MASTER UNIVERSITARIO EN ALTO

RENDIMIENTO DEPORTIVO
PROMOCIÓN 2007

Estudo Comparativos dos

Valores dos Indicadores
Tácticos de Ataque em
Diferença Numérica Estática
Temporária Simples em
Waterpolo Masculino em
Competições de Distinto
Nível

ALUNO: P AULO J ORGE T EJO

ORIENTADOR: Francisco Sánchez Sánchez

DATA: Abril de 2010

 MASTER EN ALTO RENDIMIENTO DEPORTIVO

PROMOCIÓN 2007

Estudo Comparativos dos Valores dos Indicadores Tácticos de

Ataque em Diferença Numérica Estática Temporária Simples em
Waterpolo Masculino em Competições de Distinto Nível

Aluno: Paulo Jorge Tejo

Orientador: Francisco Sánchez Sánchez

Data: Abril de 2010

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O Homem é do tamanho do seu sonho

Fernando Pessoa

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Para os meus amores, sem as quais

nada disto teria sentido.

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Agradecimentos

Ao Professor Francisco Sánchez pela dedicada orientação e que me ensinou a ver a

minha modalidade sob uma nova perspectiva.

Ao “Quico” Argudo cuja paixão pelo jogo me ajudou a concretizar o meu sonho.

Aos meus Colegas cuja competência é um incentivo a buscar sempre novos

conhecimentos.

Aos meus Atletas cuja vontade de vencer me impeliu a tentar sempre ultrapassar os
meus limites.

Aos meus Treinadores que me ensinaram que o limite dos meus horizontes sou eu que
o defino.

Aos meus Professores que me ensinaram que fazer as questões correctas é mais
importante que obter as respostas.

Aos meus amigos com que, ainda que estajam na sombra nos dias de sol, estão sempre
presentes quando eles são cinzentos.

Ao Miguel Antunes que me ajudou a ultrapassar uma das minhas, muitas, ignorâncias.

Ao José Borges e ao Ricardo Antunes, companheiros de sonho, pelas longas discussões

que tantas questões levantaram e que nunca me deixaram abandonar.

À minha Família que tantas vezes descuro mas que são sempre a minha retaguarda.

Ao meu Pai que, na sua ausência, esteve sempre presente.

Aos meus Irmãos que superaram sempre o que deles era esperado.

À minha Mãe que nunca me deixou não conseguir.

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À Marta, meu porto seguro, junto de quem sou uma pessoa melhor.

Às minhas princesas Leonor, Beatriz e Maria que fazem com que todos os sacrifícios
valham a pena.

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO. 11

2. OBJECTO DE ESTUDO, ANTECEDENTES E ESTADO DA QUESTÃO. 12

2.1 OBJECTO DE ESTUDO. 12

2.2 MARCO TEÓRICO-CONCEPTUAL. 13
2.3 ANTECEDENTES E ESTADO DA QUESTÃO. 14

3. OBJETIVOS DO ESTUDO. 16

4. METODOLOGÍA DE REALIZAÇÃO DO ESTUDO. 16

4.1 POPULAÇÃO ESTUDADA: UNIVERSO E AMOSTRA. 16

4.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA INVESTIGAÇÃO . 17
4.3 TRATAMENTO DOS DADOS . 20

5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS. 22

5.1. ANÁLISE QUANTITATIVA. 23

5.2 RELAÇÃO DOS INDICADORES E NTRE SI. 28
5.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA I NTER-GUPOS VENCEDORES / VENCIDOS. 34
5.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA I NTRA-G RUPOS VENCEDORES / VENCIDOS. 36

6. CONCLUSÕES. 39

7. BIBLIOGRAFIA. 42

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Micro Situações Com Remate. 23

Gráfico 2 – Micro Situações Com Golo. 24

Gráfico 3 – Percentagem De Remates Convertidos. 25

Gráfico 4 – Percentagem Dos Remates Realizados Na Direcção Da Baliza Que Resultam

Em Golo. 25

Gráfico 5 – Micro Situações Com Remates Na Direcção Da Baliza. 26

Gráfico 6 – Percentagem Dos Remates Dirigidos À Baliza. 27

Gráfico 7 – Relação Entre Remates Realizados E Remates Convertidos Em Equipas

Vencedoras. 29

Gráfico 8 – Relação Entre Remates Realizados E Remates Convertidos Em Equipas

Vencidas. 29

Gráfico 9 – Relação Entre Micro Situações Com Remate Na Direcção Da Baliza E Micro
Situações Com Golo Em Equipas Vencedoras. 30

Gráfico 10 – Relação Entre Micro Situações Com Remate Na Direcção Da Baliza E Micro
Situações Com Golo Em Equipas Vencidas. 31

Gráfico 11 – Relação Entre Micro Situações Que Originam Golo E Micro Situações Que
Originam Remates Em Equipas Vencedoras. 32

Gráfico 12 – Relação Entre Micro Situações Que Originam Golo E Micro Situações Que
Originam Remates Em Equipas Vencidas. 32

Gráfico 13 – Relação Entre Micro Situações Que Originam Remate Na Direcção Da

Baliza E Micro Situações Que Originam Remate Em Equipas Vencedoras. 33
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Gráfico 14 – Relação Entre Micro Situações Que Originam Remate Na Direcção Da

Baliza E Micro Situações Que Originam Remate Em Equipas Vencidas. 34

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Valores Médios Dos Indicadores Das Equipas Vencedoras. 22

Tabela 2 – Valores Médios Dos Indicadores Das Equipas Vencidas. 22

Tabela 3 – Relação Entre Os Remates Realizados E Os Remates Convertidos. 29

Tabela 4 – Relação Entre Micro Situações Com Remate Na Direcção Da Baliza E Micro
Situações Com Golo. 30

Tabela 5 – Relação Entre Micro Situações Que Originam Golo E Micro Situações Que
Originam Remates. 31

Tabela 6 – Relação Entre Micro Situações Que Originam Remate Na Direcção Da Baliza
E Micro Situações Que Originam Remate 33

Tabela 7 – Resultados Da ANOVA Inter Grupos Vencedores / Vencidos Por

Competição. 35

Tabela 8 – Análise Estatística Intra Grupo Vencedores. 37

Tabela 9 – Análise Estatística Intra Grupo Vencidos. 37

Tabela 10 – Médias Dos Indicadores Que Apresentam Valores Típicos Da Situação De

Vencedor / Vencido. 38

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 – Folha de Recolha de Dados. 18

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1. INTRODUÇÃO.

