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Escola Secundária Pluricurricular de Santa Maria Maior

Biologia/Geologia 2ºteste

MOBILISMO GEOLÓGICO

 A Terra é formada pelo núcleo interno (no estado


sólido) e pelo núcleo externo (no estado líquido),
sendo que estes não possuem rochas, sendo formados
apenas por metal.
 Acima dos núcleos encontra-se a mesosfera (no
estado sólido) e a astenosfera (no estado sólido com
partes líquidas). Estas partes líquidas na astenosfera
devem-se ao facto das placas litosféricas se 1
movimentarem sobre a astenosfera, criando atrito e
fazendo com o que o material se funda.
 Por fim, na superfície localiza-se a litosfera, esta não
é uma camada única, encontrando-se fragmentada em
placas, sendo que estas se encontram juntas. Esta
fragmentação deve-se à deslocação da litosfera em
relação à astenosfera.

 A posição dos continentes e oceanos tem vindo a alterar-se em consequência do


movimento das placas tectónicas. Os limites destas podem ser divergentes,
convergentes e conservativos.
• Limites divergentes: ocorrem quando as placas se afastam uma da outra.
Originam dorsais oceânicas, locais onde é formada crosta oceânica e se dá a
expansão dos fundos oceânicos.
• Limites convergentes: ocorrem quando as placas colidem uma com a
outra. Originam fossas onde ocorre a destruição de parte da placa litosfera (material
mais pesado), denomina-se zona de subducção. Os materiais mais leves acabam por
subir, originando grandes cadeias montanhosas, ou até mesmo vulcões.
• Limites conservativos: ocorre quando as placas se deslocam
lateralmente uma em relação a outra. Originam falhas transformantes (a falha de
Santo André é a mais conhecida).

METEORÓIDES
 Os meteoróides são fragmentos rochosos que vagueiam no espaço sendo demasiado
pequenos para serem considerados asteróides.
 Como são pequenos os meteoróides são facilmente atraídos pelos corpos celestes. Isto
faz com que os meteoróides entrem em colisão com as moléculas das atmosferas dos
planetas, originando assim uma forte incandescência e um rasto luminoso – meteoro (não
passa de um rasto de luz, algo visual).

Sabina D’Azevedo 10ºB 2009/2010


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 Quando chega à superfície terrestre, o meteoróide passa a meteorito (fase final do


percurso do meteoróide).
 Os meteoróides são classificados em sideritos, aerólitos e siderólitos
 Sideritos: são também chamados de férreos, dado que não são formados por
material rochoso, apenas por metal, essencialmente por ferro. São os mais fáceis de
encontrar.
 Aerólitos: são também chamados de pétreos, dado que são formados apenas por
material rochoso ou material mineral. São os mais difíceis de encontrar, por se
confundirem facilmente com as rochas comuns.
 Siderólitos: são formados tanto por material rochoso como por metal.
1
 Os aerólitos são divididos em condritos (onde os minerais têm uma forma
essencialmente arredondada) e em acondritos (não têm minerais arredondados).
 Nos condritos foram já encontradas moléculas orgânicas (moléculas características
dos seres vivos).

Acreção
 A acreção consiste na aglomeração de materiais que se
encontram no espaço, por acção da força gravítica.
 Os gases e as poeiras existentes no espaço juntam-se
formando um planetesimal. A agregação de matéria continua
originando um proto-planeta. O aumento da massa continua
originando um planeta.
 Se os planetas agregarem mais massa originam estrelas. Se
não agregarem massa suficiente para ser planeta, ficam
asteróides ou meteoróides.
 Na nossa nebulosa apenas ocorreu a acreção suficiente
para formar uma estrela num único local, formando o Sol,
sendo este o centro do Sistema Solar, à volta do qual giram
os astros.

 Os astros mais próximos do Sol são mais pesados, pois


possuem os elementos mais pesados. Enquanto os astros mais
afastados do Sol são mais leves, pois são essencialmente formados
por gases, elementos mais leves.
 Os elementos mais pesados, como o ferro, o níquel, o silício, são atraídos mais
facilmente, o que fez com que os planetas telúricos fiquem perto do Sol. Estes planetas
não possuem elementos menos densos como o hidrogénio ou hélio dado que estes
são afastados pela radiação solar. Por sua vez, os gases são mais leves e acabaram
por formar os planetas gasosos afastados do Sol, dado que a radiação solar afastou do
Sol os gases. Com a grande distância ao Sol, os gases solidificaram.

