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Formalização de Petição ADPF Lei Ficha Limpa

Ministério Público Federal


Procuradoria da República no Rio de Janeiro
Av. Nilo Peçanha nº 31
Centro – Rio de Janeiro – RJ
CEP 20020-100
Tel. 2107-8300 Protocolo 130801010523201024 em 22/06/2010 às 13:15

Excelentíssimo Procurador-Chefe,

Tendo em vista o que consta do site Ministério Público Federal –


Procuradoria no Rio de Janeiro, abaixo reproduzido.

http://www.prrj.mpf.gov.br/institucional_Procuradoria.html

O Ministério Público Federal fiscaliza o cumprimento das leis federais.


Atua como advogado da sociedade, defendendo os interesses coletivos.

O Ministério Público Federal oficia em diversas áreas da Justiça


Federal. A atuação judicial dos procuradores da República se sucede
perante a primeira instância da Justiça Federal. Na segunda instância,
perante os Tribunais Regionais Federais, o Ministério Público Federal é
representado pelos Procuradores Regionais da República.

A Constituição de 1988 (art. 127) define o órgão como instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe
a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais individuais indisponíveis. Além da Constituição Federal, a
atuação do Ministério Público Federal está regulada pela Lei
Complementar nº 75/93.

No exercício das funções de custos legis, o Ministério Público


Federal intervém como fiscal do cumprimento da lei em em processos
que tramitam na Justiça Federal: mandados de segurança, usucapião,
desapropriação, ação popular, alimentos e todas as ações em que haja
interesse de incapaz ou seja de interesse público.

Venho, MUI RESPEITOSAMENTE, formalizar Nesta Procuradoria a


Petição Sugestão de “Arguimento de Descumprimento de Preceito
Fundamental’ relacionado à LEI COMPLEMENTAR Nº 135, DE 4 DE
JUNHO DE 2010, Altera a Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990,
que estabelece, de acordo com o § 9o do art. 14 da Constituição Federal,
casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras
providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger
a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

1ª Premissa de Descumprimento: Consta na Constituição da República


Federativa do Brasil, promulgada em 1988, conforme Reprodução Parcial
da Constituição Federal (Anexo I):

PREÂMBULO - Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em


Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático,
destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a
justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Conforme o Documento A Constituição e o Supremo, podemos, e devemos,


ressaltar:

...mas a sociedade haverá de se organizar segundo aqueles valores...


... ‘Assegurar’, tem, no contexto, função de garantia dogmático-
constitucional; não, porém, de garantia dos valores abstratamente

considerados, mas do seu ‘exercício’ ...


...prescrever ao Estado uma ação em favor da efetiva realização dos ditos
valores em direção (função diretiva) ...

...dão a esses valores conteúdo específico’...


Entendemos então, que o movimento que recolheu mais de 1.300.000
assinaturas, e que por isso, possibilitou a entrega do projeto de lei de
iniciativa popular para votação na Câmara dos Deputados e, posteriormente,
no Senado, deve no mínimo, ser encarado como uma “prescrição ao Estado
uma ação em favor da efetiva realização dos ditos valores em direção” à
uma, necessária, representação com qualidade Ética e Moral, nos diversos
Cargos Eletivos, sejam Majoritários ou Proporcionais.

2ª Premissa de Descumprimento: Consta da Constituição da República


Federativa do Brasil, promulgada em 1988, conforme Reprodução Parcial
da Constituição Federal (Anexo I):
Art. 1. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

III - iniciativa popular

Entendemos então, que o movimento que recolheu mais de 1.300.000


assinaturas, e que por isso, possibilitou a entrega do projeto de lei de
iniciativa popular para votação na Câmara dos Deputados e, posteriormente,
no Senado, deve no mínimo, ser encarado como um usufruto do “poder que
emana do povo”, no contexto “exercido diretamente”, em favor da efetiva
realização dos ditos valores em direção” à uma, necessária, representação
com qualidade Ética e Moral, nos diversos Cargos Eletivos, sejam
Majoritários ou Proporcionais.