Segundo Alcalde e Sánchez, 2008, existe uma grande dificuldade para

estabelecer, tanto os parâmetros que são realmente determinantes
para o rendimento, como a forma de medi-los.

De facto a avaliação dos desempenhos de um atleta ou equipa ou a

identificação dos factores críticos para o sucesso numa determinada
modalidade ou disciplina, mormente tratando-se de desporto de
situação obedece muitas vezes a critérios de adesão a crenças de cariz
subjectivo que, apesar de sedimentada frequentemente em experiência
de muitos anos, não apresentam um cariz de objectividade produzida
por uma observação metódica e sistematizada, e que podem conduzir a
sobrevalorizar alguns elementos que, eventualmente, poderão não ser
determinantes ou subavaliar elemento que podem ser críticos para o
sucesso.

É, no entanto, fundamental procurar definir objectivamente o

contributo das várias situações de jogo para a modelação do resultado
final e identificar uma regularidade de acontecimentos que se
relacionem directamente com a obtenção da vitória, diminuindo
substancialmente o grau de aleatoriedade que frequentemente pode
influir no resultado final de uma partida.

A intervenção, em contexto de competição ou treino, alicerçada em

observações objectivas de indicadores válidos, pode contribuir para o
aumento da qualidade da intervenção do treinador no contexto da
partida ou na preparação e treino do modelo de jogo a adoptar,
procurando maximizar o rendimento da equipa nas situações críticas
para a obtenção da vitória.

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2. OBJECTO DE ESTUDO, ANTECEDENTES E ESTADO DA QUESTÃO.

2.1 OBJECTO DE ESTUDO.

O Waterpolo é um desporto aquático de equipa, sujeito a normas e

institucionalizado, que se pratica numa superfície limitada de piscina entre dois
conjuntos de sete jogadores de campo (seis jogadores e guarda-redes) e com
a finalidade de introduzir a bola na baliza contrária (Lloret, 1994).

À semelhança dos demais desportos colectivos de situação a avaliação da

táctica, e dada a complexidade que estes encerram, não pode ser abordada
como um todo. Desta forma torna-se necessário subdividir o jogo em micro
situações que, mantendo a estrutura da modalidade, tornem operativa a sua
análise. Segundo Argudo 2007 ao contexto em que se desenvolve cada micro
situação denomina-se marco situacional, ficando este definido como o conjunto
de comportamentos motores presentes na dinâmica de jogo nos desportos de
equipa, determinados pelos factores de: simetria das equipas, organização dos
sistemas tácticos de jogo e posse do móbil. No caso concreto do Waterpolo
podemos distinguir quatro: a) Igualdade numérica; b) Transicional; c) Diferença
numérica e d) Penalti.

O objecto deste estudo, o marco situacional de diferença numérica em

Waterpolo é uma micro situação regulamentarmente determinada na qual se
diminui, através de uma exclusão temporal, o número de jogadores de uma das
equipas. Essa exclusão pode ter a duração de 20”, podendo terminar antes de
decorrido esse tempo através da obtenção de um golo pela equipe em posse
de bola, ou da recuperação da bola por parte da equipa numericamente
diminuída. Esta diferença numérica pode, desde as alterações regulamentares
introduzidas em 2005, ter a duração de 4’, sendo que neste caso a equipe

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diminuída numericamente terá de jogar esse tempo útil, tanto na defesa como
no ataque com um jogador a menos.

2.2 MARCO TEÓRICO-CONCEPTUAL.

No caso concreto do Waterpolo podem encontrar-se, desde 1991, trabalhos de

conceptualização e elaboração de instrumentos de avaliação de valores de
eficácia que expõem fórmulas para clarificar e justificar o nível de trabalho
ofensiva e defensiva nas várias micro situações acima descritas.

Um coeficiente de eficácia é uma fórmula matemática que determina um valor

numérico resultante da relação entre as acções, táctica individual, ou os
procedimentos ou meios tácticos, táctica grupal, ou os sistemas tácticos de
jogo, táctica colectiva, executados e a quantidade de tentativas realizadas nas
diferentes micro situações de jogo. (Argudo, 2007)

Como resultante dos mesmos teríamos um valor de eficácia, que se trata de

um indicador de rendimento, numérico, que nos revela a informação necessária
para continuar ou modificar a planificação ou programação do conteúdo táctico
no treino ou na competição (Argudo, 2005).

Neste âmbito ganham relevo os trabalhos de Sarmento, 1991; Sarmento &

Magalhães, 1991; Lloret, 1994, 1998; Argudo, 2000; Argudo & Lloret, 2006;
Argudo & Ruiz, 2006a, b; Dopsaj & Matkovic, 1999; Dopsaj, 1993, Canossa,
2000, Canossa, Garganta & Lloret, 2001; Platanou, 2001, 2004; Enomoto,
2004, Argudo, 2005, Takagi et al., 2005, Hughes et al., 2006 Argudo 2007,
Argudo 2009, que desenvolviam ou aplicavam na análise do jogo de Waterpolo
coeficientes de avaliação do desempenho tanto dos jogadores, a nível técnico,
como das equipas, a nível táctico. Cabe, no entanto salientar que da
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generalidade destes estudos o único indicador comum para a situação objecto

deste estudo é o que se refere ao número de micro situações que resultam em
golo.

O trabalho de Argudo, 2005 ganha especial importância no âmbito deste

trabalho uma vez que foram os indicadores de ataque em superioridade
numérica estática temporária propostos nesse artigo, que adoptei como método
para este estudo.

2.3 ANTECEDENTES E ESTADO DA QUESTÃO.

Desde que em 1968 foi introduzida a superioridade numérica no Waterpolo,

através da exclusão temporária de um jogador, e ainda que haja autores que
face à progressiva redução do tempo de exclusão lhe prognosticassem uma
diminuição da importância no contexto do resultado final das partidas, que esta
tem sido alvo de várias avaliações, muito embora sejam muitas das vezes de
cariz subjectivo.

