de Captura.

Lucro Bruto

O lucro bruto aumentou R$484,3 milhões, ou 23,9%, para R$2.508,6 milhões em 2009,
comparado a R$2.024,3 milhões em 2008. A margem bruta aumentou para 72,8% em
2009, comparado a 70,4% em 2008, em decorrência dos fatores descritos acima.

Despesas Operacionais

As despesas operacionais aumentaram R$ 321,7 milhões, ou 383,9%, para R$ 405,5


milhões em 2009, comparado a R$ 83,8 milhões no mesmo período de 2008. As receitas
(despesas) operacionais da Companhia incluem despesas de pessoal, despesas gerais e
administrativas, remuneração de administradores e executivos, despesas com marketing
e outras receitas (despesas) operacionais.

27
Despesas de pessoal. As despesas de pessoal aumentaram 27,8% para R$ 122,2
milhões, em função do novo posicionamento estratégico adotado pela Companhia para
atração e retenção de talentos. A política de remuneração foi alterada no 2T09 tornando a
remuneração variável bem mais agressiva (plano de participação no lucro e stock option).
Despesas Gerais e Administrativas. As despesas gerais e administrativas diminuíram
3,7% para R$ 133,6 milhões principalmente devido à diminuição das despesas com
honorários de consultoria e honorários advocatícios para assessoria em diversos projetos.

Despesas de Remuneração de Administradores e Executivos. As despesas de


remuneração de administradores e executivos diminuíram 16,3% para R$ 8,0 milhões
como consequência da otimização organizacional ocorrida no último trimestre de 2008.

Despesas de Marketing. As despesas de marketing diminuíram 6,4% para R$ 73,0


milhões, representando 2,0% da receita líquida devido à redução de investimentos em
sinalização para promoção da bandeira, parcialmente compensada pelo aumento dos
esforços de marketing institucional em função da mudança do nome para Cielo no último
trimestre de 2009.

Outras Despesas Operacionais Líquidas. As outras despesas operacionais líquidas


variaram de R$ 261,8 milhões de receita em 2008 para despesa de R$ 55,2 milhões em
2009, em função substancialmente dos ganhos decorrentes da alienação das ações da
Visa Inc em 2008.

Resultado Financeiro

O resultado financeiro, excluíndo-se a operação de antecipação de recebíveis, diminuiu


R$ 49,3 milhões, ou 52,2%, para R$ 45,1 milhões em 2009, principalmente devido ao
volume menor de aplicações financeiras efetuadas decorrente principalmente da
utilização de recursos nas operações de antecipação de recebíveis e pela redução das
taxas de juros praticadas.

Antecipação de Recebíveis. O volume financeiro de transações antecipadas em 2009 foi


de R$ 6,8 bilhões, a receita de R$ 218,1 milhões, sendo que o ajuste a valor presente do
Contas a Receber destas operações acarretou uma redução no montante de R$ 35,3
milhões. A receita financeira líquida foi de R$ 182,9 milhões no ano de 2009. A
antecipação de recebíveis foi inserida no portfólio de produtos da Companhia em
setembro de 2008, para crédito à vista, e no início de 2009 para o crédito parcelado,
tendo atingido 5,3% da nossa carteira de crédito no último trimestre de 2009.

Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social


O lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social aumentou R$278,7 milhões,
ou 13,6%, para R$2.331,1 milhões em 2009, comparado a R$2.052,4 milhões em 2008,
em decorrência dos fatores descritos acima.

28
Lucro Líquido

O lucro líquido totalizou R$ 1.533,8 milhões em 2009, aumento de 14,3% quando


comparado a 2008, sendo consequência do aumento de 19,8% da receita operacional
líquida e do aumento de 43,5% nos custos e despesas operacionais.

Principais Contas Patrimoniais em 31 de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de


2009

A tabela abaixo apresenta os valores relativos os balanços patrimoniais para os exercícios


sociais encerrados em 31 de dezembro de 2008 e 2009.

CIELO S.A. E CONTROLADAS

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 em IFRS


(Em milhares de reais - R$)

ATIVO 2009 2008 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2009 2008

CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 514.280 1.072.157 Financiamentos - arrendamento mercantil - 401
Contas a receber operacional 1.178.784 162.943 Contas a pagar a estabelecimentos 667.522 487.628
Contas a receber de controlada - 177 Fornecedores 116.443 96.604
Impostos antecipados e a recuperar 2.503 1.219 Impostos e contribuições a recolher 416.945 275.066
Outros valores a receber 18.448 4.941 Contas a pagar para "joint ventures" - 20.766
Direitos a receber - securitização no exterior 163.850 207.979 Provisão para contingências - -
Juros pagos antecipadamente - securitização no exterior 2.914 6.341 Obrigações a pagar - securitização no exterior 163.911 207.943
Despesas pagas antecipadamente 5.896 4.488 Juros recebidos antecipadamente - securitização no exterior 2.914 6.341
Total do ativo circulante 1.886.675 1.460.245 Dividendos a pagar 105.365 -
Outras obrigações 80.041 66.526
NÃO CIRCULANTE Total do passivo circulante 1.553.141 1.161.275
Realizável a longo prazo:
Direitos a receber - securitização no exterior 42.445 277.000 NÃO CIRCULANTE
Imposto de renda e contribuição social diferidos 222.000 169.398 Obrigações a pagar - securitização no exterior 42.445 277.000
Depósitos judiciais 455.292 323.073 Provisão para contingências 511.578 391.463
Outros valores a receber 1.597 1.703 Outras obrigações 233 740
Imobilizado 296.121 213.295 Total do passivo não circulante 554.256 669.203
Intangível 41.284 69.841
Ágio 22.198 17.795 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Outros investimentos 214 174 Capital social 75.379 75.379
Total do ativo não circulante 1.081.151 1.072.279 Reserva de capital 72.305 68.606
Reserva de lucros - legal 15.076 15.076
Lucros acumulados 766.897 542.985
Ações em tesouraria (69.228) -
Total do patrimônio líquido 860.429 702.046

TOTAL DO ATIVO 2.967.826 2.532.524 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.967.826 2.532.524

29
Comparação das Principais Contas Patrimoniais nos Exercícios Encerrados em 31
de Dezembro de 2008 e 2009

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de Caixa e equivalentes de caixa totalizava


R$514,3 milhões, 52,0% menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008, que
era de R$1.072,2 milhões, devido principalmente ao aumento dos serviços de
antecipação de recebíveis.

Contas a receber operacional

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de Contas a receber operacional totalizava


R$1.178,8 milhões, 623,4% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008,
que era de R$162,9 milhões. A variação ocorreu em virtude da continuidade e
crescimento das operações de antecipação de recebíveis aos estabelecimentos.

Direitos a receber – securitização no exterior

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de Direitos a receber – securitização no exterior era de


R$163,9 milhões, 21,2% menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008, que era
de R$208,0 milhões devido à reclassificação da amortização do realizável em longo prazo.

Não Circulante

Realizável a longo prazo

Direitos a receber – securitização no exterior

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de Direitos a receber – securitização no exterior era de


R$42,5 milhões, 84,7% menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008, que era
de R$277,0 milhões devido à reclassificação da amortização para o ativo circulante.

Imposto de renda e contribuição social diferidos

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de Imposto de renda e contribuição social


diferidos era de R$222,0 milhões, 31,1% maior que o respectivo saldo em 31 de
dezembro de 2008, que era de R$169,4 milhões devido ao aumento das despesas
temporariamente indedutíveis, especialmente provisões para pagamento de serviços
prestados, que são fato gerador do imposto de renda e contribuição social diferidos.

30
Imobilizado

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo do imobilizado era de R$296,1 milhões, 38,8%


maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008, que era de R$213,3 milhões
devido à aquisição de novos equipamentos, em especial Equipamentos de Captura,
parcialmente compensado pela depreciação do período.

Intangível

Ágio na aquisição de investimentos

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de Ágio na aquisição de investimentos era de


R$41,3 milhões, 40,9% menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008, que
era de R$69,8 milhões em virtude principalmente da redução ao valor recuperável do ágio
registrado na aquisição de controladas.

PASSIVO

Circulante

Contas a Pagar a Estabelecimentos

Em 31 de dezembro de 2009 o saldo de Contas a Pagar a Estabelecimentos era de


R$667,5 milhões, 36,9% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008, que
era de R$487,6 milhões. Esta variação é resultante do aumento da quantidade de
transações com cartões de crédito.

Impostos e contribuições a recolher

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de impostos e contribuições a recolher era de


R$416,9 milhões, 51,6% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008, que
era de R$275,1 milhões, em virtude da base de cálculo apurada em 2009 ser maior que
2008.

Dividendos a Pagar

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de dividendos a pagar era de R$105,4 milhões, em


sua totalidade maior que o saldo de 31 de dezembro de 2008 que era nulo. Esta variação
é decorrente do provisionamento de dividendos mínimos obrigatórios referentes ao
exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009, conforme deliberado no estatuto social.

31
Não Circulante

Obrigações a pagar – securitização no exterior

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de Obrigações a pagar – securitização no exterior era de


R$42,5 milhões, 84,7% menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008, que era de
R$277,0 milhões. As variações são decorrentes da reclassificação dos valores relativos à
amortização da securitização no exterior para o passivo circulante.

Patrimônio Líquido

Reserva de Capital

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de reserva de capital era de R$72,3 milhões, 5,4%


maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008, que era de R$68,6 milhões.

Lucros acumulados

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de Lucros acumulados era R$766,9, 41,2% maior


que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2008, que era de R$543,0 milhões.

Resultados das Operações nos Exercícios Sociais Encerrados em 31 de dezembro


de 2007 e 31 de dezembro de 2008

A tabela abaixo apresenta os valores relativos à demonstração dos resultados


consolidados para os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2007 e 2008.

32
CIELO S.A. E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 em BRGAAP
(Em milhares de reais - R$, exceto o lucro líquido por ação)

2008 2007 $ %

RECEITA BRUTA 3.215.553 2.678.627 536.926 20,0%


Receita de comissões 2.184.840 1.810.674 374.166 20,7%
Receita de aluguel 903.061 745.937 157.124 21,1%
Outras receitas 127.652 122.016 5.636 4,6%
Impostos sobre serviços (340.087) (276.407) (63.680) 23,0%

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.875.466 2.402.220 473.246 19,7%

CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (851.119) (771.046) (80.073) 10,4%

LUCRO BRUTO 2.024.347 1.631.174 393.173 24,1%

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS


Pessoal (95.613) (83.034) (12.579) 15,1%
Gerais e administrativas (147.386) (122.178) (25.208) 20,6%
Remuneração de administradores e executivos (9.520) (6.371) (3.149) 49,4%
Marketing (77.948) (111.308) 33.360 -30,0%
Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas 325.101 (31.048) 356.149 -

LUCRO OPERACIONAL ANTES DO


RESULTADO FINANCEIRO 2.018.981 1.277.235 741.746 58,1%

RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras 153.405 126.380 27.025 21,4%
Despesas financeiras (59.875) (52.675) (7.200) 13,7%
Antecipação de recebíveis 17.388 - 17.388 -
Ajuste a valor presente - - - -
Variação cambial, líquida 947 1.446 (499) -34,5%
111.865 75.151 36.714 48,9%

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA


CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 2.130.846 1.352.386 778.460 57,6%

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL


Correntes (774.180) (488.787) (285.393) 58,4%
Diferidos 37.177 20.338 16.839 82,8%

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.393.843 883.937 509.906 57,7%

33
Comparação das Contas de Resultado nos Exercícios Encerrados em 31 de
Dezembro de 2007 e 2008

Receita de Comissões, de Aluguel e de Prestação de Serviços

A receita de comissões, de aluguel e de prestação de serviços aumentou R$536,9


milhões, ou 20,0%, para R$3.215,6 milhões em 2008, comparado a R$2.678,7 milhões
em 2007. Esse aumento foi devido, principalmente, ao aumento da receita de comissões,
e em menor proporção, ao aumento da receita de aluguel de Equipamentos de Captura,
conforme explicado abaixo.

Receita de Comissões. A receita de comissões aumentou R$374,2 milhões, ou 20,7%,


para R$2.184,8 milhões em 2008, comparado a R$1.810,6 milhões em 2007. Esse
aumento é reflexo de um maior volume financeiro de transações envolvendo cartões de
crédito (26,1%) e cartões de débito (33,2%) no período, decorrente do aumento do
consumo privado e do uso crescente dos cartões como meio de pagamento, bem como
do crescimento do market share da Companhia, em decorrência da migração da base de
cartões de pagamento de alguns Emissores para a bandeira Visa. O efeito do aumento do
volume financeiro de transações sobre a receita de comissões foi parcialmente
compensado (i) pela maior participação das transações com cartões de débito em relação
ao total das receitas da Companhia, onde a média da Taxa de Administração Líquida é
menor do que as praticadas nas transações com cartões de crédito; e (ii) pelo aumento da
Taxa de Intercâmbio, em fevereiro de 2008.

Receita de Aluguel de Equipamentos. A receita de aluguel de Equipamentos de Captura


aumentou R$157,2 milhões, ou 21,1%, para R$903,1 milhões em 2008, comparado a
R$745,9 milhões em 2007. Esse aumento ocorreu, principalmente, devido ao aumento de
28,4% da base de Equipamentos de Captura no período como consequência da
ampliação da rede de estabelecimentos credenciados.

Impostos sobre Serviços

ISS. A despesa incorrida com ISS aumentou R$11,7 milhões, ou 52,0%, para R$34,2
milhões em 2008, comparado a R$22,5 milhões em 2007. A variação foi devida ao
aumento da receita de comissões e outras receitas, bem como o aumento da alíquota
efetiva do imposto que até 31 de julho de 2007 incidiu à alíquota de 0,5%, em virtude de
benefício fiscal concedido pelo Município de Barueri. A partir de 1º de agosto de 2007, o
ISS aplicável à Companhia passou a incidir à alíquota de 2%, devido à expiração do prazo
de vigência do benefício fiscal referido acima; por outro lado, os impostos e contribuições
federais pagos durante o período de apuração passaram a ser deduzidos da base de
cálculo do ISS, por conta de alteração na legislação aplicável. Para as controladas da
Companhia, as alíquotas de ISS variam entre 2,0% e 5,0%.