3ª Premissa de Descumprimento: Consta da Constituição da República


Federativa do Brasil, promulgada em 1988:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:

c) a soberania dos veredictos;

Entendemos então, que o movimento que recolheu mais de 1.300.000


assinaturas, e que por isso, possibilitou a entrega do projeto de lei de
iniciativa popular para votação na Câmara dos Deputados e, posteriormente,
no Senado, deve no mínimo, ser encarado como um usufruto do “poder que
emana do povo”, no contexto “exercido diretamente”, em favor da efetiva
realização dos ditos valores em direção” à uma, necessária, representação
com qualidade Ética e Moral, nos diversos Cargos Eletivos, sejam
Majoritários ou Proporcionais, principalmente, quando reconhece que
qualquer Instância é Legítima, e por isso, Digna em possuir Mérito para tal..

4ª Premissa de Descumprimento: Consta da LEI COMPLEMENTAR Nº


135, DE 4 DE JUNHO DE 2010 (Reprodução no ANEXO II):

A Expressão “ou proferida por órgão judicial colegiado”, constante em vários pontos, nos
apresenta que qualquer decisão proferida por um Juiz Singular, a Primeira Instância do
Judiciário Brasileiro, NÃO TEM competência para definir ou identificar culpabilidade razoável
para a INELEGIBILIDADE provisória.
Entendemos então, que o movimento que recolheu mais de 1.300.000
assinaturas, e que por isso, possibilitou a entrega do projeto de lei de
iniciativa popular para votação na Câmara dos Deputados e, posteriormente,
no Senado, deve no mínimo, ser encarado como um usufruto do “poder que
emana do povo”, no contexto “exercido diretamente”, em favor da efetiva
realização dos ditos valores em direção” à uma, necessária, representação
com qualidade Ética e Moral, nos diversos Cargos Eletivos, sejam
Majoritários ou Proporcionais, principalmente, quando reconhece que
qualquer Instância é Legítima, e por isso, Digna em possuir Mérito para tal..

Algo que a ”obrigatoriedade de um Colegiado”, apenas e tão somente,


FERE DE MORTE o princípio da “Soberania dos veredictos”, ao não
reconhecer a competência, a autoridade, a própria legitimidade, do veredicto
de um Juiz Singular.

O colocado acima me permite afirmar que esta “limitação” foi


“concebida” sob a égide da conveniência , “corporativista”, em “proveito
próprio”.

5ª Premissa de Descumprimento: Consta da LEI COMPLEMENTAR Nº


135, DE 4 DE JUNHO DE 2010 (Reprodução no ANEXO II):

“Art. 2o A Lei Complementar no 64, de 1990, passa a vigorar com as seguintes


alterações: m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão
sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-
profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou
suspenso pelo Poder Judiciário;”

Entendemos então, que o movimento que recolheu mais de 1.300.000


assinaturas, e que por isso, possibilitou a entrega do projeto de lei de
iniciativa popular para votação na Câmara dos Deputados e, posteriormente,
no Senado, deve no mínimo, ser encarado como um usufruto do “poder que
emana do povo”, no contexto “exercício diretamente”, em favor da efetiva
realização dos ditos valores em direção” à uma, necessária, representação
com qualidade Ética e Moral, nos diversos Cargos Eletivos, sejam
Majoritários ou Proporcionais, principalmente, quando reconhece que
qualquer Instância é Legítima, e por isso, Digna em possuir Mérito para tal..

Algo louvável, que vai ao encontro do proposto, que nos apresenta,


por exemplo, a concreta competência da OAB de definir e identificar
culpabilidade razoável para a INELIBILIDADE provisória. Afinal, quem não
esta em condições Éticas e Morais para exercer uma Profissão,
claramente, não deverá estar em condições Éticas e Morais para exercer
qualquer Cargo Eletivo, seja ele Proporcional ou Majoritário.

Contudo, esta situação, nos apresenta, o realce, o surrealismo que é a


possibilidade de uma entidade, como por exemplo, a OAB, que não possui
qualquer subordinação (administrativa ou funcional) com o Estado
Brasileiro ser capaz de definir e identificar culpabilidade razoável para a
INELIGIBILIDADE provisória, em detrimento, do ESTADO-JUIZ,
representado pelo JUIZ SINGULAR. Algo que de forma contundente e
inquestionável, apenas e tão somente, FERE DE MORTE o princípio da
“Soberania dos veredictos”, ao não reconhecer a competência, a autoridade,
a própria legitimidade, do veredicto do ESTADO-JUIZ, representado por um
Juiz Singular.