Assim, em 1986, Ken Lindgren apontava valores de 60% de aproveitamento

das micro situações em superioridade numérica. Em 2000, Cicciarella afirmava
que “a nível internacional a maioria dos golo são marcados quando uma equipa
tem vantagem numérica após uma exclusão”. Em 2008, Dettamanti identificava
o nível olímpico de aproveitamento desta situação entre os 25 e os 40%.

Platanou, 2004, percebendo a importância da situação de superioridade

numérica temporal, estabeleceu uma comparação entre formações vencedoras
e vencidas nesta situação específica de jogo, analisando 99 partidas
disputadas em Campeonatos do Europa e do Mundo (FINA Cup de
Atenas’1997, Campeonato do Mundo em Perth’1998, Campeonato do Mundo
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de Fukuoka’2001 e Europeu de Budapeste’2006). O autor propôs-se investigar

o grau de importância da situação de superioridade numérica temporal,
identificar a posição de jogo de origem da maioria dos remates tentados e dos
remates convertidos e comparar o número de golos alcançados entre
formações vencedoras e vencidas. Neste estudo observou:

 Um número significativamente superior de remates tentados e

convertidos por parte dos vencedores,
 Concluiu-se que a situação de superioridade numérica temporal é uma
situação determinante do resultado final do jogo, à qual deve ser dada
particular atenção no processo de treino.
 Que apenas 22% das situações de superioridade numérica temporal são
concretizadas.

Finalmente Argudo, 2007 faz uma comparação entre os valores dos

indicadores tácticos entre as equipas vencedoras e vencidos no X Campeonato
do Mundo de Waterpolo de 2003 e encontra, na micro situação objecto deste
estudo, e no Torneio Masculino, apenas um indicador com diferenças
significativas.

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3. OBJECTIVOS DO ESTUDO.
Os objectivos deste trabalho foram:

a) Encontrar os valores de eficácia nas micro situações de jogo em

diferença numérica temporária simples com posse de bola;
b) Verificar se se encontram diferenças significativas dos valores de
eficácia obtidos pelas equipes vencedoras e vencidas;
c) Analisar a relação entre os valores de eficácia em equipas com a
condição de vencedor e vencido no final da partida;
d) Verificar se algum de estes indicadores poderá ser entendido como
predictor de vitória ou derrota.

As hipóteses em equação foram:

 Existem diferenças nos valores de eficácia nos Indicadores Tácticos em

diferença numérica temporária simples entre as equipes vencedoras e
derrotadas;
 Estas diferenças poderão ser indicadores da condição de vencedor ou
vencido no final da partida.

4. METODOLOGÍA DE REALIZAÇÃO DO ESTUDO.

4.1 POPULAÇÃO ESTUDADA: UNIVERSO E AMOSTRA.

A amostra estudada é um conjunto de 88 partidas referentes a 3 Competições

Masculinas de distinto nível, ainda que qualquer uma delas seja enquadrada no
Alto Rendimento Desportivo, a saber:

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 Uma Competição Internacional por Selecções representada em 46

Partidas do Campeonato do Mundo de Melbourne 2007;
 Uma Competição Internacional por Clubes representada por 19 Partidas
da Euroliga 2008-2009;
 Uma Competição Nacional representada por 23 Partidas do
Campeonato Italiano 2008-2009;

Nas partidas do Campeonato do Mundo estão representadas todas as equipas

participantes nesta competição (16), nas partidas referentes à fase de Grupos
da Competição

Nas partidas da Euroliga estão representadas 14 equipas de 7 países

diferentes, em partidas referentes tanto à fase de grupos como à Final Four.

Nas partidas do Campeonato Italiano estão representadas o total das 16

equipes participantes nesta competição, ainda que em número de partidas
diversas, em partidas referentes tanto à fase regular como ao Play-Off.

4.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA INVESTIGAÇÃO.

Os dados das partidas referentes ao Campeonato do Mundo são dados não

publicados, recolhidos através de gravação vídeo e cedidos por Francisco
Argudo.

O método de filmagem utilizado nesta recolha de imagens partia do

enquadramento inicial no centro do campo de jogo para, uma vez que uma das
equipes assumia a posse de bola, realizar uma técnica de varrido centrando a
imagem no meio campo onde se desenrolava a acção de jogo, conforme
descrito por Argudo, 2007.

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Os dados referentes às partidas do Campeonato Italiano e Euroliga foram

obtidos através da observação in vitro das gravações das transmissões
televisivas das partidas, tendo os dados sido recolhidos para quadro
representado na ilustração 1 para posterior tratamento em folha de cálculo
Excel.

COM POSSE 1º Período 2º Período 3º Período 4º Período Total

MICROSITUAÇÕES 0
REMATES REALIZADOS 0
REMATES MARCADOS 0
REMATES FORA 0
REMATES BLOQUEADOS 0
REMATES POSTES 0

ILUSTRAÇÃO 2 – FOLHA DE RECOLHA DE DADOS

As variáveis objecto de estudo foram a condição de vencedor e vencido no final

das partidas e os valores de eficácia em ataque obtidos a partir dos
coeficientes propostos por Argudo (Argudo, F. 2005), para avaliar esta Micro
situação de jogo, que se apresentam de seguida:

1. Coeficiente de possibilidade de lançamentos em diferença numérica

temporal simples com posse. Fórmula matemática que determina um valor
numérico da relação entre os lançamentos realizados e as micro situações de
jogo com posse.

CPLDNTSCP = Σ lançamentos realizados x 100 / Σ micro situações com posse.

2. Coeficiente de concreção de lançamentos em diferença numérica temporal

simples com posse. Fórmula matemática que determina um valor numérico da

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relação entre os lançamentos marcados e as micro situações de jogo com

posse.

CCLDNTSCP = Σ lançamentos marcados x 100 / Σ micro situações com posse.

3. Coeficiente de definição de lançamentos em diferença numérica temporal

simples com posse. Fórmula matemática que determina um valor numérico da
relação entre os lançamentos marcados e os lançamentos realizados.

CDLDNTSCP = Σ lançamentos marcados x 100 / Σ lançamentos realizados.

