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APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de fomentar uma grande discussão sobre as diferentes áreas de


atuação do profissional de Relações Públicas, à luz de uma visão mercadológica atual e
dinâmica surgiu o DERP (Debatendo Relações Públicas). O evento terá o formato de
uma mesa-redonda e o debate será encaminhado para a seguinte questão: Por que há
dificuldade de inserção do profissional de Relações Públicas no mercado de trabalho?

A equipe é composta por seis pessoas: Adalton dos Anjos, Ana Carolina Lima,
Diêgo Lôbo, Grazielle de Oliveira, Mabrisa Benevides e Raiza Cardoso. Dividida da
seguinte maneira: Divulgação: Adalton e Diêgo, Contatos com os palestrantes e
patrocínio: Mabrisa e Raiza e Orçamento de brindes, bufê e serviços gráficos: Ana
Carolina e Grazielle. Quanto à procura de um local para o evento, todos participaram de
alguma forma na busca por um auditório gratuito.

Relações Públicas não é uma profissão nova no Brasil, e teve seu primeiro
departamento de RP brasileiro em 1914, criado em São Paulo pela empresa canadense
de eletricidade The São Paulo Tramway Light ans Power Company Limited. É só a
partir de 1950 que a história de Relações Públicas ganha verdadeira importância no
Brasil. Nasce em 1952 a Companhia Nacional de Relações Públicas e Propaganda,
primeira empresa de RP, e em 1954 surge a Associação Brasileira de Relações Públicas
(ABRP), que colocou os exercícios da profissão nos conformes da lei.

Em 1967, foi emitida a regulamentação da profissão pela lei nº 5.377, tornando a


atividade privativa de bacharéis de Comunicação Social com habilitação em Relações
Públicas. Com isso, a década de 70 foi marcada pela explosão de faculdades e
departamentos de comunicação, interesse do próprio Estado, que queria justificar a
regulamentação. Apesar dos cursos, com raras exceções, seguirem os mesmos padrões
das velhas escolas de jornalismo, surgiram as primeiras traduções de bibliografias
estrangeiras e foram editadas as primeiras obras nacionais sobre a área de RP. Cria-se
em 1971 o Conselho Federal e os conselhos Regionais de Profissionais de Relações
Públicas e, a partir de 1975, os órgãos de RP passam por uma série de modificações.

A década de 80 foi de grandes transformações, decorrentes da abertura


política e conseqüentemente da ampliação dos canais de comunicação e liberdade de

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imprensa. Devido a isso, as Relações Públicas perderam espaço no campo de
comunicação organizacional e estagnou, sendo substituída gradualmente por
“Comunicação Social”. Os interesses se voltaram mais em torno da pesquisa e produção
científica.

A primeira instituição a oferecer o curso de Relações públicas na Bahia foi a


UNEB. A escolha da habilitação em Relações Públicas se deu pelo fato de o curso ser
economicamente mais barato, pois não exige laboratórios equipados para aulas práticas.
A carência de laboratórios seria suprida numa parceria com uma emissora de rádio
(IRDEB). A justificativa a ser dada ao MEC não poderia ser a acima mencionada até
por que o curso necessita de instalações laboratoriais. Foi feita uma pesquisa e a
pergunta realizada era a seguinte: “Você é a favor das Relações Públicas?”

Desta maneira o curso foi implantado, baseando-se na opinião de pessoas que


não conheciam a atividade. E esse nebuloso começo tem reflexos até hoje, pois muitas
pessoas desconhecem a profissão ou acham que ela desnecessária e pode ser
desempenhada por um administrador, por um profissional de marketing, jornalista, etc.

Hoje o ensino de Relações Públicas evoluiu e já existem sete cursos no estado.


Desses, apenas a UNEB oferece o curso gratuitamente, os outros seis cursos são
ministrados nas seguintes instituições: Universidade Salvador – UNIFACs
(Salvador/BA); Unidade Bahiana de Ensino, Pesquisa e Extensão – Unibahia (Lauro de
Freitas/BA); Universidade Católica de Salvador – UCSal (Salvador/BA); Faculdade de
Tecnologia e Ciências – FTC; Faculdade Isaac Newton (Salvador/BA); e, Faculdade
Juvêncio Terra (Vitória da Conquista/BA).