 Quando a acreção é reduzida (junta-se pouco material) apenas se formam pequenas


aglomerações de matéria.

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 Se ocorrer a junção de muito material (acreção


elevada), é sinal que houve bastantes colisões, o que
originou a geração de muito calor que fica no astro
(colisão geradora de calor). Ocorre também a
compressão dos materiais, estes são comprimidos no
interior do astro sob o peso da crescente acumulação
de materiais, obrigando a temperatura a subir (esta
tem um menor volume para se concentrar). Com a
acreção são agregados materiais radioactivos, com a
desintegração destes origina-se calor. Tudo isto leva a 1
um aumento da temperatura.
 O aumento da temperatura é tanto maior,
quando maior for a acreção verificada.
 Se o aumento da temperatura não for
significativo, tudo se mantém igual, apenas com
temperaturas mais elevadas. Contudo, se o aumento
da temperatura for bastante, ocorre a fusão dos materiais (em alguns casos ocorrendo a
fusão total dos materiais).

Diferenciação: processo que leva à formação de diferentes camadas (com diferente


composição química e física). Apenas ocorre nos astros de grandes dimensões (planetas,
alguns satélites naturais e maiores asteróides), dado que é necessária uma grande acreção.
 A partir do momento em que os materiais se encontram no estado líquido, a sua
movimentação torna-se mais fácil. Isto leva a que as aglomeração, que antes eram
homogéneas, se tornem diferentes. Assim sendo, os materiais mais pesados (Ferro, Níquel)
dirigem-se para o interior, enquanto os materiais mais leves (Silício, Carbono, Oxigénio) ficam
nas periferias. Os materiais extremamente leves como o hidrogénio e o azoto formam as
atmosferas.
 Os astros que sofreram diferenciação tornam-se muitos diferentes de como eram
na sua origem, por essa razão não são bons para o estudo do Universo. Por sua vez, os astros
de pequenas dimensões (asteróides pequenos e meteoróides) mantêm-se como eram na sua
origem sendo estes bastante importantes para o estudo do Universo.

 Depois da diferenciação ocorre o arrefecimento e a solidificação dos materiais do


astro.
 Mercúrio e Marte já se encontram totalmente solidificados (não apresentando núcleo
externo), pois como a sua massa é pequena, ou seja a distância entre o centro e a superfície
é reduzida, o calor escapou mais facilmente, levando a uma diminuição do calor interno e à
solidificação do seu interior.
Os planetas mortos são aqueles que não apresentam actividade geológica, onde não se
verifica a renovação dos materiais à superfície(formação de crosta), dado que não possuem
energia no seu interior suficiente. Por sua vez, os planetas activos são aqueles que
têm actividade geológica, nomeadamente vulcânica (devido à presença de material
líquido no seu interior), havendo portanto a formação de crosta.

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MÉTODOS PARA O ESTUDO DO INTERIOR DA GEOSFERA

Métodos directos: consistem no estudo do interior da Terra através da observação,


estudos directos. Estes métodos são objectivos (não se criam hipóteses).
 Estudo/Observação da superfície: permite o conhecimento mais ou menos
completo das rochas e outros materiais que afloram à superfície. (Permite conhecer o
interior, pois as rochas que hoje estão à superfície já estiveram em tempos no interior 1
da Terra).
 Exploração de jazigos minerais: fornece dados directos até profundidades entre os
3 e 4 km.
 Sondagens: perfurações onde se enviam sondas para dentro da superfície e que
permitem retirar colunas de rochas.
 Xenólitos: pedaços de rocha arrastadas pelo magma aquando da sua subida à
superfície. Deste modo a rocha do interior vem até à superfície.

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Métodos indirectos: consistem numa dedução, especulação, comparação para


perceber como é o interior da Terra.

