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QUALIDADE
Parte II
Conceitos Práticos
para a Melhoria da
Qualidade
————————————— Paulo A. Bastos
Jr.
CONCEITOS PRÁTICOS SOBRE A MELHORIA DA QUALIDADE
Processos e Sistemas
Qualidade
• QUALIDADE DA EXECUÇÃO
Estamos fazendo as coisas corretamente? Qual a eficácia dos projetos usados
para projetar, fabricar, entregar e fazer a manutenção de nossos produtos? São
bem planejados e oferecidos, assim como acompanhados, os serviços aos
nossos clientes?
A responsabilidade pela qualidade repousa, em última análise, na alta gerência da
empresa. Apenas eles podem estabelecer os compromissos da organização para com
a qualidade. Apenas eles podem determinar a definição de qualidade. Apenas eles têm
o poder e a influência para dar aos empregados o apoio necessário para entregar
produtos e serviços de qualidade aos clientes.
Qualidade de Qualidade de
Projeto Processo
Satisfação
Inútil para
Esforços Inúteis Trabalho sobre o
o Cliente
de Projeto processo inútil
Qualidade
Ideal.
Satisfação
Plena
Insatisfação Satisfação
Evitável Casual
Insatisfação
Inevitável
Qualidade que
Deseja o Cliente
Verdadeira Qualidade
Qualidade em Serviços
Qualidade que
Deseja o
Cliente
➥ Comunicação. O serviço é descrito precisamente na linguagem do consumidor.
Clientes e Fornecedores
Uma única pessoa usando práticas de melhoria da qualidade pode fazer uma grande
diferença em uma organização. Mas raramente possuirá conhecimentos e experiência
suficientes para compreender tudo o que está envolvido em um processo. Portanto,
importantes aumentos de produtividade e de qualidade resultam, geralmente, de
equipes — um grupo de pessoas reúne suas habilidades, talentos e conhecimentos.
Com treinamento adequado, as equipes podem geralmente atacar problemas
complexos e crônicos, descobrindo soluções eficazes e permanentes.
Além dessa reunião de habilidades e compreensão, as equipes têm outra clara
vantagem sobre os esforços isolados: o apoio mútuo que surge entre seus
membros. O sinergismo que vem de pessoas trabalhando juntas de maneira produtiva
em um projeto importante é em geral suficiente para manter o entusiasmo e apoio,
mesmo em tempos difíceis.
Abordagem Científica
compreender o GQT não é apenas pensar para onde estamos indo: é ver como
chegaremos lá. Dar atenção ao método, tanto quanto ao resultado, é um dos aspectos
importantes deste novo modo de operar. A essência dos métodos de melhoria da
qualidade é resumida em duas palavras: abordagem científica. Embora isto possa
parecer complicado, uma abordagem científica é na verdade, apenas um modo
sistemático pelo qual indivíduos e equipes aprendem sobre os processos. Significa
concordar em tomar decisões baseadas em dados em vez de palpites, procurar as
causas básicas dos problemas em vez de reagir a sintomas superficiais, buscar
soluções permanentes em vez de confiar em correções temporárias de emergência.
Uma abordagem científica pode, embora não o faça sempre, envolver o uso da
estatística, fórmulas e experimentos sofisticados. Tais ferramentas permite ir além de
métodos improvisados que apenas disfarçam os problemas, para encontrar melhorias
permanentes, ainda que no transcorrer de um prazo maior.
Para compreender onde aplicar ferramentas e métodos científicos, é preciso
compreender o que causa os problemas nos processos e como eles aparecem.
Complexidade
1. ERROS / DEFEITOS
Quando ocorrem defeitos em produtos e serviços, ou alguém comete um erro, o
trabalho precisa ser repetido e etapas adicionais acrescentadas para corrigir o
erro ou compensar o dano, ou seja, consertar o produto final em vez de evitar o
problema. Estas etapas constituem uma complexidade pois não acrescentam
valor ao produto.
2. AVARIAS / ATRASOS
Às vezes, mesmo quando os produtos não são prejudicados, mas os sistemas
de abastecimento ou produção sofre avarias, o trabalho real fica suspenso e é
substituído pelos consertos ou esperas — e eventualmente retrabalho. Ex.:
alguém deseja avisar as pessoas sobre uma próxima reunião, mas não tem uma
lista completa de telefones e endereços. É necessário um número maior de
telefonemas para obter essas informações.
3. INEFICIÊNCIAS
Mesmo quando os produtos ou serviços não têm defeitos, nem o fluxo do
trabalho é interrompido, `as vezes usa-se mais material, tempo e movimento do
que o absolutamente necessário.
4. VARIAÇÃO
Quando os produtos apresentam alto grau de variação, os trabalhadores são
forçados a acrescentar etapas a um processo, a fim de lidar com sucatas, rejeitos
e reclamações de clientes, ou refazer o trabalho com materiais que são ainda
aproveitáveis. É necessário compreender a natureza da variação e como ela
pode ser estudada e reduzida. As variações podem ter causas comuns
(geralmente se trata de pequenas fontes de variação, de modo que somadas
podem resultar em um alto nível de variação ou um grande número de defeitos
ou erros), que determinam os limites e a capacidade do processo; ou causas
especiais (não são parte do processo o tempo todo, surgem devido
circunstâncias específicas).
O tratamento de cada causa exige abordagens distintas.