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Por fenomenologia pretende-se indicar, em primeiro lugar, a descrio dos fenmenos, mas isso
no exclui a filosofia fenomenolgica.
Teses fenomenolgicas
VIII. Para o homem religioso o espao no homogneo: o espao apresenta roturas, quebras; h
pores de espao qualitativamente distintas. Esta dimenso alia-se percepo religiosa do
tempo.
IX. O tempo tambm no , para o homem religioso, nem homogneo nem contnuo: h um tempo
sagrado e um profano. O tempo sagrado , por natureza, reversvel, isto , significa a reatualizao
de um evento sagrado acontecido nos primrdios.
FENOMENOLOGIA DA RELIGIO
X. Para o homem religioso, a natureza nunca exclusivamente natural: est carregada de valor
religioso. A natureza dessacralizada descoberta recente, acessvel apenas a uma minoria das
sociedades modernas, especialmente cientistas. Quando Spinoza identifica Deus com a Natureza,
tudo se torna natural.
XI. A existncia do homem religioso aberta para o mundo; vivendo, o homem religioso nunca
est sozinho, pois ele participa do mundo. A abertura para o mundo permite ao religioso
conhecer-se conhecendo o mundo e esse conhecimento precioso para ele, porque
conhecimento religioso, refere-se ao Ser. Essa abertura ao ser o caminho da santificao da
existncia humana.
FENOMENOLOGIA DA RELIGIO
XII. Os sem-religio, em sua maioria, no esto, propriamente falando, livres dos comportamentos
religiosos, das teologias e das mitologias. Esto, s vezes, entulhados por todo um amontoado
mgico-religioso, mas degradado at a caricatura e, por esta razo, dificilmente reconhecvel.
Jung nos mostra que impossvel suprimir a experincia religiosa. Afirma ainda Jung que as
tentativas de eliminar a funo religiosa geram uma resposta compensatria e encoberta, seja na
vida privada, seja na vida social Merece especial meno a obra tambm clssica de Gerardus
VAN DER LEEUW sobre a fenomenologia da religio, citada na referncia bibliogrfica deste
trabalho.