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PRINCIPIOS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO Em conformidade com o PNE (2014-2024), & Base Nacional Comum Curricular cabe defi volvimento que orientardo a elaboragéo dos curriculos nacionais. Na BNCC, as concepgées de direito de aprendizagem e desenvolvimento do, portanto, balizadoras da proposicéo dos objetivos de aprendiza- gem para cada componente curricular. direitos e objetivos de aprendizagem e desen- Aprendizagem e desenvolvimento sdo processos continuos que se re- ferem a mudangas que se déo ao longo da vida, integrando aspectos fisicos, emocionais, afetivos, sociais e cognitivos. Ao tratar do direito de aprender e de se desenvolver, busca-se colocar em perspectiva as oportunidades de desenvolvimento do/a estudante e os meios para garantir-the a formagéo comum, imprescindivel ao exercicio da cidada- nia. Nesse sentido, no 4mbito da BNCC, séo definidos alguns direitos fundamentais 4 aprendizagem e ao desenvolvimento com os quais 0 trabalho que se realiza em todas as etapas da Educagdo Basica deve se comprometer. Esses direitos se explicitam em relagéo aos principios éticos, politicos e estéticos, nos quais se fundamentam as Diretrizes Curriculares Nacionais, e que devem orientar uma Educagéio Bésica que vise d formagéo humana integral, & construgéo de uma sociedade mais justa, na qual todas as formas de discriminagdo, preconceito e ‘exclusdo sejam combatidas. Sao eles: 33 DIREITOS A APRENDIZAGEM E AO DESENVOLVIMENTO QUE SE AFIRMAM EM RELACAO A PRINCIPIOS ETICOS As criangas, adolescentes, jovens e adultos, sujeitos da Educagéo Basica, tém direito: = ao respeito e ao acolhimento na sua diversidade, sem preconceitos de origem, etnia, género, orientacéio sexual, idade, conviccéo religiosa ou quaisquer outras formas de discriminagdo, bem como terem valorizados seus saberes, identidades, culturas € potencialidades, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual devem se comprometer; = @ apropriagdo de conhecimentos referentes & Grea socioambiental que afetam a vida a dignidade humanas em ambito local, regional e global, de modo que pos- sam assumir posicionamento ético em relagdo ao culdado de si mesmos, dos outros edo planeta. DIREITOS A APRENDIZAGEM E AO DESENVOLVIMENTO QUE SE AFIRMAM EM RELACAO A PRINCIPIOS POLITICOS. As criangas, adolescentes, jovens e adultos, sujeitos da Educagdio Basica, tém direito: m= 5 oportunidades de se constituirem como individuos bem informados, capazes de exercitar 0 didlogo, anatisar posigées divergentes, respeltar decisées comuns para a solucéio de conflitos, fazer valer suas reivindicacées, a fim de se inserirem plena- mente nos processos decisérios que ocorrem nas diferentes esferas da vida publica = Gapropriagéio de conhecimentos historicamente constituidos que thes permitam re- alizar leitura critica do mundo natural e social, por meio da investigacao, reflexdo, interpretacdo, elaboracdo de hipéteses e argumentagdo, com base em evidéncias, colaborando para a construgéo de uma sociedade solidéria, na qual a liberdade, a ‘autonomic e a responsabilidade sejam exercidas. = dapropriagéo de conhecimentos e experiéncias que possibilitem o entendimento da centralidade do trabatho, no émbito das relagées socials e econémicas, permitindo fazer escolhas auténomas, alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social DIREITOS A APRENDIZAGEM E AO DESENVOLVIMENTO QUE SE AFIRMAM EM RELACAO A PRINCIPIOS ESTETICOS. As criangas, adolescentes, jovens e adultos, sujeitos da Educagéio Basica, tém direito: mG participacéio em praticas e fruigées de bens culturais diversificados, valorizando-os e reconhecendo-se como parte da cultura universal e local; = a0 desenvolvimento do potencial criativo para formular perguntas, resolver proble- mas, partithar ideias e sentimentos, bem como expressar-se em contextos diversos daqueles de sua vivéncia imediata, a partir de miltiplas linguagens: cientificas, tec- nolégicas, corporais, verbais, gestuais, gréficas e artisticas. Em conformidade com os principios éticos, politicos e estéticos; an- teriormente referidos e para que os direitos de aprendizagem e de- senvolvimento, decorrentes desses principios, sejam garantidos, sdo definidos os objetivos gerais de formagéio