Densidade e Massa volúmica


Massa volúmica: relação entre a massa e o volume de um corpo, expressa-se em g/cm3
(kg/dm3 ou T/m3)

Densidade: é a quantidade de vezes que a massa volúmica de um material é superior à 1


massa volúmica padrão (a da água = 1). O resultado da densidade é sempre igual ao da
massa volúmica.

Densidade das rochas da Terra:


• Superfície  a densidade é cerca de 3
• Rochas médias  a densidade é cerca de 5
• Núcleo  a densidade é sempre superior a 5 (geralmente cerca de 12).

 Com estes valores percebe-se que os materiais das superfícies são obrigatoriamente
diferentes daqueles que se encontram no núcleo, dado que as suas densidades são bastante
diferentes.

A grande diferença na densidade existente


aos 2900m apenas é explicada pela existência
de materiais bastante diferente.

 Com as densidades conhecidas, temos de arranjar rochas (materiais) que encaixem


nestas densidades. Para tal, arranjaram-se “candidatos”, eliminando-se as hipóteses menos
credíveis.
 Através deste processo considera-se que o núcleo terrestre é constituído
maioritariamente por ferro. Desta dedução deve-se ao facto de o ferro possuir uma
elevada densidade e ser um material bastante abundante nos meteoritos que
atingiram a Terra aquando do processo de acreção (depois na fase da diferenciação, o
ferro deslocou-se para o núcleo).

Gravimetria: é o estudo da variação do valor da gravidade.

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A Terra é formada pela litosfera (sólida) e pela astenosfera em baixo (mais fluida e flexível).
Com os movimentos do material na litosfera (avalanchas) a litosfera sobe em relação à
astenosfera (zonas em que o peso diminui) e desce noutras zonas (onde o peso aumenta).

 A gravidade é medida através dos gravímetros.


O peso dos gravímetros é atraído consoante a força de gravidade a que
estiver sujeito.

Na Terra, a mola irá esticar pois o peso será atraído. Contudo, quando
colocamos o mesmo gravímetro num outro planeta, a mola poderá
ficar mais esticada (a massa é maior, logo a força de gravidade é 1
maior), ou menos esticada (a massa é menor, logo a força gravítica também é menor).

 Conforme a massa é maior ou menos, a mola desce ou sobe (dado que a força que o
atraí também varia). Logo, se a Terra fosse homogénea o valor nos vários gravímetros
colocados na superfície terrestre seriam igual. Quando as massas são iguais, as molas
estão igualmente esticadas.

1 – A densidade verificada é maior do que 0 (a média) logo pode-se concluir que existe
mais massa do que o que seria de esperar. Isto deve-se ao facto de o material que se
encontra por baixo ter uma densidade alta, logo uma massa elevada, dado que o volume é
sempre constante).
2 – A densidade verificada é menor que 0, logo existe rochas com uma baixa densidade
(têm uma massa menor, dado que o volume é constante).

Anomalias: locais onde a densidade não é a média. Se forem locais de alta densidade,
as anomalias são positivas, se forem locais de baixas densidades as anomalias são
negativas.

Geotermia: aumento da temperatura com a profundidade


 O vulcanismo é um das melhores evidências do amento da temperatura com a
profundidade (o material está a grandes temperaturas). Também as perfurações e
sondagens permitem verificar o aumento da temperatura nas profundezas (as sondas não
conseguem atingir grandes profundidades, devido às elevadas temperaturas).
 A temperatura aumenta cerca de 1ºC em cada 33 metros.

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 Na superfície terrestre as temperaturas aumentam muito rapidamente, ou melhor,


visto do interior para o exterior a temperatura na superfície desce rapidamente,
pois os materiais entram em contacto com o meio exterior que está a temperaturas
muito baixas. Por sua vez, no interior, as rochas estão em contacto com outro material
também ele quente, o que não deixa que se verifique uma descida da temperatura
elevada.
 No núcleo externo o ferro encontra-se líquido, pois o seu ponto de fusão é
inferior às temperaturas verificadas. Contudo, no núcleo interno este encontra-se
sólido pois o ponto de fusão do ferro sobe com as elevadas pressões que e fazem sentir,
como a temperatura sobe pouco, esta não atinge o ponto de fusão do ferro.
1
Fluxo térmico: libertação de calor do interior par o exterior.
Gradiente geotérmico: é o aumento da temperatura consoante a profundidade

 O gradiente é a medida do crescimento da temperatura. Logo, o gradiente diminui


ao longo da profundidade. (O aumento da temperatura é cada vez menor ao longo da
profundidade).