4. Coeficiente de resolução de lançamentos em diferença numérica temporal

simples com posse. Fórmula matemática que determina um valor numérico da
relação entre os lançamentos marcados e os lançamentos à baliza.

CRLDNTSCP = Σ lançamentos marcados x 100 / Σ lançamentos realizados –

(Σ lançamentos fora + Σ lançamentos bloqueados + Σ lançamentos postes).

5. Coeficiente de precisão de lançamentos em diferença numérica temporal

simples com posse. Fórmula matemática que determina um valor numérico da
relação entre os lançamentos à baliza e as micro situações de jogo com posse.

CPRLDNTSCP = [Σ lançamentos realizados – (Σ lançamentos fora + Σ

lançamentos bloqueados + Σ lançamentos postes)] x 100 / Σ micro situações
com posse.

6. Coeficiente de exactidão de lançamentos em diferença numérica temporal

simples com posse. Fórmula matemática que determina um valor numérico da
relação entre os lançamentos à baliza e os lançamentos realizados.

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CELDNTSCP = [Σ lançamentos realizados – (Σ lançamentos fora + Σ

lançamentos bloqueados + Σ lançamentos postes)] x 100 / Σ lançamentos
realizados.

Quanto maior é o valor numérico de todos estes coeficientes, maior eficácia

indicam. Para além disso, estabelecem-se entre eles uma série de relações:

a. CDLDNTSCP deve aproximar-se ou igualar CELDNTSCP.

b. CCLDNTSCP deve aproximar-se ou igualar CPRLDNTSCP.
c. CCLDNTSCP deve aproximar-se ou igualar CPLDNTSCP.
d. CPRLDNTSCP deve aproximar-se ou igualar CPLDNTSCP.

4.3 TRATAMENTO DOS DADOS.

Os dados foram sujeitos a um tratamento em três etapas:

Inicialmente foi realizada uma análise comparativa entre os valores dos

Indicadores Tácticos das equipes vencedoras e vencidas e da forma como
estes se relacionam entre si no qual foi utilizada uma folha de cálculo do
Microsoft Office Excel 2007.

Posteriormente foi realizada uma análise Inter-Grupal Vencedores / Vencidos

através uma ANOVA uni factorial com um grau de significância de p<0,05 para
avaliação de eventuais diferenças significativas entre os Indicadores das
equipas vencedoras e vencidas. Esta análise foi realizada tanto dentro de cada
competição como no conjunto das competições analisadas e visava identificar
Indicadores que possam funcionar como predictores de vitória ou derrota em
cada uma das competições ou no conjunto das competições.

Finalmente os valores de cada um dos Indicadores foram sujeitos a uma

análise Intra-Grupal Vencedores / Vencidos através da realização de um Teste

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de Levene com um grau de variância de p<0,05 de forma a avaliar a

homogeneidade de amostra. Os indicadores que apresentavam
homogeneidade foram finalmente sujeitos a uma ANOVA uni factorial com um
grau de significância de p<0,05, também intra-grupo, no sentido de tentar
definir, nos Indicadores sem diferenças significativas comuns aos dois grupos,
os valores característicos das equipes vencedoras / vencidas. O objectivo
deste procedimento é tentar verificar se as percentagens apresentadas nestes
Indicadores poderão funcionar como valores típicos da condição de vencedor
ou vencido no final da partida e poderem ser utilizados como predictores de
vitória ou derrota.

Para a realização desta análise estatística foi utilizado o Software SPSS 11.5
para Windows.

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5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.

As tabelas 1 e 2 apresentam os valores médios e desvios padrão dos

indicadores tácticos de ataque em diferença numérica temporal simples com
posse de bola respectivamente das equipas vencedoras (Tabela 1) e das
equipes vencidas (Tabela 2).

VALORES MÉDIOS DOS INDICADORES DAS EQUIPAS VENCEDORAS

Vencedores
CM 2007 Euroliga 2009 CI 2009 Todos
Média D. Padrão Média D. Padrão Média D. Padrão Média D. Padrão

CPLDNTSCP 82,05 15,19 84,95 12,77 82,17 16,24 83,06 14,87

CCLDNTSCP 43,04 21,61 45,81 18,78 48,38 22,07 45,75 21,04

CDLDNTSCP 52,23 23,90 53,24 18,62 57,27 21,80 54,25 22,18

CRLDNTSCP 75,23 27,59 50,98 19,40 55,35 22,32 60,52 26,84

CPRLDNTSCP 55,32 20,66 63,48 18,44 64,93 20,39 61,24 20,42

CELDNTSCP 67,20 19,62 74,53 18,41 78,34 16,78 73,36 19,09

TABELA 3 – VALORES MÉDIOS DOS INDICADORES DAS EQUIPAS VENCEDORAS

VALORES MÉDIOS DOS INDICADORES DAS EQUIPAS VENCIDAS

Vencidos
CM 2007 Euroliga 2009 CI 2009 Todos
Média D. Padrão Média D. Padrão Média D. Padrão Média D. Padrão

CPLDNTSCP 75,37 12,91 82,92 13,57 85,33 12,39 81,21 13,55

CCLDNTSCP 26,32 17,68 32,76 15,07 32,08 12,00 30,39 15,95

CDLDNTSCP 34,61 22,71 40,30 19,95 37,48 12,67 37,46 19,87

CRLDNTSCP 58,21 12,39 37,51 20,75 34,00 14,83 43,24 29,21

CPRLDNTSCP 43,77 18,50 56,14 18,55 56,23 14,18 52,05 18,39

CELDNTSCP 57,46 23,03 67,29 19,50 66,73 18,03 63,83 21,41

TABELA 4 – VALORES MÉDIOS DOS INDICADORES DAS EQUIPAS VENCIDAS

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5.1. ANÁLISE QUANTITATIVA

A comparação dos valores dos indicadores tácticos entre as equipas

vencedoras e vencidas revela diferenças tanto em cada um dos indicadores
como na relação dos indicadores entre si.

Assim o indicador CPLDNTSCP (gráfico 1), que indica a percentagem de micro

situações com remate, apresenta valores médios superiores das equipas
vencedoras em duas das três competições analisadas (Campeonato do Mundo
2007 e Euroliga 2009) bem como na média global das competições analisadas.