para cada etapa de escola- rizago e os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento relaciona- dos aos componentes curriculares. Em cada uma das etapas da Edu- cago Basica, esses principios e direitos sdio retomados, considerando as peculiaridades dos sujeitos e da prépria etapa de escolarizagao. ABNCC E AS MODALIDADES DA EDUCACAO BASICA ABNCC contempla, nas diferentes dreas de conhecimentos, teméticas referentes @ interculturalidade, 4 sustentabilidade socioambiental, as- sim como as causas hist6ricas, politicas, econémicas e sociais das di ferentes formas de discriminagdo e excluséo, contribuindo para a iden- tificagdo e a superagéio das desigualdades socialmente construfdas. Para além do tratamento dado, na BNCC, as tematicas afins as moda- lidades da Educagdo Basica, a existéncia de uma base comum para os curriculos demandaré, posteriormente & sua aprovagéo, a produgdo de documentos que tratem de como essa base se coloca em relagdo as especificidades das modalidades da Educagdo Basica, vez que es- sas modalidades tém diretrizes préprias, que as regulamentam. 35 36 Assim, a legislagdo brasileira e as diretrizes instituidas pelo Consetho Nacional de Educagéo para as etopas e modalidades da Educagéio Basica preveem as seguintes orientacdes, no que tange as modalida- des: A Educagéio de Jovens e Adultos (EJA), assegurada a todos os que no tiveram acesso a Educagao Basica na idade adequada, incluindo aqueles em situagdo de privacéo de liberdade nos estabelecimentos penais, contempla as determinagdes curriculares previstas no Art. 26 da Lei n° 9,394/1996 ~ LDB, prevendo outras estratégias no desenvol- vimento de experiéncias escolares e ndo escolares necessérias para tratar as informagées e construir conhecimentos. A Educagéo Especial na Perspectiva Inclusiva contempla a iden- tificagéio e a eliminagdo das barreiras, principalmente as de acesso aos conhecimentos, deslocando 0 foco da condicéo de deficiéncia de estudantes para a organizagdo e a promogdo da acessibilidade aos ambientes escolares (arquiteténica) e a comunicagao (oral, escrita, si- nalizada, digital), em todos os niveis, etapas e modalidades, visando ‘a autonomia e a independéncia dos educandos. A educagdo especial integra a educacdo regular, devendo ser prevista no Projeto Politico Pedagégico para a garantia da oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos educandos com deficiéncia, com transtornos globais do desenvolvimento, com altas habilidades/superdotacdo, por meio do ensino do uso de equipamentos, recursos de tecnologia e ma- teriais pedagégicos acessiveis, da oferta de tradugdo e interpretacdo da Libras, entre outros. A Educagdo do Campo fundamenta suas agées de acordo com a LDB, mas contempla adequacées necessdrias as peculiaridades da vida no campo e de cada regiio, definindo componentes curriculares e meto- dologias apropriadas as necessidades e interesses dos educandos, incluindo a adequagéo do calendario escolar as fases do ciclo agrico- la, as condigées climaticas e as caracteristicas do trabalho do campo, retratando as lutas e a resisténcia dos povos do campo pelo acesso & @ permanéncia na terra A Educagao Escolar Indigena compreende o direito a uma educagdo diferenciada para os povos indigenas, assegurado pela Constituigéo Federal de 1988 e outros documentos nacionais e internacionais, ob- servados os principios legais que orientam a Educacdo Basica brasi- leira, A educagéo escolar indigena, organizada em territérios etnoedu- cacionais, oferecida em instituigdes préprias e pautada nos principios da igualdade social, da diferenga, da especificidade, do bilinguismo e da interculturalidade, permite uma pedagogia prépria em respeito a especificidade étnico-cultural de cada povo ou comunidade. A BNCC, para garantir a educagdo escolar com qualidade social e pertinéncia pedagégica, cultural, linguistica, ambiental e territorial, respeitando as logicas, saberes e perspectivas dos poves indigenas, deve possibilitar curriculos flexiveis ¢ construidos a partir dos valores e interesses etno- politicos das comunidades indigenas em relacdo aos seus projetos de sociedade e de escola, ancorados em materiais didaticos especificos, escritos na lingua portuguesa e nas linguas indigenas. A Educagéio Escolar Quilombola, desenvolvida