Grau geotérmico: a profundidade que se tem de atingir para ter uma determinada
temperatura. (inverso do gradiente).

Geomagnetismo
 Os campos magnéticos apenas são gerados por ferro, assim sendo, como a Terra
possui um campo magnético, terá de possuir uma grande quantidade de ferro (encontrando-
se este no núcleo).
 A existência do campo magnético da Terra pode ser provada através das
bússolas – agulhas de ferro magnetizado que possui uma força muito reduzida, o que
faz com que a força do campo magnético da Terra seja maior, fazendo com que a
agulha se mova.
 O campo magnético da Terra é muito fraco de modo que apenas se manifesta
em objectos de pequenas dimensões (bússolas), não causando qualquer efeito nos
objectos de grandes dimensões (cadeira de ferro).

Linhas de campo: são linhas imaginárias traçadas através das bússolas que giram
ficando sempre viradas para o pólo Norte. A inclinação destas linhas varia consoante a
diversas latitudes. (Pólo Norte, 90º; Equador, 0º).

A terra possui duas polaridades:


• Polaridade normal: as agulhas das bússolas apontam sempre para o Norte.
• Polaridade inversa: as agulhas das bússolas apontam sempre para o Sul.

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 A variação das polaridades não é u fenómeno cíclico ou regular, sendo que esta
inversão do campo magnético aconteceu já por diversas vezes.

 Sabe-se esta mudança de polaridade através do estudo das rochas magmáticas, ou


seja, orientação dos minerais férreos. Os minerais solidificam numa certa direcção,
assim sendo, quando a lava solidifica forma rochas. Quando campo magnético muda os
minerais não conseguem virar, pois encontram-se presos. Deste modo, ao estudarmos
estes minerais e comparando-os com outras rochas mais ou menos antigas, consegue-se
distinguir as diferentes polaridades.

Magnetismo e a Tectónica de Placas 1


 Nos riftes está-se constantemente a libertar magma que possui pequenos minerais
férreos. Estes magnetizam-se e começam a orientar-se segundo o campo magnético da
Terra. Quando o campo magnético varia (polaridade muda) os minerais de ferro orientam-se
na direcção contrária. Deste modo, verifica-se a formação de “bandas”.
 Estas “bandas” encontram-se distribuídas simetricamente em relação ao eixo da
dorsal, já que a quantidade de magma que sai para cada lado é idêntica.

Magnetómetro: aparelho usado para determinar a intensidade e a direcção dos campos


magnéticos.
 Quando os campos magnéticos apontam para o norte considera-se o valor 1 e uma
anomalia positiva. Por sua vez, quando os campos magnéticos apontam para o Sul
considera-se o valor -1 e uma anomalia negativa.
 A média considera-se 0 pois existe tantas anomalias positivas como negativas.
Assim sendo, a média corresponde aos períodos de mudança.

Vulcanismo

Tipos de vulcanismo:
• Tipo central: a lava sai através de um local centrado, num determinado local. Este
é mais característico dos continentes, embora também exista vulcões deste género
nos fundos oceânicos.
• Tipo fissural: a lava sai através de fissuras e não através de uma abertura
localizada. Este tipo de vulcanismo é
maioritariamente localizado nos fundos
oceânicos, sendo muito raro à superfície.

