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Na opinião da bancada do PS, “quando se verifica um desvio superior a 500 mil euros de receitas
municipais (541 mil euros segundo o Presidente da Câmara), provenientes do pagamento das
facturas de água por parte dos munícipes (durante vários meses) e quando se constata que a
actividade criminosa apenas foi possível pelo incumprimento das normas do Plano Oficial de
Contabilidade das Autarquias Locais, do sistema de controlo interno e dos procedimentos
administrativos legalmente previstos, importa perguntar: se a Assembleia Municipal não
fiscalizar devidamente ste assunto (em que o erário público é lesado em mais de meio
milhão de euros) para que serve a Assembleia Municipal de Pombal?”.
No entendimento dos membros eleitos pelo PS, para além das responsabilidades criminais, “é
essencial apurar responsabilidades de outro âmbito, nomeadamente administrativas,
financeiras, disciplinares e políticas”.
“Perante uma situação com esta gravidade, a demissão do exercício das respectivas
competências por parte da Assembleia Municipal, nomeadamente da sua função fiscalizadora,
significaria a incontornável fragilização, o total desprestígio e a absoluta irrelevância deste órgão
autárquico”,referem, acrescentando que os membros da Assembleia Municipal “devem ser os
primeiros interessados no cabal esclarecimento do caso, em todas as suas dimensões”.
Por outro lado, num conjunto de outros ofícios, enviados ao Inspector-Geral das Autarquias
Locais, ao Presidente do Tribunal de Contas, ao Inspector-Geral de Finanças e ao Governador do
Banco de Portugal, os eleitos pelo PS pretendem saber sobre a existência de actividades
inspectivas ou de auditoria, levadas a efeito por aquelas entidades, sobre o desvio de verbas do
Município de Pombal.
Informações e documentos solicitados ao Senhor Presidente
da Assembleia Municipal de Pombal:
3 – Cópia dos extractos da conta objecto dos desvios, desde a data de abertura da mesma;
14 – Informação sobre as circunstâncias em que foi movimentada a conta associada aos desvios,
desde a data de abertura da mesma;
16 – Exigindo a lei duas assinaturas na movimentação das contas bancárias (duas palavras-chave
no caso dos movimentos por via electrónica) e, ainda, a intervenção de uma terceira pessoa nas
reconciliações bancárias, importa informar sobre as irregularidades nos procedimentos internos
que, durante meses, permitiram o exercício continuado da actividade criminosa;
21 – Confirmando-se a informação dada por V. Exa., segundo a qual o “autor confesso do crime” era
“promotor comercial do Banco”, importa apurar se a Câmara Municipal conhecia esse facto e se o
Presidente da Câmara autorizou a acumulação de funções;
23 – Informação sobre medidas correctivas entretanto tomadas para garantir o cumprimento das
disposições legais, de modo a acautelar a segurança dos dinheiros públicos no Município de
Pombal.