A FTC formou sua última turma de Relações Públicas no segundo semestre de


2007 e não abriu novas turmas. A Faculdade Isaac Newton tem 50 discentes e 16
docentes. A UCSAL não nos informou o número de docentes e discentes, mas o perfil
de seu curso tem ênfase em Marketing. A UNEB tem 145 discentes e 16 docentes. A
UNIBAHIA tem o maior número de docentes e discentes no curso de Relações Públicas
no estado, são 250 discentes e 20 docentes e o perfil do curso dessa instituição focaliza
a comunicação organizacional. A UNIFACS tem ênfase em comunicação empresarial e
possui 180 discentes e 15 docentes.

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Apesar de tantos cursos, ainda há deficiências no ensino de Relações Públicas no
estado e também no país. Faltam professores formados na área, bibliografia específica,
estágios e principalmente parcerias entre universidades e empresas para que o estudante
não estude apenas a teoria e chegue ao mercado de trabalho mal preparados.

Existem concursos públicos para área realizados por organizações como: Forças
Armadas (Marinha e Exército), a Polícia Militar, a Petrobrás, Embrapa etc. Quanto as
empresas privadas temos empresas de assessoria de comunicação como: Via Press,
Cibermídia Comunicação e Informática entre outras que também absorve os
profissionais de relações públicas.

Um grande problema da profissão na Bahia é que ela não é reconhecida


socialmente. Muitas pessoas acham que qualquer profissional de outra área de
Comunicação Social ou até mesmo um administrador pode fazer o trabalho de um
Relações Públicas. O mais incrível é que somos pessoas que lidamos com diversos
públicos e não conseguimos nos mobilizar para desenvolver uma estratégia para
divulgar a profissão, que não é muito nova, para a sociedade.

Entretanto existe esperança para as pessoas que estudam ou pretendem estudar


Relações Públicas, segundo o artigo Panorama histórico das relações públicas na
Bahia:

Vale ressaltar, entretanto, que nem tudo são queixas e reclamações,


emergiram dos discursos vários aspectos positivos, tais como: (1)
reconhecimento de que o mercado está em franca expansão; (2) há cada vez
mais opções para qualificação na área; (3) o mercado local tem carência das
atividades privativas de RP; dentre outras.

Acreditamos que o mercado baiano, de fato ainda é bastante


retraído. Contudo, não há como negar que está em franca expansão e a cada
dia ganha espaço, sobretudo, nas organizações governamentais e não-
governamentais (sem fins lucrativos). (CHAMUSCA, CARVALHAL,
WENDHAUSEN, 2006, p.9)

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OBJETIVOS:

O evento tem como objetivo fazer uma mesa-redonda para debater as atribuições
práticas de um relações - públicas, levantando a discussão e tentando compreender as
verdadeiras razões pelas quais o mercado ainda não absorve da maneira devida e
satisfatória o profissional formado, propondo identificar as atuais necessidades da área e
definindo o papel da Universidade nessa formação.

Sendo coerente com a proposta de ampla visão de mercado, a intenção da mesa-


redonda organizada por nós é convidar dois profissionais que atuam em diferentes áreas,
além de um representante acadêmico, que irão refletir sobre o papel e a importância da
profissão nas instituições, partindo da análise das necessidades de cada organização.
Cada membro da mesa terá 20 minutos para realizar uma breve apresentação. O tempo
restante (quarenta minutos) será destinado ao debate.

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JUSTIFICATIVA

O DeRP - Debatendo Relações Públicas: Comunicação e mercado - surgiu a partir de


discussões em torno da valorização do profissional de Relações Públicas no mercado
de trabalho, com o levantamento de algumas questões por parte de estudantes dessa
área da Comunicação Social.

A decorrente invasão entre as diversas áreas da comunicação no mercado de


trabalho, a falta de visibilidade da profissão de relações públicas no Brasil e o não
reconhecimento do papel dos profissionais dessa área são os pontos a serem
debatidos na mesa-redonda.