Verifica-se no entanto que numa das competições, Campeonato Italiano 2009,

que as equipas vencidas, revelam valores superiores neste indicador, o que
revela não é determinante para a definição da condição de vencedor no final da
partida.

Estes resultados vão contra os obtidos por Platanou, 2004 uma vez que este
observou, por parte das equipas vencedoras um maior número de remates
tentados que por parte das equipas vencidas.

CPLDNTSCP
90,00
80,00
70,00
60,00 Vencedores
Vencidos
50,00
40,00
30,00
CM 2007 Euroliga Italia Média

GRÁFICO 15 – MICRO SITUAÇÕES COM REMATE

24
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Abril de 2010
Estática Temporária em Waterpolo Masculino em Competições de Distinto Nível

O segundo indicador analisado, CCLDNTSCP (gráfico 2) que indica a

percentagem de micro situações das quais resultam a obtenção de golo, deixa
bem patentes que, independentemente da competição analisada, as equipas
vencedoras apresentam sempre maior aproveitamento das situações de
diferença numérica. Verifica-se também que o aproveitamento desta situação,
tanto para as equipas vencedoras como para as equipas vencidas é, em
média, superior aos 22% apontados pelo estudo de Platanou, 2004.

CCLDNTSCP
60,00

50,00

40,00

30,00
Vencedores
20,00 Vencidos

10,00

0,00
CM 2007 Euroliga Italia Média

GRÁFICO 16 – MICRO SITUAÇÕES COM GOLO

O indicador CDLDNTSCP (gráfico 3), que indica a percentagem dos remates

convertidos em diferença numérica, indica que as equipas vencedoras
conseguem converter em golo uma maior percentagem do total dos remates
realizados, independentemente da competição a que a análise se reporte.

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Abril de 2010
Estática Temporária em Waterpolo Masculino em Competições de Distinto Nível

70,00
CDLDNTSCP
60,00
50,00
40,00
30,00 Vencedores

20,00 Vencidos

10,00
0,00
CM 2007 Euroliga Italia Média

GRÁFICO 17 – PERCENTAGEM DE REMATES CONVERTIDOS

De forma concordante comporta-se o indicador CRLDNTSCP (gráfico 4),

verificando-se que as equipas vencedoras, em qualquer uma das competições,
conseguem converter em golo uma percentagem superior dos remates
realizados na direcção da baliza.

CRLDNTSCP
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
Vencedores
30,00
Vencidos
20,00
10,00
0,00
CM 2007 Euroliga Italia Média

GRÁFICO 18 – PERCENTAGEM DOS REMATES REALIZADOS NA DIRECÇÃO DA BALIZA QUE RESULTAM EM GOLO

26
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Também o indicador CPRLDNTSCP (gráfico 5), que revela a percentagem das

micro situações em diferença numérica temporária simples com posse de bola
das quais resultam remates realizados na direcção da baliza, demonstra,
dentro do universo dos jogos analisados, que as equipas vencedoras
conseguem, numa maior percentagem de micro situações, dirigir o remate na
direcção da baliza.

CPRLDNTSCP
70,00
60,00
50,00
40,00
Vencedores
30,00
Vencidos
20,00
10,00
0,00
CM 2007 Euroliga Italia Média

GRÁFICO 19 – MICRO SITUAÇÕES COM REMATES NA DIRECÇÃO DA BALIZA

Verifica-se também, pelo indicador CELDNTSCP (Gráfico 6) que as equipas

vencedoras conseguem, em qualquer das competições analisadas, dirigir à
baliza uma maior percentagem do total dos remates realizados.

27
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Abril de 2010
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CELDNTSCP
90,00
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00 Vencedores
30,00 Vencidos
20,00
10,00
0,00
CM 2007 Euroliga Italia Média

GRÁFICO 20 – PERCENTAGEM DOS REMATES DIRIGIDOS À BALIZA

Resulta daqui que as equipas vencedoras, apesar de nem sempre serem as

que rematam numa maior percentagens de micro situações, demonstram,
ainda assim, que:

 Conseguem converter em golo uma maior percentagem de micro

situações;
 Conseguem converter em golo uma maior percentagem dos remates
realizados;
 Conseguem, numa maior percentagem de micro situações, rematar na
direcção da baliza;
 Conseguem dirigir uma maior percentagem dos seus remates na
direcção da baliza;
 Conseguem converter em golo uma maior percentagem dos remates
realizados na direcção da baliza

28
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5.2 RELAÇÃO DOS INDICADORES ENTRE SI

Segundo Argudo (Argudo, F. 2007) devem verificar-se um conjunto de relações

ideais entre os indicadores de ataque, a saber:

a. CDLDNTSCP deve aproximar-se ou igualar CELDNTSCP, ou seja que a

percentagem de remates convertidos deve aproximar-se ou igualar a
percentagem de remates realizados na direcção da baliza.
b. CCLDNTSCP deve aproximar-se ou igualar CPRLDNTSCP, ou seja a
percentagem de micro situações que originam a obtenção de golo deve
aproximar-se ou igualar a percentagem de micro situações que originam a
realização de remate na direcção da baliza.
c. CCLDNTSCP deve aproximar-se ou igualar CPLDNTSCP, ou seja a
percentagem de micro situações que originam a obtenção de golo deve
aproximar-se ou igualar a percentagem de micro situações que originam
remate.
d. CCLDNTSCP deve aproximar-se ou igualar CPLDNTSCP, ou seja que a
percentagem de micro situações que originam a realização de remate na
direcção da baliza deve aproximar-se ou igualar percentagem de micro
situações que originam remate.

Observa-se, tanto pela Tabela 5 como pelos gráficos 7 e 8 que a ilustram que,
no caso da primeira correspondência proposta, as equipes vencedoras
apresentam valores destes indicadores mais próximos do que as equipes
vencidas.

