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Professor Claudio Zorzo

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1) Escrituração Contábil – NBCT 2

Objetivo

1 1. Esta norma estabelece critérios e procedimentos a serem observados pela entidade


para a escrituração contábil de seus atos e fatos, por meio de processo manual, mecanizado
ou eletrônico, bem como a guarda e manutenção da documentação e arquivos contábeis e a
responsabilidade de contabilista.

Alcance

1 2. Esta norma deve ser adotada pela entidade na elaboração da escrituração contábil,
observadas as exigências da legislação societária.

Formalidade da escrituração contábil


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2 3. A entidade deve manter sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos
administrativos, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico.

1 4. A escrituração deve ser executada:

1 a) em idioma e moeda corrente nacionais;

1 b) em forma contábil;

1 c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;

1 d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou


transportes para as margens; e

1 e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em


elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.

1 5. A escrituração em forma contábil de que trata o item anterior deve conter, no


mínimo:

1 a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu na


entidade;

1 b) conta devedora;

1 c) conta credora;

1 d) histórico que represente o verdadeiro significado da transação ou o código de


histórico padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio;

1 e) valor do registro contábil;

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1 f) exclusivamente para os registros eletrônicos, número do lançamento para


identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo lançamento
contábil.

1 6. O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento


relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em
elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.

1 7. Na escrituração contábil em forma eletrônica ou não, o lançamento contábil deve


ser efetuado com:

1 a) um registro a débito e um registro a crédito; ou

1 b) um registro a débito e vários registros a crédito; ou

1 c) vários registros a débito e um registro a crédito; ou

1 d) vários registros a débito e vários registros a crédito.

1 8. A terminologia utilizada deve expressar o verdadeiro significado das transações.

1 9. Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos,


desde que permanentes e uniformes, devendo constar, em elenco identificador, no “Diário”
ou em registro especial revestido das formalidades extrínsecas.

1 10. A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas


demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusivas
do Contabilista legalmente habilitado.

1 11. As demonstrações contábeis, de encerramento de exercício devem ser transcritas


no “Diário”, completando-se com as assinaturas do Contabilista e do titular ou de
representante legal da entidade. Igual procedimento deve ser adotado quanto às
demonstrações contábeis, elaboradas por força de disposições legais, contratuais ou
estatutárias.

1 12. O “Diário” e o “Razão” constituem os registros permanentes da entidade.

1 13. Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais
da escrituração contábil, observadas as peculiaridades da sua função. No “Diário” devem
ser lançadas, em ordem cronológica, com individuação, clareza e referência ao documento
probante, todas as operações ocorridas, incluídas as de natureza aleatória, e quaisquer
outros fatos que provoquem variações patrimoniais.

1 14. Admite-se:

1 a) a escrituração do “Diário” por meio de partidas mensais; e

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1 b) a escrituração resumida ou sintética do “Diário”, com valores totais que não


excedam a operações de um mês, desde que haja escrituração analítica lançada em registros
auxiliares;

1 15. Quando o “Diário” e o “Razão” forem feitos por processo que utilize fichas ou
folhas soltas, deve ser adotado o registro “Balancetes Diários e Balanços”.

1 16. No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo


eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, devem ser
destacados e encadernados em forma de livro.

1 17. Não é permitido refazer os livros contábeis.

1 18. Acertos, ajustes e correções devem ser feitos por lançamentos de estorno,
transferência ou complemento.

1 19. O empresário ou a sociedade empresária é responsável pelo registro público


(Junta Comercial ou Cartório de Títulos e Documentos) e de averbações exigidas pela
legislação de recuperação judicial em livros contábeis, sendo atribuição do contabilista a
comunicação dessas exigências ao empresário ou sociedade empresária.

Formalidade da escrituração em forma eletrônica

1 20. O processo de certificação digital deve estar em consonância com a legislação


vigente e as normas estabelecidas pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-
Brasil.