34
PIS e COFINS. As contribuições para o PIS e a COFINS calculadas sobre a receita bruta
aumentaram R$52,0 milhões, ou 20,5%, para R$305,9 milhões em 2008, comparado a
R$253,9 milhões em 2007. O aumento do valor das contribuições para o PIS e a COFINS
decorre principalmente do incremento da receita bruta.

Custo dos Serviços Prestados

O custo dos serviços prestados aumentou R$80,1 milhões, ou 10,4%, para R$851,1
milhões em 2008, comparados a R$771,0 milhões em 2007. Como percentual da receita
líquida, o custo dos serviços prestados passou para 29,6% em 2008, comparado a 32,1%
em 2007. As principais variações do período estão apresentadas abaixo:

i) Instalação e manutenção dos Equipamentos de Captura: aumento de R$28,8


milhões, ou 23,2%, para R$153,2 milhões em 2008, comparados a R$124,4 milhões em
2007, nos custos de instalação e manutenção de Equipamentos de Captura, decorrente
do crescimento de 28,4% da base de Equipamentos de Captura;

ii) Rede de telecomunicação e de captura: aumento de R$27,5 milhões, ou 26,6%,


para R$130,9 milhões em 2008, comparado a R$103,3 milhões no mesmo período de
2007, em rede de telecomunicação e rede de captura, ocorrido pelo aumento de 22,6% na
quantidade de transações realizadas com cartões de crédito e 24,9% com cartões de
débito;

iii) Depreciação de Equipamentos de Captura: aumento de R$1,5 milhão, ou 1,2%,


para R$124,9 milhões em 2008, comparado a R$123,4 milhões em 2007, nos custos com
a depreciação de Equipamentos de Captura. Esse aumento foi devido ao crescimento de
28,4% da base de Equipamentos de Captura, cujo efeito foi parcialmente compensado
pela redução no preço de aquisição dos Equipamentos de Captura decorrente de
renegociação junto aos fornecedores;

(iv) Processamento de dados: redução de R$6,9 milhões, ou 3,0%, para R$229,1


milhões em 2008, comparados a R$236 milhões em 2007, nos custos de processamento
de dados, devido principalmente à renegociação com fornecedores, e a obtenção de
ganhos de escala e de eficiência. Essa redução foi parcialmente compensada pelo
aumento na quantidade de transações com cartões de crédito e débito;

(v) Tarifas pagas à Bandeira Visa: aumento de R$9,3 milhões, ou 24,0%, para R$48,1
milhões em 2008, comparados a R$38,8 milhões em 2007 nas tarifas pagas à bandeira
Visa, decorrente principalmente do crescimento do volume financeiro das transações com
cartões de crédito e aumento da alíquota percentual relativa às tarifas pagas à bandeira
Visa, em fevereiro de 2008; e

(vi) Serviço de atendimento telefônico aos Estabelecimentos: aumento de R$8,1


milhões, ou 17,6%, para R$54,2 milhões em 2008, comparado a R$46,1 milhões no

35
mesmo período de 2007, com serviço de atendimento telefônico aos estabelecimentos,
devido ao aumento de 35,9% da quantidade de minutos falados na central de help desk e
aumento da quantidade de Equipamentos de Captura em 19,5% de 2007 para 2008.
Esses aumentos foram compensados parcialmente pela redução de custos obtida com
renegociação do contrato com o fornecedor desse serviço, havendo redução no preço do
minuto falado.

Outros custos importantes no curso dos negócios da Companhia como tarifas de afiliação
de estabelecimentos pagas a instituições financeiras e materiais consumíveis utilizados
pelos estabelecimentos não tiveram variações significativas.

Lucro Bruto

O lucro bruto aumentou R$393,1 milhões, ou 24,1%, para R$2.024,3 milhões em 2008,
comparado a R$1.631,2 milhões em 2007. A margem bruta aumentou para 70,4% em
2008, comparado a 67,9% em 2007, em decorrência dos fatores descritos acima.

Despesas Operacionais

As despesas operacionais reduziram R$348,5 milhões, ou 98,5%, para R$5,4 milhões em


2008, comparado a R$353,9 milhões em 2007. Essa redução foi devida, principalmente
ao ganho de capital gerado no resgate, pela Visa Inc., de 6.737.060 ações detidas à
época pela Companhia, no contexto da oferta pública inicial da Visa Inc. e diminuição das
despesas com marketing. A redução foi parcialmente compensada por um aumento nas
despesas gerais e administrativas e de pessoal, conforme explicado abaixo.

Despesas de Pessoal. As despesas de pessoal aumentaram R$12,6 milhões, ou 15,2%,


para R$95,6 milhões em 2008, comparado a R$83,0 milhões em 2007, devido ao reajuste
anual de salários e consequente aumento dos encargos relacionados, bem como do
aumento do número de colaboradores da Companhia e suas controladas, de 980 em 31
de dezembro de 2007 para 1.174 em 31 de dezembro de 2008.

Despesas Gerais e Administrativas. As despesas gerais e administrativas aumentaram


R$25,2 milhões, ou 20,6%, para R$147,4 milhões em 2008, comparado a R$122,2
milhões em 2007, devido principalmente ao aumento das despesas com honorários de
consultoria e honorários advocatícios para assessoria em diversos projetos e, em menor
grau, contratações de terceiros e doações para projetos culturais e artísticos, amparadas
pela Lei Rouanet.

Despesas com Marketing. As despesas com marketing diminuíram R$33,4 milhões, ou


30,0%, para R$77,9 milhões em 2008, comparado a R$111,3 milhões em 2007, devido
principalmente ao encerramento das ações de marketing em conjunto com a Visa do
Brasil e Emissores em junho de 2007 e que passaram a ser realizadas e custeadas
diretamente por estes.

36
Outras Receitas (Despesas) Operacionais, Líquidas. As outras receitas (despesas)
operacionais, líquidas variaram R$356,1 milhões, de uma despesa de R$31,0 milhões em
2007 para uma receita de R$325,1 milhões em 2008, devido principalmente ao ganho de
capital, no montante de R$502,9 milhões, gerado no resgate, pela Visa Inc., de 6.737.060
ações detidas à época pela Companhia, no contexto da oferta pública inicial da Visa Inc.
Esse ganho foi parcialmente compensado por (i) perda de R$79,4 milhões com a
descontinuidade de projetos em virtude da não geração de resultados futuros,
anteriormente classificados no ativo da Companhia,
(ii) perda de R$39,1 milhões devido à revisão da estimativa do valor do ágio na controlada
CBGS Ltda. e
(iii) provisão de R$16,1 milhões relativa à perda no ágio da controlada indireta CBGS.

Resultado Financeiro

O resultado financeiro aumentou R$36,7 milhões, ou 48,8%, para R$111,9 milhões em


2008, comparado a R$75,2 milhões em 2007 devido ao (i) início da operação de
antecipação de recebíveis a estabelecimentos em 1º de setembro de 2008, o que gerou
uma receita financeira de R$17,4 milhões, correspondente a 15,5% do resultado
financeiro de 2008 e (ii) aumento nos rendimentos de aplicações financeiras.

Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social

O lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social aumentou R$778,5 milhões,


ou 57,6%, para R$2.130,9 milhões em 2008, comparado a R$1.352,4 milhões em 2007,
em decorrência dos fatores descritos acima.

Lucro Líquido

O lucro líquido aumentou R$509,9 milhões, ou 57,7%, para R$1.393,8 milhões em 2008,
comparado a R$883,9 milhões em 2007, conforme variações explicadas acima.

Principais Contas Patrimoniais em 31 de dezembro de 2007 e 31 de dezembro de


2008

A tabela abaixo apresenta os valores relativos os balanços patrimoniais consolidados para


os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2007 e 2008.

37
CIELO S.A. E CONTROLADAS

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 em BRGAAP


(Em milhares de reais - R$)

ATIVO 2008 2007 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 2007

CIRCULANTE CIRCULANTE
Disponibilidades 14.697 29.007 Financiamentos - arrendamento mercantil 401 1.034
Aplicações financeiras 1.057.460 966.217 Contas a pagar a estabelecimentos 487.628 437.487
Contas a receber operacional 162.943 14.703 Fornecedores 44.703 85.595
Contas a receber de controlada 177 - Impostos e contribuições a recolher 275.066 227.803
Impostos antecipados e a recuperar 1.219 877 Contas a pagar a controlada - -
Imposto de renda e contribuição social diferidos 37.054 35.118 Provisão para contingências - 2.520
Outros valores a receber 4.941 6.674 Obrigações a pagar - securitização no exterior 207.943 148.941
Direitos a receber - securitização no exterior 207.979 149.119 Juros recebidos antecipadamente - securitização no exterior 6.341 6.544
Juros pagos antecipadamente - securitização no exterior 6.341 6.544 Dividendos a pagar 542.985 -
Despesas pagas antecipadamente 4.488 1.950 Outras obrigações 118.427 98.632
Total do ativo circulante 1.497.299 1.210.209 Total do passivo circulante 1.683.494 1.008.556

NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo: NÃO CIRCULANTE
Direitos a receber - securitização no exterior 277.000 367.516 Obrigações a pagar - securitização no exterior 277.000 367.516
Imposto de renda e contribuição social diferidos 132.344 94.150 Provisão para contingências 68.390 60.773
Outros valores a receber 1.703 249 Outras obrigações 740 868
Imobilizado 213.295 210.483 Total do passivo não circulante 346.130 429.157
Intangível 49.075 124.681
Ágio 17.795 41.157 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Outros investimentos 174 288 Capital social 75.379 74.534
Total do ativo não circulante 691.386 838.524 Reserva de capital 68.606 3.627
Reserva de lucros - legal 15.076 14.907
Lucros acumulados - 517.952
Ações em tesouraria - -
Total do patrimônio líquido 159.061 611.020

TOTAL DO ATIVO 2.188.685 2.048.733 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.188.685 2.048.733

Comparação das Principais Contas Patrimoniais nos Exercícios Encerrados em 31


de Dezembro de 2007 e 2008

ATIVO

Circulante

Aplicações financeiras

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Aplicações financeiras totalizava R$1.057,5


milhões, 9,4% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que era de
R$966,2 milhões devido ao crescimento no volume de operações e, consequentemente,
maior geração de caixa.

38
Contas a receber operacional

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Contas a receber operacional totalizava R$162,9


milhões, 1.008,2% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que era de
R$14,7 milhões. A variação ocorreu em virtude do início das operações de antecipação de
recebíveis aos estabelecimentos.

Direitos a receber – securitização no exterior

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Direitos a receber – securitização no exterior era de


R$208,0 milhões, 39,5% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que era
de R$149,1 milhões devido à reclassificação da amortização do realizável a longo prazo.

Não Circulante

Realizável a longo prazo

Direitos a receber – securitização no exterior

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Direitos a receber – securitização no exterior era de


R$277,0 milhões, 24,6% menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que era
de R$367,5 milhões devido à reclassificação da amortização para o ativo circulante.

Imposto de renda e contribuição social diferidos

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Imposto de renda e contribuição social


diferidos era de R$132,3 milhões, 40,4% maior que o respectivo saldo em 31 de
dezembro de 2007, que era de R$94,2 milhões devido ao aumento das despesas
temporariamente indedutíveis, especialmente provisões para pagamento de serviços
prestados, que são fato gerador do imposto de renda e contribuição social diferidos.

Imobilizado

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo do imobilizado era de R$213,3 milhões, 1,3% maior


que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que era de R$210,5 milhões devido
à aquisição de novos equipamentos, em especial Equipamentos de Captura, parcialmente
compensado pela depreciação do período.

Intangível

Ágio na aquisição de investimentos

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Ágio na aquisição de investimentos era de


R$17,8 milhões, 56,8% menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que

39
era de R$41,2 milhões em virtude principalmente da redução ao valor recuperável do ágio
registrado na aquisição de controladas.

Outros intangíveis

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Outros intangíveis era de R$49,1 milhões, 60,6%


menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que era de R$124,7 milhões
em virtude da baixa de projetos, anteriormente classificados como intangíveis, em virtude
da não–geração de resultados futuros.

PASSIVO

Circulante

Contas a Pagar a Estabelecimentos

Em 31 de dezembro de 2008 o saldo de Contas a Pagar a Estabelecimentos era de


R$487,6 milhões, 11,5% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que
era de R$437,5 milhões. Esta variação é resultante do aumento da quantidade de
transações com cartões de crédito.

Impostos e contribuições a recolher

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de impostos e contribuições a recolher era de


R$275,1 milhões, 20,8% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que
era de R$227,8 milhões, em virtude da base de cálculo apurada em 2008 ser maior que
2007.

Dividendos a Pagar

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de dividendos a pagar era de R$543,0 milhões, em


sua totalidade maior que o saldo de 31 de dezembro de 2007 que era nulo. Esta variação
é decorrente da declaração de dividendos a pagar referentes ao exercício encerrado em
31 de dezembro de 2008 que não ocorreu para o exercício encerrado em 31 de dezembro
de 2007.

Obrigações a pagar – securitização no exterior

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Obrigações a pagar – securitização no exterior era


de R$207,9 milhões, 39,6% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que
era de R$148,9 milhões. As variações são decorrentes da reclassificação dos valores
relativos à amortização da securitização no exterior do não circulante para o circulante.

40
Não Circulante

Obrigações a pagar – securitização no exterior

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Obrigações a pagar – securitização no exterior era de


R$277,0 milhões, 24,6% menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que era
de R$367,5 milhões. As variações são decorrentes da reclassificação dos valores relativos à
amortização da securitização no exterior para o passivo circulante.

Patrimônio Líquido

Reserva de Capital

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de reserva de capital era de R$68,6 milhões,


1.805,6% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que era de R$3,6
milhões, em decorrência do ágio na subscrição de ações.

Lucros acumulados

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Lucros acumulados era nulo, 100,0% menor que
o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2007, que era de R$518,0 milhões, em
decorrência da declaração de dividendos a pagar no encerramento do exercício.