Quando o colocado é “salvo se o ato houver sido anulado ou


suspenso pelo Poder Judiciário”, uma pergunta não quer se calar: Será que
esta anulação ou suspensão pode ser decidida pelo Estado-Juiz
representado por um Juiz Singular? Tal parte da premissa, de que um
surrealismo MAIOR, pode estar sendo apresentado, onde um Juiz Singular
não é competente para definir e identificar culpabilidade razoável para a
INELIGIBILIDADE provisória, mas, no entanto, É COMPETENTE para
ANULAR ou SUSPENDER culpabilidade identificada.

6ª Premissa de Descumprimento: Reprodução parcial do Documento A


Constituição e o Supremo (Reprodução no Anexo III):

Onde apresentamos o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre


vários aspectos relacionados diretamente a questão, dos quais destacamos:

“Devem ser postos em relevo os valores que norteiam a Constituição e que


devem servir de orientação para a correta interpretação e aplicação das
normas constitucionais e apreciação da subsunção, ou não, da Lei n. 8.899/94
a elas. Vale, assim, uma palavra, ainda que brevíssima, ao Preâmbulo da
Constituição, no qual se contém a explicitação dos valores que dominam a obra
constitucional de 1988 (...). Não apenas o Estado haverá de ser convocado
para formular as políticas públicas que podem conduzir ao bem-estar, à
igualdade e à justiça, mas a sociedade haverá de se organizar segundo
aqueles valores, a fim de que se firme como uma comunidade fraterna,
pluralista e sem preconceitos (...). E, referindo-se, expressamente, ao
Preâmbulo da Constituição brasileira de 1988, escolia José Afonso da Silva
que ‘O Estado Democrático de Direito destina-se a assegurar o exercício
de determinados valores supremos. ‘Assegurar’, tem, no contexto, função
de garantia dogmático-constitucional; não, porém, de garantia dos
valores abstratamente considerados, mas do seu ‘exercício’. Este signo
desempenha, aí, função pragmática, porque, com o objetivo de ‘assegurar’,
tem o efeito imediato de prescrever ao Estado uma ação em favor da
efetiva realização dos ditos valores em direção (função diretiva) de
destinatários das normas constitucionais que dão a esses valores
conteúdo específico’ (...). Na esteira destes valores supremos explicitados no
Preâmbulo da Constituição brasileira de 1988 é que se afirma, nas normas
constitucionais vigentes, o princípio jurídico da solidariedade.” (ADI
2.649, voto da Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 8-5-2008, Plenário,
DJE de 17-10-2008.)

“Em conclusão, o Tribunal, por maioria, julgou procedente pedido formulado em


ação declaratória de constitucionalidade, proposta pelo Presidente da
República e pelas Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados,
para declarar a constitucionalidade do art. 1º da Lei 9.494/1997 (...). Entendeu-
se, tendo em vista a jurisprudência do STF no sentido da admissibilidade de
leis restritivas ao poder geral de cautela do juiz, desde que fundadas no critério
da razoabilidade, que a referida norma não viola o princípio do livre acesso ao
Judiciário (CF, art. 5º, XXXV). O Min. Menezes Direito, acompanhando o
Relator, acrescentou aos seus fundamentos que a tutela antecipada é criação
legal, que poderia ter vindo ao mundo jurídico com mais exigências do que
veio, ou até mesmo poderia ser revogada pelo legislador ordinário. Asseverou
que seria uma contradição afirmar que o instituto criado pela lei oriunda
do Poder Legislativo competente não pudesse ser revogada, substituída
ou modificada, haja vista que isto estaria na raiz das sociedades
democráticas, não sendo admissível trocar as competências distribuídas
pela CF. Considerou que o Supremo tem o dever maior de interpretar a
Constituição, cabendo-lhe dizer se uma lei votada pelo Parlamento está
ou não em conformidade com o Texto Magno, sendo imperativo que, para
isso, encontre a viabilidade constitucional de assim proceder. Concluiu
que, no caso, o fato de o Congresso Nacional votar lei, impondo condições
para o deferimento da tutela antecipada, instituto processual nascido do
processo legislativo, não cria qualquer limitação ao direito do magistrado
enquanto manifestação do Poder do Estado, presente que as limitações
guardam consonância com o sistema positivo. Frisou que os limites para
concessão de antecipação da tutela criados pela lei sob exame não discrepam
da disciplina positiva que impõe o duplo grau obrigatório de jurisdição nas
sentenças contra a União, os Estados e os Municípios, bem assim as
respectivas autarquias e fundações de direito público, alcançando até mesmo
os embargos do devedor julgados procedentes, no todo ou em parte, contra a
Fazenda Pública, não se podendo dizer que tal regra seja inconstitucional. Os
Ministros Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Ellen Gracie e Gilmar
Mendes incorporaram aos seus votos os adendos do Min. Menezes Direito.”
(ADC 4, Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em 1º-10-2008,
Plenário, Informativo 522.)

