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FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS – FINOM

ENGENHARIA AMBIENTAL IV

TRABALHO DE ELETROTÉCNICA
MOTOR ELÉTRICO, TRANSFORMADORES, ATERRAMENTOS

DANIEL BARBOSA DE OLIVEIRA

PARACATU – MG
2008
MOTOR ELÉTRICO

Motor elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica em mecânica. É o


mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da energia elétrica -
baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando – com sua
construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais
diversos tipos e melhores rendimentos.
A tarefa reversa, aquela de converter o movimento mecânico na energia elétrica, é realizada
por um gerador ou por um dínamo. Em muitos casos os dois dispositivos diferem somente em
sua aplicação e detalhes menores de construção. Os motores de tração usados em locomotivas
executam frequentemente ambas as tarefas se a locomotiva for equipada com os freios
dinâmicos.Normalmente também esta aplicação se dá a caminhões fora de estrada. Chamados
eletrodíesel.

Operação
A maioria de motores elétricos trabalham pelo eletromagnetismo, mas existem motores
baseados em outros fenômenos eletromecânicos, tais como forças eletrostáticas. O princípio
fundamental em que os motores eletromagnéticos são baseados é que há uma força mecânica
em todo o fio quando está conduzindo a eletricidade contida dentro de um campo magnético.
A força é descrita pela lei da força de Lorentz e é perpendicular ao fio e ao campo magnético.
Em um motor giratório, há um elemento girando, o rotor. O rotor gira porque os fios e o
campo magnético são arranjados de modo que um torque seja desenvolvido sobre a linha
central do rotor.
A maioria de motores magnéticos são giratórios, mas os tipos lineares existem também. Em
um motor giratório, a parte giratória (geralmente no interior) é chamada o rotor, e a parte
estacionária é chamada o estator . O motor contem os eletroímãs que são feridos em um
frame.

Tipos de motores
Os motores elétricos mais comuns são:

Motores de corrente contínua


São motores de custo elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente contínua, ou
de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em contínua. Podem funcionar
com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade
e precisão. Por isso seu uso é restrito a casos especiais em que estas exigências compensam o
custo muito mais alto da instalação, ou no caso da alimenteção usada ser contínua, como no
caso das pilhas em brinquedos.
Motores de corrente alternada
São os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica é feita normalmente em
corrente alternada. Seu princípio de funcionamento é baseado no campo girante, que surge
quando um sistema de correntes alternadas trifásico é aplicada em pólos defasados
fisicamente de 120º. Dessa forma, como as correntes são defasadas 120º elétricos, em cada
instante, um par de pólos possui o campo de maior intensidade, causando a associação
vetorial desse efeito o campo girante.
Os principais tipos são:
Motor síncrono: funciona com velocidade estável; utiliza-se de um induzido que possui um
campo constante pré-definido e, com isso, aumenta a resposta ao processo de arraste criado
pelo campo girante. É geralmente utilizado quando se necessita de velocidades estáveis sob a
ação de cargas variáveis. Também pode ser utilizado quando se requer grande potência, com
torque constante.
Motor de indução: funciona normalmente com velocidade constante, que varia ligeiramente
com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo
custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de
máquinas acionadas encontradas na prática. Atualmente é possível controlarmos a velocidade
dos motores de indução com o auxílio de conversores de freqüência.

TRANSFORMADORES

Transformador Monofásico
O transformador (TR) é um equipamento que recebe energia elétrica com uma tensão e uma
corrente e fornece essa energia, a menos das perdas, em outra tensão e outra corrente. A
freqüência elétrica se mantém inalterada.
A estrutura do TR é constituída por chapas de aço, isoladas por uma resina, justapostas e
pressionadas.
Envolvendo a estrutura de aço se encontram os enrolamentos do primário e do secundário,
conforme mostrado na fig.1. O enrolamento do primário tem n1 espiras e o do secundário n2
espiras. O primário é ligado à rede elétrica.