41
Comparação das Principais Contas Patrimoniais em 31 de dezembro de 2006 e 2007
CIELO S.A. E CONTROLADAS

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E DE 2006 em BRGAAP


(Em milhares de reais - R$)

ATIVO 2007 2006 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2007 2006

CIRCULANTE CIRCULANTE
Disponibilidades 29.007 35.264 Financiamentos 1.034 2.665
Aplicações financeiras 966.217 712.952 Contas a pagar a estabelecimentos 437.487 354.192
Contas a receber operacional 14.703 6.696 Fornecedores 85.595 71.848
Contas a receber de controlada - - Impostos e contribuições a recolher 227.803 145.445
Impostos antecipados e a recuperar 877 6.737 Contas a pagar a controlada - -
Imposto de renda e contribuição social diferidos 35.118 36.689 Provisão para contingências 2.520 38.200
Outros valores a receber 6.674 5.928 Obrigações a pagar - securitização no exterior 148.941 169.925
Direitos a receber - securitização no exterior 149.119 169.925 Juros a pagar - securitização no exterior 6.544 9.883
Juros a receber - securitização no exterior 6.544 9.883 Dividendos a pagar - 323.473
Despesas pagas antecipadamente 1.950 6.434 Outras obrigações 98.632 87.967
Total do ativo circulante 1.210.209 990.508 Total do passivo circulante 1.008.556 1.203.598

NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE


Realizável a longo prazo: Obrigações a pagar - securitização no exterior 367.516 623.424
Direitos a receber - securitização no exterior 367.516 623.466 Provisão para contingências 60.773 54.674
Imposto de renda e contribuição social diferidos 94.150 72.242 Outras obrigações 868 135
Outros valores a receber 249 399 Total do passivo não circulante 429.157 678.233
Investimentos:
Investimentos em controladas - - PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Outros investimentos 288 288 Capital social 74.534 74.534
Imobilizado 210.483 182.703 Reserva de capital 3.627 6.339
Intangível: Reserva de lucros - legal 14.907 14.907
Ágio na aquisição de investimentos 41.157 30.949 Lucros acumulados 517.952 10.196
Outros intangíveis 124.681 84.540 Ações em tesouraria - (2.712)
Total do ativo não circulante 838.524 994.587 Total do patrimônio líquido 611.020 103.264

TOTAL DO ATIVO 2.048.733 1.985.095 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.048.733 1.985.095

ATIVO

Circulante

Aplicações financeiras

Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo de Aplicações financeiras totalizava R$966,2


milhões, 35,5% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2006, que era de
R$713,0 milhões devido ao devido ao crescimento no volume de operações e
consequentemente maior geração de caixa.

42
Não Circulante

Realizável a longo prazo

Direitos a receber – securitização no exterior

Em 31 de dezembro de 2007, o saldo de Direitos a receber – securitização no exterior era de


R$367,5 milhões, 41,1% menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2006, que era
de R$623,5 milhões devido à reclassificação da amortização para o ativo circulante e do
efeito da apreciação do Real frente ao Dólar.

Imposto de renda e contribuição social diferidos

Em 31 de dezembro de 2007, o saldo de Imposto de renda e contribuição social diferidos


era de R$94,1 milhões, 30,3% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2006,
que era de R$72,2 milhões devido ao aumento das despesas temporariamente
indedutíveis, em especial provisão para contingências e provisão para pagamento de
serviços prestados, que são fato gerador do imposto de renda e contribuição social
diferidos.

Imobilizado

Em 31 de dezembro de 2007, o saldo do imobilizado era de R$210,5 milhões, 15,2% maior


que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2006, que era de R$182,7 milhões devido à
aquisição de novos equipamentos, em especial em Equipamentos de Captura, parcialmente
compensado pela depreciação do período.

Intangível

Ágio na aquisição de investimentos

Em 31 de dezembro de 2007, o saldo de Ágio na aquisição de investimentos era de


R$41,2 milhões, 33,3% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2006, que
era de R$30,9 milhões em virtude do aumento no ágio decorrente da aquisição de
investimentos em controladas.

Outros intangíveis

Em 31 de dezembro de 2007, o saldo de Outros intangíveis era de R$124,7 milhões,


47,6% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2006, que era de R$84,5
milhões em virtude do aumento em projetos de desenvolvimento de sistemas para
implantação de novos produtos e serviços.

43
PASSIVO

Circulante

Contas a Pagar a Estabelecimentos

Em 31 de dezembro de 2007 o saldo de Contas a Pagar a Estabelecimentos era de


R$437,5 milhões, 23,5% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2006, que
era de R$354,2 milhões. Esta variação é resultante do aumento da quantidade de
transações com cartões de crédito.

Impostos e contribuições a recolher

Em 31 de dezembro de 2007, o saldo de impostos e contribuições a recolher era de


R$227,8 milhões, 56,7% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2006, que
era de R$145,4 milhões, em virtude da base de cálculo apurada em 2007 ser maior que
2006.

Dividendos a Pagar

Em 31 de dezembro de 2007, não havia saldo de dividendos a pagar. O saldo de 31 de


dezembro de 2006 era de R$323,5 milhões, essa variação é decorrente da declaração de
dividendos no encerramento do exercício findo em 31 de dezembro 2006.

Não Circulante

Obrigações a pagar – securitização no exterior

Em 31 de dezembro de 2007, o saldo de Obrigações a pagar – securitização no exterior


era de R$367,5 milhões, 41,0% menor que o respectivo saldo em 31 de dezembro de
2006, que era de R$623,4 milhões. As variações são decorrentes da reclassificação dos
valores relativos à amortização da securitização no exterior para o passivo circulante e do
efeito da apreciação do Real frente ao Dólar.

Patrimônio Líquido

Lucros acumulados

Em 31 de dezembro de 2007, o saldo de Lucros acumulados era R$518,0 milhões,


4.978,4% maior que o respectivo saldo em 31 de dezembro de 2006, que era de R$10,2
milhões, em decorrência da declaração de dividendos ocorrida no exercício findo em 31
de dezembro de 2006.

44
Fluxos de Caixa
A tabela a seguir apresenta o nosso fluxo de caixa das atividades operacionais, de
investimento e de financiamento para os períodos indicados abaixo.
CIELO S.A. E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008
(Em milhares de reais - R$)

2009 2008

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS


Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 2.331.098 2.052.404
Ajustes para conciliar o lucro antes do imposto de renda e da contribuição social
ao caixa líquido gerado pelas atividades operacionais:
Depreciações e amortizações 160.271 150.002
Custo residual de imobilizado e intangível baixados ou alienados 7.274 20.518
Provisão para perdas com intangíveis 11.197 35.445
Perda de capital na troca de participações em "joint venture" 4.431 -
Baixa de ágio em "joint venture" - 1.956
Reversão de provisão para perdas com imobilizado e intangível, líquidas (1.810) (2.455)
Opções de ações outorgadas 3.699 -
Ganhos com alienação de investimentos, líquidos - (502.893)
Perda com aluguel de equipamentos 14.753 9.721
Provisão para contingências 141.116 119.521
Ajuste a valor presente do contas a receber 35.266 -
Ganho de capital na transferência de investimentos - (12.848)

(Aumento) redução nos ativos operacionais:


Contas a receber operacional (1.051.107) (148.240)
Contas a receber de controlada 177 (177)
Impostos antecipados e a recuperar (1.284) (342)
Outros valores a receber (circulante e não circulante) 268.707 32.138
Depósitos judiciais (132.219) (101.386)
Despesas pagas antecipadamente (1.408) (2.538)

Aumento (redução) nos passivos operacionais:


Contas a pagar a estabelecimentos 165.141 40.420
Fornecedores 19.839 11.009
Impostos e contribuições a recolher 2.114 1.927
Outras obrigações (circulante e não circulante) (268.959) (64.188)
Provisão para contingências (circulante e não circulante) (21.001) (13.038)
Caixa proveniente das operações 1.687.295 1.626.956
Juros recebidos 22.208 28.804
Juros pagos (22.208) (28.804)
Imposto de renda e contribuição social pagos (714.609) (731.793)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 972.686 895.163

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO


Aquisição de participação em "joint venture" (20.813) (18.961)
Aquisição de controladas pela "joint venture", líquida de caixa adquirido (4.403) -
Recursos obtidos na venda de investimentos - 502.894
Adições ao imobilizado e intangível (231.201) (158.023)
Caixa líquido (aplicado nas) gerado pelas atividades de investimento (256.417) 325.910

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO


Financiamentos - arrendamento mercantil (401) (633)
Aumento de capital por subscrição de ações - 65.825
Contribuição de capital - 159.310
Redução de capital - (1)
Dividendos pagos (1.204.517) (1.368.641)
Ações em tesouraria (69.228) -
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento (1.274.146) (1.144.140)

(REDUÇÃO) AUMENTO DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (557.877) 76.933

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA


Saldo final 514.280 1.072.157 45
Saldo inicial 1.072.157 995.224

REDUÇÃO (AUMENTO) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (557.877) 76.933


Comparação do Fluxo de Caixa nos Exercícios Encerrados em 31 de Dezembro de
2008 e 2009

O caixa gerado pelas atividades operacionais apresentou um aumento de 8,7%, passando


de R$895,2 milhões em 31 de dezembro de 2008, para R$972,7 milhões em 31 de
dezembro de 2009, em função do aumento do lucro antes do imposto de renda e
contribuição social parcialmente impactado pelo aumento de contas a receber operacional
em consequência das operações de antecipação de recebíveis.

O caixa gerado nas atividades de investimento foi de R$325,9 milhões em 2008 para uma
aplicação de R$256,4 milhões em função das adições no imobilizado e intangível.

O caixa aplicado nas atividades de financiamento apresentou um crescimento de R$130,0


milhões, ou 11,4%, entre os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2008 e
2009. Esse crescimento decorre, principalmente, pois não efetuamos contribuição de
capital.

46
CIELO S.A. E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007
(Em milhares de reais - R$)

2008 2007

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS


Lucro líquido antes do imposto de renda e da contribuição social 2.130.846 1.352.386
Ajustes por:
Depreciações e amortizações 134.903 132.439
Custo residual de imobilizado baixado ou alienado 98.644 2.963
Provisão para perdas com bens do imobilizado 1.732 -
Provisão para perdas com investimentos 16.126 -
Baixa de ágio em controlada 39.116 -
Reversão de provisão para perdas com bens do imobilizado (4.187) (5.920)
Ganhos com alienação de investimentos, líquidos (502.893) -
Provisão para devedores duvidosos 9.721 12.175
Provisão para contingências 119.521 103.330
Equivalência patrimonial - -

(Aumento) redução nos ativos operacionais:


Contas a receber operacional (148.240) (3.013)
Contas a receber de controlada (177) -
Impostos antecipados e a recuperar (342) 5.860
Outros valores e securitizações no exterior a receber
(circulante e não circulante) 32.138 271.166
Depósitos judiciais (101.386) (82.998)
Despesas pagas antecipadamente (2.538) 4.484

Aumento (redução) nos passivos operacionais:


Contas a pagar a estabelecimentos 40.420 71.120
Fornecedores (40.892) 13.747
Impostos e contribuições a recolher 1.927 10.074
Contas a pagar a controlada - -
Outras obrigações e securitizações no exterior a pagar
(circulante e não circulante) (12.051) (265.494)
Provisão para contingências (circulante e não circulante) (13.038) (49.914)
Caixa proveniente das operações 1.799.350 1.572.405
Juros recebidos 28.804 39.534
Juros pagos (28.804) (39.534)
Imposto de renda e contribuição social pagos (731.793) (416.502)
Caixa gerado pelas atividades operacionais 1.067.557 1.155.903

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO


Aumento de capital em controladas - -
Ágio na integralização de capital em controladas (32.045) (10.208)
Recursos obtidos na venda de investimentos 502.894 -
Adições ao imobilizado e intangível (158.023) (197.403)
Aumento de aplicações financeiras (91.243) (253.265)
Caixa gerado pelas (aplicado nas) atividades de investimento 221.583 (460.876)

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO


Financiamentos (633) (1.630)
Aumento de capital por subscrição de ações 65.825 -
Redução de capital (1) -
Dividendos pagos (1.368.641) (699.654)
Caixa aplicado nas atividades de financiamento (1.303.450) (701.284)

REDUÇÃO (AUMENTO) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (14.310) (6.257)

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA


Saldo final 14.697 29.007
Saldo inicial 29.007 35.264

REDUÇÃO (AUMENTO) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (14.310) (6.257)


47
Comparação do Fluxo de Caixa nos Exercícios Encerrados em 31 de Dezembro de
2007 e 2008

O caixa gerado pelas atividades operacionais manteve-se relativamente estável,


apresentando uma redução de 7,6%, passando de R$1.155,9 milhões em 31 de
dezembro de 2007, para R$1.067,6 milhões em 31 de dezembro de 2008, posto que,
apesar do aumento do lucro antes do imposto de renda e contribuição social gerado em
função do ganho de capital com ações da Visa Inc., este foi compensado, principalmente,
pelo maior volume de imposto de renda e contribuição social pagos.

O caixa gerado nas atividades de investimento apresentou uma variação de R$682,5


milhões, ou uma redução de 148,1%, entre os exercícios sociais encerrados em 31 de
dezembro de 2007 e 2008. Essa variação é decorrente principalmente do ganho de
capital gerado no resgate, pela Visa Inc., de 6.737.060 ações detidas à época pela
Companhia, no contexto da oferta pública inicial da Visa Inc., parcialmente compensada
pelo menor volume de aplicações financeiras efetuadas em relação ao exercício anterior.

O caixa aplicado nas atividades de financiamento apresentou um crescimento de R$602,2


milhões, ou 85,9%, entre os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2007 e
2008. Esse crescimento decorre, principalmente, do aumento no valor de dividendos
pagos aos acionistas em 2008.

Comparação do Fluxo de Caixa nos Exercícios Encerrados em 31 de Dezembro de


2006 e 2007

O caixa gerado pelas atividades operacionais apresentou um crescimento de R$267,2


milhões, ou 30,1%, entre os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2006 e
2007. Essa variação decorre, primordialmente, do aumento da quantidade de Transações
com cartões de crédito e débito, bem como aluguel de Equipamentos de Captura, que
impactaram o caixa através da geração de lucro líquido.

O caixa aplicado nas atividades de investimento apresentou um crescimento de R$174,7


milhões, ou 61,0%, entre os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2006 e
2007. Essa variação é decorrente, principalmente, do (i) aumento de investimentos em
equipamentos e infra-estrutura de tecnologia e (ii) do aumento no volume de aplicações
financeiras efetuadas.