O colocado acima me permite afirmar que o Poder Judiciário, tem a


competência de eliminar qualquer resquício de qualquer legislação ser
“concebida” sob a égide da conveniência em “proveito próprio”.

7ª Premissa de Descumprimento: Esta formalização completa de forma


inequívoca a “Formalização de Petições/Sugestão encaminhadas”, com
o Protocolo 130801008388201057 em 20/05/2010 às 11:20.

Tal, tem a pretensão, de PROVOCAR, o Ministério Público Federal,


através do Procurador-Geral da República, ora representado pelo
Procurador-Chefe no Rio de Janeiro, a no mínimo, avaliar e se manifestar,
SOBRE e COM BASE no Direito Constituído, quanto ao mérito das
questões, intrinsecamente, apresentadas e sugeridas, nos diversos
documentos relacionados, e reproduzidos em anexo.

Portanto, SUGERIMOS que Esta Procuradoria envida TODOS os


esforços, utilizando de TODOS os meios que dispuser, para que o projeto de
lei de iniciativa popular tenha a amplitude de Reconhecer que o Estado-
Juiz, representado pela Autoridade de um Juiz Singular, tenha a
competência de definir e identificar culpabilidade razoável para a
INELIBILIDADE provisória, como o aceitável no “Art. 2o A Lei
Complementar no 64, de 1990, passa a vigorar com as seguintes
alterações: m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por
decisão sancionatória do órgão profissional competente, em
decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos,
salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder
Judiciário;”

Atenciosamente,

Plinio Marcos Moreira da Rocha


Rua Gustavo Sampaio nº 112 apto. 603
LEME – Rio de Janeiro - RJ
CEP 20010-010
Tel. (21) 2542-7710
Anexos:
I – Reprodução Parcial da Constituição Federal
II – LEI COMPLEMENTAR Nº 135, DE 4 DE JUNHO DE 2010
III – A Constituição e o Supremo (Reprodução Parcial)
IV – REITERAÇÃO Petição STF ANULACAO Decisão Candidatos
V – Sugestão TSE Substituição Renuncia
VI – Cópia da Carteira de Trabalho 2436241/002-0/RJ emitida em 22/05/2007

Analista de Sistemas, presumivelmente, único Brasileiro COMUM, que


mesmo não tendo nível superior completo (interrompi o Curso de Executivo,
com o primeiro semestre completo, em 1977), portanto, não sendo Advogado,
nem Bacharel, nem Estudante de Direito, teve suas práticas inscritas na 6ª
edição do Prêmio INNOVARE, calcadas no CAOS JURÍDICO que tem como
premissa base o PURO FAZER DE CONTAS, reconhecidas, e DEFERIDAS
pelo Conselho Julgador, conforme documento INNOVARE - Um Brasileiro
COMUM no meio Jurídico,
http://www.scribd.com/doc/24252669/INNOVARE-Um-Brasileiro-COMUM-
no-meio-Juridico
ANEXO I – Reprodução Parcial da Constituição Federal

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte


para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais
e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a
justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a
solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

A Expressão “ou proferida por órgão judicial colegiado”, nos apresenta que a Primeira
Instância, do Judiciário Brasileiro, não tem competência para definir ou identificar culpabilidade.

m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão


profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito)
anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;
ANEXO II – Reprodução da Lei Complementar nº135, de 4 de Junho de 2010

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp135.htm
LEI COMPLEMENTAR Nº 135, DE 4 DE JUNHO DE 2010

Altera a Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o §
9o do art. 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina
outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade
administrativa e a moralidade no exercício do mandato.

Art. 1o Esta Lei Complementar altera a Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990,
que estabelece, de acordo com o § 9o do art. 14 da Constituição Federal, casos de
inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências.