1 21. Os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em meio


eletrônico ou magnético, desde que assinados e autenticados, conforme segue:

a) os documentos digitalizados devem ser assinados pela pessoa física ou jurídica


responsável pelo processo de digitalização, pelo contabilista responsável e pelo empresário
ou sociedade empresária que utilizarão certificado digital expedido por entidade
devidamente credenciada pela ICP – Brasil;
b) os documentos digitalizados, contendo assinatura digital de contabilista, do empresário
ou da sociedade empresária e da pessoa física ou jurídica responsável pelo processo de
digitalização, devem ser apresentados aos serviços notariais para autenticação nos termos
da lei.
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2 22. A escrituração contábil em forma eletrônica e as emissões de livros, relatórios,
peças, análises, mapas demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e
responsabilidade exclusiva de contabilista legalmente habilitado com registro ativo em
Conselho Regional de Contabilidade e devem conter certificado e assinatura digital do
empresário ou da sociedade empresária e de contabilista.

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1 23. As demonstrações contábeis de encerramento de exercício devem ser inseridas
no Diário Eletrônico, completando-se com as assinaturas digitais de contabilista legalmente
habilitado com registro ativo em Conselho Regional de Contabilidade e do empresário ou
da sociedade empresária. Igual procedimento deve ser adotado quanto às demonstrações
contábeis, elaboradas por força de disposições legais, contratuais ou estatutárias.

1 24. O “Diário” e o “Razão” constituem registros permanentes da entidade e, quando


escriturados em forma eletrônica, devem ser constituídos por um conjunto único de
informações das quais eles se originam.

1 25. Os livros de registros auxiliares da escrituração contábil em forma eletrônica


devem obedecer aos preceitos desta norma para sua escrituração e registro, observadas as
peculiaridades da sua função.

1 26. No Diário Eletrônico, devem ser registradas todas as operações relativas às


atividades da entidade, em ordem cronológica, com individualização, clareza e
caracterização do documento respectivo, dia a dia, por digitação direta ou reprodução
digitalizada.

1 27. A entidade deve adotar requisitos de segurança compatíveis com o processo de


certificação digital regulamentado pela ICP - Brasil ou submetê-los aos serviços notariais
quando imprimir livros, demonstrações, relatórios e outros documentos a partir da
escrituração contábil em forma eletrônica, que contenham assinaturas e certificados
digitais, conforme estabelecido nesta Norma, para fazer fé perante terceiros.

1 28. O Diário Eletrônico, contendo certificado e assinatura digital de contabilista


legalmente habilitado e com registro ativo em Conselho Regional de Contabilidade e do
empresário ou da sociedade empresária, deve ser submetido ao Registro Público
competente, observado o disposto no item 19.

1 29. O contabilista deve comunicar formalmente ao empresário ou à sociedade


empresária sobre a necessidade de armazenar em meio eletrônico ou magnético,
devidamente assinados, digitalmente, os documentos, os livros e as demonstrações
referidos nesta Norma, visando a sua apresentação de forma integral, nos termos estritos
das respectivas leis especiais ou em juízo quando previsto em lei.

Escrituração de filial
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2 30. A entidade que tiver unidade operacional ou de negócios, quer como filial,
agência, sucursal ou assemelhada, e que optar por sistema de escrituração descentralizado,
deve ter registros contábeis que permitam a identificação das transações de cada uma
dessas unidades

1 31. A escrituração de todas as unidades deve integrar um único sistema contábil.

1 32. O grau de detalhamento dos registros contábeis fica a critério da entidade.

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1 33. As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, bem como
entre estas, devem ser eliminadas quando da elaboração das demonstrações contábeis.

1 34. As despesas e receitas que não possam ser atribuídas às unidades devem ser
registradas na matriz.

1 35. O rateio de despesas e receitas comuns, da matriz para as unidades, fica a


critério da administração da entidade.

Documentação contábil
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2 36. A documentação contábil compreende todos os documentos, livros, papéis,
registros e outras peças, que apóiam ou compõem a escrituração contábil.

1 37. Documento contábil, estrito-senso, é aquele que comprova os atos e fatos que
originam lançamentos na escrituração contábil da entidade.

1 38. A documentação contábil é hábil, quando revestida das características


intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas
pelos “usos e costumes”.

1 39. A documentação contábil pode ser de origem interna quando gerada na própria
entidade, ou externa quando proveniente de terceiros.

1 40. A entidade é obrigada a manter em boa ordem a documentação contábil.

Balancete

1 41. O balancete de verificação do razão é a relação de contas, com seus respectivos


saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data.

1 42. O grau de detalhamento do balancete deve ser consentâneo com sua finalidade.