O caixa aplicado nas atividades de financiamento apresentou um crescimento de R$99,1


milhões, ou 16,5%, entre os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2006 e
2007. Esse crescimento decorre, principalmente, do aumento no valor de dividendos
pagos aos acionistas em 2007.

48
CIELO S.A. E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E DE 2006
(Em milhares de reais - R$)

2007 2006

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS


Lucro líquido antes do imposto de renda e da contribuição social 1.352.386 989.371
Ajustes por:
Depreciações e amortizações 132.439 135.380
Custo residual de imobilizado baixado ou alienado 2.963 3.265
Provisão para perdas com bens do imobilizado - -
Provisão para perdas com investimentos - -
Baixa de ágio em controlada - -
Reversão de provisão para perdas com bens do imobilizado (5.920) (7.229)
Ganhos com alienação de investimentos, líquidos - -
Provisão para devedores duvidosos 12.175 13.263
Provisão para contingências 103.330 38.518
Equivalência patrimonial - -

(Aumento) redução nos ativos operacionais:


Contas a receber operacional (3.013) (1.350)
Contas a receber de controlada - -
Impostos antecipados e a recuperar 5.860 11.406
Outros valores e securitizações no exterior a receber
(circulante e não circulante) 271.166 (227)
Depósitos judiciais (82.998) (62.787)
Despesas pagas antecipadamente 4.484 16.655

Aumento (redução) nos passivos operacionais:


Contas a pagar a estabelecimentos 71.120 30.039
Fornecedores 13.747 (29.083)
Impostos e contribuições a recolher 10.074 3.648
Contas a pagar a controlada - -
Outras obrigações e securitizações no exterior a pagar
(circulante e não circulante) (265.494) 6.596
Provisão para contingências (circulante e não circulante) (49.914) (1.373)
Caixa proveniente das operações 1.572.405 1.146.092
Juros recebidos 39.534 53.710
Juros pagos (39.534) (53.710)
Imposto de renda e contribuição social pagos (416.502) (257.347)
Caixa gerado pelas atividades operacionais 1.155.903 888.745

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO


Aumento de capital em controladas - -
Ágio na integralização de capital em controladas (10.208) (30.169)
Recursos obtidos na venda de investimentos - -
Adições ao imobilizado e intangível (197.403) (153.442)
Aumento de aplicações financeiras (253.265) (102.596)
Caixa gerado pelas (aplicado nas) atividades de investimento (460.876) (286.207)

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO


Financiamentos (1.630) (9.420)
Aumento de capital por subscrição de ações - -
Redução de capital - -
Dividendos pagos (699.654) (592.773)
Caixa aplicado nas atividades de financiamento (701.284) (602.193)

REDUÇÃO (AUMENTO) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (6.257) 345

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA


Saldo final 29.007 35.264
Saldo inicial 35.264 34.919

REDUÇÃO (AUMENTO) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (6.257) 345


49
10.2. Os Diretores devem comentar:

(a) resultados das operações do emissor, em especial:

i) descrição de quaisquer componentes importantes da receita

Nos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2007, 2008 e 2009, as principais


fontes de receitas da Companhia foram decorrentes (i) da captura, transmissão,
processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito
e débito da bandeira Visa (Receita de Comissões), (ii) do aluguel de POS (Receita de
Aluguel de Equipamentos) e (iii) de antecipação de recebíveis aos seus clientes (Receita
de Antecipação de Recebíveis).

Receita de Comissões. Atualmente a principal fonte de receita da Companhia


decorre da captura, transmissão, processamento e liquidação de transações
efetuadas com cartões de crédito e de débito da bandeira Visa. A receita de
comissões é calculada mediante a aplicação de um percentual negociado com os
estabelecimentos comerciais, fornecedores de bens e/ou prestadores de serviços,
credenciados à Companhia (Taxa de Administração), incidente sobre o valor da
transação efetuada pelos detentores de cartões de crédito e de débito no
estabelecimento em questão. As receitas são apropriadas ao resultado na data do
processamento da respectiva transação, líquidas do valor da taxa de intercâmbio
devida aos emissores dos cartões de crédito e de débito. O pagamento de tais
emissores de cartões à Companhia ocorre, em média, 28 dias após a data do
processamento da transação com cartões de crédito, e em um dia após a data do
processamento da transação com cartões de débito. A Companhia faz o
pagamento aos estabelecimentos comerciais do valor correspondente à transação
realizada com cartão de crédito, líquido da Taxa de Administração, no prazo de 30
dias, em média, após o processamento da respectiva transação, e em um dia para
transações com cartão de débito.

Nas transações com o uso de cartão de crédito com pagamento parcelado, a


apropriação da receita da Taxa de Administração, líquida da taxa de intercâmbio
devida aos emissores dos cartões de crédito e de débito, ocorre quando a
Companhia faz o processamento do valor correspondente de cada parcela, sendo
que o pagamento aos estabelecimentos comerciais é realizado em 30 dias, em
média, após a data do processamento de cada parcela.

Receita de Aluguel de Equipamentos. A Companhia também aufere receita do


aluguel dos Equipamentos de Captura. Os valores de aluguel dos Equipamentos
de Captura variam de acordo com a tecnologia empregada em cada tipo de
equipamento, o ramo de atividade e a localidade do estabelecimento. A cobrança
dos valores de aluguel de Equipamentos de Captura independe de sua utilização
pelo estabelecimento ou do volume financeiro de transações com eles efetuados,

50
sendo descontado o valor correspondente ao aluguel quando a Companhia faz o
pagamento dos valores das transações ao estabelecimento, ou através de débito
em conta corrente do estabelecimento.

Receita de Antecipação de Recebíveis. Tal receita decorre da Taxa de Desconto


Comercial obtida nas operações de antecipação de recebíveis, quando os
estabelecimentos solicitam à Companhia o recebimento correspondente às
transações com cartões de crédito antes do período negociado e contratado com
cada estabelecimento, e é realizada quando a Companhia faz a liquidação das
operações de antecipação de recebíveis ao estabelecimento. A Companhia
entende que a receita da Taxa de Desconto Comercial, apesar de contabilizada
como receita financeira, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil,
apresenta caráter operacional devido ao fato de que a Companhia, como
Adquirente, apenas realiza antecipadamente o repasse dos valores das
transações devidos aos estabelecimentos.

Os recursos financeiros utilizados para liquidação das operações de antecipação


de recebíveis são oriundos de recursos próprios ou de recursos obtidos junto aos
Emissores de Cartões de Créditos e de Débito, mediante o pré-recebimento do
valor da transações devidas ao estabelecimento. A despesa financeira relativa ao
pré-recebimento é contabilizada se e no momento em que a Companhia obtém os
recursos dos Emissores de Cartões de Créditos e de Débito.

ii) fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais

Cenário Macroeconômico Brasileiro

A nossa situação financeira e o resultado de nossas operações são influenciados,


principalmente, por fatores como o desenvolvimento macroeconômico brasileiro, a taxa de
desemprego, a disponibilidade de crédito e os níveis de média salarial.

Fatores Macroeconômicos que Afetam os Resultados Operacionais da Companhia

Inflação

A inflação afeta a Companhia de forma direta e indireta. O primeiro aspecto refere-se aos
custos que são influenciados pelos reajustes dos principais contratos firmados pela
Companhia com seus fornecedores, tais como os contratos celebrados com as
operadoras de telecomunicações cujos custos estão atrelados à variação do IPCA e com
fornecedores de serviços de processamento de dados, que utilizam grande quantidade de
mão-de-obra, cuja remuneração é corrigida pela inflação. O segundo aspecto refere-se às
receitas que resultam da Taxa de Administração aplicada sobre o valor da Transação com
cartões de crédito e débito. Quando o estabelecimento reajusta seus preços de acordo
com a inflação, o efeito, inclusive uma eventual redução no poder de compra da

51
população, é automaticamente refletido em nossa receita em decorrência de uma
eventual redução na quantidade e no volume financeiro de transações.

Juros

As taxas de juros praticadas em operações de crédito ao consumidor afetam, de forma


indireta, a Companhia, na medida em que diminuições nas taxas de juros podem levar ao
aumento do consumo privado, e ao consequente aumento da quantidade de transações
com cartões de crédito e débito. Por outro lado, aumentos nas taxas de juros podem levar
à diminuição do consumo privado.

Câmbio

Não há compromissos relevantes em moeda estrangeira que possam afetar


substancialmente os resultados operacionais da Companhia.

Os compromissos mais relevantes da Companhia suscetíveis a variações cambiais são


aqueles relativos à aquisição de Equipamentos de Captura e de suas peças de reposição,
cujos preços de aquisição são referenciados ao Dólar. Ao longo dos exercícios sociais
encerrados em 31 de dezembro de 2006, 2007 e até setembro de 2008, a apreciação do
Real em relação ao Dólar, a entrada de novos fornecedores no mercado e o avanço
tecnológico causaram a contínua redução dos preços de aquisição e de manutenção dos
Equipamentos de Captura. Não obstante a apreciação do Dólar perante o Real a partir de
setembro de 2008, o custo de aquisição dos Equipamentos de Captura em Reais não
sofreu alterações relevantes, uma vez que a Companhia conseguiu compensar o aumento
de preços dos Equipamentos de Captura e das suas peças de reposição motivado pela
desvalorização do câmbio por meio da negociação da redução do valor nominal destes
junto a seus fornecedores.

Outros Fatores que Afetam os Resultados Operacionais da Companhia

Ampliação do Uso de Cartões de Pagamento e Incremento da Rede de Aceitação

Os resultados operacionais da Companhia são afetados principalmente pelo uso dos


cartões de pagamento no País. Segundo dados do Banco Central, a utilização do cheque
em transações sem o uso de dinheiro caiu de 19% em 2007, para 16% em 2008,
enquanto o uso de cartões subiu de 50,34% para 53,8% no mesmo período. Comparando
esses dados com as estatísticas do BIS, o Brasil é um país onde se observa atualmente
uma rápida substituição da utilização do cheque por cartões de pagamento. Há no País
outros fatores que têm impactado a tendência de substituição da utilização do cheque
pelos cartões de pagamento, tais como: (i) crescimento do acesso dos consumidores de
baixa renda ao sistema bancário; e (ii) grau de formalidade da atividade econômica. Além
disso, a expansão constante da rede de estabelecimentos que aceitam pagamentos com
cartões, cujo crescimento anual médio no período de 2005 a 2007 foi de 16,6%, segundo

52
o BACEN, é também um dos fatores fundamentais para o aumento do uso dos cartões,
uma vez que a ampliação da base de aceitação reforça o seu uso como meio de
pagamento, além de atrair novos consumidores para o mercado.

Expansão do Crédito e Aumento do Emprego e Renda

Os resultados operacionais da Companhia são afetados indiretamente pela expansão ou


retração do crédito aos consumidores no País. Nos últimos 10 (dez) anos houve um
crescimento da oferta de crédito, bem como aumento médio nos salários reais e o
aumento do emprego formal, que tendem a beneficiar a Companhia, refletindo tanto no
aumento de quantidades de transações, bem como no gasto médio por Transação.
Contudo, não podemos prever o impacto que a crise financeira global e sua repercussão
no Brasil terão na disponibilidade de crédito, renda familiar ou nível de emprego no Brasil.

De acordo com dados do Banco Central, a oferta de crédito para pessoas físicas entre
2006 a 2009 cresceu em média 25,4% ao ano, tendo alcançado R$469,8 bilhões ao final
de 2009, o equivalente a aproximadamente 14,9% do PIB brasileiro. Em fevereiro de
2010, o total das operações de crédito no ano de 2010 já havia atingido R$477,7 bilhões.
De acordo com o IBGE, em 2009 o consumo das famílias aumentou 11,6%,
caracterizando o quarto ano consecutivo de expansão. De acordo com dados do
Ministério do Trabalho e Emprego, em 2009 o nível de emprego formal cresceu 3,1%. Ao
final de fevereiro de 2010, esse índice apresentou incremento de 1,2% comparativamente
ao final de 2009. A disponibilidade de crédito, da renda familiar e o aumento do emprego
formal são fatores que contribuem para que os negócios da Companhia cresçam de
maneira efetiva.

Credenciamento de Estabelecimentos a Outros Adquirentes por Instituições


Financeiras

A partir de julho de 2008, as principais instituições financeiras do mercado brasileiro, por


meio de suas agências, passaram a prestar serviços de apoio ao credenciamento de
estabelecimentos a mais de um Adquirente. Dado que essa alteração é recente, não é
possível ainda determinar o impacto sobre o ritmo e nível de credenciamento de
estabelecimentos pela Companhia, bem como se haverá consequências sobre os seus
resultados operacionais.

(b) variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio,


inflação, alterações de volumes e introdução de novos produtos e serviços

A receita da Companhia é diretamente impactada pelo volume de transações efetuadas


com cartões de crédito e de débito com a bandeira Visa e pelo número de
estabelecimentos credenciados que utilizam os nossos Equipamentos de Captura. No
exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009, a receita de comissões
apresentou um aumento de 21,3% em relação ao ano anterior, aumento este que totalizou

53
R$465,0 milhões, tendo em vista o aumento do número de transações em 16,1% e o
aumento no gasto médio por transação. Nossas receitas atreladas a variação de taxas de
câmbio não são significativas.

(c) impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e produtos, do


câmbio e da taxa de juros no resultado operacional e no resultado financeiro do emissor

As nossas receitas são afetadas, menos significativamente, pela variação do preço dos
Equipamentos de Captura, assim como de suas peças de reposição, cujos preços de
aquisição são referenciados em Dólar. No entanto, tendo em vista o valor total gasto com
a aquisição de tais equipamentos comparativamente ao montante total da receita
operacional líquida da Companhia, verifica-se que eventual variação no preço do Dólar
não afetará significativamente o resultado operacional da Companhia. Nossas receitas
que são afetadas direta e significativamente pela variação da inflação e das taxas de
câmbio e dos juros não são relevantes.

10.3. Os diretores devem comentar os efeitos relevantes que os eventos abaixo


tenham causado ou se espera que venham a causar nas demonstrações financeiras
do emissor e em seus resultados:

(a) introdução ou alienação de segmento operacional

Não aplicável.