em unidades educa- cionais situadas dentro ou fora do territério quilombola, observados 0 principios legais que orientam a Educacdo Basica brasileira, requer uma concepgao e uma pratica pedagégica que reconheca e valorize a especificidade étnico-cultural de cada comunidade bem como a for- magéio especifica do quadro docente. A estruturagdo e funcionamen- to das escolas quilombolas, reconhecida e valorizada sua diversidade cultural, pressupée um curriculo construido com a comunidade esco- lar, baseado nos saberes, conhecimentos e respeito as suas matrizes culturais, assegurando uma educagéo que permite melhor compreen- der a realidade a partir da histéria de luta e resisténcia desses povos, bem como dos seus valores civilizatérios. A Educacao para as Relagées Etnico-Raciai Lei n® 9394/1996 (LDB), objetiva a ampliagdo de conhecimentos acer- ca da educagdo para as relagées étnico-raciais e, consequentemente, para a eliminagdo do racismo e do etnocentrismo no ambiente escolar prevista no art. 26A da ena sociedade brasileira. O estudo de Histéria e Cultura Afro-Brasilei- ra e Indigena (Leis n° 10.639/2003 e n° 11.645/2008) é ministrado no ‘Ambito de todo o curriculo escolar, em especial nas dreas de educa- cdo artistica e de literatura e histéria brasileiras, em todas as etapas da Educagdo Bésica, compreendendo a historia e a cultura que carac- terizam a formagdo da populagao brasileira. A Educagéo Ambiental é uma dimenséo da educagdo escolar, uma atividade intencional da pratica social que deve imprimir, ao desenvol- 37 38 vimento individual, um carter social, em sua relagdo com a natureza e com 0s outros seres humanos, Objetiva a construgdo de conhecimen- tos, 0 desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores, 0 cuidado com a comunidade de vida, a justiga € a equidade socioambiental e a protecéo do meio ambiente natural e construido. Para potencializar essa atividade, com a finalidade de torné-ta plena de pratica social ¢ de ética ambiental, a educagéio construida com responsabilidade cidadé, na reciprocidade das relagées dos seres humanos entre si e com a natureza, As praticas pedagégicas de educacéo ambiental de- vem adotar uma abordagem critica, que considere a interface entre a natureza, a sociocultura, a produgao, trabalho e 0 consumo, supe- rondo a visdo naturalista. ‘A Educagdo em Direitos Humanos, fundamentada nas diretrizes do Consetho Nacional de Educagdo e em outros documentos nacionais ¢ internacionais, integra o direito & educagao e diz respeito a uma pers- pectiva a ser incorporada na pratica educativa, Os Direitos Humanos, como um conjunto de direitos civis, politicos, sociais, econémicos, cul- turais ¢ ambientais, sejam eles individuais, coletivos, transindividuais ou difusos, referem-se a necessidade de igualdade e de defesa da dignidade humana, tendo como principios: 0 reconhecimento e valo- rizagGo das diferengas e das diversidades; a laicidade do Estad democracia na educagao; a transversalidade, vivéncia e globalidade; a sustentabilidade socioambiental. Na perspectiva da educagéo em direitos humanos, a BNCC deve contemplar a apreenséio de conhe- cimentos historicamente construidos sobre direitos humanos e a sua relagéo com os contextos internacional, nacional e com o contexto lo- cal; a afirmagdo de valores, atitudes e praticas sociais que expressem a cultura dos direitos humanos em todos os espagos da sociedade; a formagdo de uma consciéncia cidada, que se faga presente nos niveis cognitive, social, cultural e politico; 0 desenvolvimento de processos metodolégicos participativos e de construgdo coletiva; o fortalecimen- to de praticas individuais sociais que gerem agées e instrumentos em favor da promogao, da protegéio e da defesa dos direitos humanos, bem como da reparagdo das diferentes formas de violagdo de direitos. AEDUCAGAO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA E A BASE NACIONAL COMUM CURRI- CULAR O direito das pessoas com deficiéncia 4 educagao efetiva-se mediante @ adogéo de medidas necessérias para sua plena participagdo, em igualdade de condicées com as demais pessoas, na comunidade em que vivem, promovendo oportunidades de desenvolvimento pessoal, social e profissional, sem restringir sua participagdo em determinados ambientes e atividades