1 43. Os elementos mínimos que devem constar do balancete são:

1 a) identificação da entidade;

1 b) data a que se refere;

1 c) período de abrangência;

1 d) identificação das contas e respectivos grupos;

1 e) saldos das contas, indicando se devedores ou credores;

1 f) soma dos saldos devedores e credores.

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1 44. O balancete que se destinar a qualquer finalidade deve conter nome e assinatura
do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC.

1 45. O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente.

Contas de compensação

1 46. As contas de compensação constituem sistema próprio para controle e para


registro dos atos relevantes cujos efeitos possam se traduzir em modificações no patrimônio
da entidade.

1 47. A escrituração das contas de compensação é obrigatória nos casos que se


obrigue especificamente.

Retificação de lançamento contábil


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2 48. Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de registro realizado
com erro, na escrituração contábil da entidade e pode ser feito por meio de:

1 a) estorno;

1 b) transferência; e

1 c) complementação.

1 49. Em qualquer das formas supramencionadas, o histórico do lançamento deve


precisar o motivo da retificação, a data e a localização do lançamento de origem.

1 50. O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-


o totalmente.

1 51. Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta


indevidamente debitada ou creditada, por meio da transposição do valor para a conta
adequada.

1 52. Lançamento de complementação é aquele que vem, posteriormente,


complementar, aumentando ou reduzindo o valor anteriormente registrado.

1 53. Os lançamentos realizados fora da época devida devem consignar, nos seus
históricos, as datas efetivas das ocorrências e a razão do atraso.

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2) Estrutura e conteúdo das Demonstrações contábeis – NBCT 3

Objetivo
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2 1. Esta norma estabelece conceito, conteúdo, nomenclatura, forma e estrutura para
elaboração das demonstrações contábeis.

Alcance
1 2. Esta norma deve ser adotada na elaboração das demonstrações contábeis previstas
e atendendo as exigências da legislação societária.

1 3. Governos, órgãos reguladores ou autoridades fiscais podem determinar


exigências na elaboração das demonstrações contábeis para atender a seus próprios fins,
eventuais ajustes ou adaptações não devem afetar as demonstrações contábeis segundo a
NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis.

1 4. As demonstrações contábeis devem ser extraídas dos livros, registros e


documentos que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de entidade e devem ser
elaboradas com observância da NBC T 1.

1 5. A responsabilidade técnica pelo sistema contábil da entidade cabe,


exclusivamente, a contabilista registrado em Conselho Regional de Contabilidade.

1 6. As demonstrações contábeis devem especificar sua natureza, a data, o período e a


entidade a que se referem.

1 7. As demonstrações contábeis devem ser elaboradas, com vistas a propiciar o


suficiente entendimento do que cumpre demonstrar, incluindo notas explicativas que,
entretanto, não podem substituir o que é intrínseco às demonstrações.

1 8. A utilização de procedimentos diversos daqueles estabelecidos nesta Norma


somente será admitida em entidades sujeitas a normas contábeis específicas, fato que deve
ser mencionado destacadamente na demonstração ou em nota explicativa.

Definições
1 9. Os seguintes termos são usados nesta Norma com os significados abaixo
descritos:

Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e


quantitativamente, em determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade. Os
elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial financeira
são ativos, passivos e patrimônio líquido.

Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que resultem futuros benefícios econômicos e o seu potencial em contribuir,
direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade.

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Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios
econômicos.

Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os
seus passivos.

Passivo a Descoberto é a diferença entre o ativo e o passivo, quando o passivo for maior
que o ativo.

Demonstração do Resultado é a demonstração contábil destinada a evidenciar a


composição do resultado formado em determinado período de operações da entidade.

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados é a demonstração contábil destinada a


evidenciar, em determinado período, as mutações nos resultados acumulados da entidade.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é aquela destinada a evidenciar as


mudanças, em natureza e valor, havidas no patrimônio líquido da entidade, em determinado
período de tempo.

Demonstração dos Fluxos de Caixa é a demonstração acerca das alterações históricas de


caixa e equivalentes de caixa de uma entidade por meio de demonstrativo que classifique os
fluxos de caixa do período por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

Demonstração do Valor Adicionado é a demonstração contábil destinada a evidenciar, de


forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em
determinado período e sua distribuição.