(b) Constituição, aquisição ou alienação de participação societária

Não aplicável.

(c) eventos ou operações não usuais

Não aplicável.

10.4. Os diretores devem comentar.

(a) mudanças significativas nas práticas contábeis

Para as demonstrações financeiras consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro


de 2009 e de 2008 a Companhia optou pela apresentação de acordo com as Normas
Internacionais de Relatório Financeiro (“International Financial Reporting Standards -
IFRS”), emitidas pelo “International Accounting Standards Board - IASB”, e as
interpretações do Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Contabilidade
(“IFRIC”).

54
As demonstrações financeiras consolidadas referentes aos exercícios findos em 31 de
dezembro de 2009 e de 2008 são as primeiras elaboradas de acordo com o IFRS, sendo
1º de janeiro de 2008 a data da adoção inicial (balanço patrimonial de abertura), e estão
de acordo com o IFRS 1 - Adoção Inicial do IFRS.

Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas do exercício de 2009, a


Companhia ajustou alguns métodos de contabilização, avaliação e apresentação,
aplicados em BR GAAP, no intuito de cumprir as práticas adotadas no IFRS. Os dados
comparativos referentes a 2008 foram refeitos para refletir esses ajustes, são eles:

1. Aplicação do IFRS 1.

A Companhia preparou o seu balanço de abertura com a data de transição 1º de janeiro


de 2008 de acordo com o IFRS 1; portanto, a Companhia aplicou as exceções
obrigatórias e certas isenções opcionais de aplicação retrospectiva completa do IFRS.

2. Isenções da aplicação retrospectiva completa escolhidas pela Companhia

A Companhia adotou a utilização das seguintes isenções opcionais de aplicação


retrospectiva completa dos IFRS:

a) Isenção para combinação de negócios: a Companhia optou por não remensurar as


aquisições de negócios ocorridas antes da data de transição do IFRS de acordo com o
IFRS 3; portanto, os ágios oriundos de aquisições anteriores a essa data foram mantidos
pelos saldos líquidos de amortização apurados na data de transição, de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP).

b) Isenção para apresentação do valor justo de imobilizado como custo de aquisição:


a Companhia optou por não remensurar seus ativos imobilizados na data de transição
pelo valor justo, optando por manter o custo de aquisição adotado no BR GAAP como
valor de imobilizado.

c) Isenção relativa à mensuração dos instrumentos financeiros compostos: a


Companhia não possuía instrumentos financeiros compostos na data de transição para o
IFRS.

d) Isenção relativa ao reconhecimento de participação em controladas, “joint


ventures” (empresas com controle compartilhado) e associadas: as controladas,
empresas com controle compartilhado e associadas da Companhia, na data de transição,
não apresentam demonstrações financeiras em IFRS; dessa forma, a Companhia optou
por adotar a mesma data de transição para o IFRS, para todas as suas controladas, “joint
ventures” e associadas.

e) Isenção relativa à classificação de instrumentos financeiros: a Companhia optou


pela designação dos ativos e passivos financeiros na data de transição para o IFRS.

55
3. Dispensas obrigatórias da aplicação retrospectiva completa seguidas pela
Companhia

Não foram identificados impactos nas demonstrações financeiras consolidadas da


Companhia decorrentes da aplicação das dispensas obrigatórias previstas no IFRS 1.

4. Reconciliação entre o IFRS e o BR GAAP

Descrição das principais diferenças entre IFRS e BR GAAP que afetaram as


demonstrações financeiras da Companhia:

a) Ativo intangível: de acordo com o IFRS, os gastos pré-operacionais não se


enquadram na definição de um ativo intangível e devem ser contabilizados como gastos.
Os custos incorridos para obter um ativo intangível gerado internamente normalmente não
são capitalizados.

De acordo com o BR GAAP, até o exercício de 2008, os gastos pré-operacionais e com


projetos em fase pré-operacional eram contabilizados no ativo pelo custo. As
amortizações eram calculadas pelo método linear sobre o custo, em taxas determinadas
em virtude da produção dos projetos implantados com relação a suas capacidades
instaladas. Durante o exercício de 2008, o BR GAAP foi alterado pelo CPC 04 - Ativos
Intangíveis, convergindo para o mesmo tratamento contábil em IFRS, sendo adotado e
contabilizado pela Companhia durante o exercício de 2008 de forma prospectiva.

b) Formação de “joint ventures”: de acordo com o IFRS, ativos não monetários


contribuídos para a formação de “joint venture” em troca de participação acionária são
contabilizados pela “joint venture” a valor justo ou a valor de livros mais prêmio do
“venturer”. A CBGS (“joint venture”) contabilizou as participações acionárias contribuídas
pela CBGS Ltda. (“venturer”) pelos mesmos valores contábeis que estavam registrados
na CBGS Ltda. (“venturer”) acrescidos do prêmio. Adicionalmente, a CBGS contabilizou
como aporte de capital, a valor justo, os intangíveis contribuídos pelos outros “venturers”
Bradesco e Cassi, e as respectivas amortizações subsequentes desses intangíveis pela
vida útil definida pela Administração da “joint venture”.

De acordo com o BR GAAP, os intangíveis contribuídos pelos outros “venturers” Bradesco


e Cassi não foram contabilizados como ativos que formam o capital da “joint venture”.
Sendo assim, todas as contribuições de ativos monetários e não monetários pela CBGS
Ltda. na “joint venture” são consideradas como aumento de investimento na proporção de
40,95% e a participação restante como ágio na integralização, haja vista que os demais
“venturers” não contribuíram com nenhum ativo contabilizável para possuírem o direito de
59,05% de participação acionária.

56
c) Contribuição de capital das ações da Visa Inc.: de acordo com o IFRS, a
contribuição de capital das ações da Visa Inc. foi contabilizada a valor justo na data de
recebimento das ações, sendo registrada nas rubricas “Investimentos - ativo financeiro
disponível para venda” e “Reservas de capital”, líquida do imposto diferido.
Adicionalmente, as alterações do valor justo das ações desde a data de recebimento até
as datas de venda e depois até a data de transferência aos acionistas foram
contabilizadas na demonstração do resultado abrangente e depois revertidas para o
resultado do exercício na rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”.

De acordo com o BR GAAP, o recebimento dessas ações da Visa Inc. foi contabilizado
como doação ao valor de custo de R$2, diretamente no resultado do exercício.
Posteriormente, na data da venda de parte das ações, foi contabilizado um ganho de
capital no resultado do exercício no montante de R$502.893 mil.

d) Imposto de renda e contribuição social diferidos: o imposto de renda e a


contribuição social diferidos foram contabilizados sobre as diferenças entre o BR GAAP e
o IFRS, quando aplicável.

e) Lucro por ação: de acordo com o IFRS, as entidades de capital aberto


devem divulgar o lucro por ação básico e diluído na posição de resultados.

O lucro básico por ação deve ser calculado dividindo o lucro líquido do período atribuível
aos acionistas pela média ponderada da quantidade de ações em circulação durante o
período, incluindo as emissões de direitos e bônus de subscrição.

Uma entidade deve calcular o lucro diluído por ação, considerando o lucro líquido
atribuível aos acionistas e a quantidade média ponderada de ações em circulação,
acrescida dos efeitos de todas as ações potenciais. Todos os instrumentos e contratos
que possam resultar na emissão de ações são considerados ações potenciais.

As cifras comparativas devem ser ajustadas para refletir capitalizações, emissões de


bônus de subscrição ou desdobramento de ações. Se essas alterações ocorrerem depois
da data do balanço, mas antes da autorização para emissão das demonstrações
financeiras, os cálculos por ação daquelas ou de quaisquer demonstrações financeiras de
períodos anteriores devem ser baseados no novo número de ações.

De acordo com o BR GAAP, o lucro por ação é calculado pela divisão do lucro líquido do
exercício pelo número de ações em circulação do capital social no término do exercício.
Não existe o conceito de lucro por ação diluído. Não existe a obrigatoriedade de ajustar as
cifras de períodos anteriores por desdobramento ou agrupamento de ações ou transações
similares.

f) Reclassificações de acordo com o IFRS: foram ainda efetuadas as


seguintes principais reclassificações nas demonstrações financeiras consolidadas em

57
IFRS:

Em IFRS, os depósitos judiciais são apresentados de forma bruta no ativo


não circulante. Em BR GAAP, os depósitos judiciais são apresentados de forma
líquida das contingências no passivo não circulante.

Em IFRS, os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos são


integralmente reclassificados como não circulante. Em BR GAAP, os saldos de
imposto de renda e contribuição social diferidos são apresentados no circulante e
não circulante, conforme expectativa de realização.

Em IFRS, o saldo de lucros acumulados acima dos dividendos mínimos


obrigatórios permanece no patrimônio líquido. Em BR GAAP, o saldo de lucros
acumulados está integralmente provisionado no passivo circulante como dividendos
a pagar.

g) Provisão dos dividendos a pagar: o estatuto social da Companhia assegura


aos acionistas o dividendo mínimo de 50% do lucro líquido ajustado de cada exercício.
Para fins de IFRS, os dividendos são reconhecidos como passivo no momento em que
são aprovados pela Assembléia dos acionistas. Portanto, a Companhia reconhece como
passivo, no encerramento do exercício social, o valor correspondente ao dividendo
mínimo que ainda não tenha sido distribuído durante o exercício, até o limite do dividendo
mínimo obrigatório descrito anteriormente. Os dividendos excedentes ao estipulado em
estatuto, que não se enquadram para registro de acordo com IFRS, são revertidos a
crédito do patrimônio líquido, sendo deduzidos dos lucros acumulados somente quando
aprovados em Assembleia pelos acionistas. De acordo com o BR GAAP, a Companhia
registra um passivo pelos dividendos propostos pela Administração que, após o
encerramento do exercício, são submetidos à aprovação da Assembleia dos acionistas.

(b) efeitos significativos das alterações em práticas contábeis.

A seguir apresentamos a reconciliação do patrimônio líquido de BR GAAP para IFRS na


data de transição para o IFRS - 1º de janeiro de 2008 e em 31 de dezembro de 2008
1º/1/08

Patrimônio líquido em BR GAAP 611.020

Ajustes em IFRS:

Estorno dos efeitos da baixa dos diferidos em IFRS no


resultado de 2008 (80.868)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 27.495

Patrimônio líquido em IFRS 557.647

58
31/12/08

Patrimônio líquido em BR GAAP 159.061

Ajustes em IFRS:

Reclassificação dos dividendos acima do mínimo obrigatório


para o patrimônio líquido 542.985

Patrimônio líquido em IFRS 702.046

(c) ressalvas e ênfases presentes no parecer do auditor

O parecer dos auditores independentes referentes às demonstrações financeiras de 31 de


dezembro de 2009 e de 2008 contém ênfase relativa as diferenças entre as práticas
contábeis brasileiras e aquelas emitidas pela pelo IASB – International Accounting
Standard Board.

10.5. Os diretores devem indicar e comentar políticas contábeis críticas adotadas


pelo emissor, explorando, em especial, estimativas contábeis feitas pela
administração sobre questões incertas e relevantes para a descrição da situação
financeira e dos resultados, que exijam julgamentos subjetivos ou complexos, tais
como: provisões, contingências, reconhecimento da receita, créditos fiscais, ativos
de longa duração, vida útil de ativos não-circulantes, planos de pensão, ajustes de
conversão em moeda estrangeira, custos de recuperação ambiental, critérios para
teste de recuperação de ativos e instrumentos financeiros

As políticas contábeis críticas adotadas pela Companhia e por suas controladas são:

a) Apuração do resultado

O resultado é apurado pelo regime de competência. As receitas decorrentes da captura


das transações com cartões de crédito e de débito são apropriadas ao resultado na data
do processamento das transações. A receita de serviços prestados para os parceiros e os
estabelecimentos é reconhecida no resultado quando da prestação de serviços.

b) Imobilizado

Avaliado ao custo histórico, deduzido das respectivas depreciações. A depreciação é


calculada pelo método linear, que leva em consideração a vida útil estimada dos bens.

Custos subsequentes são incorporados ao valor residual do imobilizado ou reconhecidos


como item específico, conforme apropriado, somente se os benefícios econômicos
associados a esses itens forem prováveis e os valores mensurados de forma confiável. O

59
saldo residual do item substituído é baixado. Demais reparos e manutenções são
reconhecidos diretamente no resultado quando incorridos.

O valor residual e a vida útil estimada dos bens são revisados e ajustados, se necessário,
nas datas de encerramento dos exercícios.

O valor residual dos itens do imobilizado é baixado imediatamente ao seu valor


recuperável quando o saldo residual exceder o valor recuperável.

c) Intangível

Demonstrado pelo custo de aquisição ou formação, deduzido das respectivas


amortizações calculadas pelo método linear. Os ativos intangíveis são amortizados
geralmente levando em conta a sua utilização efetiva ou um método que reflita os
benefícios econômicos esperados, considerando que possuem vida útil definida, ou bases
sistemáticas de amortização mensal. O valor residual dos itens do intangível é baixado
imediatamente ao seu valor recuperável quando o saldo residual exceder o valor
recuperável.

d) Contas a receber dos bancos emissores e contas a pagar a estabelecimentos


comerciais

Esses montantes referem-se aos valores das transações realizadas pelos titulares de
cartões de crédito emitidos por instituições financeiras licenciadas pela Visa International
Service Association, sendo os saldos de contas a receber dos bancos emissores líquidos
das taxas de intercâmbio e os saldos de contas a pagar a estabelecimentos deduzidos
das taxas de administração (taxa de desconto), cujos prazos de recebimento dos
emissores e de pagamento aos estabelecimentos são inferiores a um ano.

e) Provisão para recuperação dos ativos de vida longa

A Administração revisa o valor contábil dos ativos de vida longa, principalmente o


imobilizado e o intangível a ser mantido e utilizado nas operações da Companhia, com o
objetivo de determinar e avaliar a deterioração em bases periódicas ou sempre que
eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou
grupo de ativos não poderá ser recuperado.

