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TONATIUH
A Pedra do Sol, conhecida universalmente como Calendário Azteca, na
realidade nunca foi um calendário, senão um monumento ao sol, muito
elaborado, sob suas múltiplas manifestações. Também se dedicou a sacrifícios
humanos relacionados com o culto de Tonatiuh, deus do sol.
O sinal hieróglifo 13-actl cana corresponde ao ano de 1479, data em que se
terminou a construção da Pedra do Sol.
Este luxuoso ornamento, que significa luz, força e beleza, tem uma placa de
jade chalchiuitl e está arrematado com penas de águia e uma pérola.
As barras eretas significam o fogo morto, e as chamas representam o fogo
novo, que nasce a cada 52 anos.
O último círculo da borda mostra uma sucessão de pequenos círculos que
representam a via Láctea.
Em ambos os lados dos hieróglifos 13-cana, descem duas enormes serpentes
de fogo, Xiuhcoatls, que transportavam o sol através do firmamento. Na parte
superior, as caudas pontiagudas das serpentes estão enfeitadas com ervas e
flores, e na parte inferior, de suas faces abertas emergem as faces dos dois
deuses: Tonatiuh (o sol), e Xiuhtecutli (a noite).
Os corpos das serpentes estão formados cada um por 11 segmentos iguais, no que se
podem observar as voltas ou chamas representativas do fogo novo.
Esta franja, que rodeia o calendário, tem as figuras de Vênus, deusa noturna,
simbolizada por mariposas entre raios de luz.
PEDRA DO SOL
No centro da pedra está Tonatiuh, com a máscara de fogo, seu atributo como
rei dos planetas. Este astro regia o universo em todas suas manifestações.
Se lhe representava com o pêlo dourado por seu aspecto alourado, e as
rugas indicam sua idade avançada. O sinal “ome acatl” que tem sobre a
frente, se refere ao princípio da conta de anos ou “xiuhmolpilli”, ou seja, o
sol do primeiro dia do ciclo de 52 anos depois da noite em que inicia o fogo
novo. Além da gargantilha de seis contas se considerava também símbolo
do princípio do ciclo sagrado. A língua para fora, como faca de obsidiana,
indica a necessidade de que se lhe alimentara com sangue e corações
humanos.
Neste círculo tem vinte casas com os signos dos dias, os quais se lêem
começando pela casa superior da esquerda.
Dia Deuses Signo
1º Cipactli Crocodilo
2º Ehecatl Vento
3º Calli Casa
4º Cuetzpallin Lagartixa
5º Coatl Serpente
6º Miquiztli Morte
7º Mazatl Veado
8º Tochtli Coelho
9º Atl Água
10º Itzcuintli Cachorro
11º Ozomatli Macaco
13º Acatl Cana
14º Ocelotl Tigre
15º Cuauhtli Águia
16º Cozcacuauhtli Falcão
17º Ollin Movimento
18º Técpatl Pedra
19º Quiahuitl Chuva
20º Xóchitl Flor
O calendário civil constava de 18 meses de 20 dias cada um, agregando-se
ao final cinco dias “nemontemi”, fatídicos e inúteis. Estes vinte dias se
combinavam de cinco em cinco, dedicando o quinto ao mercado tianquiztli.
Como os cinco nemontemi eram inúteis, resultavam no ano 72 dias de
mercado, que eram de descanso ou festa, e 288 de trabalho. O calendário
ritual constava de 260 dias, divididos em 20 trezenas, e a combinação dos
dois calendários dava o ciclo de 52 anos.
CÍRCULO EXTERIOR
Xiuhcoatls
O círculo exterior está formado pelo corpo de duas serpentes de fogo que
circundam a Pedra do Sol. Na parte inferior emergem duas cabeças de suas
faces: Quetzalcóat, personificado como Tonatiuh (o sol), do lado direito, e
Xiuhtecutli (deus da noite), do lado esquerdo. Esta alegoria representa a luta
cotidiana dos deuses pela supremacia na terra e nos céus. As duas faces
têm as línguas para fora, pegadas uma com a outra, e significam a
continuidade do tempo, ou seja o sol nascendo e o sol se pondo, sempre em
contato.
Ao redor se podem contar sete olhos entrecerrados, que são as sete estrelas
principais das Plêiades; e como cintilantes que são, se assemelham ao olho
humano que se abre e se fecha.