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Abril de 2010
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Vencedores Vencidos
CDLDNTSCP CELDNTSCP Diferença CDLDNTSCP CELDNTSCP Diferença

52,23 67,20 14,97 CM 2007 34,61 57,46 22,84

53,24 74,53 21,29 Euroliga 40,30 67,29 27,00

57,27 78,34 21,07 Itália 37,48 66,73 29,25

54,25 73,36 19,11 Global 37,46 63,83 26,37

TABELA 3 – RELAÇÃO ENTRE OS REMATES REALIZADOS E OS REMATES CONVERTIDOS

Vencedores
100,00

80,00

60,00
CDLDNTSCP
40,00
CELDNTSCP

20,00

0,00
CM Euroliga Itália Global

GRÁFICO 21 - RELAÇÃO ENTRE OS REMATES REALIZADOS E OS REMATES CONVERTIDOS EM EQUIPAS VENCEDORAS

Vencidos
100,00

80,00

60,00
CDLDNTSCP
40,00
CELDNTSCP
20,00

0,00
CM Euroliga Itália Global

GRÁFICO 22 – RELAÇÃO ENTRE OS REMATES REALIZADOS E OS REMATES CONVERTIDOS EM EQUIPAS VENCIDAS

30
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Ou seja, as equipas vencedoras obtêm uma percentagem de remates

convertidos mais próxima da percentagem de remates realizados na direcção
da baliza do que as equipas vencidas.

No caso da segunda relação entre indicadores, verifica-se que também que os

valores obtidos pelas equipes vencedoras são mais próximos do que os das
equipes vencidas como pode ser observado atreves da tabela 4 e dos gráficos
9 e 10.

Vencedores Vencidos
CCLDNTSCP CPRLDNTSCP Diferença CCLDNTSCP CPRLDNTSCP Diferença

43,04 55,32 12,28 CM 2007 26,32 43,77 17,45

45,81 63,48 17,67 Euroliga 32,76 56,14 23,38

48,38 64,93 16,55 Itália 32,08 56,23 24,15

45,75 61,24 15,50 Global 30,39 52,05 21,66

TABELA 4 – RELAÇÃO ENTRE MICRO SITUAÇÕES COM REMATE NA DIRECÇÃO DA BALIZA E MICRO SITUAÇÕES COM GOLO

Vencedores
70,00

60,00

50,00

40,00
CCLDNTSCP
30,00
CPRLDNTSCP
20,00

10,00

0,00
CM Euroliga Itália Global

GRÁFICO 23 – RELAÇÃO ENTRE MICRO SITUAÇÕES COM REMATE NA DIRECÇÃO DA BALIZA E MICRO SITUAÇÕES COM GOLO EM
EQUIPAS VENCEDORAS

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Estática Temporária em Waterpolo Masculino em Competições de Distinto Nível

Vencidos
70,00
60,00
50,00
40,00
CCLDNTSCP
30,00
CPRLDNTSCP
20,00
10,00
0,00
CM Euroliga Itália Global

GRÁFICO 24 – RELAÇÃO ENTRE MICRO SITUAÇÕES COM REMATE NA DIRECÇÃO DA BALIZA E MICRO SITUAÇÕES COM GOLO EM
EQUIPAS VENCIDAS

Ou seja a percentagem de micro situações que originam a obtenção de golo é

mais próxima da percentagem de micro situações que originam a realização de
remate na direcção da baliza nas equipes vencedoras que nas equipes
vencidas.

Na tabela 5 e nos gráficos 11 e 12 podemos constatar que também na relação

proposta entre os indicadores CCLDNTSCP e CPLDNTSCP os valores das
equipes vencedoras são mais próximos do que os das equipes vencidas.

Vencedores Vencidos
CCLDNTSCP CPLDNTSCP Diferença CCLDNTSCP CPLDNTSCP Diferença

43,04 82,05 39,01 CM 2007 26,32 75,37 49,04

45,81 84,95 39,14 Euroliga 32,76 82,92 50,16

48,38 82,17 33,79 Itália 32,08 85,33 53,25

45,75 83,06 37,31 Global 30,39 81,21 50,82

TABELA 5 – RELAÇÃO ENTRE MICRO SITUAÇÕES QUE ORIGINAM GOLO E MICRO SITUAÇÕES QUE ORIGINAM REMATES

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Vencedores
100,00

80,00

60,00
CCLDNTSCP
40,00
CPLDNTSCP
20,00

0,00
CM Euroliga Itália Global

GRÁFICO 25 – RELAÇÃO ENTRE MICRO SITUAÇÕES QUE ORIGINAM GOLO E MICRO SITUAÇÕES QUE ORIGINAM REMATES EM
EQUIPAS VENCEDORAS

Vencidos
100,00

80,00

60,00
CCLDNTSCP
40,00
CPLDNTSCP
20,00

0,00
CM Euroliga Itália Global

GRÁFICO 26 – RELAÇÃO ENTRE MICRO SITUAÇÕES QUE ORIGINAM GOLO E MICRO SITUAÇÕES QUE ORIGINAM REMATES EM
EQUIPAS VENCIDAS

Significa isto que a percentagem de micro situações que originam a obtenção

de golo é mais próxima da percentagem de micro situações que originam
remate nas equipes vencedoras que nas equipes vencidas.

Finalmente para a última relação de indicadores proposta, verifica-se pela

tabela 6 e pelos gráficos 13 e 14 que a ilustram que, também neste caso, os

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valores dos indicadores das equipes vencedoras são mais próximos entre si do
que os valores obtidos pelas equipes vencidas

Vencedores Vencidos
CPRLDNTSCP CPLDNTSCP Diferença CPRLDNTSCP CPLDNTSCP Diferença

55,32 82,05 26,73 CM 2007 43,77 75,37 31,59

63,48 84,95 21,47 Euroliga 56,14 82,92 26,78

64,93 82,17 17,25 Itália 56,23 85,33 29,10

61,24 83,06 21,81 Global 52,05 81,21 29,16

TABELA 6 – RELAÇÃO ENTRE MICRO SITUAÇÕES QUE ORIGINAM REMATE NA DIRECÇÃO DA BALIZA E MICRO SITUAÇÕES QUE
ORIGINAM REMATE

Vencedores
100,00

80,00

60,00
CPRLDNTSCP
40,00
CPLDNTSCP
20,00

0,00
CM Euroliga Itália Global

GRÁFICO 27 – RELAÇÃO ENTRE MICRO SITUAÇÕES QUE ORIGINAM REMATE NA DIRECÇÃO DA BALIZA E MICRO SITUAÇÕES QUE
ORIGINAM REMATE EM EQUIPAS VENCEDORAS

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Vencidos
100,00

80,00

60,00
CPRLDNTSCP
40,00
CPLDNTSCP
20,00

0,00
CM Euroliga Itália Global

GRÁFICO 28 – RELAÇÃO ENTRE MICRO SITUAÇÕES QUE ORIGINAM REMATE NA DIRECÇÃO DA BALIZA E MICRO SITUAÇÕES QUE
ORIGINAM REMATE EM EQUIPAS VENCIDAS

Significa isto que a percentagem das micro situações que originam a realização
de remate na direcção da baliza é mais próxima da percentagem de micro
situações que originam remate nas equipas vencedoras do que nas equipes
vencidas.

