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Opinião A sombra de Friedman paira ainda sobre a Responsabilidade Social das


Empresas?
Agenda Em 1970, o economista Milton Friedman publicou um artigo intitulado “A Responsabilidade Social das
Empresas é Aumentar o seu Lucro” na revista do New York Times. Hoje esse tema é imprescindível, levando as
Revistas em Revista
empresas a investir milhões para a considerar. Inúmeras entidades cresceram à volta do conceito e são poucos
Correio da AESE os executivos que se atrevem a pronunciar contra ela. Esta posição polémica de Friedman, relembrada pela
sua morte em 2006 reacendeu o debate em torno da questão. O VER lança o debate e convida à discussão no
Dossiers seu fórum : será que Friedman tinha razão?

Newsletters
“... A doutrina da ‘responsabilidade social’ integra
a aceitação da visão socialista que são os
mecanismos políticos, não os mecanismos do
Ultimas do Clipping mercado, a forma apropriada para determinar a
alocação de recursos escassos para usos
• Samsung investe na alternativos”
gestão ambiental para ser
a empresa mais amiga do Para Friedman, os defensores das responsabilidade social nas
ambiente 14:00 Diário empresas estão somente a colocar o socialismo num “embrulho
Económico empresarial” que deteriora uma sociedade livre. Ou seja, aqueles
que advogam a prática da responsabilidade social brincam ao
• "Pequenos passos", Robin dos Bosques com o dinheiro dos outros. As empresas
grande ajuda 10:15 deveriam maximizar os seus lucros e retorno para os accionistas
Jornal Notícias para que depois os indivíduos pudessem fazer donativos (ou não)
a alguma causa que desejassem.
• Travessia a nado para
ajudar as crianças 09:15 “As empresas que fizerem algo que não seja
Jornal Notícias maximizar o lucro estão a cometer, simplesmente,
um acto imoral”.
• Mais direitos para © www.friedmanfoundation.org
independentes 10:15 Friedman argumenta que estas acções, na verdade, transformam
Diário Notícias os executivos em funcionários públicos(...) insistindo que numa sociedade democrática, o governo é o único
veículo com legitimidade para actuar em prol das preocupações sociais. Num mundo globalizado, as empresas
• Autarcas exigem reforço são livres para explorar ou poluir uma comunidade local e, de seguida, mudarem-se para outro sítio. Os
de médicos na região mercados livres e os diferentes esquemas que permitem contornar o pagamento de impostos acabam por
09:15 Jornal Notícias recompensar as empresas que agem no seu próprio interesse mas sob a bandeira do crescimento económico e
da competitividade.

Em resumo, Friedman admite a filantropia individual dos accionistas, mas rejeita a intervenção social por parte
das empresas. Este tipo de acções serviriam apenas para desvirtuar e prejudicar a sua identidade e,
fundamentalmente, o seu core business. Poderiam ainda levar a perdas significativas de lucros, lesar
trabalhadores e consumidores, perder na guerra da competitividade e, em última instância, levar ao
afastamento dos accionistas e à consequente falência da empresa.

Esta posição do Prémio Nobel, naturalmente polémica como o autor, tem indiscutivelmente elementos
verdadeiros, embora a sua crítica pareça hoje demasiado simplista. No entanto permanece um bom pretexto
para reflexão. Está aberto o debate...

Para ler o paper de Milton Friedman na integra, clique aqui

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