O evento, como um instrumento estratégico de comunicação, atinge um público


específico que retém melhor as mensagens, dessa forma, escolhemos o público-alvo
e o tema a ser abordado pensando no elo entre os dois itens. A escolha do público
alvo, composto por estudantes, pesquisadores e profissionais de Relações Públicas,
foi cuidadosamente analisada na busca de sugestões e esclarecimentos diante de
dúvidas comuns que muitas pessoas possuem acerca dessa profissão. Em vista disso,
é necessária uma maior atenção para a divulgação expressiva sobre esse profissional
e suas habilitações.

Local: Auditório 2 da Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública

Endereço: Av. Silveira Martins, 3386, Cabula

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Data: 30 de Maio de 2008 às 14:00 horas

PARTICIPANTES CONVIDADOS A MESA E SUAS PAUTAS

Elen Simplício
Formada na UNEB em 2005. Hoje ela é Relações Públicas da Petrobrás desde 2006.

• Informações iniciais relativas à formação como: onde concluiu a graduação,


cursos de especialização ou pós-graduação, o motivo pelo qual escolheu Relações
Públicas, as dificuldades que encontrou para entrar no mercado de trabalho.
• Relatar as rotinas de trabalho do profissional de Relações Públicas numa
organização de grande porte com atuação nacional e internacional como a Petrobrás.
• Os desafios enfrentados para a consolidação da carreira.
• O mercado de trabalho de RP no estado.

Jeniffer Homann.
Pós-graduada em Marketing na Fundação Getúlio Vargas. Hoje ela é Relações Públicas
da 2ª maior emissora de TV de Salvador, a TV Itapoan.

• Informações iniciais relativas à formação como: onde concluiu a graduação,


cursos de especialização ou pós-graduação, o motivo pelo qual escolheu Relações
Públicas, as dificuldades que encontrou para entrar no mercado de trabalho.

• Relatar as rotinas de trabalho do profissional de Relações Públicas numa


emissora de TV.

• Os desafios enfrentados para a consolidação da carreira.

• O mercado de trabalho de RP nas emissoras de TV baianas.

Docente de instituição privada ainda não escolhido.

• Informações iniciais relativas à formação como: onde concluiu a graduação, cursos de


especialização ou pós-graduação, o motivo pelo qual escolheu Relações Públicas, as
dificuldades que encontrou para entrar no mercado de trabalho.
• Como a universidade prepara seus alunos para o mercado de trabalho e por que mesmo
assim o mercado não absorve esse profissional?
• Relatar as rotinas de trabalho numa instituição de ensino privada

Mediador
Marcelo Chamusca
Mestrando em Ciências da Educação; Diretor geral do Portal RP-Bahia; Pós-graduado
em Educação Superior com Ênfase em Novas Tecnologias, além de ser professor da
Universidade Salvador (UNIFACS); coordenador e professor do curso de Relações
Públicas da Faculdade Isaac Newton.

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

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14h Credenciamento
14h30min Abertura do DeRP
14h45min Primeira palestrante
15h05 Segunda Palestrante
15h25min Coffee break
15h40min Terceira Palestrante
16h Inicio do debate
16h40min Sorteio de brindes e Encerramento do DeRP
17h Entrega dos certificados, coffee-end, apresentações artísticas, e happy hour

ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO

500 Panfletos
18 Cartazes espalhados por todas as instituições que ofereçam o curso de
Relações Públicas na cidade.
Camisas
Banner
Site: http://derpuneb.webnode.com/ onde estão sendo realizadas as inscrições.
Perfil no Orkut
Rádio
Releases
E-mail: derp.uneb@gmail.com onde estaremos enviando mensagens periódicas
para as pessoas já inscritas.

PARCERIAS

• ASCOM – Assessoria de Comunicação da UNEB


• PROEX/UNEB – Pró-reitoria de Extensão
• Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública

Profissionais convidados das seguintes instituições:

• FACULDADE ISAAC NEWTON


• ODEBRECHT
• PETROBRÁS
• TIPSE COMPLEMENTOS
• TV ITAPUÃ
• UNEB
• UNIBAHIA
• UNIFACS
• UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SALVADOR
• VIA PRESS COMUNICAÇÃO

Referências Bibliográficas:

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CHAMUSCA, Marcello, CARVALHAL, Márcia e WENDHAUSEN, Henrique.
Histórico das Relações Públicas na Bahia.

KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Relações Públicas na modernidade. SP:


Summus, 1997.

http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Historia%20RP.htm

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