5.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA INTER-GUPOS VENCEDORES / VENCIDOS

A aplicação de uma ANOVA uni factorial na comparação Inter-grupal dos

valores dos Indicadores Tácticos de Ataque em Diferença Numérica Temporal
Simples entre as equipas vencedoras e vencidas permite identificar diferenças
significativas, ainda que não de forma idêntica em todas as competições,
conforme a Tabela 7.

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ANOVA VENCEDORES / VENCIDOS POR COMPETIÇÃO

Vencedores / Vencidos CM2007 EL2009 CI2009 Global
*
CPLDNTSCP ,025 ,638 ,462 ,150
CCLDNTSCP ,000* ,024* ,003* ,000*
CDLDNTSCP ,000* ,046* ,000* ,000*
CRLDNTSCP ,009* ,046* ,000* ,000*
CPRLDNTSCP ,006* ,229 ,100 ,001*
CELDNTSCP ,032* ,247 ,029* ,002*

TABELA 7 – RESULTADOS DA ANOVA INTER GRUPOS VENCEDORES / VENCIDOS POR COMPETIÇÃO

Assim, e ainda que a totalidade dos seis indicadores referentes ao

Campeonato do Mundo de 2007 apresentem diferenças significativas entre os
valores obtidos pela equipes vencedoras e vencidas, estas apenas se verificam
em três indicadores no caso da Euroliga 2009 (CCLDNTSCP, CDLDNTSCP,
CRLDNTSCP) e em quatro dos indicadores (CCLDNTSCP, CDLDNTSCP,
CRLDNTSCP, CELDNTSCP) referentes ao Campeonato Italiano 2009.

Por outro lado, quando avaliado o conjunto das três competições as diferenças
estão patentes em cinco dos indicadores, sendo a excepção apenas os
indicador CPLDNTSCP, que se refere ao à percentagem de Micro situações
com remate.

Independentemente desta conclusão assumem particular relevo os indicadores

cuja diferença significativa é comum às três competições analisadas,
nomeadamente, CCLDNTSCP (percentagem de Micro situações com obtenção
de golo), CDLDNTSCP (percentagem de remates convertidos em golo) e
CRLDNTSCP (Percentagem de remates realizados na direcção da baliza
convertidos em golo).

*
- Diferenças estatísticamente significativas
36
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5.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA INTRA-GRUPOS VENCEDORES / VENCIDOS

O Objectivo desta análise foi procurar valores de Indicadores que pudessem

ser identificados como valores típicos das equipes vencedoras ou vencidas.

Nesta análise foi utilizado um Teste de Levene considerando um grau de

variância <0,05, ou de 5% como critério de exclusão de validade. Deste modo
todos os indicadores que não cumprissem esse pressuposto de
homogeneidade foram desconsiderados no estudo.

Posteriormente, e também como critério de exclusão foi aplicada uma ANOVA

uni factorial com um grau de significância de 0,05. Da mesma forma os valores
dos Indicadores que apresentassem diferenças significativas intra-grupais
como resultado da aplicação de uma ANOVA uni factorial foram
desconsiderados procurando identificar os valores dos indicadores
suficientemente estáveis para que os possam ser considerados valores típicos
das equipas Vencedoras / Vencidas.

Por fim considerei apenas os valores dos Indicadores que cumprissem o

critério de validação de homogeneidade e de significância em ambos os
grupos.

Os resultados dessa análise estatística intra-grupal estão representados nas

tabelas 8 e 9, reportando-se respectivamente a vencedores e vencidos.

37
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INTRA GRUPO VENCEDORES

Vencedores LEVENE ANOVA Média D. Padrão
**
CPLDNTSCP ,441 ,762*** 83,06 14,87
CCLDNTSCP ,936** ,605*** 45,75 21,04
CDLDNTSCP ,880** ,674*** 54,25 22,18
CRLDNTSCP ,170** ,000 60,52 26,84
CPRLDNTSCP ,681** ,118*** 61,24 20,42
CELDNTSCP ,856** ,055*** 73,36 19,09
TABELA 8 – ANÁLISE ESTATÍSTICA INTRA GRUPO VENCEDORES

INTRAGRUPO VENCIDOS
Vencidos LEVENE ANOVA Média D. Padrão
CPLDNTSCP ,969** ,006 81,21 13,55
CCLDNTSCP ,069** ,204*** 30,39 15,95
CDLDNTSCP ,008 ,565 37,46 19,87
CRLDNTSCP ,000 ,001 43,24 29,21
CPRLDNTSCP ,251** ,006 52,05 18,39
CELDNTSCP ,360** ,113*** 63,83 21,41
TABELA 9 – ANÁLISE ESTATÍSTICA INTRA GRUPO VENCIDOS

Pelos resultados obtidos podemos constatar que os valores dos Indicadores

das equipas vencedoras cumprem o critério de homogeneidade em todos os
indicadores e em apenas um (CRLDNTSCP) há diferenças significativas entre
os valores da amostra.

Por seu lado, no que diz respeito às equipas vencidas o critério de

homogeneidade é cumprido em quatro dos Indicadores (CPLDNTSCP,
CCLDNTSCP, CPRLDNTSCP, CELDNTSCP), cumprindo-se o critério de
significância em apenas dois destes Indicadores (CCLDNTSCP,
CELDNTSCP), e que dizem respeito respectivamente à percentagem de micro

**
- Amostra Homogénea.
***
- Não apresentam diferenças estatisticamente significativas
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situações das quais resultam a obtenção de golo, o primeiro, e à percentagem

de remates dirigidos à baliza, o segundo.