Art. 2o A Lei Complementar no 64, de 1990, passa a vigorar com as seguintes


alterações:

“Art. 1o ...................................................................................................................................

I – ............................................................................................................................................

....................................................................................................................................................

c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-


Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição
Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições
que se realizarem durante o período remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes ao
término do mandato para o qual tenham sido eleitos;

d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral,
em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração
de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido
diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;

e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão


judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o
cumprimento da pena, pelos crimes:

1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;

2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei


que regula a falência;

3. contra o meio ambiente e a saúde pública;

4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;

5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à


inabilitação para o exercício de função pública;

6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;


7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;

8. de redução à condição análoga à de escravo;

9. contra a vida e a dignidade sexual; e

10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;

f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8
(oito) anos;

g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas
por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por
decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo
Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a
partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição
Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem
agido nessa condição;

h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que


beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem
condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;

..........................................................................................................................

j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão


colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por
doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos
agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma,
pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição;

k) o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os


membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das
Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de
representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a
dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito
Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período
remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao
término da legislatura;

l) os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em


julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade
administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a
condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o
cumprimento da pena;

m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do


órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo
de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;

n) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão


judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de
união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após a
decisão que reconhecer a fraude;
o) os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou
judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso
ou anulado pelo Poder Judiciário;

p) a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais


tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça
Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento previsto
no art. 22;

q) os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados


compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que
tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo
administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos;

...........................................................................................................................................

§ 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes
culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de
ação penal privada.

§ 5o A renúncia para atender à desincompatibilização com vistas a candidatura a cargo eletivo


ou para assunção de mandato não gerará a inelegibilidade prevista na alínea k, a menos que a
Justiça Eleitoral reconheça fraude ao disposto nesta Lei Complementar.” (NR)

“Art. 15. Transitada em julgado ou publicada a decisão proferida por órgão colegiado que
declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver sido
feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido.

Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput, independentemente da apresentação de


recurso, deverá ser comunicada, de imediato, ao Ministério Público Eleitoral e ao órgão da
Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e expedição de diploma do réu.”
(NR)

“Art. 22. ................................................................................................................................

..................................................................................................................................................

XIV – julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o
Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a
prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos
8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou
diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo
desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a
remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se
for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie
comportar;

XV – (revogado);

XVI – para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o fato
alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam.

............................................................................................................................................” (NR)

“Art. 26-A. Afastada pelo órgão competente a inelegibilidade prevista nesta Lei Complementar,
aplicar-se-á, quanto ao registro de candidatura, o disposto na lei que estabelece normas para
as eleições.”
“Art. 26-B. O Ministério Público e a Justiça Eleitoral darão prioridade, sobre quaisquer outros,
aos processos de desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade até que
sejam julgados, ressalvados os de habeas corpus e mandado de segurança.

§ 1o É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar de cumprir qualquer prazo


previsto nesta Lei Complementar sob alegação de acúmulo de serviço no exercício das funções
regulares.

§ 2o Além das polícias judiciárias, os órgãos da receita federal, estadual e municipal, os


tribunais e órgãos de contas, o Banco Central do Brasil e o Conselho de Controle de Atividade
Financeira auxiliarão a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral na apuração dos delitos
eleitorais, com prioridade sobre as suas atribuições regulares.

§ 3o O Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público e as


Corregedorias Eleitorais manterão acompanhamento dos relatórios mensais de atividades
fornecidos pelas unidades da Justiça Eleitoral a fim de verificar eventuais descumprimentos
injustificados de prazos, promovendo, quando for o caso, a devida responsabilização.”

“Art. 26-C. O órgão colegiado do tribunal ao qual couber a apreciação do recurso contra as
decisões colegiadas a que se referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1o poderá, em
caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que existir plausibilidade da pretensão
recursal e desde que a providência tenha sido expressamente requerida, sob pena de
preclusão, por ocasião da interposição do recurso.

§ 1o Conferido efeito suspensivo, o julgamento do recurso terá prioridade sobre todos os


demais, à exceção dos de mandado de segurança e de habeas corpus.

§ 2o Mantida a condenação de que derivou a inelegibilidade ou revogada a suspensão liminar


mencionada no caput, serão desconstituídos o registro ou o diploma eventualmente
concedidos ao recorrente.