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A chaminé é o local por onde o magma passa para atingir a superfície. Estas podem
não ser só único caminho, havendo portanto a existência de outros caminhos. Contudo,
aquele caminho que se torna principal, o mais largo, é denominado chaminé principal.
O cone vulcânico forma-se através da subida do magma e do arrefecimento deste.
Toma a forma de um cone, dado que quanto mais longe, menor é a matéria solidificada.
As crateras são depressões existentes no cimo dos cones vulcânicos.
 Quando os vulcões deixam de libertar lava e em seguida, passado algum tempo
entra novamente em erupção, criam-se novas chaminés, as chaminés secundárias. (Isto
deve-se ao facto de a chaminé principal estar já muito compacta para que a lava consiga
furar por esse local).
 Destas chaminés secundárias, formam-se os cones secundários e por sua 1
vez as crateras secundárias.

Formação de caldeiras

As caldeiras são depressões nos vulcões que resultam


do abatimento do cone vulcânico ou através da
intensa actividade explosiva.

 Abatimento do cone vulcânico  O material que sobe à superfície pelo vulcão, leve
a que as rochas que estão por baixo sofram uma fragilização. Isto leva a que as rochas
não consigam suportar o peso do cone vulcânico, acabando este por sofrer um
abatimento. Forma-se assim uma caldeira.
 Intensa actividade explosiva  Quando os vulcões têm uma intensa actividade
explosiva, dá-se o entupimento da chaminé e o consequente aumento da pressão no
interior, por acção da subida dos gases e lava. Isto leva a uma enorme erupção explosiva
que origina o abatimento do cone vulcânico.

O porquê da lava subir à superfície


 O magma ascende à superfície porque devido às elevadas temperaturas, o material
fica menos denso. Quando a câmara magmática sofre um aumento da pressão
(devido à chegada de mais magma ou pela compressão dos materiais que se encontram à
sua volta) o magma é forçado a subir.
 O magma desloca-se até à superfície através das rochas encaixantes (rochas da
crusta que se encontram fracturadas).

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 Por vezes, o magma fica alojado em bolsas magmáticas aquando da sua subida da
câmara magmática para a superfície.

Lavas
• Básicas: menos de 50% em óxidos de silício
• Intermédias: entre 50% e 70% de óxidos de silício
• Ácidas: mais de 70% de óxidos de silício

Tipos de cones vulcânicos


1

 Os cones aplanados possuem uma lava fluida, sendo esta pobre em silício. Deste
modo, os materiais têm poucas ligações entre si, movimentando-se livremente. A
lava escorre portanto muito fluidamente originando cones bastante aplanados.
 Estes vulcões possuem portanto uma actividade efusiva.

 Os cones íngremes possuem uma lava muito viscosa, sendo portanto muito rica
em silício. Deste modo, os materiais têm muitas ligações, o que impossibilita que
a sua mobilidade seja muitas. Devido a isto, a lava que escorre é muito reduzida,
sendo que solidifica mal chega ao topo do vulcão, fazendo com que este seja
muito íngreme.
 Estes vulcões possuem uma actividade explosiva.

Tipos de actividade vulcânica


ACTIVIDADE EFUSIVA
 Neste tipo de actividade, a lava é bastante fluida, tendo os elementos muito
afastados uns dos outros. Deste modo, os gases saem livremente para a superfície,
saindo o magma normalmente, dado que a pressão é bastante reduzida.
 As lavas destes vulcões são muito pobres em silício, sendo ricas em ferro. Como este
último elemento é pesado, encontra-se sobretudo em profundidade, por isso mesmo a
actividade efusiva é característica das zonas oceânicas.
Correntes de lava: fluxo de lava que escorre facilmente pelo cone
• Lava escoriácia: lava mais ou menos viscosa que se movimenta lentamente. Tem o
aspecto pedregoso semelhante a carvão de forja.
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• Lava encordoada ou pahoehoe: lava que se torna extremamente viscosa e eu é


empurrada pela que vem atrás, enrugando. Contudo, no início esta lava é fluida.
• Lava em almofada ou pillow-lava: lava fluida que não formou o tipo encordoado
porque a sua origem é nos fundos oceânicos. Ao sair, encontra-se com uma
temperatura bastante inferior e uma pressão diferente. Forma-se uma bolha idêntica
a uma almofada. À medida que vai saindo empurra as bolhas já existentes.