A Tabela 10 apresenta os valores médios típicos dos Indicadores, tanto das

equipas vencedoras como das equipas vencidas, apurados através deste
método, verificando-se que as equipas vencedoras conseguem, em média,
obter golo em 45,75% das Micro situações em Diferença Numérica Temporária
Simples face aos 30,39% obtidos pelas equipas vencidas.

No caso do segundo Indicador verifica-se que as equipas vencedoras

conseguem dirigir à baliza 73,36% dos remates realizados contra os 63,83%
alcançados pelas equipas vencidas.

Vencedores Vencidos
Média D. Padrão Média D. Padrão
CCLDNTSCP 45,75 21,04 30,39 15,95
CELDNTSCP 73,36 19,09 63,83 21,41
TABELA 10 – MÉDIAS DOS INDICADORES QUE APRESENTAM VALORES TÍPICOS DA SITUAÇÃO DE VENCEDOR / VENCIDO

Apesar disto cabe, no entanto, destacar que os desvios padrão obtidos nestes
Indicadores levam a que haja uma grande faixa de sobreposição entre os
valores mais baixos das equipas vencedoras e os valores mais elevados das
equipas vencidas, o que não permite conferir grande grau de fiabilidade aos
valores destes Indicadores para a definição da condição de vencedor ou
vencido no final da partida.

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Estática Temporária em Waterpolo Masculino em Competições de Distinto Nível

6. CONCLUSÕES.

Os resultados deste estudo confirmam a opinião expressa na maioria da

bibliografia Técnica de Waterpolo que, ainda que de forma não quantitativa, vai
no sentido de afirmar a importância das situações de Diferença Numérica
Estática Temporária Simples para a modelação do resultado final e para a
obtenção da condição de vencedor ou vencido no final da partida.

A primeira hipótese levantada como razão deste estudo da existência de

diferenças nos valores de eficácia nos Indicadores Tácticos em Diferença
Numérica Temporária Simples entre as equipes vencedoras e derrotadas, foi
confirmada em cinco dos seis Indicadores estudados quando analisadas os
conjunto das três Competições, ainda que estes se verifiquem de forma
comum, quando avaliadas competição a competição, apenas em três dos
indicadores:

CCLDNTSCP - Coeficiente de Concreção de Lançamentos em Diferença

Numérica Temporal Simples Com Posse que representa a percentagem de
Micro situações com obtenção de golo.

CDLDNTSCP - Coeficiente de Definição de Lançamentos em Diferença

Numérica Temporal Simples Com Posse que indica a percentagem de remates
convertidos em golo.

CRLDNTSCP - Coeficiente de Resolução de Lançamentos em Diferença

Numérica Temporal Simples Com Posse que alude à percentagem de remates
realizados na direcção da baliza convertidos em golo

Quanto á segunda hipótese, de que estas diferenças poderão ser indicadores

da condição de vencedor ou vencido no final da partida, e ainda que se tenham
apurado dois Indicadores (CCLDNTSCP - Coeficiente de Concreção de
Lançamentos em Diferença Numérica Temporal Simples Com Posse que
40
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Estática Temporária em Waterpolo Masculino em Competições de Distinto Nível

representa a percentagem de Micro situações com obtenção de golo; e

CELDNTSCP - Coeficiente de Exactidão de Lançamentos em Diferença
Numérica Temporal Simples Com Posse que indica a percentagem dos
remates dirigidos à baliza) comuns aos grupos de vencedores / vencidos cuja
homogeneidade e significância poderiam conferir estabilidade suficiente para
assumir as percentagens destes indicadores como referências dos valores
típicos dos grupos, os desvios padrão da amostragem não permitem conferir
fiabilidade aos valores apurados como definidores da condição de vencedor ou
vencido

Deste estudo resulta também a constatação que as equipas vencedoras,

apesar de nem sempre serem as que rematam numa maior percentagens de
micro situações, demonstram, ainda assim, que:

 Conseguem converter em golo uma maior percentagem de micro

situações;
 Conseguem converter em golo uma maior percentagem dos remates
realizados;
 Conseguem, numa maior percentagem de micro situações, rematar na
direcção da baliza;
 Conseguem dirigir uma maior percentagem dos seus remates na
direcção da baliza;
 Conseguem converter em golo uma maior percentagem dos remates
realizados na direcção da baliza

Para além disto, verificou-se que:

 A percentagem de micro situações que originam a obtenção de golo é

mais próxima da percentagem de micro situações que originam a

41
 Estudo Comparativos dos Valores dos Indicadores Tácticos de Ataque em Diferença Numéria
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realização de remate na direcção da baliza nas equipes vencedoras que

nas equipes vencidas;
 A percentagem de micro situações que originam a obtenção de golo é
mais próxima da percentagem de micro situações que originam remate
nas equipes vencedoras que nas equipes vencidas;
 A percentagem das micro situações que originam a realização de remate
na direcção da baliza é mais próxima da percentagem de micro
situações que originam remate nas equipas vencedoras do que nas
equipes vencidas;
 As equipas vencedoras obtêm uma percentagem de remates
convertidos mais próxima da percentagem de remates realizados na
direcção da baliza do que as equipas vencidas

Para estudos futuros será pertinente aplicar o mesmo método de estudo aos
Indicadores defensivos desta Micro situação em concreto, bem como às
demais Micro situações, no sentido de aquilatar se as diferenças identificadas
neste estudo também se verificam ou se, pelo contrário, estas diferenças são
mais acentuadas na Micro situação estudada, o que poderá indicar uma maior
importância relativa desta Micro situação na obtenção da condição de vencedor
no final das partidas.

O mesmo se pode afirmar relativamente ao género, procurando verificar se as

diferenças aqui reportadas também se verificam nas competições Femininas.

Por outro lado seria também pertinente aplicar o método a uma base mais
alargada de jogos bem como a outras competições de níveis diversificados.

42
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7. BIBLIOGRAFIA.

Alcalde, J. A. , Sánchez, F. S., Planificación Del Entrenamiento En Deportes De

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Argudo, F. & Ruiz, E., Validation Of A Tactical Evaluation Process In Water

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