§ 3o A prática de atos manifestamente protelatórios por parte da defesa, ao longo da


tramitação do recurso, acarretará a revogação do efeito suspensivo.”

Art. 3o Os recursos interpostos antes da vigência desta Lei Complementar poderão ser
aditados para o fim a que se refere o caput do art. 26-C da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio
de 1990, introduzido por esta Lei Complementar.

Art. 4o Revoga-se o inciso XV do art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990.

Art. 5o Esta Lei Complementar entra em vigor na data da sua publicação.

Brasília, 4 de junho de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
Luis Inácio Lucena Adams
ANEXO III – Reprodução parcial do documento A Constituição e o Supremo

http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp

PREÂMBULO

“Devem ser postos em relevo os valores que norteiam a Constituição e


que devem servir de orientação para a correta interpretação e aplicação
das normas constitucionais e apreciação da subsunção, ou não, da Lei n.
8.899/94 a elas. Vale, assim, uma palavra, ainda que brevíssima, ao
Preâmbulo da Constituição, no qual se contém a explicitação dos valores
que dominam a obra constitucional de 1988 (...). Não apenas o Estado
haverá de ser convocado para formular as políticas públicas que podem
conduzir ao bem-estar, à igualdade e à justiça, mas a sociedade haverá de
se organizar segundo aqueles valores, a fim de que se firme como uma
comunidade fraterna, pluralista e sem preconceitos (...). E, referindo-se,
expressamente, ao Preâmbulo da Constituição brasileira de 1988, escolia
José Afonso da Silva que ‘O Estado Democrático de Direito destina-se a
assegurar o exercício de determinados valores supremos. ‘Assegurar’, tem,
no contexto, função de garantia dogmático-constitucional; não, porém, de
garantia dos valores abstratamente considerados, mas do seu ‘exercício’.
Este signo desempenha, aí, função pragmática, porque, com o objetivo de
‘assegurar’, tem o efeito imediato de prescrever ao Estado uma ação em
favor da efetiva realização dos ditos valores em direção (função diretiva)
de destinatários das normas constitucionais que dão a esses valores
conteúdo específico’ (...). Na esteira destes valores supremos explicitados
no Preâmbulo da Constituição brasileira de 1988 é que se afirma, nas
normas constitucionais vigentes, o princípio jurídico da solidariedade.” (ADI
2.649, voto da Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 8-5-2008, Plenário,
DJE de 17-10-2008.)

TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

“Separação dos poderes. Possibilidade de análise de ato do Poder


Executivo pelo Poder Judiciário. (...) Cabe ao Poder Judiciário a análise da
legalidade e constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e,
em vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação.” (AI
640.272-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 2-10-2009,
Primeira Turma, DJ de 31-10-2007.) No mesmo sentido: AI 746.260-AgR,
Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 9-6-2009, Primeira Turma, DJE de
7-8-2009.

“Em conclusão, o Tribunal, por maioria, julgou procedente pedido


formulado em ação declaratória de constitucionalidade, proposta pelo
Presidente da República e pelas Mesas do Senado Federal e da Câmara
dos Deputados, para declarar a constitucionalidade do art. 1º da Lei
9.494/1997 (...). Entendeu-se, tendo em vista a jurisprudência do STF no
sentido da admissibilidade de leis restritivas ao poder geral de cautela do
juiz, desde que fundadas no critério da razoabilidade, que a referida
norma não viola o princípio do livre acesso ao Judiciário (CF, art. 5º,
XXXV). O Min. Menezes Direito, acompanhando o Relator, acrescentou
aos seus fundamentos que a tutela antecipada é criação legal, que
poderia ter vindo ao mundo jurídico com mais exigências do que veio, ou
até mesmo poderia ser revogada pelo legislador ordinário. Asseverou que
seria uma contradição afirmar que o instituto criado pela lei oriunda do Poder
Legislativo competente não pudesse ser revogada, substituída ou
modificada, haja vista que isto estaria na raiz das sociedades
democráticas, não sendo admissível trocar as competências distribuídas
pela CF. Considerou que o Supremo tem o dever maior de interpretar a
Constituição, cabendo-lhe dizer se uma lei votada pelo Parlamento está ou
não em conformidade com o Texto Magno, sendo imperativo que, para isso,
encontre a viabilidade constitucional de assim proceder. Concluiu que, no
caso, o fato de o Congresso Nacional votar lei, impondo condições para o
deferimento da tutela antecipada, instituto processual nascido do
processo legislativo, não cria qualquer limitação ao direito do magistrado
enquanto manifestação do Poder do Estado, presente que as limitações
guardam consonância com o sistema positivo. Frisou que os limites para
concessão de antecipação da tutela criados pela lei sob exame não
discrepam da disciplina positiva que impõe o duplo grau obrigatório de
jurisdição nas sentenças contra a União, os Estados e os Municípios, bem
assim as respectivas autarquias e fundações de direito público,
alcançando até mesmo os embargos do devedor julgados procedentes,
no todo ou em parte, contra a Fazenda Pública, não se podendo dizer que
tal regra seja inconstitucional. Os Ministros Ricardo Lewandowski,
Joaquim Barbosa, Ellen Gracie e Gilmar Mendes incorporaram aos seus
votos os adendos do Min. Menezes Direito.” (ADC 4, Rel. p/ o ac. Min.
Celso de Mello, julgamento em 1º-10-2008, Plenário, Informativo 522.)