ACTIVIDADE EXPLOSIVA
 Neste tipo de actividade, a lava é muito viscosa o que leva a que os gases se
libertem muito dificilmente. Assim sendo, a pressão aumenta bastante levando a
1
que o magma e os gases apenas e libertem através de uma explosão.
 As lavas destes vulcões são muito ricas em silício, como este é um elemento leve
que se encontram sobretudo nas superfícies continentais, esta actividade é mais
frequente nos continentes, embora também se verifique em algumas partes dos
fundos oceânicos.
Nuvem ardente: conjunto de gases que desce o cone o vulcão.
Piroclastos: fragmentos de magma solidifica e de pedaços de cone vulcânico que é
arrancado aquando da explosão.
• Cinzas: menos de 2mm
• Lapili: entre 2 mm e 64mm
• Bombas: mais de 64 mm
 A pedra-pomes é um outro tipo de piroclasto que possui bastantes poros. Estes
originam-se devido ao facto da lava que a originou ser muito viscosa e não deixar sair
os gases.
Domas ou agulhas vulcânicas: estruturas que constituem uma espécie de rolha
impedindo a saída do magma. Estas formam-se devido à extrema viscosidade da lava. Os
domas localizam-se dentro da cratera, enquanto as agulhas estão mesmo dentro da
chaminé.

ACTIVIDADE MISTA
 Neste tipo de actividade, os vulcões possuem tanto uma actividade efusiva como
explosiva.

Vulcões e a Tectónica de placas


 A actividade vulcânica coincide essencialmente com as zonas de
fronteira de placas. Contudo, o tipo de actividade vulcânica depende do
contexto tectónico.

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Zonas de subducção (placa continental com oceânica) – limite convergente
 A placa oceânica afunda-se e entra em fusão. Contudo o material pobre em silício (da
placa oceânica) mistura-se com o magma existente no continente (rico em silício). A
agravar, o facto de entrar água para a câmara magmática favorecendo deste modo a
actividade explosiva.

Zonas de subducção (duas placas continentais) – limite convergente


 Uma placa afunda-se entrando em fusão. Teoricamente seria um vulcanismo de origem
efusiva, contudo devido à entrada de água para a câmara magmática dá-se o
vulcanismo explosivo.

Zona de rifte – limite divergente


 O material que sobe à superfície é pobre em silício, deste modo origina um
vulcanismo efusivo. Contudo, por vezes, pode ocorrer um vulcanismo explosivo
devido à entrada de água na câmara magmática.

Vulcanismo de intraplacas: vulcanismo que ocorre no meio de uma placa tectónica


 O magma sobe à superfície por ser mais leve (pluma térmica) originando um hot
spot e consequentemente um vulcão. Como as placas se deslocam, o vulcão afasta-se
do hot spot e a contínua pluma térmica origina um novo vulcão. Forma-se deste modo
uma longa cadeia de vulcões, ex: Hawai.
 Este vulcanismo é do tipo efusivo, pois o material que sobe à superfície é
proveniente das profundidades da Terra (locais próximos do núcleo), sendo portanto
muito rico em ferro, originando lava fluida.

Vulcanismo residual, secundário ou atenuado


 Considera-se aquele que não possui libertação de magma. São portanto
manifestações que ocorrem após se verificar o fim da libertação de lava aquando das
erupções do vulcanismo principal.

 Fumarolas: são libertações de gases de origem vulcânica. Ocorre quando os


vulcões ainda possuem gases, dado que não foram todos expelidos para o
exterior.
 Sulfatadas: libertações de enxofre

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 Mofetas: predominam as libertações de óxidos de carbono


 Fontes termais: fontes com água muito quente que foi aquecida pela energia
térmica ainda existente nas câmaras magmáticas salificadas ou em solidificação.
 Géisers: libertações de água sob a forma de jactos violentos e esporádicos,
estes devem-se ao jogo de pressões que ocorrem nas profundezas.

Fenómenos de prevenção do vulcanismo


• Sismos: devido à movimentação de magma na litosfera
• Alteração do relevo: devido ao magma se deslocar 1
• Detecção de gases: gases de origem vulcânica
• Alteração da densidade dos matérias do interior: alteração da gravidade devido
ao deslocamento do magma que pode aumentar ou diminuir a quantidade de material
num dado local.

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