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Introdução
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Alunas da graduação do Curso de Pedagogia: Docência e Gestão Educacional, da Universidade Estadual do
Centro-Oeste (UNICENTRO).
Grande do Sul (UFRGS). Em 1974, a Universidade de Campinas (UNICAMP) desenvolveu o
primeiro software brasileiro voltado para a educação superior. Em 1975, divulgou-se no Brasil
uma linguagem de programação interpretada, desenvolvida principalmente para crianças e
jovens, conhecida como LOGO2. Este programa foi desenvolvido por Seymour Papert e Marvin
Minsky.
Em 1981 e 1982 aconteceram o I e o II Seminário Nacional de Informática na Educação e
a Oficina Intergovernamental para Informática (IBI). Desses seminários foi tomada a decisão de
implantação de um Programa de Informática na Educação, que originou o EDUCOM, que foi
implantado em 1985 nas Universidades Federais de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco,
Rio Grande do Sul e na Universidade Estadual de Campinas.
O desenvolvimento das novas tecnologias na educação foi aumentando, ao passo que em
1997 foi criado o Programa de Informática na Educação – PROINFO e os Núcleos de
Tecnologia Educacional – NTE. É importante ressaltar que a criação desses programas aconteceu
paralelamente a implantação da LDB 9.394/1996, que em seu Título VI descreve onde se dará a
formação dos Profissionais da Educação, abrindo espaço para oferta da Educação à Distância.
A disseminação das novas tecnologias no âmbito educacional é desejada e proclamada
em diversos documentos educacionais do país que buscam, principalmente, uma relação próxima
com a formação dos professores que irão atuar na Educação Básica.
No entanto, cabe lembrar que a produção e o desenvolvimento das novas tecnologias da
informação e comunicação não acontecem no mesmo ritmo que a sua distribuição, e é com essa
contradição (entre o que é produzido e o que é distribuído) que a educação brasileira precisa
conviver em seu cotidiano escolar e universitário.
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Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Logo>. Acesso em 11/04/2010.
municipais. São caracterizados como sendo um centro de capacitação de professores em
informática educativa e cada NTE presta assistência às escolas que fazem parte do ProInfo.
Em todo Brasil existem atualmente 259 NTEs, com 1.419 professores multiplicadores
(um especialista em capacitação de professores de escolas para o uso da telemática), 20.557
professores de escola e 302 técnicos.
Nota-se que um número significativo de professores está tendo contato com as novas
tecnologias por meio de programas governamentais. No entanto, esse número ainda é baixo para
a quantidade de professores existente no país. Ao total, são 2,6 milhões de professores na
Educação Básica e Superior (INEP, 2003)3.
O contato dos professores com as novas tecnologias da informação e comunicação é
pequeno. Muitos têm acesso ao computador somente quando vão digitar documentos acadêmicos
e nisso resume-se a interação do professor com as tecnologias.
A formação dos professores, seja ela inicial ou continuada, deve estar ligada as
objetivações mais elevadas da humanidade. E por que motivo ainda não é possível se efetivar tal
formação? A causa tem como base a estrutura econômica que não permite que todas as
sociedades tenham acesso igualitário as produções humanas, sejam elas culturais, sociais e
tecnológicas.
As políticas educacionais brasileiras proclamam aquilo que não pode ser assegurado na
prática pela falta de investimentos. Aliar novas tecnologias e formação de professores só surtirá
efeitos positivos para a educação quando esse contato não for um fim, e sim, um meio.
As novas tecnologias são instrumentos que podem ter resultados inimagináveis para o
desenvolvimento do homem em todas as suas dimensões. No entanto, como garantir isso se as
condições mínimas de formação estão sendo negadas nas instituições de formação de
professores? O conteúdo é substituído pela informação, os professores presenciais são
substituídos por tutores online e a formação torna-se apenas um processo de certificação.
Nesse contexto, onde alguns apontam os benefícios e outros os malefícios, qual a
realidade que está posta para as novas tecnologias na educação brasileira serem introduzidas? A
resposta está no contexto escolar e universitário, onde nem alunos e nem professores tem a
familiaridade e nem as condições necessárias para trabalhar com essa fração do conhecimento
humano.
Considerações Finais
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Disponível em < http://www.inep.gov.br/imprensa/noticias/outras/2news03_37.htm>. Acesso em: 11/04/2010.
As únicas considerações possíveis de serem adotadas nesta breve exposição sobre as
novas tecnologias da informação e comunicação e sua relação com a formação de professores no
Brasil, é considerar a ingenuidade de um projeto que não pode atingir a todos de forma
igualitária, a fragmentação da formação do professor e a grande distância entre o que é
imaginado e o que pode ser efetivado.
Formar professores com base sólida de conhecimento sobre/com as novas tecnologias é
tarefa quase que impossível em um país que não democratizou o ensino e a formação na sua
forma mais primitiva. Ainda faltam salas de aula, cadeiras, mesas, quadros-negros, energia
elétrica, giz, papel, lápis e borrachas. Ainda falta a qualidade aplicada ao mínimo.
Não se pode imaginar a aplicação de um projeto que alie formação e tecnologia com um
contexto brasileiro onde algumas escolas nem energia elétrica possuem. Se não há sequer a
energia elétrica como as políticas educacionais querem proclamar igualdade de distribuição das
novas tecnologias para alunos e professores?
A utilização das novas tecnologias seria muito eficiente no processo de formação de
professores no Brasil se estivessem garantidas as condições mínimas de se promover educação.
Este é mais um projeto da classe burguesa que não se aplica qualitativamente à educação da
classe trabalhadora.
Referências Bibliográficas
BRASIL. LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20
de dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996.