São feitas análises para identificar as circunstâncias que possam exigir a avaliação da
recuperabilidade dos ativos de vida longa e medir a potencial perda no valor recuperável
destes ativos. Os ativos são agrupados e avaliados segundo a possível deterioração, com
base nos fluxos futuros de caixa projetados descontados do negócio durante a vida
remanescente estimada dos ativos. Nesse caso, uma perda seria reconhecida com base
no montante pelo qual o valor contábil excede o valor provável de recuperação de um
ativo de vida longa. O valor provável de recuperação é determinado como sendo o maior
valor entre: (a) o valor justo dos ativos menos custos estimados para venda, e (b) o valor

60
em uso, determinado pelo valor presente esperado dos fluxos de caixa futuros do ativo ou
da unidade geradora de caixa.

f) Investimentos em “joint ventures” (empresas com controle compartilhado)

“Joint ventures” são aquelas nas quais o controle é exercido conjuntamente pela
Companhia e por um ou mais sócios. Os investimentos em “joint ventures” são
reconhecidos pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controle
conjunto é adquirido. De acordo com esse método, os componentes do ativo e passivo e
as receitas e despesas das “joint ventures” são somados às posições contábeis
consolidadas, na proporção da participação do investidor em seu capital social.

g) Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos

O imposto de renda foi constituído à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10%


sobre o lucro tributável excedente a R$240. A contribuição social foi calculada à alíquota
de 9% sobre o lucro contábil ajustado.
Imposto de renda e contribuição social diferidos são reconhecidos em sua totalidade,
conforme o conceito descrito no IAS 12, sobre as diferenças geradas entre os ativos e
passivos reconhecidos para fins fiscais e correspondentes valores reconhecidos nas
demonstrações financeiras consolidadas. Entretanto, o imposto de renda e a contribuição
social diferidos não são reconhecidos se forem gerados no registro inicial de ativos e
passivos em operações que não afetam as bases tributárias, exceto em operações de
combinação de negócios. Imposto de renda e contribuição social diferidos são
determinados considerando as alíquotas (e leis) vigentes na data de preparação das
demonstrações financeiras e aplicáveis quando o respectivo imposto de renda e
contribuição social forem realizados.
Imposto de renda e contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na
extensão em que seja provável que existirá base tributável positiva para a qual as
diferenças temporárias possam ser utilizadas e prejuízos fiscais possam ser
compensados.

h) Provisões

Reconhecidas quando um evento passado gerou uma obrigação legal ou implícita, existe
a probabilidade de uma saída de recursos e o valor da obrigação pode ser estimado com
segurança.
O valor constituído como provisão é a melhor estimativa do valor de liquidação na data do
encerramento das demonstrações financeiras, levando em consideração os riscos e as
incertezas relacionados à obrigação. Quando se espera que o benefício econômico
requerido para liquidar uma provisão seja recebido de terceiros, esse valor a receber é
registrado como um ativo, quando o reembolso é virtualmente certo e o montante pode
ser estimado com segurança.

61
As provisões contabilizadas pela Companhia decorrem substancialmente de processos
judiciais, inerentes ao curso normal dos negócios, movidos por terceiros e ex-funcionários,
mediante ações cíveis e trabalhistas. Essas contingências são avaliadas pela
Administração da Companhia e de suas controladas com seus assessores jurídicos e são
quantificadas por meio de critérios que permitam a sua mensuração de forma adequada,
apesar da incerteza inerente a prazo e valor.
As provisões que envolvem processos tributários estão constituídas por valor equivalente
à totalidade dos tributos em discussão judicial, atualizados monetariamente e computados
os juros moratórios como se devidos fossem, até as datas dos balanços.

i) Uso de estimativas

A preparação das demonstrações financeiras requer a adoção de estimativas por parte da


Administração da Companhia e de suas controladas que impactam certos ativos e
passivos, divulgações sobre contingências passivas e receitas e despesas nos períodos
demonstrados. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas
incluem valor residual do ativo imobilizado e intangíveis, provisão para créditos de
liquidação duvidosa (aluguel de equipamentos POS), imposto de renda e contribuição
social diferidos ativos e provisão para contingências. Uma vez que o julgamento da
Administração envolve estimativas referentes à probabilidade de ocorrência de eventos
futuros, os montantes reais podem diferir dessas estimativas. A Companhia e suas
controladas revisam as estimativas e premissas anualmente.

j) Remuneração com base em ações

A Companhia oferece aos seus administradores e executivos, e aos de sua controlada


Servinet, plano de opção de compra de ações. As opções são precificadas pelo valor justo
na data de concessão dos planos e são reconhecidas de forma linear ao resultado pelo
prazo de concessão da opção em contrapartida ao patrimônio líquido. Nas datas dos
balanços a Companhia revisa suas estimativas da quantidade de opções cujos direitos
devem ser adquiridos com base nessas condições e reconhece o impacto da revisão das
estimativas iniciais, se houver, na demonstração do resultado, em contrapartida ao
patrimônio líquido, de acordo com os critérios estabelecidos no IFRS 2 - Pagamentos
Baseados em Ações.

k) Lucro por ação

Apurado com base na quantidade de ações em circulação nas datas dos balanços.

10.6. Com relação aos controles internos adotados para assegurar a elaboração de
demonstrações financeiras confiáveis, os diretores devem comentar:

(a) grau de eficiência de tais controles, indicando eventuais imperfeições e


providências adotadas para corrigi-las

62
Acreditamos na eficiência dos procedimentos e controles internos que adotamos para
assegurar a qualidade, precisão e confiabilidade das nossas demonstrações financeiras.
Por essa razão, na opinião de Administração da Companhia, nossas demonstrações
financeiras apresentam adequadamente o resultado de nossas operações e nossa
situação patrimonial e financeira nas respectivas datas, não tendo sido identificadas, até o
momento, imperfeições em nossos controles internos que nos levassem a propor
providências corretivas.

Ressaltamos que os resultados financeiros anteriormente apresentados nas


demonstrações financeiras não indicam, necessariamente, os resultados que podem ser
esperados para qualquer outro período ou exercício.

(b) deficiências e recomendações sobre os controles internos presentes no relatório


do auditor independente

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossos auditores irão emitir
carta comentário com sugestões de melhoria dos procedimentos contábeis e do sistema
de controles internos. No entendimento da Administração da Companhia, não foram
identificadas deficiências materiais em nossos sistemas de controles internos que
pudessem impactar de forma significativa as demonstrações financeiras da Companhia.

Assim que o processo de elaboração e emissão do relatório de controles internos for


concluído por nossos auditores independentes, incluiremos os comentários da Diretoria
da Companhia sobre as recomendações de melhorias, reportados pelos referidos
auditores.

10.7. Caso a Companhia tenha feito oferta pública de distribuição de valores


mobiliários, os diretores devem comentar:

(a) como os recursos resultantes da oferta foram utilizados

A Companhia não recebeu quaisquer recursos em decorrência da realização da Oferta


Inicial, pois tratou-se de uma distribuição pública exclusivamente secundária. Os
acionistas vendedores receberam todos os recursos líquidos resultantes da venda das
ações.

(b) se houve desvios relevantes entre a aplicação efetiva dos recursos e as propostas de
aplicação divulgadas nos prospectos da respectiva distribuição

Não aplicável.

(c) caso tenha havido desvios, as razões para tais desvios

Não aplicável.

63
10.8. Os Diretores devem descrever os itens relevantes não evidenciados nas
demonstrações financeiras da Companhia, indicando:

(a) os ativos e passivos detidos pela Companhia, direta ou indiretamente, que não
aparecem no seu balanço patrimonial (off-balance sheet items), tais como: (i)
arrendamentos mercantis operacionais, ativos e passivos; (ii) carteiras de recebíveis
baixadas sobre as quais a entidade mantenha riscos e responsabilidades, indicando
respectivos passivos; (iii) contratos de futura compra e venda de produtos ou serviços; (iv)
contratos de construção não terminada; e (v) contratos de recebimentos futuros de
financiamentos

A Companhia não possui operações não registradas em suas demonstrações financeiras,


bem como, não possui quaisquer controladas que não estejam incluídas em suas
demonstrações financeiras consolidadas.

(b) Outros itens não evidenciados nas demonstrações financeiras

Não existem outros itens relevantes que não estejam evidenciados em nossas
demonstrações financeiras.

10.9. Em relação a cada um dos itens não evidenciados nas demonstrações


financeiras indicados no item 10.8, os Diretores devem comentar:

(a) Como tais itens alteram ou poderão vir a alterar as receitas, as despesas, o
resultado operacional, as despesas financeiras ou outros itens das demonstrações
financeiras da Companhia

Não aplicável.

(b) natureza e o propósito da operação

Não aplicável.

(c) Natureza e montante das obrigações assumidas e dos direitos gerados em favor da
Companhia em decorrência da operação

Não aplicável.

10.10. Os Diretores devem indicar e comentar os principais elementos do plano de


negócios da Companhia, explorando especificamente os seguintes tópicos:

(a) investimentos, incluindo: (i) descrição quantitativa e qualitativa dos investimentos


em andamento e dos investimentos previstos; (ii) fontes de financiamento dos

64
investimentos; e (iii) desinvestimentos relevantes em andamento e desinvestimentos
previstos

Os principais investimentos da Companhia são realizados na expansão de suas


atividades e distribuíram-se basicamente da seguinte forma nos períodos indicados:

EXERCÍCIOS SOCIAIS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE


(em milhões de reais em IFRS)

2009 2008 2007*


Equipamentos de Captura 215,7 124,8 125,4
Equipamentos de Informática 4,7 1,4 6,1
Outros 31,7 50,8 76,5

252,0 177,0 207,6

* Dados apresentados em BR GAAP

Os investimentos em Equipamentos de Captura são realizados principalmente em função


do aumento da base de estabelecimentos credenciados. Adicionalmente, esses
investimentos visam reduzir os custos operacionais da Companhia, relacionados à
manutenção de Equipamentos de Captura, além de melhorarem a segurança das
Transações realizadas com os cartões de pagamento. Os Equipamentos de Captura
adquiridos pela Companhia, dado o seu caráter portátil, são distribuídos conforme a sua
demanda por todo o País.

Outros investimentos estão representados substancialmente por equipamentos de


informática, em especial para uso nos sistemas da Companhia localizados em sua sede,
licença de softwares, a serem utilizados na sede da Companhia e em suas filiais, e gastos
com desenvolvimento de novos produtos e serviços, visando o incremento de receitas e
melhorias operacionais.

A Companhia utiliza recursos próprios para o financiamento de seus investimentos.

(b) desde que já divulgada, indicar a aquisição de plantas, equipamentos, patentes ou


outros ativos que devam influenciar materialmente a capacidade produtiva

Não divulgamos quaisquer planos e/ou projetos para aquisição de plantas, equipamentos,
patentes ou outros ativos que devam influenciar de forma relevante nossa capacidade
produtiva.

(c) novos produtos e serviços, indicando: (i) descrição das pesquisas em andamento
já divulgadas; (ii) montantes totais gastos em pesquisas para desenvolvimento de novos

65
produtos ou serviços; (iii) projetos em desenvolvimento já divulgados; e (iv) montantes
totais gastos no desenvolvimento de novos produtos ou serviços

Além dos produtos e serviços tradicionalmente oferecidos no mercado de meios


eletrônicos de pagamento, a Companhia tem histórico em oferecer soluções inovadoras
em segmentos que tenham sinergia com suas atividades, sendo pioneira na oferta de
infra-estrutura de rede para correspondente bancário, recarga de celular, voucher
eletrônico e Troco-Fácil, e na captura e no processamento de transações eletrônicas que
não envolvem pagamento, como conectividade e autorização de transações no segmento
de saúde.

Acreditamos que a diversidade do portfólio de seus produtos e serviços é resultado de


esforços constantes na identificação de novos ramos de negócios que possam maximizar
e otimizar o uso de nossa rede e nossos ativos. Nesse contexto, nos últimos anos, a
Companhia iniciou parcerias com Emissores e empresas para a captura e o
processamento de transações com cartões Private Label Híbrido com a bandeira Visa,
contando, atualmente, com cerca de 89 parcerias com Emissores e empresas. Da mesma
forma, desde 1º de setembro de 2008, a Companhia passou a oferecer antecipação de
recebíveis a sua rede de estabelecimentos credenciados.

10.11. Comentar sobre outros fatores que influenciaram de maneira relevante o


desempenho operacional e que não tenham sido identificados ou comentados nos
demais itens desta seção

Não existem outros fatores que influenciaram de maneira relevante o desempenho


operacional da Companhia e que não tenham sido identificados ou comentados nos
demais itens desta seção “10”.

66
13. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES

13.1 Descrever a política ou prática de remuneração do conselho de administração,


da diretoria estatutária e não estatutária, do conselho fiscal, dos comitês
estatutários e dos comitês de auditoria, de risco, financeiro e de remuneração,
abordando os seguintes aspectos:

(a) Objetivos da política ou prática de remuneração

A estratégia de remuneração da Cielo tem como principais objetivos: atrair e reter os


melhores profissionais existentes no mercado, garantir o alinhamento dos patamares de
remuneração às metas e resultados da Organização e garantir a prática de meritocracia
através da diferenciação da remuneração de acordo com o desempenho individual.
A estratégia de remuneração da Cielo, que contribui para o atingimento dos objetivos da
Companhia, tem contínua análise frente ao ambiente externo, comparando anualmente
com o mercado de referência, como concorrentes do segmento de serviços financeiros,
empresas com capilaridade nacional, empresas com tecnologia de informação e/ou força
de vendas intensiva, e/ou que possuam uma estratégia de remuneração consolidada
similar a da Cielo. Nossa estratégia de remuneração nos posiciona acima da mediana de
mercado, reforçando os objetivos da mesma.
Nosso modelo de remuneração variável de curto prazo está atrelado a metas específicas
de cada colaborador e diretor executivo, em conformidade com sua responsabilidade para
o atingimento das metas da Cielo.
Para o grupo de executivos seniores da Cielo, alinhado a estratégia da Empresa no longo
prazo, temos o Plano de Opção de Compra de Ações (item 13.16 Outras Informações
Relevantes). Esse programa tem como objetivo o alinhamento do ganho do executivo ao
valor da Empresa no mercado de capitais.
Oferecemos também um Plano de Previdência Complementar aos nossos diretores
executivos e colaboradores. Neste plano o colaborador pode aplicar até 7,8% da
remuneração fixa excedente a R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais). A Cielo contribui
com até duas vezes o valor aplicado pelos diretores executivos e colaboradores,
considerando o fator idade.

