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Dilma tenta reforar discurso ambiental com fundo de compensao para ndios
Engavetada h anos, medida passou a integrar a agenda do Planalto com o objetivo de fazer frente
s crticas da ex-ministra Marina Silva; plano de ateno s comunidades atingidas por hidreltricas
deve valer apenas para pacote de novas usinas
04 de novembro de 2013 | 7h 37
Trata-se de uma estratgia para reforar o discurso do governo no embate com a ex-
ministra do Meio Ambiente Marina Silva, uma crtica da poltica de desenvolvimento do
Pas, que segundo ela no sustentvel.
As duas medidas que o governo tenta agora reativar por causa do "efeito Marina Silva"
ficaram paradas por quase 11 anos de gesto do PT no Planalto.
A primeira delas, o fundo, uma antiga reivindicao dos ndios. Ele seria criado com
dinheiro da Compensao Financeira pela Utilizao dos Recursos Hdricos (CFURH), paga
pelas empresas que exploram as hidreltricas. A verba equivale a 6,75% do valor total de
energia mensal produzida pelas usinas. S entre janeiro e setembro deste ano, foram
repassados R$ 1,3 bilho da seguinte forma: 45% para os municpios atingidos pelos
reservatrios, 45% distribudos aos Estados onde esto as usinas e 10% para a Unio.
Uma das propostas que circula no governo, elaborada pelo Instituto Acende Brasil, voltado
ao setor eltrico, prev que a Unio abra mo de metade do que recebe, e os Estados
abram mo de 22% da sua cota.
Em Belo Monte, por exemplo, as comunidades atingidas dizem no ter sido consultadas. J
o governo diz que fez a consulta. Ao estabelecer um critrio, a ideia acabar com
polmicas assim. "Os povos indgenas tm suas prprias formas de debater temas sobre
seu futuro, e nossa regulamentao precisa dar conta disso, quer dizer, vamos criar um
mecanismo que absorva o protocolo de cada povo, de cada etnia", diz o secretario nacional
de articulao social da Secretaria Geral da Presidncia, Paulo Maldos.