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do


Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

“Enquanto os direitos de primeira geração (direitos civis e políticos) – que


compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais – realçam o
princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos
econômicos, sociais e culturais) – que se identifica com as liberdades
positivas, reais ou concretas – acentuam o princípio da igualdade, os
direitos de terceira geração, que materializam poderes de titularidade
coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais,
consagram o princípio da solidariedade e constituem um momento
importante no processo de desenvolvimento, expansão e reconhecimento
dos direitos humanos, caracterizados, enquanto valores fundamentais
indisponíveis, nota de uma essencial inexauribilidade.” (MS 22.164, Rel.
Min. Celso de Mello, julgamento em 30-10-1995, Plenário, DJ de 17-11-
1995.)

“O princípio da isonomia, que se reveste de auto-aplicabilidade, não é –


enquanto postulado fundamental de nossa ordem político-jurídica –
suscetível de regulamentação ou de complementação normativa. Esse
princípio – cuja observância vincula, incondicionalmente, todas as
manifestações do Poder Público – deve ser considerado, em sua precípua
função de obstar discriminações e de extinguir privilégios (RDA 55/114),
sob duplo aspecto: (a) o da igualdade na lei; e (b) o da igualdade perante
a lei. A igualdade na lei – que opera numa fase de generalidade puramente
abstrata – constitui exigência destinada ao legislador que, no processo de
sua formação, nela não poderá incluir fatores de discriminação,
responsáveis pela ruptura da ordem isonômica. A igualdade perante a lei,
contudo, pressupondo lei já elaborada, traduz imposição destinada aos
demais poderes estatais, que, na aplicação da norma legal, não poderão
subordiná-la a critérios que ensejem tratamento seletivo ou
discriminatório. A eventual inobservância desse postulado pelo legislador
imporá ao ato estatal por ele elaborado e produzido a eiva de
inconstitucionalidade.” (MI 58, Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento
em 14-12-1990, Plenário, DJ de 19-4-1991.)
IV – REITERAÇÃO Petição STF ANULACAO Decisão Candidatos

http://www.scribd.com/doc/22392109/REITERACAO-Peticao-STF-
ANULACAO-Decisao-Candidatos , onde Estamos reiterando tentativa
de provocar o Poder Constituído Responsável em Zelar, Preservar e Fazer
CUMPRIR o Direito Constituído, em função de NOVO FATO, a reconhecer
que, pelo menos, a Condenação em Primeira Instância, enquanto perdurar,
deva impedir o Registro de qualquer Candidato a cargo eletivo, uma vez
que, o Preceito Fundamental de ser assegurado a soberania dos
Veredictos tem peso significante frente às mais de 1.300.000 assinaturas
colhidas pelo "MMCE" relativas ao Projeto "Ficha Limpa".
V – Sugestão TSE Substituição Renuncia

http://www.scribd.com/doc/2218376/Sugestao-TSE-Substituicao-
Renuncia, onde Apresento uma proposta de critério de substituição de
Parlamentar Cassado, ou que tenha Renunciado, uma vez que, entendo
que nestes casos não deveria ser utilizado o critério de suplência.

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