(b) Composição da remuneração, indicando:

67
i. descrição dos elementos da remuneração e os objetivos de cada um deles:
A remuneração dos integrantes do Conselho de Administração é composta por honorários
fixos mensais que objetiva recompensar a contribuição de cada membro para os
resultados de médio e longo prazo da Companhia. Também há uma parcela de
remuneração variável para os membros independentes, conforme convocação e
participação em reuniões de Comitês da Cielo.
Integrantes do Conselho Fiscal recebem honorários fixos mensais, tendo o mesmo
objetivo, de recompensar a contribuição de cada membro.
Os integrantes dos Comitês não são remunerados.
Anualmente, em Assembleia Geral de Acionistas, são aprovadas as remunerações
máximas para a Diretoria Executiva da Cielo para o ano vigente, considerando honorários
fixos, bônus e plano de previdência complementar. O Plano de Opção de Compra de
Ações tem seu limite definido a partir da aprovação dos limites de diluição de capital da
Companhia, conforme Assembleia Geral de Acionistas. A remuneração da Diretoria
Executiva é composta pela remuneração fixa, variável de curto (bônus) e de longo prazo
(Plano de Opção de Compra de Ações).
Toda remuneração variável está atrelada ao atingimento de metas de resultados definidos
anualmente pelo Conselho de Administração.

ii. qual a proporção de cada elemento na remuneração total:


Abaixo, as proporções para o exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009:

Remuneração Remuneração
Órgão Benefícios Total
Base Variável

Conselho de Administração 99% 1% 0% 100%

Conselho Fiscal 100% 0% 0% 100%

Diretoria Executiva 55% 40% 5% 100%

No item benefícios consideramos os valores aportados em plano de previdência


complementar, conforme programa estabelecido na Companhia.

iii. metodologia de cálculo e de reajuste de cada um dos elementos da remuneração


A remuneração é reajustada em função da dinâmica de mercado, que são verificadas por
meio de análise de resultados de pesquisas salariais realizadas anualmente.

68
iv. razões que justificam a composição da remuneração
A estratégia de remuneração da Cielo tem como principais objetivos: atrair e reter os
melhores profissionais existentes no mercado, garantir o alinhamento dos patamares de
remuneração às metas e resultados da Organização e garantir a prática de meritocracia
através da diferenciação da remuneração de acordo com o desempenho individual.

c) principais indicadores de desempenho que são levados em consideração na


determinação de cada elemento da remuneração
Os indicadores de desempenho da Cielo que sustentam a remuneração variável
consideram aspectos financeiros e sociais, sendo faturamento, EBITDA absoluto, EBITDA
em percentual e satisfação de clientes.

d) como a remuneração é estrutura para refletir a evolução dos indicadores de


desempenho
O acompanhamento dos resultados ocorre trimestralmente e a apuração final dos
resultados financeiros e sociais é realizada no início do ano seguinte ao ano de exercício.
Os indicadores de desempenho da Cielo conjugados com os resultados do desempenho
individual do Diretor Executivo definem diretamente a remuneração variável.

e) como a política ou prática de remuneração se alinha aos interesses do emissor


de curto, médio e longo prazo
Uma vez que a Companhia considera primordialmente os resultados financeiros da Cielo
para determinação da remuneração variável, entendemos assegurar uma remuneração
sustentável no curto, médio e longo prazo.

f) existência de remuneração suportada por subsidiárias, controladas ou


controladores diretos ou indiretos
O pagamento da remuneração dos Diretores Executivos da Cielo é realizado única e
exclusivamente pela própria Companhia. A remuneração dos membros do Conselho de
Administração e Conselho Fiscal, pela participação no respectivo Conselho, é realizada
diretamente pela Cielo.

g) existência de qualquer remuneração ou benefício vinculado à ocorrência de


determinado evento societário, tal como a alienação do controle societário do
emissor

69
Não há remuneração ou benefícios vinculados à ocorrência de eventos societários.

13.2 Em relação à remuneração reconhecida no resultado dos 3 últimos exercícios


sociais e à prevista para o exercício social corrente do conselho de administração,
da diretoria estatutária e do conselho fiscal, elaborar tabela com o seguinte
conteúdo:
A estratégia de remuneração aplicada aos Administradores da Cielo considera a
experiência, o momento atual do mercado ao qual estamos inseridos e a necessidade de
retenção dos Administradores neste segmento em período de grandes mudanças. Para o
ano de 2010 a remuneração total pode atingir o montante de até R$ 19,0 milhões,
considerando os honorários dos Diretores Executivos, remuneração do Conselho de
Administração e Conselho Fiscal, incluindo eventuais gratificações e o plano de
previdência complementar em modelo aberto.
Em função do momento de mercado e condições do segmento, no valor previsto para o
ano de 2010, há um plano de retenção aplicado aos Diretores Executivos que considera
resultados do negócio e permanência dos mesmos na Empresa. O valor relativo ao plano
de retenção está informado na coluna “Outros” no quadro abaixo. O instrumento foi
recomendado pelo Comitê de Remuneração da Cielo e aprovado em Conselho de
Administração em novembro de 2009.

Demonstrativo dos valores pagos nos exercícios de 2007 a 2009 e do valor projetado para
o ano de 2010:
Diretoria Executiva
Benefícios
Remuneração Fixa Anual Remuneração Variável Anual
motivados
Remuneração
Nº de Remuneração Remuneração Benefíciospós- pela
Ano Benefícios Participação baseada em Total
Membros Salário ou por por emprego cessação do
diretos e Outros Bônus nos Comissões Outros ações
Pró-Labore participação participação exercício do
indiretos resultados
em comitês em reuniões cargo
2007 7,00 3,13 0,38 - - 3,06 - - - - - - - 6,58
2008 6,25 3,36 0,38 - - 5,23 - - - - - - - 8,98
2009 4,58 3,56 0,31 - - 2,57 - - - - - - - 6,44
2010 6,00 4,54 0,47 - - 8,41 - - - 4,08 - - - 17,50
Valores em R$ MM

Obs.:
1)no exercício de 2008 foram destituídos quatro Diretores Executivos, impactando na remuneração variável.
2) média do número de membros da Diretoria Executiva em cada ano.

Conselho de Administração
Benefícios
Remuneração Fixa Anual Remuneração Variável Anual
motivados
Remuneração
Nº de Remuneração Remuneração Benefíciospós- pela
Ano Benefícios Participação baseada em Total
Membros Salário ou por por emprego cessação do
diretos e Outros Bônus nos Comissões Outros ações
Pró-Labore participação participação exercício do
indiretos resultados
em comitês em reuniões cargo
2007 10,75 0,26 - - - - - - - - - - - 0,26
2008 9,92 0,15 - - - - - - - - - - - 0,15
2009 10,42 0,62 - 0,01 - - - - - - - - - 0,63
2010 11,00 1,43 - 0,07 - - - - - - - - - 1,50
Valores em R$ MM

Obs.: média do número de membros do Conselho de Administração em cada ano.

70
Conselho Fiscal
Benefícios
Remuneração Fixa Anual Remuneração Variável Anual
motivados
Remuneração
Nº de Remuneração Remuneração Benefíciospós- pela
Ano Benefícios Participação baseada em Total
Membros Salário ou por por emprego cessação do
diretos e Outros Bônus nos Comissões Outros ações
Pró-Labore participação participação exercício do
indiretos resultados
em comitês em reuniões cargo
2007 3,83 0,31 - - - - - - - - - - - 0,31
2008 3,83 0,22 - - - - - - - - - - - 0,22
2009 4,33 0,28 - - - - - - - - - - - 0,28
2010 4,00 0,49 - - - - - - - - - - - 0,49
Valores em R$ MM

Obs.:
1) média do número de membros do Conselho Fiscal em cada ano
2) valor proposto para o ano de 2010 em função do pedido de instalação do Conselho Fiscal firmado pelo Acionista BB Banco de Investimento S.A.

Para os exercícios de 2007, 2008 e 2009 foram aprovados, para pagamento dos
Administradores, os montantes globais de até R$ 10,1 milhões, R$ 10,1 milhões e R$14,5
milhões, respectivamente.

13.3 Em relação à remuneração variável dos 3 últimos exercícios sociais e à


prevista para o exercício social corrente do conselho de administração, da diretoria
estatutária e do conselho fiscal, elaborar a tabela com seguinte conteúdo:
A remuneração variável é aplicada somente aos Diretores Executivos, não sendo aplicada
aos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal, conforme quadro abaixo:
Diretoria Executiva
Bônus Participação nos Resultados
Valor previsto no Valor previsto no
Nº de Valor mínimo Valor máximo plano de de Valor mínimo Valor máximo plano de de
Ano Valor Valor
Membros previsto no previsto no remuneração, previsto no previsto no remuneração,
efetivamente efetivamente
plano de plano de caso as metas plano de plano de caso as metas
reconhecido reconhecido
remuneração remunerção estabelecidas remuneração remunerção estabelecidas
fossem atingidas fossem atingidas
2007 7,00 - 3,35 2,49 3,06 - - - -
2008 6,25 - 6,01 2,47 5,23 - - - -
2009 4,58 - 3,01 2,60 2,57 - - - -
2010 6,00 - 8,41 4,34 N/A - - - -
Valores em R$ MM

Obs.: média do número de membros da Diretoria Executiva em cada ano.

13.4 Em relação ao plano de remuneração baseado em ações do conselho de


administração e da diretoria estatutária, em vigor no último exercício social e
previsto para o exercício social corrente, descrever:

a) termos e condições gerais

71
Trata-se de um Plano de Opção de Compra de Ações aprovado em Assembleia Geral
Ordinária em 22 de setembro de 2008 e ratificado em Assembléia Geral Extraordinário em
01 de junho de 2009. São elegíveis ao Plano os Diretores Executivos, não sendo aplicado
aos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal. Também são elegíveis os vice-
presidentes, diretores, gerentes sr., consultores sr. e empregados com desempenho
extraordinário reconhecido pela administração da Companhia. Em todas as situações há a
aprovação do Conselho de Administração da Companhia.

b) principais objetivos
O Plano tem por objetivo permitir que administradores e empregados da Companhia,
sujeito a determinadas condições, recebam opções de compra de ações da Companhia,
com vistas a: (a) estimular a expansão, o êxito e a consecução dos objetivos sociais da
Companhia; (b) alinhar os interesses dos acionistas da Companhia aos de administradores
e empregados da Companhia; e (c) possibilitar à Companhia atrair e manter a ela
vinculados administradores e empregados.

c) forma como o plano contribui para esses objetivos


O Plano estabelece uma perspectiva de longo prazo, a partir da valorização das ações da
Companhia, fortalecendo o alinhamento com os objetivos do mesmo.

d) como o plano se insere na política de remuneração da Companhia


O Plano faz parte da estratégia de retenção dos Diretores Executivos e com o
compromisso dos mesmos na geração de valor aos acionistas.

e) como o plano alinha os interesses dos administradores e da Companhia a curto,


médio e longo prazo
O plano busca fortalecer a retenção dos executivos e o compromisso dos mesmos em
gerar valor e resultados sustentáveis para a Companhia no longo prazo.

f) número máximo de ações abrangidas


Em 2009 foram outorgadas 1.611.700 (um milhão, seiscentos e onze mil e setecentas)
opções de ações aos Diretores Executivos por meio do Plano, representando uma
diluição de 0,1181% do capital da Empresa.

g) número máximo de opções a serem outorgadas

72
1.611.700 (um milhão, seiscentos e onze mil e setecentas) opções de ações.

h) condições de aquisição de ações


O Plano de Opção de Compra de Ações da Cielo permite o exercício de 1/3 do
número opções outorgadas após decorridos 12 meses da data da outorga, mais
1/3 após 24 meses e mais 1/3 após 36 meses, podendo as opções serem
exercidas no prazo máximo de 60 meses da data de outorga.

i) critérios para fixação do preço de aquisição ou exercício


É responsabilidade do Conselho de Administração, aprovar o preço de exercício das
opções outorgadas nos termos do Plano, respeitado o preço mínimo equivalente à média
da cotação das ações da Companhia durante a quantidade de pregões na Bolsa de Valores
de São Paulo.

k) forma de liquidação
O Preço de Exercício será pago à Companhia, de uma única vez, com recursos próprios do
Beneficiário, no prazo de cinco dias úteis após a transferência das ações pela Companhia,
a partir do exercício da opção pelo executivo.

l) restrições à transferência das ações


As opções outorgadas ao beneficiário não podem ser transferidas.

m) critérios e eventos que, quando verificados, ocasionarão a suspensão,


alteração ou extinção do plano

Sem prejuízo de qualquer disposição em contrário prevista no Plano ou em Contrato de


Opção, as opções outorgadas nos termos do Plano serão extintas automaticamente,
cessando todos os seus efeitos de pleno direito, nos seguintes casos:

(a) mediante o seu exercício integral;

(b) após o decurso do prazo de vigência da opção;

(c) mediante o distrato do Contrato de Opção;

(d) se a Companhia for dissolvida, liquidada ou tiver sua falência decretada; ou

73
(e) nas hipóteses relacionadas ao desligamento do executivo da Companhia.