Quanto ao numero de fases


Transformadores monofásicos e polifásicos. A Fig. 2 mostra núcleos elementares de
transformadores monofásicos e trifásicos, sem preocupação com a disposição relativa entre os
enrolamentos primário e secundário.
Os fluxos φm são fluxos mútuos, isto é, concatenam-se com o enrolamento primário e
secundário, produzindo os fluxos concatenados λ1 = N 1φm1 e λ2 = N 2φm 2 . Os fluxos φd 1 e
φd 2 são fluxos de dispersão, que se concatenam só com o enrolamento primário e só com o
enrolamento secundário. Note que, no caso trifásico, os fluxos φm1 , φm 2 e φm 3 e as três
f.e.m. são três grandezas alternativas, senoidais no tempo e defasadas 120º entre si.
ATERRAMENTOS

Esquemas de aterramento
Segundo a norma brasileira NBR 5410, que trata de instalações elétricas de baixa tensão,
existem os seguintes esquemas de aterramento:
TN-S - Esquema em que os condutores de proteção elétrica (terra) e neutro encontram-se
conectados em um mesmo ponto na alimentação do circuito, porém distribuídos de forma
independente por toda a instalação.
TN-C-S - Esquema em que os condutores de proteção elétrica (terra) e neutro encontram-se
conectados em um mesmo ponto na alimentação do circuito e distribuídos em parte da
instalação por um único condutor (que combina as funções de neutro e terra) e em outra parte
desta mesma instalação através de dois condutores distintos.
TN-C - Esquema em que os condutores de proteção elétrica (terra) e neutro encontram-se
conectados em um mesmo ponto na alimentação do circuito e distribuídos por um único
condutor, combinando as funções de neutro e terra por toda a instalação.
TT - Esquema em que o condutor neutro é aterrado em um eletrodo distinto do eletrodo
destinado ao condutor de proteção elétrica. Desta forma as massas do sistema elétrico estão
aterradas em um eletrodo de aterramento eletricamente distinto do eletrodo de aterramento da
alimentação.
IT - Esquema em que as partes vivas são isoladas da terra ou o ponto de alimentação é
aterrado através de uma impedância. As massas são aterradas ou em eletrodos distintos para
cada uma delas, ou em um eletrodo comum para todas elas ou ainda partilhar do mesmo
eletrodo de aterramento da alimentação, porém não passando pela impedância.

Necessidade de aterramento

As cargas elétricas podem ser negativas ou positivas e sempre procuram um caminho para
encontrar cargas contrárias. A circulação dessas cargas elétricas, através de uma conexão à
terra, evita que a corrente elétrica circule pelas pessoas, evitando que elas sofram choques
elétricos. A existência de um adequado sistema de aterramento também pode minimizar os
danos em equipamentos, em casos de curto-circuitos.
Todo circuito elétrico bem projetado e executado deve ter um sistema de aterramento. Um
sistema de aterramento adequadamente projetado e instalado minimiza os efeitos destrutivos
de descargas elétricas (e eletrostáticas) em equipamentos elétricos, além de proteger os
usuários de choques elétricos.
Para isto, as tomadas são dotadas de três pinos, dois dos quais são fase ou fase e neutro, e o
terceiro, isolado dos primeiros, é o terra. O aspecto físico varia conforme o padrão. Nos
Estados Unidos, o padrão é dois pinos chatos e paralelos (fase e neutro) e um pino redondo
(terra). Em Portugal, usa-se o padrão europeu em que todos os pinos são redondos. No Brasil,
existe um novo padrão em fase de implantação, com todos os pinos redondos, embora
diferente do padrão europeu. O padrão americano ainda é amplamente usado no Brasil,
embora as normas prevejam a sua substituição nos próximos anos.
Um erro muito comum é a conexão do fio terra ao neutro que tem função diferente. Este
procedimento, em vez de proteger, pode agravar os riscos.

Tipos de Aterramentos
Os diversos tipos de sistemas de aterramento devem ser realizados de modo a garantir a
melhor ligação com a terra. Os principais tipos são:

 Uma simples haste cravada no solo;


 Hastes alinhadas;
 Hastes em triângulo;
 Hastes em quadrado;
 Hastes em círculos;
 Placas de material condutor aterradas no solo;

Fios ou cabos enterrados no solo, formando diversas configurações, tais como:


 Extendido em vala comum;
 Em cruz;
 Em estrela;
 Quadriculados, formando uma malha de terra
 O tipo de sistema de aterramento a ser adotado depende da importância do sistema
envolvido, local e custo. O mais eficiente é, sem dúvida, a malha de terra.

Para que serve o aterramento elétrico

O aterramento elétrico tem três funções principais:

 Proteger o usuário do equipamento das descargas atmosféricas, através da viabilização


de um caminho alternativo para a terra, de descargas atmosféricas.
 “Descarregar” cargas estáticas acumuladas nas carcaças das máquinas ou
equipamentos para a terra.
 Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis, disjuntores, etc.),
através da corrente desviada para a terra.

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