Receita antecipada é a importância recebida antecipadamente pelo contratante ao


contratado antes de ter sido concluído o produto ou serviço.

Demonstrações Contábeis
1 10. As demonstrações contábeis compreendem:

0 (a) Balanço Patrimonial;


1 (b) Demonstração do Resultado;
2 (c) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
3 (d) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
4 (e) Demonstração dos Fluxos de Caixa; e
5 (f) Demonstração do Valor Adicionado.

Balanço Patrimonial
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2 11. O balanço patrimonial elaborado de acordo com esta Norma deve conter como
ativo, passivo e patrimônio líquido itens que satisfaçam as definições apresentadas no item
9.

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1 12. As contas do ativo devem ser dispostas em ordem decrescente de liquidez dos
elementos nela registrados e as contas do passivo devem ser dispostas em ordem crescente
dos prazos de exigibilidade, estabelecidos ou esperados, observando-se iguais
procedimentos para os grupos e os subgrupos.

1 13. São classificados em grupos do Circulante os ativos e passivos desde que os


prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações, estabelecidos ou
esperados, situem-se até o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

1 14. Na entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício
social, a classificação no Circulante ou Não Circulante deve ter por base o prazo desse
ciclo.

1 15. São classificados, respectivamente, em grupos de Ativo Não Circulante e de


Passivo Não Circulante, os ativos e passivos desde que os prazos esperados de realização
dos direitos e os prazos das obrigações estabelecidos ou esperados, situem-se após o
término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

1 16. Os saldos devedores ou credores de todas as contas retificadoras devem ser


apresentados como valores redutores das contas ou grupo de contas que lhes deram origem.

1 17. As receitas antecipadas por conta de produtos ou serviços a serem concluídos


em exercícios futuros são denominadas “receita diferida” e devem ser classificadas,
deduzidas dos custos diferidos correspondentes, no Passivo Não Circulante.

1 18. Os elementos de mesma natureza e os saldos de reduzido valor, quando


agrupados e indicada a sua natureza, não devem ultrapassar, no total, um décimo do valor
do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de títulos genéricos como
“diversas contas” ou “contas-correntes”.

Ativo
1 19. O Ativo é composto pelos grupos Circulante e Não Circulante.

1 20. O Ativo Circulante, conforme definido nos itens 12 a 14, compõe-se de:

0 (a) Disponível: são os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata


da entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda corrente nacional e em
outras espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata;
1 (b) Crédito: são os títulos de crédito, valores mobiliários e outros direitos;
2 (c) Estoque: são os valores referentes às existências de produtos acabados, produtos
em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em
andamento e outros valores relacionados às atividades-fim da entidade;
3 (d) Despesa Antecipada: são as aplicações em gastos que tenham realização no
curso do período subseqüente à data do balanço patrimonial;
4 (e) Outros Valores e Bens: São os não relacionados às atividades-fim da entidade.

1 21. O Ativo Não Circulante, conforme definido nos itens 14 e 15, compõe-se de:

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0 (a) Realizável a Longo Prazo: são os ativos referidos no item 20, alíneas (b), (c), (d)
e (e), cujos prazos esperados de realização situem-se após o término do exercício
subseqüente à data do balanço patrimonial,
1 (b) Investimento: são as participações permanentes em outras sociedades, além dos
bens e direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fim da entidade,
2 (c) Imobilizado: são os bens e direitos corpóreos, utilizados na consecução das
atividades-fim da entidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à entidade
os benefícios, riscos e controle desses bens,
3 (d) Intangível: são os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.

Passivo
1 22. O Passivo é composto pelos grupos Circulante e Não Circulante.

1 23. No Passivo Circulante, são registradas as obrigações conhecidas e os encargos


estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados situam-se no curso do exercício
subseqüente à data do balanço patrimonial, conforme definido nos itens 12 a 14.

1 24. No Passivo Não circulante, são registradas as obrigações conhecidas e os


encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se após o término do
exercício subseqüente à data do balanço patrimonial, conforme definido nos itens 14 e 15.