n) efeitos da saída do administrador dos órgãos da Companhia sobre seus


direitos previstos no plano de remuneração baseado em ações

Nas hipóteses de desligamento do Beneficiário por demissão ou rescisão do contrato de


prestação de serviços, com ou sem justa causa, renúncia ou destituição ao cargo,
aposentadoria, invalidez permanente ou falecimento, os direitos a ele conferidos de acordo
com o Plano poderão ser extintos ou modificados, conforme abaixo:

desligar-se da Companhia por vontade própria, pedindo demissão do seu emprego


ou renunciando ao seu cargo de administrador: (i) os direitos ainda não exercíveis
de acordo com o respectivo Contrato de Opção, na data do seu desligamento,
ficarão automaticamente extintos, de pleno direito, independentemente de aviso
prévio e sem direito a indenização; e (ii) os direitos já exercíveis de acordo com o
respectivo Contrato de Opção, na data do seu desligamento, poderão ser
exercidos, no prazo de 90 (noventa) dias dias contados da data de desligamento,
após o que tais direitos ficarão automaticamente extintos, de pleno direito,
independentemente de aviso prévio e sem direito a indenização;

for desligado da Companhia por vontade desta, mediante demissão por justa causa
ou destituição do seu cargo por violar os deveres e atribuições de administrador,
todos os direitos já exercíveis ou ainda não exercíveis de acordo com o respectivo
Contrato de Opção, na data do seu desligamento, ficarão automaticamente
extintos, de pleno direito, independentemente de aviso prévio e sem direito a
indenização;

for desligado da Companhia por vontade desta, mediante demissão sem justa
causa ou destituição do seu cargo sem violação dos deveres e atribuições de
administrador: (i) os direitos ainda não exercíveis de acordo com o respectivo
Contrato de Opção, na data do seu desligamento, ficarão automaticamente
extintos, de pleno direito, independentemente de aviso prévio e sem direito a
indenização; e (ii) os direitos já exercíveis de acordo com o respectivo Contrato de
Opção, na data do seu desligamento, poderão ser exercidos, no prazo de 90
(noventa) dias contados da data do desligamento, após o que tais direitos ficarão
automaticamente extintos, de pleno direito, independentemente de aviso prévio e
sem direito a indenização;

74
desligar-se da Companhia para solicitar aposentadoria, comprovada mediante
protocolo dos documentos junto ao órgão competente: (i) os direitos ainda não
exercíveis de acordo com o Contrato de Opção, na data do seu desligamento,
passarão a ser exercíveis dentro dos prazos do Contrato; e (ii) os direitos já
exercíveis de acordo com o Contrato de Opção na data do seu desligamento
permanecerão inalterados, podendo ser exercidos normalmente, nos termos do
Contrato;

na hipótese de afastamento das atividades laborais em virtude de invalidez


permanente, comprovada mediante laudo específico emitido pelo órgão
competente: (i) os direitos ainda não exercíveis de acordo com o Contrato de
Opção, na data do seu desligamento, passarão a ser exercíveis dentro dos prazos
do Contrato; e (ii) os direitos já exercíveis de acordo com o Contrato de Opção na
data do seu desligamento permanecerão inalterados, podendo ser exercidos
normalmente, nos termos do Contrato;

desligar-se da Companhia por falecimento: (i) os direitos ainda não exercíveis de


acordo com o respectivo Contrato de Opção, na data do seu falecimento, passarão
a ser exercíveis, antecipando-se o prazo de carência, podendo os herdeiros e
sucessores legais do Beneficiário exercer a respectiva opção de compra de ações,
desde que o façam no prazo de um ano, a contar da data do falecimento, após o
que tais direitos ficarão automaticamente extintos, de pleno direito,
independentemente de aviso prévio e sem direito a indenização; e (ii) os direitos
já exercíveis de acordo com o respectivo Contrato de Opção, na data do seu
falecimento, poderão ser exercidos pelos herdeiros e sucessores legais do
Beneficiário, desde que o façam no prazo de um ano a contar da data do
falecimento, após o que tais direitos ficarão automaticamente extintos,
independentemente de aviso prévio e sem direito a indenização;

for desligado da Companhia, por vontade desta, mediante demissão sem justa
causa ou destituição do seu cargo sem violação dos deveres e atribuições de
administrador, em decorrência da extinção definitiva do cargo ocupado, sem
violação dos deveres e atribuições de administrador: (i) os direitos ainda não
exercíveis de acordo com o Contrato de Opção, na data do seu desligamento,
passarão a ser automaticamente exercíveis, no prazo de 90 (noventa) dias
corridos a contar da data do desligamento, antecipando-se o prazo de carência
fixado pelo Conselho de Administração; e (ii) os direitos já exercíveis de acordo
com o Contrato de Opção na data do seu desligamento permanecerão inalterados,
podendo ser exercidos normalmente, nos termos do Contrato.

75
13.5 Informar a quantidade de ações ou cotas direta ou indiretamente detidas, no
Brasil ou no exterior, e outros valores mobiliários conversíveis em ações ou cotas,
emitidos pelo emissor, seus controladores diretos ou indiretos, sociedades
controladas ou sob controle comum, por membros do conselho de administração,
da diretoria estatutária ou do conselho fiscal, agrupados por órgão, na data de
encerramento do último exercício social
Em 31 de dezembro de 2009 os membros da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal não
eram detentores de ações de emissão da Companhia. Os membros do Conselho de
Administração possuíam 906 (novecentas e seis) ações de emissão da Companhia.

13.6 Em relação à remuneração baseada em ações reconhecida no resultado dos 3


últimos exercícios sociais e à prevista para o exercício social corrente, do conselho
de administração e da diretoria estatutária, elaborar conteúdo:
O Plano de Opção de Compra de Ações foi aprovado em Assembleia Geral Ordinária em
setembro de 2008. Em 2009 foram outorgadas 1.611.700 (um milhão, seiscentos e onze
mil e setecentas) ações aos Diretores Executivos por meio do Plano, representando uma
diluição de 0,1181% do capital da Empresa.

Em relação a cada outorga de opções de compra de ações Diluição


Valor justo potencial em
Preço médio ponderado de exercício de cada um dos das opções caso de
Nº de Prazo para
Órgão Prazo de seguintes grupos de opções na data de exercício de
Membros Quantidade que as Prazo máximo
Data de restrição à Em aberto no Perdidas Exercidas Expiradas outorga (R$ todas as
de opções opções se para exercício
outorga transferência início do durante o durante o durante o MM) opções
outorgadas tornem das opções
das ações exercício exercício exercício exercício outorgadas
exercíveis
social social social social
1/3 após 12
Diretoria Executiva 6,00 06/07/2009 1.164.700 meses, 1/3 05/07/2014 N/A R$11,250 R$11,250 0 0 R$3,86 0,0853%
após 24
meses e 1/3
Diretoria Executiva 5,00 24/09/2009 447.000 após 36 23/09/2014 N/A R$16,835 0 0 0 R$4,55 0,0328%
meses

Conselho de Administração Não aplicável o Plano de Opção de Compra de Ações

Conselho Fiscal Não aplicável o Plano de Opção de Compra de Ações

Em 2009, após realizada a primeira outorga de opções em 06 julho de 2009, devido a


renúncia de um membro da Diretoria Executiva, formam canceladas 178.800 (cento e
setenta e oito mil e oitocentas) opções de ações.

Desde a abertura de capital da Cielo, ocorreram duas outorgas para o plano de opções de
compra de ações.

76
13.7 Em relação às opções em aberto do conselho de administração e da diretoria
estatutária ao final do último exercício social, elaborar conteúdo:
O primeiro exercício poderá ocorrer a partir de 06/07/2010 para a primeira outorga
realizada em 06/07/2009 e, para a segunda outorga realizada em 24/09/2009, o primeiro
exercício poderá ocorrer a partir de 24/09/2010. O primeiro exercício das opções, de
acordo com o Plano, poderá ser de até 1/3 das opções outorgadas. Ambas as outorgas
estão destacadas e detalhadas acima, na questão 13.6.

13.8 Em relação às opções exercidas e ações entregues relativas à remuneração


baseada em ações do conselho de administração e da diretoria estatutária, nos
últimos 3 exercícios sociais, elaborar conteúdo:
Considerando que a primeira outorga ocorreu em 06/07/2009 e o primeiro exercício das
opções poderá ocorrer a partir de 06/07/2010, não há opções exercidas até o momento.

13.9 Descrição sumária das informações necessárias para a compreensão dos


dados divulgados nos itens 13.6 a 13.8, tal como a explicação do método de
precificação do valor das ações e das opções
Para determinar o valor justo das opções pelo modelo de precificação Black & Scholes, a
Companhia utilizou as seguintes premissas econômicas:

Outorga em Outorga em
julho de 2009 setembro de 2009

“Dividend yield” 6,66% 6,66%

Volatilidade do preço da ação 36,67% 36,67%

Período esperado para o exercício 4 anos 4 anos

O valor justo está sendo apropriado ao resultado do exercício e a contrapartida na reserva


de capital de forma linear pelo prazo de até 36 meses.

13.10 Em relação aos planos de previdência em vigor, conferidos aos membros do


conselho de administração e aos diretores estatutários, fornecer as seguintes
informações:

77
No que se refere o plano de previdência complementar em vigor conferidos aos Diretores
executivos, informamos, na próxima tabela, o seguinte:
a) a quantidade de Diretores executivos ativos no plano de previdência em dezembro de
cada exercício;
b) valor atualizado das contribuições acumuladas no plano de previdência complementar
até o encerramento de cada exercício, descontada a parcela relativa a contribuições
realizadas diretamente pelos estatutários; e
c) valor total da reserva acumulada das contribuições realizadas durante os exercícios,
descontada a parcela relativa a contribuições feitas diretamente pelos Diretores
Executivos.

Nos últimos três exercícios nenhum Diretor Executivo reunia as condições necessárias
para solicitar a aposentadoria complementar, considerando as seguintes condições:
idade igual ou superior a 55 anos;
ter permanecido no Plano por 10 anos ou mais
Nessas condições o Diretor Executivo poderá optar pelo recebimento de Renda Mensal
vitalícia, temporária, vitalícia com prazo mínimo garantido ou renda mensal vitalícia
reversível ao beneficiário, resultante do montante acumulado na conta individual do
participante (contribuições da empresa e do participante).
Enquanto o Diretor Executivo estiver ativo e não for elegível a aposentadoria não há
possibilidade de resgate das contribuições realizadas pela empresa.
Em caso de desligamento, será aplicada a tabela abaixo, conforme tempo de contribuição
ao plano de previdência para liberação do saldo da parte empresa:
Tempo de Contribuição % de Liberação % de Liberação
(Anos Completos) na data (destituição por (renúncia por iniciativa
da saída iniciativa da Empresa ) do Diretor )
1 20% 0%
2 40% 0%
3 60% 30%
4 80% 50%
5 100% 70%
6 100% 100%

78
13.11 Remuneração média do Conselho de Administração, da Diretoria Executiva e
do Conselho de Administração relativa aos últimos três exercícios sociais
Item não divulgado em razão de medida liminar concedida pelo MM Juízo da 5ª Vara da
Justiça Federal do Rio de Janeiro ao Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças -
Regional do Rio de Janeiro (IBEF-RJ), ao qual a Cielo é associada.

13.12 Descrição dos arranjos contratuais, apólices de seguros ou outros


instrumentos que estruturem mecanismos de remuneração ou indenização para os
administradores em caso de destituição do cargo ou de aposentadoria, indicando
quais as consequências financeiras para a Companhia
Em função do momento de mercado e condições do segmento, no valor previsto para o
ano de 2010, há um plano de retenção aplicado aos Diretores Executivos que considera
resultados do negócio e permanência dos mesmos na Empresa. O instrumento foi
recomendado pelo Comitê de Remuneração da Cielo e aprovado em Conselho de
Administração em novembro de 2009.

13.13 Em relação aos 3 últimos exercícios sociais, indicar o percentual da


remuneração total de cada órgão reconhecida no resultado da Empresa referente a
membros do conselho de administração, da diretoria estatutária ou do conselho
fiscal que sejam partes relacionadas aos controladores, diretos ou indiretos,
conforme definido pelas regras contábeis que tratam desse assunto

Conselho de Administração
Membros Indicados pelos Sócios
Membros Independentes
Controladores
Ano Valor Total Pago
% (Em relação ao % (Em relação ao
Valor Pago Valor Pago
valor total) valor total)
2007 0,26 - 0% 0,26 100%
2008 0,15 - 0% 0,15 100%
2009 0,63 0,13 20% 0,50 80%
Valores em R$ MM

79
Conselho Fiscal
Membros Indicados pelos Sócios
Membros Independentes
Controladores
Ano Valor Total Pago
% (Em relação ao % (Em relação ao
Valor Pago Valor Pago
valor total) valor total)
2007 0,31 - 0% 0,26 100%
2008 0,22 - 0% 0,15 100%
2009 0,28 0,01 3% 0,27 97%
Valores em R$ MM

Não há parte relacionada na Diretoria Executiva.

13.14. Em relação aos 3 últimos exercícios sociais, indicar os valores reconhecidos


no resultado da Companhia como remuneração de membros do conselho de
administração, da diretoria estatutária ou do conselho fiscal, agrupados por órgão,
por qualquer razão que não a função que ocupam, como por exemplo, comissões e
serviços de consultoria ou assessoria prestados
Não aplicável.

13.15. Em relação aos 3 últimos exercícios sociais, indicar os valores reconhecidos


no resultado de controladores, diretos ou indiretos, de sociedades sob controle
comum e de controladas da Companhia, como remuneração de membros do
conselho de administração, da diretoria estatutária ou do conselho fiscal do
emissor, agrupados por órgão, especificando a que título tais valores foram
atribuídos a tais indivíduos
Não aplicável.

13.16. Outras Informações Relevantes


O Plano de Opções de Compra de Ações da Cielo permite que a Diretoria Executiva e os
empregados da Companhia, a partir de determinadas condições, recebam opções de
compra de ações da Companhia. Esse plano tem por objetivo estimular e reconhecer a
contribuição individual para e a consecução dos objetivos da Companhia, alinhar os
interesses dos acionistas aos dos administradores e empregados da Companhia, e
possibilitar à Companhia capacidade para atrair e reter os talentos necessários para o
sucesso da Companhia. Estes objetivos são alcançados em função do ganho conseguido
através do exercício das opções estar diretamente relacionado ao aumento do valor da
Companhia no mercado de capitais. O Plano de Opção de Compra de Ações da Cielo

80
permite o exercício de 1/3 do número opções outorgadas após decorridos 12 meses da
data da outorga, mais 1/3 após 24 meses e mais 1/3 após 36 meses, podendo as opções
serem exercidas no prazo máximo de 60 meses da data de outorga. Este Plano foi
aprovado em Assembleia Geral Ordinária em setembro de 2008 e as outorgas individuais
são aprovadas pelo Conselho de Administração, respeitando o limite de diluição do capital
da empresa em 0,3% (zero vírgula três por cento) por outorga e 2% (dois por cento) para
o total das outorgas.

81

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