com base na condicéo de deficigncia. Para efetivar esse direito sem discriminacdo e com base na igualdade de oportunidades, assegura-se um sistema educacional inclusivo em todos os niveis, bem como 0 aprendizado ao longo de toda a vida. Na perspectiva inclusive, a concep¢do curricular contempla o reco- nhecimento e valorizagéo da diversidade humana. Neste sentido, sdo identificadas e eliminadas as barreiras, deslocando o foco da condi- go de deficiéncia para a organizacéo do ambiente. Ao promover a acessibilidade, os estabelecimentos de ensino superam 0 modelo de deficiéncia como sinénimo de invalidez, passando a investir em medi- das de apoio necessérias & conquista da autonomia e da independén- cia pelas pessoas com deficiéncia, por meio do seu desenvolvimento integral. Assim, os sistemas de ensino devem assegurar em todos os niveis, eta- pas e modalidades, a organizagéio e oferta de medidas de apoio espe- cificas para a promogéo das condicées de acessibilidade necessdrias @ plena participagdo e autonomia dos estudantes com deficiéncia, em ‘ambientes que maximizem seu desenvolvimento integral, com vistas a atender 4 meta de inclusdo plena. A acessibilidade arquiteténica em todos os ambientes deve ser asse- gurada a fim de que os estudantes e demais membros da comunidade escolar e sociedade em geral tenham garantido o direito de ir e vir ‘com seguranga e autonomia. Aacessibilidade a comunicagéo e a informagéio deve contemplar a co- municagdo oral, escrita e sinalizada. Sua efetividade dé-se mediante a disponibilizagéo de equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, tais como materiais pedagégicos acessiveis, tradugdio e interpretagdo 39 da Libras, software e hardware com funcionalidades que atendam a tais requisitos de comunicagdo alternativa, entre outros recursos e ser- vigos, previstos no PPP da escola Considerando que a educagiio especial é transversal a cada etapa, Modalidade e segmento da Educagdo Basica, de cardter complemen- tar, deve integrar 0 curriculo como Grea de conhecimento responsdvel pela organizagdo e oferta de servigos e recursos de acessibilidade. Dentre os servicos inerentes 4 educagdo especial, destinados 4 ga- rantia do acesso ao curriculo, vinculados & atuacgdo de profissional especifico, destacam-se: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ~ AEE O Atendimento Educa: nal Especializado — AEE é um servico da Edu- cago Especial que organiza atividades, recursos pedagégicos e de acessibilidade, de forma complementar ou suplementar & escolariza- Go dos estudantes com deficiéncia, transtornos globais do desenvol- vimento e altas habilidades/superdotagéo, matriculados nas classes comuns do ensino regular. Consideram-se Atividades do Atendimento Educacional Especializado — AEE: Estudo de caso Plano de AEE Caracteriza-se pelo estudo prévio das condigées individuais do estu- dante, bem como das condigées ambientais, sociais e pedagégicas que envolvem 0 processo de ensino e aprendizagem, com a finalidade de subsidiar a elaboragéio do plano de AEE. Consiste no planejamento das agées a serem desenvolvidas para atender as especificidades educacionais do estudante, a fim de pro- mover condi¢ées de pleno acesso, participagéo e aprendizagem em igualdade de oportunidades. Ensino do Sistema Braille Consiste na definicdo e utilizagdo de métodos e estratégias para que o estudante se aproprie desse sistema tatil de leitura e escrita. Ensino do uso do Soroban 0 ensino do uso do Soroban, calculadora mecénico manual, consiste na utilizagdo de estratégias que possibilitem ao estudante o desen- volvimento de habilidades mentais ¢ do raciocinio l6gico matematico. Estratégias para autonomia no ambiente escolar Consiste no desenvolvimento de atividades, realizadas ou nao com o ‘apoio de recursos de tecnologia assistiva, visando a fruigéo, pelos es- tudantes, de todos os bens — social , culturais, recreativos, esportivos, entre outros — servigos e espagos disponiveis no ambiente escolar, com autonomia, independéncia e seguranga, ntagdo e mobilidade Consiste no ensino de técnicas e desenvolvimento de atividades para 1 orientagéo e mobilidade, proporcionando o conhecimento dos dife- rentes espacos e ambientes a fim de promover 0 ir e vir com seguranga e autonomia. Tais atividades devem