Patrimônio Líquido
1 25. O Patrimônio Líquido compõe-se de:

0 (a) Capital: são os valores aportados pelo titular, sócio ou acionista e os decorrentes
de incorporação de reservas e lucros;
1 (b) Reservas de Capital: são contribuições de acionistas por ágio na subscrição de
ações, alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição e outros valores previstos na
legislação societária;
2 (c) Ajustes de Avaliação Patrimonial: são as contrapartidas de aumentos ou
diminuições de valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua
avaliação a valor justo, nos casos previstos na legislação societária, enquanto não
computados no resultado em obediência ao regime de competência;
3 (d) Reservas de Lucros: são parcelas de lucros destinados à reserva por
determinação legal ou estatutária;
4 (e) Ações em Tesouraria: são os valores correspondentes a ações da própria
entidade, por esta adquiridas, para posterior destinação, apresentados como parcela redutora
do Patrimônio Líquido;
5 (f) Prejuízos Acumulados: são prejuízos ainda não compensados, apresentados
como parcela redutora do Patrimônio Líquido.

Demonstração do resultado
1 26. A demonstração do resultado deve ser elaborada em conformidade com a NBC
T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações

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Contábeis, em especial quanto ao regime de competência, evidenciando a formação dos
vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos
e despesas.

1 27. A demonstração do resultado compreende:

0 (a) as receitas e os ganhos do período, independentemente de seu recebimento,


obtidas no curso das atividades ordinárias da entidade;
1 (b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a
esses ganhos e receitas;
2 (c) os ganhos e as perdas extraordinários ocorridos no período de apuração.

1 28. É vedada a compensação de receitas, custos e despesas.

1 29. A demonstração do resultado evidencia, no mínimo e de forma ordenada:

0 (a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-fim;


1 (b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos incondicionais, as
devoluções e os cancelamentos;
2 (c) os custos dos produtos, mercadorias e dos serviços prestados, correspondentes às
receitas reconhecidas;
3 (d) o resultado bruto do período;
4 (e) os ganhos e as perdas operacionais;
5 (f) as despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras, e as receitas
financeiras;
6 (g) o resultado operacional;
7 (h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das atividades-fim;
8 (i) o resultado antes das participações e dos impostos;
9 (j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado;
10 (k) as participações no resultado;
11 (l) o resultado líquido do período.

Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados

1 30. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados evidencia:

0 (a) o saldo de prejuízos no início do período;


1 (b) os ajustes de exercícios anteriores;
2 (c) as reversões de reservas;
3 (d) a parcela correspondente à realização de reavaliação, líquida do efeito dos
impostos correspondentes;
4 (e) o resultado líquido do período;
5 (f) a compensação de prejuízos;
6 (g) as destinações do lucro líquido do período;
7 (h) as parcelas de lucros, incorporadas ao capital;
8 (i) os lucros distribuídos;
9 (j) a destinação dos lucros remanescentes;

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10 (k) o saldo de prejuízos no final do período.

1 31. Os ajustes dos exercícios anteriores são apenas os decorrentes de efeitos da


mudança de prática contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício
anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes, observado o disposto na
NBC T 19.11 – Mudanças nas Práticas Contábeis, nas Estimativas e Correção de Erros.

1 32. A entidade que elaborar a demonstração das mutações do patrimônio líquido não
deve elaborar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Demonstração das mutações do patrimônio líquido


1 33. A demonstração das mutações do patrimônio líquido evidencia:

0 (a) os saldos no início do período;

0 (b) os ajustes de exercícios anteriores;


1 (c) as reversões e transferências de reservas e lucros;
2 (d) os aumentos de capital, discriminando sua natureza;
3 (e) a redução de capital;
4 (f) as destinações do lucro líquido do período;
5 (g) a realização de reserva de reavaliação, líquida do efeito dos impostos
correspondentes;
6 (h) o resultado líquido do período;
7 (i) a compensação de prejuízos;
8 (j) os lucros distribuídos;
9 (k) a destinação dos lucros remanescentes; e
10 (l) os saldos no final do período.

Demonstração dos fluxos de caixa


1 34. A Demonstração dos Fluxos de Caixa deve ser elaborada de acordo com a NBC
T 3.8 – Demonstração dos Fluxos de Caixa.

Demonstração do valor adicionado


1 35. A Demonstração do Valor Adicionado deve ser elaborada de acordo com a NBC
T 3.7 – Demonstração do Valor Adicionado.

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