considerar as condigées fisicas, intelectuais e sensoriais de cada estudante. Ensino do uso de recursos de tecnologia assistiva Consiste na identificagéio das funcionalidades dos diversos recursos de tecnologia assistiva, aplicdveis 4s atividades pedagégicas, assim como ao ensino de sua usabilidade. ‘So exemplos de recursos de tecnologia assistiva de uso pedagégico: leitores de tela e sintetizadores de voz, ponteiras de cabega, teclados alternativos, acionadores, softwares de comunicagdio alternativa, es- ner com voz, sistema de frequéncia modulada, lupas manuais ou di- gitais, plano inclinado, cadernos de pauta ampliada, caneta de escrita grossa, dentre outros. Ensino do uso da comunicagdo alternativa e aumentativa — CAA Consistem na realizagéo de atividades que ampliem os canais de co- municagéo com 0 objetivo de atender as necessidades comunicativas de fala, leitura ou escrita dos estudantes. Alguns exemplos de CAA so cartées de comunicagdo, pranchas de comunicagéo com simbo- los, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou 0 préprio computador, quando utilizado como ferramenta de voz e comunicagéo alternativa. a = Estratégias para o desenvolvimento de processos cognitivos Consistem na promogdo de atividades que ampliem as estruturas cog- nitivas facilitadoras da aprendizagem nos mais diversos campos do conhecimento para desenvolvimento da autonomia e independéncia do estudante frente as diferentes situagdes no contexto escolar. A ‘ampliagdo dessas estratégias para o desenvolvimento dos processos cognitivos possibilita maior interagdo entre os estudantes, o que pro- move a construgdo coletiva de novos saberes na sala de aula comum. = Estratégias para enriquecimento curricular Consiste na organizagdio de praticas pedagégicas exploratorias suple- mentares ao curriculo comum, que objetivam 0 aprofundamento e ex- pansdo nas diversas dreas do conhecimento. Tais estratégias podem ser efetivadas por meio do desenvolvimento de habilidades, da articu- lagdo dos servicos realizados na escola, na comunidade, nas instit des de educacdo super to de produtos; da proposigéo e do desenvolvimento de projetos no , da pratica da pesquisa e desenvolvimen- Ambito da escola, com teméticas diversificadas, como artes, esporte, cincias e outras. = Profissional de apoio © conceito de adaptagéo razodvel é compreendido como modifica ges e ajustes necessdrios e adequados que néo acarretem énus des- proporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que as pessoas com deficiéncia possam gozar ou exercer, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, todos os di- reitos humanos e liberdades fundamentai O servico do profissional de apoio, como uma medida a ser adotada pelos sistemas de ensino no contexto escolar, deve ser disponibiliza~ do sempre que identificada a necessidade individual do estudante, vi- sando aos cuidados pessoais de alimentagdo, higiene e locomogéio. A oferta desse servico educacional justifica-se quando a necessidade especifica do estudante nao for atendida no contexto geral dos cui- dados disponibilizados aos demais estudantes. Ele ndo é substitutivo & escolarizagéo ou ao Atendimento Educacional Especializado, mas articula-se as atividades da sala de aula comum e demais atividades escolares, devendo ser periodicamente avaliado pela escola, junta- mente com a familia, quanto a sua efetividade e necessidade de con- tinuidade. = Tradutor/intérprete da lingua brasileira de sinais/ingua portuguesa Esse servico deve ser assegurado sempre que houver matricula de es- tudante usuario da Libras, de acordo com a regulamentagéo propria, Este servico alia-se a meios tecnolégicos, utilizados na tradugdo e in- terpretagdo da Libras/Lingua Portuguesa, tais como, textos em formato digital acessivel bilingue, avatares tridimensionais, dentre outros. = Guia intérprete Esse servico caracteriza-se pela disponibilizacéo de profissional habi- Utado para a tradugdo e interpretacdo tatil da Libras ou para o uso da dactilologia, como também para mediacgéo de comunicagao alternati- va, como tadoma. © tadoma consiste em um sistema de comunicacdo, que reproduz a fala por meio do posicionamento da mao do usuério do tadoma no queixo e nas faces do seu interlocutor. 43

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